
Engana-se quem pensa que o prefeito de Coelho Neto Américo de Sousa (PT), endureceu o discurso essa última semana à toa. Tudo na verdade foi uma reação a um cenário negativo criado em torno do governo e percebido por ele próprio.
O desgaste de sua imagem na rede social e fora dela era facilmente perceptível, por uma série de notícias negativas que ninguém explicava. A imprensa oficial ligada ao prefeito preferiu ignorar a situação, ao invés de dar respostas para inúmeras especulações que foram surgindo, e a partir daí, fez a coisa virar uma bola de neve.
Apesar de uma base aliada bastante confortável (11 x 2), nenhum vereador quis se manifestar para defender o prefeito e o governo das acusações que lhe estavam sendo imputadas. Coube ao próprio Américo reagir ao ataque com um contra-ataque… e sozinho.
Primeiro usou a rede social para mostrar que o servidor da polícia civil Albino Klauberth não seria transferido e que ele não tinha nada haver com essa história há dois dias de uma mobilização que se formava. No dia seguinte atacou a gestão anterior e mostrou através de um ofício do gerente local do Banco Bradesco, que os empenhos propagados pelo ex-prefeito não haviam sido efetuados.
Não satisfeito, o petista agendou uma entrevista no rádio e além desses episódios, tratou de explicar desde as blitz realizadas pela Polícia Militar, passando pelas caçambas que estavam servindo pela limpeza pública até as formas que se deu a liberação da moto de um aliado, em detrimento das demais que tinham sido transferidas para Caxias.
Todos esses episódios dominaram a rede social, mas não houve quem se manifestasse para negar ou dar explicações sobre qualquer um deles, senão o próprio prefeito.
Após toda essa reação, é inegável que as críticas ao governo arrefeceram. Mas o buraco deixado pelo silêncio da base aliada antes e depois dos episódios também não passaram despercebidos, pelo menos para os mais observadores do cenário político local.
Até o vereador de oposição pautou a entrevista dada pelo prefeito e os governistas simplesmente ignoraram os fatos e nada foi dito, nem sobre a conquista do hospital, que também contou com a participação decisiva dos edis.
Do episódio fica claro a tímida atuação da base aliada e os ouvidos ligados do prefeito ao que se diz nas redes sociais e fora dela.
Mas essa é uma outra história…