Parece piada pronta, mas não é. O ex-prefeito de Coelho Neto, Américo de Sousa (PT), decidiu anunciar em sua rede social o fim do ostracismo a que ficou mergulhado desde a histórica surra eleitoral do ano passado. Se minha vó tivesse viva diria que foi taca de cipó de tamarindo que se viver cem anos ele não tem como esquecer.
Pois bem, a nota divulgada em seu facebook é uma piada pronta! Já começa falando em coerência, coisa incompatível com suas ações após a eleição, que não custa lembrar: não teve a elegância de admitir a derrota, não teve a coragem de transmitir o cargo e ainda de quebra levou a faixa (fato bastante criticado por ele quando assumiu o mandato).
Em outro momento do texto, é possível rir quando o ex-prefeito declara seu amor e fala em coisas que ainda pode fazer pela cidade. Será que pensa que o povo não tem cérebro? Seria trágico se não fosse cômico! De verdade mesmo, a nota só tem a ameaça de responder a altura caso fosse provocado, só faltando mesmo garantir um processo, como fez ao longo dos quatro anos em que foi prefeito.
Mas é bom deixar claro que Américo não ficou “debaixo da cama” por opção, como prega. Ficou porque sentiu na pele a rejeição popular que ele não admitia. Ficou porque não conseguia explicar como “um governo tão bom” vendido por ele e seu aliados, conseguiu a proeza de um fim tão trágico. Ficou porque foi escorraçado por um “menino” que lhe impôs a maior derrota da história recente da cidade.
O ex-prefeito é historiador por formação e por isso mesmo tenha dificuldade em interpretar os números. O amor que ele diz sentir, não é correspondido. É sentido só por ele. A aversão da população ao seu nome e ao seu governo medíocre, foi estampado nos dados matemáticos que ele insiste em não entender. Para ser mais claro que os números, só desenhando.
Agora que se aproxima o ano eleitoral e que ele precisa correr atrás de votos para o deputado Rafael Leitoa (PSB), Américo foi obrigado a sair da toca. Muitos dos poucos para-choques que lhe serviram durante o mandato, já trataram de procurar outros caminhos, confirmando sua falta de habilidade e sua condição de líder de ninguém. Agora terá que fazer o dever de casa, sozinho.
Américo não pode dizer que volta, porque quem foi como ele foi, não tem espaço para voltar.
E não tem música de Charlie Brown que mude o legado, daquele que politicamente foi e sem dúvida alguma continuará sendo, na minha opinião, o pior prefeito da nossa história.