Eita! Flávio Dino promete duro combate à agiotagem nas eleições deste ano

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O governador Flávio Dino (PCdoB) foi duro com relação ao combate à agiotagem durante as eleições deste ano. Em seu discurso na reunião com os pré-candidatos a prefeito do PCdoB falou que é preciso mudar a ideia de pleito com apoio de agiotas ou convênios eleitoreiros que está arraigada na política maranhense há décadas.

“Nós – governo do Estado – vamos agir duramente e quero contar com Ministério Público e Justiça. E não vai ter financiamiento de agiota. Isso não pode contaminar a política. Isso estava acontecendo no Maranhão e não vai acontecer se depender de nós”, afirmou.

O governador também fez questão de deixar claro que acabou o momento das farras de convênio fantasma para eleições. “O modelo tradicional de financiamento da política também deu errado no Estado. Basta olhar a quantidade de gente inelegível pelo resto da vida. Por causa de tanta conta rejeitada, tanto processo, tanta coisa. E a gente não pode repetir isso. Porque depois quem paga em primeiro lugar é a população”, disse o governador.

Flávio lembrou que em todo o país os candidatos estão se adaptando à mudança com o fim do modelo empresarial de financiamento de campanha e com a crise política pela qual o Brasil inteiro passa.

Do Blog do Clodoaldo Correa

Não é o caso dos ímpios! São como palha que o vento leva. Salmos 1:4

Waldir pode assumir secretaria no governo de Flávio Dino

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Sem o apoio de seu próprio partido, o PP, da maior parte das demais legendas e dos próprios colegas da Mesa Diretora, o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão, negociava nesta terça-feira (10) os termos de sua saída do comando da Casa.

Tendo assumido a função na quinta-feira (5) após o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pelo Supremo Tribunal Federal, Maranhão cai devido à grande reação política à sua tentativa de, em acordo com o Planalto, revogar a votação que autorizou a abertura do impeachment de Dilma Rousseff. Ele voltou atrás menos de 24 horas depois.

O deputado passou o dia negociando com o PP os termos de sua saída: o partido prometeu não expulsá-lo por ter votado contra o impeachment, e trabalhar para a manutenção do seu mandato, mas Maranhão pedia mais.

Entre outras coisas, queria não renunciar, mas apenas se licenciar do mandato de deputado para assumir uma secretaria estadual no governo do aliado Flávio Dino (PC do B-MA), voltando meses depois ao cargo de vice-presidente da Câmara.

O PP não aceitava essa condição porque, diferentemente da renúncia, a licença não leva a novas eleições para o comando da Câmara. A função iria para o segundo-vice-presidente, Giacobo (PR-PR).

O PP quer emplacar outro deputado do partido, possivelmente Esperidião Amin (SC), que tem o aval do grupo de Eduardo Cunha.

Apesar da negociação, Maranhão também articulava para tentar ficar no cargo.

Os exemplos mais evidentes da falta de apoio de Maranhão começaram logo no início do dia. Em reunião com ele, 8 dos seus 9 colegas da Mesa pediram a sua renúncia. O apoio a ele se resumiu à deputada Luiza Erundina (PSOL-SP), terceira suplente.

Pouco antes dessa reunião, o PP decidiu levar a ele a proposta de renúncia em troca da não expulsão e da não cassação. “Ele não tem nenhuma condição de comandar nenhuma reunião na Casa, no plenário nem no colégio de líderes”, disse o correligionário Júlio Lopes (PP-RJ).

O terceiro indicativo se deu na reunião de PMDB, partidos do “centrão” (PP, PR, PTB, PSD, PRB) e siglas de oposição. A deliberação foi afastar Maranhão da função.

Ao seu lado, ficaram apenas PT e PC do B, que reúnem 68 cadeiras.

Na hipótese de novas eleições, são cotados Jovair Arantes (PTB-GO), aliado de Cunha, Osmar Serraglio (PMDB-PR), Leonardo Picciani (PMDB-RJ), Rogério Rosso (PSD-DF), além de Amin.

(RANIER BRAGON, RUBENS VALENTE, DÉBORA ÁLVARES E AGUIRRE TALENTO, Folha de SP)

Américo de Sousa participa de audiência com Flávio Dino

O pré-candidato a prefeito de Coelho Neto Américo de Sousa (PT), esteve nesta segunda (09), participando de uma audiência com o governador Flávio Dino (PCdoB), no Palácio dos Leões.

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Américo durante audiência no Palácio dos Leões

“O país vive um momento de grande instabilidade e esse gesto do deputado Zé Carlos vai de encontro a aliança de décadas estabelecida entre o PT e o PCdoB. O governador Flávio Dino tem usado os conhecimentos jurídicos que tem para defender de forma bastante enfática o respeito a nossa Constituição e a legitimidade do mandato da Presidente Dilma. Ele tem recebido reconhecimento de todo o Maranhão por esse posicionamento corajoso e não poderia lhe faltar esse apoio por parte de Coelho Neto”, disse o petista.

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Deputado federal Zé Carlos, governador Flávio Dino, Américo e o vereador Osmar Aguiar e o assessor parlamentar Henrique do PT durante audiência

O evento organizado pelo deputado Federal Zé Carlos (PT), tinha objetivo de homenagear o governador maranhense pelo posicionamento em defesa da democracia e do mandato da Presidente Dilma, em face do processo de impeachment que tramita no Congresso Nacional.

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Milton Mourão, Américo, deputado Zé Carlos e Francisca Ana

Participaram do evento lideranças partidárias, sindicalistas, movimentos sociais e integrantes da base de apoio do deputado federal petista. Américo esteve no evento acompanhado do vereador Osmar Aguiar (PT) e dos dirigentes do PT em Coelho Neto Milton Mourão e Francisca Ana.

Stênio Rezende faz apelo para conclusão da estrada entre Arame e Paulo Ramos

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Em pronunciamento feito na sessão desta quarta-feira (20), o deputado Stênio Rezende (DEM) fez um apelo ao governo do Estado para que faça uma parceria com Exército Brasileiro objetivando a conclusão dos serviços da estrada de Arame a Paulo Ramos.

O deputado afirmou que a conclusão daquela estrada – que corta a região Central e uni o Sul do Maranhão à capital maranhense e que é um velho sonho das pessoas que moram e transitam naquelas cidades – vai tirar do isolamento as cidades de Arame, Paulo Ramos e Marajá do Sena, diminuindo a distância em mais de 60 quilômetros.

“Fica aqui o meu apelo ao governador Flávio Dino que, com a sua sensibilidade e compromisso com a região e com o Estado e, mais do que isso, com a sua vontade de trabalhar pelo estado do Maranhão, busque o mais rápido possível uma parceria junto ao Exército e faça a estrada Paulo Ramos até a cidade do Marajá do Sena”, apelou Stênio Rezende, lembrando que o Estado já está fazendo de Paulo Ramos a Marajá do Sena. “Dessa forma, a estrada Paulo Ramos/Arame poderá ser concluída o mais rápido possível”, finalizou.

Flávio Dino reage e garante votos à favor de Dilma…

Dino com aliados nacionais e membros de sua bancada: revertendo prejuízo
Dino com aliados nacionais e membros de sua bancada: revertendo prejuízo

Até o final da noite desta última sexta-feira, 15, o placar do impeachment  entre os deputados maranhenses registrava 9 votos favoráveis ao afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT) e 9 votos contra.

Ao que tudo indica, o aumento do número de apoiadores da presidente seria resultado direto de um esforço do governador Flávio Dino (PCdoB) e de seu grupo, que sentaram praça no plenário da Câmara desde ontem.

Na manhã do mesmo dia, os apoiadores de Dilma na base dinista se restringiam a quatro deputados.

Pelo menos dois votos foram mudados de ontem para hoje: O vice-presidente da Câmara Waldir Maranhão (PP), que votaria a favor do impeachment, declarou-se contrário, mesmo diante do fechamento de questão do seu partido.

Já o deputado José Reinaldo Tavares (PSB), que estava indeciso, também decidiu-se pelo voto contra o impeachment – e também contrariando decisão do seu partido.

O placar na bancada maranhense está hoje assim:

Votos a favor do impeachment: João Castelo (PSDB), Juscelino Filho (DEM), Eliziane Gama (PPS), Sarney Filho (PV), André Fufuca (PP), Cléber Verde (PRB), Victor Mendes (PSD), Hildo Rocha (PMDB) e Alberto Filho (PMDB).

Votos contra o impeachment: Zé Carlos (PT), Waldir Maranhão (PP), Rubens Júnior (PCdoB), Weverton Rocha (PDT), João Marcelo (PMDB), Júnior Marreca (PEN), Pedro Fernandes (PTB), Aluisio Mendes (PTN) e José Reinaldo Tavares (PSB).

A votação acontece neste domingo, 17. para ser aprovado, o impedimento da presidente precisa ter 342 votos…

Do Blog do Marco d´Eça

A cartada de mestre de Jorge Oliveira…

Jorge Oliveira se consolida na disputa pela Prefeitura de Duque Bacelar
Jorge Oliveira se consolida na disputa pela Prefeitura de Duque Bacelar

Indicado como o pré-candidato da chapa majoritária do grupo liderado pelo atual Prefeito Flávio Furtado (PSDB), o comunista Jorge Oliveira (PCdoB) tem mostrado bastante habilidade em se tratando de costurar alianças.

Aliado histórico do agora governador Flávio Dino (PCdoB), fator preponderante para sua pré-candidatura, Oliveira obtém do principal gabinete da Secretaria de Articulação Política do Estado, o sinal verde para costurar apoios que possam favorecer a aliança que está sendo costurada em torno do seu nome.

No entanto, nenhuma articulação foi tão precisa e decisiva como a que garantiu o apoio do ex-candidato a prefeito Rildo Aguiar e do vereador José Júnior ao seu projeto político: trata-se de uma cartada de mestre que talvez nem o mais cético dos adversários pudesse acreditar que seria viável. Estamos falando de dois nomes de peso que garantiam a força da oposição no município.

Cláudio Furtado que já fora designado para monitorar as campanhas de interesse do Palácio na região, esteve por trás das conversas que sacramentou a aliança. A presença do vereador Toinho da Gracinha descartou qualquer boatos de racha na base do governo.

Com o bom humor e a conversa amistosa, Jorge Oliveira vai marcando o passo para consolidar as chances de se tornar o próximo Prefeito de Duque Bacelar…

Internautas “tiram o couro” de Flávio Dino após defesa de Lula

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O governador Flávio Dino (PCdoB) foi duramente criticado por internautas depois de ter defendido o ex-presidente Lula (PT), conduzido coercitivamente pela PF para depor em São Luís (reveja).

Acima estão apenas alguns dos muitos comentários na página do governador do Maranhão. Quer deixar o seu também? Clique aqui.

Do Blog do Gilberto Leda

É besta! STF barra ação de Flávio Dino contra reajuste de 21,7% dos servidores

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O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu negar, ontem (3), provimento a um agravo regimental interposto pelo governo Flávio Dino (PCdoB) e manteve a validade de todas as decisões favoráveis em ações de cobrança do reajuste de 21,7% dos servidores estaduais maranhenses.

A decisão se deu por maioria, nos termos do voto do relator do caso, ministro Celso de Melo – vencido o voto do ministro Marco Aurélio Mello.

O julgamento pelo plenário encerra de vez a polêmica em torno da ADPF nº 317, por meio da qual o governo tentava cortar o reajuste dos servidores.

Agora, o comunista aposta todas as suas fichas numa ação rescisória julgada procedente pelo Tribunal de Justiça do Maranhão em setembro de 2015 (reveja). Ocorre que, agora, com a decisão do Supremo embasando os argumentos dos servidores, é provável que os sindicatos recorram até a instância máxima para manter os salários atuais.

Histórico

A saga dos servidores maranhense pela manutenção do reajuste de 21,7% começou há um ano e meio.

Em julho do ano passado (reveja) o ministro Celso de Mello já havia negado, em decisão monocrática, conhecimento ao agravo regimental interposto pelo Executivo e mantido sua decisão, proferida em dezembro do de 2014, garantindo o reajuste de 21,7% a servidores de níveis médio e fundamental do Executivo, do Judiciário e do Ministério Público do Maranhão.

Para quem não lembra, o aumento foi dado aos funcionários não alcançados pela Lei nº 8.369/2006, que dispõe sobre a revisão geral anual dos servidores do Estado, garantindo 30% a mais nos salários dos servidores de nível superior, mas apenas 8,3% nos de nível médio.

A lei foi considerada inconstitucional pelo Tribunal de Justiça, que determinou, em ações isoladas protocoladas por sindicatos e trabalhadores, a implantação da diferença de 21,7% nos salários.

Recursos

Em 2014, ainda no governo Roseana Sarney (PMDB), já se havia tentado barrar o reajuste linear, por meio da Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 317.

Nela, o governo alegou que, apesar de ter adotado índices de reajuste diferenciados, a Lei nº 8.369/2006 tem sido invocada por servidores que se dizem prejudicados e que, por isso, pleiteiam a aplicação do percentual de 21,7%.

Sustentou que as decisões judiciais favoráveis a esses servidores “estão a causar sérios danos de impacto orçamentário ao Estado”, e violam os princípios da legalidade, moralidade administrativa e da separação de Poderes.

Mas Celso de Mello rejeitou o trâmite da ação em dezembro daquele ano.

No dia 3 de fevereiro de 2015, o governo Flávio Dino, por meio da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), protocolou o agravo regimental  definitivamente arquivado ontem (reveja).

Leia mais sobre o assunto aqui.

Do Blog do Gilberto Leda

E o povo vai acordando…

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Aos poucos, o povo maranhense vai acordando das promessas de gogó e ilusões vendidas na propaganda eleitoral feita por Flávio Dino, ontem (28), em partida valendo pela Copa do Nordeste e transmitida pelo canal Esporte Interativo NE, os torcedores/eleitores imperatrizenses, que estavam no estádio Frei Epifânio D’abadia, hastearam uma faixa preta, gigantesca cobrando o governador. “Governador, cadê o hospital???”.

Mudou mesmo… E olha que ainda estamos no começo.

Por Felipe Mota

Flávio Dino defende Lula e fala de legitimidade de Sarney

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Rede Brasil Atual – Nem todos os governadores alinhados e apoiadores do governo Dilma Rousseff estão favoráveis à recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) da forma como está sendo proposto, como têm propagado integrantes do Executivo – principalmente a equipe econômica – e parlamentares do PT e das demais legendas da base aliada no Congresso. Nesta quinta-feira (11), o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), afirmou que considera muito difícil o novo tributo passar no Congresso da forma como está sendo proposto. E destacou que ele próprio é um dos que defendem uma discussão mais ampla sobre medidas de ajuste, que incluam a tributação de grandes fortunas e do capital financeiro.

A fala de Dino, que vai no mesmo compasso do que tem sido defendido por representantes de várias centrais sindicais e movimentos sociais, tem um peso político maior porque é ele quem tem capitaneado, desde o ano passado, cartas de apoio e moções diversas de defesa da governabilidade e de maior entendimento e diálogo da classe política com Dilma e o Palácio do Planalto.

De acordo com o governador, “é inadiável a discussão das necessidades fiscais do país, com avaliação de sistemas de tributação de patrimônios e movimentações financeiras, ao lado da CPMF”.

Numa quinta-feira após o carnaval, e numa Esplanada dos Ministérios praticamente vazia, Dino – que antigos companheiros de Congresso Nacional consideram ser “político do tipo trabalhador – teve audiência com o ministro do Planejamento, Waldir Simão, com quem conversou sobre projetos para o Porto de Itaqui.

Nesta entrevista à RBA, o governador falou também sobre o processo de impeachment da presidenta e as acusações feitas ao ex-presidente Lula.

Leia a íntegra:

Como o senhor avalia o discurso oposicionista de que daqui por diante vão ser intensificados os trabalhos pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff?

O impeachment passar no Congresso é altamente improvável por uma série de razões, sobretudo em razão da decisão do Supremo, que evitou qualquer tipo de manobra inconstitucional. É improvável, em segundo lugar, em razão de o Congresso nunca ter examinado as contas da presidenta relativas a 2014, portanto, as supostas pedaladas fiscais.

Na medida em que há um mero parecer do TCU (Tribunal de Contas da União) e o governo quitou as dívidas apontadas pelo tribunal, isso desaparece como causa possível, que supostamente poderia levar ao impeachment. E, em terceiro lugar, porque o governo, apesar das dificuldades, conseguiu recompor uma base política suficiente para barrar no Congresso iniciativas dessa natureza.

O senhor acredita que o governo conseguiu aparar as arestas? Acha, de fato, que o Congresso que inicia as atividades agora dará mais apoio à presidenta Dilma, mesmo com toda a divisão que tem sido observada no PMDB?

Só o fato de haver a confusão no PMDB já é um bom sinal, porque num certo momento do ano passado, entre outubro e novembro, eles (os peemedebistas) falavam em alinhamento em bloco do partido com a oposição. E isso seria um complicador grave.

Mas na medida em que há uma disputa e que provavelmente a tendência mais forte é de recondução do líder Leonardo Picciani (RJ) na Câmara, ou pelo menos, de afirmação de um segmento ou de um polo da bancada peemedebista numa posição de sustentação do governo, isso dá mais tranquilidade parlamentar para o Executivo. Mesmo que o PMDB permaneça num quadro de divisão.

Como o senhor vê as acusações e o fogo cerrado que têm sido montado contra o ex-presidente Lula?

Qualquer tipo de ofensiva quanto à imagem ou liderança efetiva do presidente Lula é complicador para o campo parlamentar porque cria um tema, um debate. Mas acho que é um tema que tende a se exaurir, porque os fatos até aqui apontados, a meu ver, são insuficientes para levar a uma ação penal viável.

Há muita especulação, muito emocionalismo por parte dos que o atacam nisso. Mas uma análise mais serena dos fatos mostram que não há elementos que possam caracterizar a prática de qualquer crime por parte do presidente Lula.

Em relação à CPMF, o senhor acredita que os governadores estão apoiando mesmo a recriação desse tributo ou há muito oportunismo nas declarações de apoio?

A proposta de recriação da CPMF é muito difícil de prosperar, não tenha dúvida. Acho que precisamos colocar o debate em outros termos. Eu particularmente tenho insistido na necessidade de termos uma abordagem mais ampla na questão do financiamento da seguridade social, abranger outras ideias.

Sobretudo aquela questão da temática da tributação de grandes fortunas. Acho que uma tributação sobre movimentações financeiras deve estar agregada à tributação sobre movimentações de grandes fortunas. Ao mesmo tempo em que se busque, também, tributar de modo mais justo as riquezas.

Infelizmente, sabemos que nosso sistema tributário é muito regressivo e os altos lucros anunciados pelos bancos mostram a relevância, o quanto é inadiável nós discutirmos também a tributação sobre o capital financeiro.

O primeiro semestre deve ser de muito debate sobre a CPMF?

O que eu acho é que colocar a CPMF como tema único do debate acerca de necessidades fiscais, inclusive, não é o melhor caminho. Me agrada mais a ideia de que tenhamos um debate um pouco mais ampliado e que haja progressividade tanto da tributação dos patrimônios quanto das movimentações financeiras, de modo que sejam preservadas a classe média e os trabalhadores e possamos fazer essas contribuições com um caráter mais progressivo.

Nós temos de buscar um outro caminho, buscar outras alternativas. É muito difícil imaginar que o atual Congresso aprove a CPMF desvinculada de projetos mais amplos.

O senhor tratou sobre isso com o ministro do Planejamento? Qual foi a pauta da audiência?

Não tratei. Nossa conversa foi só sobre o Maranhão, temas de interesse do estado, investimentos na área do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), tanto o PAC 1 como o PAC 2, e também o Porto de Itaqui. Nós temos interesse no Programa de Investimento em Logística (PIL), que prevê que duas áreas do Porto de Itaqui sejam alvo de uma licitação para que haja investimentos privados.

E eu vim reafirmar o interesse do estado para que haja, de fato, essa licitação. Vai fortalecer ainda mais a competitividade deste porto, que já é o porto principal do Arco Norte do país.

O ex-presidente José Sarney, a cujo grupo o senhor faz oposição ferrenha no Maranhão, tem sido muito procurado pelo governo federal e pelos peemedebistas nos últimos meses para discutir crises. Essa procura não é maior do que o esperado ou merecido?

Ele é uma liderança do PMDB, isso é indiscutível. E acho legítimo que os aliados, sobretudo do PMDB, que é o partido dele, o considerem, ouçam sua opinião. Apenas me parece que cabe a nós, da esquerda política do país, encontrar caminhos que não sejam uma pactuação à direita, como infelizmente esses setores propõem.

Para que a chamada “Ponte para o Futuro” (nome do documento lançado pelo PMDB no ano passado com sugestões para o desenvolvimento do país e que prometeu ter itens acolhidos pelo Executivo) não termine se transformando num projeto que, em vez disso, aponte para o passado.