Dilma demite ministro da saúde e entrega a 7ª pasta ao PMDB

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A presidente Dilma Rousseff demitiu por telefone nesta terça-feira (29) o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

Em uma conversa fria, ela afirmou ao petista que ele fica no cargo até quinta (1°), data em que deve ser anunciada a nova configuração da Esplanada dos Ministérios. Segundo relatos, a petista ficou irritada com declarações recentes do ministro à imprensa e com a suspeita de que ele estaria trabalhando para se manter no cargo junto a médicos sanitaristas e profissionais do ramo da saúde.

Na semana passada, o ministro já havia reunido sua equipe de secretários para falar de sua saída do cargo. O encontro foi realizado no mesmo dia em que o Palácio do Planalto informou ao ministro que seu posto seria oferecido ao PMDB na reforma administrativa.

Na época, Chioro chegou a se queixar de que se sentia “rifado” pelo governo federal. O nome mais cotado para assumir a Saúde é do deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PI). O parlamentar é formado em medicina e especializado em psiquiatria. Chioro não é o primeiro ministro dos governos petistas demitido por telefone.

Em 2004, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva exonerou da mesma forma o então ministro da Educação, Cristovam Buarque, que passava férias em Portugal. Chateado, Cristovam avaliou como uma “desconsideração” ter sido demitido pelo telefone.

Da Folha

“Eu só roubei a lotérica e o PT roubou o país inteiro”, diz ladrão preso

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O homem preso em flagrante após assaltar, na tarde desta quinta-feira (17), a lotérica Pina, na Rua Castro Alves, centro de Ipiaú-BA, usou um argumento inusitado para se defender do crime. Ao ser apresentado na delegacia pela polícia militar, ele teria dito. “Eu só roubei a lotérica, o PT roubou o país inteiro”.

Valnei de Jesus Gomes, de 30 anos, morador da cidade de Castro Alves, foi preso ao tentar fugir da polícia militar que frustrou o roubo ao estabelecimento comercial. Na fuga ele invadiu uma lanchonete na Rua Dois de Julho. A PM cercou o local e o prendeu.

Com ele foram apreendidos um revólver calibre 32 e uma faca. O montante roubado pelo rapaz, R$ 5.177,75 (cinco mil, cento e setenta e sete reais e setenta e cinco centavos) foi recuperado.

Valnei está custodiado no Complexo Policial de Ipiaú.

Da Jacobina Notícias

Cunha recebe principal pedido de impeachment contra Dilma

Cunha e Dilma

Revista Época – O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), recebeu nesta quinta-feira (17) o aditamento ao principal pedido de impeachment contra Dilma Rousseff.

Com a presença de dissidentes da base governista, dos principais líderes das bancadas de oposição e de líderes de movimentos de rua pró-impeachment, a entrega do documento pelo jurista Miguel Reale Jr. e por uma filha do ex-fundador do PT Hélio Bicudo, que representou o pai, foi seguida por discursos contra Dilma e o governo.

Adversário declarado do governo, Cunha abriu seu gabinete para o recebimento do documento. A imprensa foi liberada para acompanhar o ato na sala da presidência da Câmara, medida que nem sempre acontece nesse tipo de situação.

Todos os outros pedidos de impeachment -inclusive o original de Bicudo, que foi devolvido para correções formais- foram apresentados nos departamentos técnicos da Câmara.

Cunha negou que a atitude tenha sido diferente da que adota quando lideranças da Casa ou movimentos sociais solicitam. “Recebi em audiência os líderes que me pediram audiência. Aqui recebo a todos. Os movimentos já vieram aqui várias vezes e todas as vezes que vieram e me pediram, eu recebi”, justificou.

“Lutamos contra a ditadura dos fuzis, agora lutamos contra a ditadura da propina”, discursou Reale Jr. logo após passar às mãos de Cunha o aditamento. O advogado defende que irregularidades cometidas em mandato anterior são passíveis de serem usadas para questionar o atual mandato de Dilma.

O jurista vinha elaborando já faz algum tempo parecer para embasar um pedido de impeachment encabeçado pelo PSDB de Aécio Neves. A oposição, porém, decidiu encampar o pedido de Bicudo.

Em sua fala, a filha do ex-petista, Maria Lúcia Bicudo, cobrou ética e coerência. “Basta de mentiras.”

Também estiveram no ato na presidência da Câmara líderes do Vem pra Rua (Rogério Chequer), do Movimento Brasil Livre (Fernando Holiday) e NasRuas (Carla Zambelli). Em suas falas, eles cobraram pressa de Cunha na análise do pedido contra a petista e ainda criticaram os deputados que não apoiam a saída de Dilma.

“A história haverá de cobrar dos senhores a covardia, o esconderijo. Tenho certeza que muitos outros ainda perceberão o que o povo quer, e que é a saída do PT”, afirmou Holiday.

FUNÇÃO INSTITUCIONAL

Cunha fez um discurso protocolar, de que cumprirá sua função institucional. Ele procurou não demonstrar reação aos fortes discursos anti-PT e anti-Dilma. Um dos poucos momentos em que sorriu foi quando o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP) afirmou que a gravata do peemedebista, de uma cor verde viva, trazia muita “esperança” aos oposicionistas.

Além do Solidariedade, o ato foi encorpado pelo PSDB -Reale e a filha de Bicudo chegaram à Câmara trazidos pelo líder da bancada tucana, Carlos Samapaio (SP), e pelo líder da oposição na Casa, Bruno Araújo (PE)-, pelo DEM e por dissidentes do PMDB -os deputados Jarbas Vasconcelos (PE), Lúcio Vieira Lima (BA) e Darcísio Perondi (RS).

Réplicas do “Pixuleko” -boneco do ex-presidente Lula vestido de presidiário- foram trazidas por manifestantes, mas Sampaio desaconselhou que eles fossem levados para dentro do gabinete de Cunha.

“Amigos, hoje não é o dia para isso”, aconselhou. Logo que se afastou, alguém reclamou: “Pô, impeachment sem ‘Pixuleko’ não dá”.

TRAMITAÇÃO

Cabe a Cunha decidir se dá ou não sequência aos pedidos de impeachment protocolados na Casa. Pela discussão de bastidores que mantém com a oposição, ele indica que rejeitará todos, abrindo caminho para que a oposição faça um recurso ao plenário da Câmara.

Caso a maioria dos presentes à sessão seja favorável ao pedido, ele segue para análise de uma comissão especial, que emitirá parecer ao plenário. Dilma é afastada se pelo menos 342 dos 513 deputados entenderem que há elementos para abertura do processo de impedimento.

Já existe, inclusive, um acordo sobre os procedimentos a serem adotados assim que os partidos de oposição apresentarem o pedido de impeachment do jurista paulista.

Em uma operação casada, as três CPIs da Câmara dos Deputados controladas por Cunha -Petrobras, BNDES e Fundos de Pensão- devem colocar em votação simultânea requerimentos polêmicos, entre eles a convocação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O movimento tem como objetivo forçar a tropa de choque governista a concentrar sua atuação nas comissões de inquérito e forçar seu afastamento do plenário da Casa Legislativa, tirando seu foco da votação do recurso de impeachment da presidente que precisa dos votos da maioria simples para ser aprovado.

PT e PDT dão passo importante rumo a 2016 em Imperatriz

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No último final de semana, na sede do Diretório Municipal do PDT, a deputada federal e pré-candidata a prefeita de Imperatriz, Rosângela Curado, reuniu-se com lideranças do PT local.

Convidado para reunião agendada pela própria deputada Rosângela, a sua primeira no mandato e após a Convenção Estadual do PDT realizada no dia 28 de agosto – onde foi indicada como pré-candidata ao Palácio Municipal da Rua Rui Barbosa, o PT se fez representar pelo presidente do Diretório Municipal, Professor Jorge, Vereador Aurélio, Professor Expedito Barroso, Professor André Santos, Professor Luis Fernando Pinto, Assistente Social Jonas Alves, Agente Pública Socorro Fonseca e o assessor parlamentar Natalino Lucena.

Além da deputada, participaram da reunião as lideranças do PDT, ex vice-prefeito e agente público Jean Carlo, jornalista Josevam Marques, e o médico e ex-secretário de Saúde Dr. Dantas.

Na pauta, a conjuntura política nacional estadual e municipal, a frente de partidos de apoio e sustentação ao Governo Flávio Dino e os seus desenhos no município, e as eleições municipais – majoritária e proporcional.

As ações planejadas do mandato da deputada nos próximos quatro meses na Câmara dos Deputados foram objeto de um proveitoso debate, onde ficou acordado o aditamento às ações do mandato da Deputada as sugestões propostas pelo PT. Já se comprometendo, inclusive, com propostas encaminhadas pelo vereador Aurélio.

No cenário eleitoral, a reunião foi avaliada como bastante proveitosa pelos dois partidos que além de aliados históricos, apresentam convergência no fato de que a retomada do aprimoramento do planejamento e execução das políticas públicas com transparência, participação popular, controle social, governança cidadã e desenvolvimento sócio-econômico a todos, devem se constituir no motor de uma Imperatriz mais humana, cidadã e alegre.

Agora, as conversas continuam nas lides partidárias, visando ao fortalecimento e engajamento dos partidos na corrida sucessória, ressaltando-se que os partidos possuem quadros políticos credenciados. (PT/IMP).

A mobilização de Américo…

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Américo de Sousa se movimenta no tabuleiro da sucessão

Engana-se quem pensa que o pré-candidato a prefeito Américo de Sousa (PT) se mantém distante das movimentações que integram o jogo da sucessão em Coelho Neto… muito pelo contrário.

Apesar de um certo “fogo amigo” tentar passar a idéia de que o mesmo é avesso ao diálogo, as informações que chegam ao Blog é de que o petista tem conversado e muito com lideranças, submetendo o seu nome para a avaliação.

Em seu primeiro evento para discutir a sucessão durante reunião do PPS, Américo se mostrou a favor da união dos nomes da oposição para repetir o fato que ocorrera em 2010, quando os oposicionistas aprovaram seu nome como único candidato.

Uma das situações mais comentadas é de que Américo se recusaria a endossar a pré-candidatura do suplente de deputado federal Cláudio Furtado (PCdoB), embora ainda não tenha se manifestado sobre isso publicamente. Sem citar nomes, o petista tem dito em rodas de conversa que não aceita “qualquer projeto alheio aos nomes dos que integram a oposição em Coelho Neto”. Para bom entendedor meia palavra basta…

Segundo seus interlocutores o petista se mantém longe dos holofotes porque acredita que esse é o tempo das conversações com as lideranças e a busca de apoios dos partidos para o que ele considera como “um projeto que não é individual e sim coletivo”.

Dos atuais nomes, Américo de Sousa é considerado como o principal adversário do grupo liderado pelo Prefeito Soliney Silva (PRTB).

Dilma discute cenário político com ministros no Alvorada antes da vinda à São Luís

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A presidente Dilma Rousseff se reuniu na noite deste domingo (9), no Palácio da Alvorada, em Brasília, com ministros da coordenação política do governo para avaliar o cenário atual e definir estratégias para enfrentar a crise. A reunião começou por volta das 19h30 e terminou por volta das 22h.

No total, 13 ministros estavam presentes: José Eduardo Cardozo (Justiça), Aloizio Mercadante (Casa Civil), Joaquim Levy (Fazenda), Eliseu Padilha (Aviação Civil), Gilberto Kassab (Cidades), Jaques Wagner (Defesa), Nelson Barbosa (Planejamento), Ricardo Berzoini (Comunicações), Antônio Carlos Rodrigues (Transportes), Aldo Rebelo (Ciência e Tecnologia), Eduardo Braga (Minas e Energia), Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência) e Edinho Silva (Comunicação Social).

O vice-presidente da República, Michel Temer, e os líderes do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), e no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), também participaram da reunião.

Na quinta-feira (6) à noite, Dilma recebeu o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para uma conversa, onde ele voltou a defender o enxugamento da máquina estatal.
Além de dificuldades na política, Dilma enfrenta um momento delicado na economia do país, com reflexos na sua popularidade, que vive o pior momento. Segundo o instituto Datafolha, o governo Dilma tem o maior índice de reprovação (71%) desde a redemocratização do país.

Reunião antecipada

Normalmente, a reunião da coordenação política ocorre às segundas-feiras, mas foi antecipadaporque, nesta segunda-feira (10), a presidente tem compromisso em São Luís (MA), onde entregará unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida e participará da inauguração do Terminal de Grãos do Maranhão, no Porto de Itaqui.

Do G1

PDT anuncia saída da base do governo federal…

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O PDT anunciou nesta quarta-feira (5) a saída de seus deputados da base aliada. Em discurso no plenário, o líder da bancada na Câmara, André Figueiredo, comunicou o rompimento. O partido tem 19 deputados e, desde o início da votação do ajuste fiscal, tem sido acusado pelos governista de ser um dos responsáveis pelas derrotas no plenário. Segundo Figueiredo, o partido adotará uma postura “independente”.

De acordo com Figueiredo, a decisão de deixar a base já foi comunicada ao presidente do partido, Carlos Lupi, e ao ministro do Trabalho, Manoel Dias. O deputado relatou que a deliberação foi aprovada por Lupi. Ainda segundo Figueiredo, Dias teria dito que agora o partido precisa definir os próximos passos. Para isso, a bancada da Câmara se reunirá com os senadores do partido nesta quinta (6).

Do site 247

Lava Jato leva Dirceu de volta para a cadeia

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Nove meses após deixar o presídio da Papuda para cumprir prisão domiciliar, o ex-ministro-chefe da Casa Civil e mensaleiro condenado José Dirceu volta para a cadeia nesta segunda-feira. Ele foi preso preventivamente pela Polícia Federal na 17ª fase da Operação Lava Jato e será transferido para a carceragem do órgão em Curitiba – cidade em que outro petista ilustre, o ex-tesoureiro do partido João Vaccari Neto, está preso desde abril. O nome desta fase da Lava Jato – Pixuleco – faz referência justamente ao termo que Vaccari usava para se referir ao dinheiro de propina com que a empreiteira UTC abastecia o caixa do PT. Foi preso também o irmão de Dirceu, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, na cidade paulista de Ribeirão Preto.

O ex-ministro chegou pouco antes das 8h30 na Superintendência da PF em Brasília, em um camburão. A prisão de José Dirceu na Lava Jato era iminente – e ele sabia disso. Em um sinal de que ele não seria levado pela Polícia Federal sem um embate jurídico, a defesa do petista chegou a apresentar pedidos de habeas corpus preventivo. O recurso foi negado sumariamente e, no mérito, também rejeitado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Dirceu cumpria prisão domiciliar em Brasília por ter sido condenado no julgamento do mensalão por corrupção ativa. Ele foi preso no início desta manhã após o juiz federal Sergio Moro ter determinado sua prisão preventiva – situação em não há tempo pré-determinado para a detenção.

‘Bob’ – Ao longo de mais de 500 dias da Operação Lava Jato, os indícios de participação de José Dirceu no esquema são vastos. A exemplo do deputado cassado Pedro Correa, mensaleiro como ele e também detido na Lava Jato, Dirceu foi apontado como destinatário de polpudas propinas pagas por empreiteiros ao longo de anos. Os favores entre os gigantes da construção e o ex-ministro eram camuflados, segundo o Ministério Público, em contratos falsos de consultoria por meio da empresa JD Consultoria e Assessoria, criada para simular a prestação de serviços de prospecção de negócios. A defesa de José Dirceu nega irregularidades e diz que a JD realmente prestou os serviços contratados.

Cinco gigantes da construção civil que integram o já notório Clube do Bilhão desembolsaram, no período de 2006 a 2013, pelo menos 8 milhões de reais para a JD Consultoria. Os valores são ainda maiores se somadas outras empreiteiras também citadas no escândalo do petrolão, como a Egesa, que transferiu sozinha 480.000 reais, e a Serveng, que liberou 432.000 reais para a JD. De acordo com documentos da Receita Federal, as empresas de construção foram generosas com os serviços de consultoria do ex-homem-forte do governo Lula: a OAS pagou quase 3 milhões de reais à empresa de Dirceu, com parcelas anuais de 360.000 reais. A UTC transferiu 2,3 milhões de reais. Engevix (1,1 milhão de reais), Galvão Engenharia (750.000 reais) e Camargo Corrêa (900.000) completam a lista de “clientes” da consultoria de José Dirceu. A relação entre José Dirceu e os financiadores do esquema do petrolão não para por aí: José Dirceu, registrado como “Bob” nas anotações dos empreiteiros apreendidas na Lava Jato, teve até um imóvel da filha em São Paulo pago pelo lobista Milton Pascowitch.

Na mira – A já complicada situação de José Dirceu se deteriorou ainda mais depois que os ex-companheiros do petista, que por anos o abasteceram com dinheiro, acabaram como delatores do petrolão e reforçaram os indícios de participação do petista no esquema que fraudou mais de 6 bilhões de reais em contratos. Além de Pascowitch ter apontado o caminho que levou à prisão do ex-ministro, outros depoimentos sobre os tentáculos do PT não deixam de ser menos espantosos: o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco estimou que o PT recebeu até 200 milhões de dólares em dinheiro sujo do esquema, enquanto o ex-vice-presidente comercial da gigante Camargo Corrêa, Eduardo Leite, afirmou às autoridades que a empresa pagou 63 milhões de reais para a diretoria de Serviços, então comandada por Renato Duque, aliado de Dirceu, e outros 47 milhões de reais para a Diretoria de Abastecimento da Petrobras.

Condenado no julgamento do mensalão por corrupção ativa, José Dirceu já era alvo de inquérito na Lava Jato. Ele teve os sigilos fiscal e bancário quebrados em janeiro após o Ministério Público, em parceria com a Receita Federal, ter feito uma varredura nas empreiteiras investigadas na lava Jato em busca de possíveis crimes tributários praticados pelos administradores da OAS, Camargo Correa, UTC/Constran, Galvão Engenharia, Mendes Junior, Engevix e Odebrecht. Os investigadores já haviam concluído que as empreiteiras cujas cúpulas são alvo de ações penais na Lava Jato, unidas em um cartel fraudaram contratos para a obtenção de obras da Petrobras, utilizavam empresas de fachada para dar ares de veracidade à movimentação milionária de recursos ilegais. Mas foi ao se debruçar sobre os lançamentos contábeis das empreiteiras, entre 2009 e 2013, que o Fisco encontrou o nome da consultoria de José Dirceu como destinatária de “expressivos valores” das empreiteiras.

Pixuleco – Na 17ª fase da Operação Lava Jato, cerca de 200 agentes cumprem quarenta mandados em Brasília e nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro: 26 de busca e apreensão, três de prisão preventiva, cinco de temporária e seis de condução coercitiva. A Justiça decretou, ainda, o sequestro de imóveis e bloqueio de ativos financeiros dos alvos da investigação. Entre os crimes investigados estão corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. De acordo com a PF, a Pixuleco mira “pagadores e recebedores de vantagens indevidas oriundas de contratos com o Poder Público”.

Em depoimento prestado em acordo de delação premiada, o empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC, contou que conheceu Vaccari durante o primeiro governo Lula, mas foi só a partir de 2007 que a relação entre os dois se intensificou. Conforme revelou VEJA, o tesoureiro, segundo Pessoa, não gostava de mencionar a palavra propina, suborno, dinheiro ou algo que o valha. Por pudor, vergonha ou por mero despiste, ele buscava o “pixuleco”. Assim, a reunião na sede da empreiteira terminava com a mochila do tesoureiro cheia de “pixulecos” de 50 e 100 reais. Mas, antes de sair, um último cuidado, segundo narrou Ricardo Pessoa: “Vaccari picotava a anotação e distribuía os pedaços em lixos diferentes”.

Da Veja

Agora é tarde! Maranhenses se dizem arrependido do voto dado à Dilma…

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Elvira Lobato, do O Globo

PINDARÉ-MIRIM, IGARAPÉ DO MEIO, OLHO D’ÁGUA DAS CUNHÃS, ROSÁRIO E ALTO ALEGRE DO MARANHÃO — A popularidade da presidente Dilma Rousseff despencou em povoados pobres do Maranhão, onde, há apenas oito meses, ela obteve mais de 80% dos votos válidos no segundo turno da eleição. A crise econômica, o descumprimento de promessas de campanha e a corrupção na Petrobras revelada pela Operação Lava-Jato são criticados por moradores em conversas em frente a casebres de barro e telhados de palha.

O descontentamento é explicitado também nas casas de produção artesanal de farinha, onde famílias e pequenos produtores tiram da mandioca seu alimento básico.

Reações de decepção e revolta foram registradas em cinco municípios: Igarapé do Meio, Pindaré-Mirim, Alto Alegre do Maranhão, Rosário e Olho D’Agua das Cunhãs. Em todos, Dilma obteve votação avassaladora no segundo turno: 89,06%, 87,22%, 85,44%, 87,58% e 88,23%, respectivamente.

Basta abordar os moradores para ouvir as críticas. Jerônimo Nogueira, de 53 anos, pequeno produtor rural de Alto Alegre do Maranhão, a 250 quilômetros de São Luís, diz-se “arrasado” com a situação do país. Em sua propriedade de 50 hectares, ele produz mandioca, milho, feijão e arroz e tem um pequeno rebanho de 15 vacas.

— A situação está muito difícil. A gente produz e não consegue vender. A presidente poderia cuidar da população, mas fica brigando por poder — afirmou Jerônimo

Desempenho de DIlma no MAO GLOBO localizou dois empregados diaristas na casa de farinha do agricultor Luiz Pinto, de 68 anos. Todos os elos da cadeia produtiva reclamavam da situação do país. Um dos empregados, Manoel Rodrigo do Nascimento, de 32, que recebe R$ 15 por saco produzido, queixou-se da conta de luz. Disse que tem uma geladeira pequena, uma TV “que só pega na pancada” e ventilador, e que pagou R$ 88 este mês:

— Quem trabalha não tem valor — deduziu.

O dono da casa de farinha, que fica com 10% da produção, afirmou ter mais de 20 sacos estocados sem comprador.

Raimundo Alves, de 64, tem uma casa de farinha em Igarapé do Meio (a 162 quilômetros de São Luís) também usada por pequenos produtores locais. Ao mostrar seu estoque de farinha sem comprador, disse que começou a vender fiado. Em relação à presidente avalia que ela “se perdeu” e que a corrupção é a principal causa dos problemas.

No pequeno povoado de Telêmaco, no município de Olho Dágua das Cunhãs, a 287 quilômetros de São Luís, o vaqueiro Raimundo Nonato Rodrigues, de 42 anos, acompanha as notícias pela TV. Ele disse que não entende por que tudo desandou de repente:

— Eu me sinto traído. Dilma apontou um rumo durante a campanha e mudou tudo depois que ganhou a eleição. (…) Se a presidente se candidatar outra vez vai sofrer uma derrota muito grande no Maranhão.

Segundo o vaqueiro, Dilma é vista no povoado como corresponsável pelo desvio de dinheiro da Petrobras, por não ter impedido o desvio.

— O roubo na Petrobras foi uma falta de vergonha dos políticos. Sou pai de família e meus filhos ficariam envergonhados se eu fizesse algo errado. O país está envergonhado — disse o lavrador Antônio Ferreira Cruz, de 37 anos, do povoado de Telêmaco.

“PERGUNTA QUEM TEM R$ 100?”

Trabalhador braçal, sem vínculo empregatício, Antônio recebe diária de R$ 35 para roçar pastos em fazendas da região, contratado por intermediários de mão de obra, chamados pelos trabalhadores de “empeleiteiros” (empreiteiros). Com a crise, o trabalho escasseou. Ele teme passar fome .

— Pergunta no povoado quem tem R$ 100? Não vai achar. Falam em bilhões roubados da Petrobras, e a gente sobrevivendo na marra.

Para o carpinteiro José Francisco da Conceição, de 32 anos, do povoado de Taboca, em Olho DÁgua das Cunhãs, o povo está pagando pelo escândalo da Petrobras.

Detalhes de uma máfia que sangra o Brasil…

Abre VEJA - Revelações de Pessoa

 

A economia vai mal. Muito mal. Mas a política está muito pior. É discutível se a crise econômica piora a política, mas é certo que a crise política piora a economia. É a fraqueza do governo que dá as cartas. Dilma não sabe o que dizer, o que fazer, o que anunciar. E, um ano e três meses depois de iniciada a operação Lava Jato — depois de muitos desacertos, ainda em curso, protagonizados também pela Procuradoria-Geral da República, sob o comando de Rodrigo Janot, e pelo juiz Sergio Moro —, eis que cai a máscara, eis que a verdade se desnuda: UMA VERDADEIRA MÁFIA TOMOU CONTA DO ESTADO BRASILEIRO. E ELA PRECISA SER TIRADA DE LÁ PELA LEI.

Vá à banca mais próxima e adquira um documento: a edição desta semana da revista VEJA. Em 12 páginas, você lerá, no detalhe, como atuou — atua ainda? — a máfia que tomou conta do Brasil e como se construiu o establishment político que nos governa. O empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC e ex-amigo pessoal de Luiz Inácio Lula da Silva, resolveu contar tudo. Ficou preso mais de cinco meses. Só fez o acordo de delação premiada depois de ter deixado a cadeia. ESTE BLOGUEIRO FALASTRÃO, COMO LULA ME CLASSIFICOU NO CONGRESSO DO PT, SENTE-SE, DE ALGUM MODO, VINGADO. Vingado também contra as hostes da desqualificação e do cretinismo da esquerda e da direita burra e desinformada. NÃO HÁ NEM NUNCA HOUVE CARTEL DE EMPREITEIRAS, COMO SEMPRE SUSTENTEI. O QUE SE CRIOU NO BRASIL FOI UMA ESTRUTURA MAFIOSA DE ACHAQUE.

É claro que as empreiteiras praticaram crimes também. Mas não o de formação de cartel. Insistir na tese do cartel CORRESPONDE A NEGAR A ESSÊNCIA DO MODELO QUE NOS GOVERNA.

Achaque Edinho

O achaque

VEJA teve acesso ao conteúdo da delação premiada de Ricardo Pessoa, homologada pelo ministro Teori Zavascki. É demolidor. Segue, em azul, um trecho do que vai na revista:

Em cinco dias de depoimentos prestados em Brasília, Pessoa descreveu como financiou campanhas à margem da lei e distribuiu propinas. Ele disse que usou dinheiro do petrolão para bancar despesas de dezoito figuras coroadas da República. Foi com a verba desviada da estatal que a UTC doou dinheiro às campanhas de Lula em 2006 e de Dilma em 2014. Foi com ela também que garantiu o repasse de 3,2 milhões de reais a José Dirceu, uma ajudinha providencial para que o mensaleiro pagasse suas despesas pessoais.

A UTC ascendeu ao panteão das grandes empreiteiras nacionais nos governos do PT. Ao Ministério Público, Pessoa fez questão de registrar que essa caminhada foi pavimentada com propinas. O empreiteiro delatou ao STF essas somas que entregou aos donos do poder, segundo ele, mediante achaques e chantagens. Relatou que teve três encontros em 2014 com Edinho Silva, tesoureiro da campanha de Dilma e atual ministro de Comunicação Social.

Nos encontros, disse, ironicamente, ter sido abordado “de maneira bastante elegante”. Contou ele: “O Edinho me disse: ‘Você tem obras na Petrobras e tem aditivos, não pode só contribuir com isso. Tem que contribuir com mais. Eu estou precisando”. A abordagem elegante lhe custou 10 milhões de reais, dados à campanha de Dilma. Um servidor do Palácio chamado Manoel de Araújo Sobrinho acertou os detalhes dos pagamentos (…).

Documentos entregues pelo empresário mostram que foram feitos dois depósitos de 2,5 milhões de reais cada um, em 5 e 30 de agosto de 2014. Depois dos pagamentos, Sobrinho acertou com o empreiteiro o repasse de outros 5 milhões para o caixa eleitoral de Dilma. Pessoa entregou metade do valor pedido e se comprometeu a pagar a parcela restante depois das eleições. Só não cumpriu o prometido porque foi preso antes.
(…)

Retomo

Edinho, claro, nega. Será preciso agora saber quem é o tal Manoel Araújo Sobrinho, que tem de ser convocado pela CPI nas primeiras horas da segunda-feira. Ricardo Pessoa sempre foi considerado o homem-bomba do caso, muito especialmente por Lula e pelo Palácio do Planalto. Ele é apontado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público como o coordenador do “Clube do Bilhão”. O nome é meio boboca, e duvido que tenha existido algo parecido. Mas é inegável que ele exercia uma espécie de liderança política entre os empresários.

Escrevi aqui umas quinhentas vezes que INSISTIR NA TESE DO CARTEL CORRESPONDIA A NEGAR A NATUREZA DO JOGO. Empresas, quando se cartelizam, fazem uma vítima do outro lado. Sim, as vítimas da roubalheira são os brasileiros, é inegável. Mas, do outro lado da negociação com as empreiteiras, estava a Petrobras, a contratadora única, que determinava os preços, e no comando da empresa, a máfia que tomou conta do governo e impunha as suas vontades.

Achque caneco

Máfia cachaceira

Quando falo em máfia, não forço a mão nem recorro a uma figura de linguagem. Havia até senha secreta para entregar dinheiro aos petistas, segundo Ricardo Pessoa. As palavras, nem poderia ser diferente, referem-se, vamos dizer, ao universo alcoólico. Tudo compatível com um Poderoso Chefão chamado “Brahma”. Leiam esta passagem da reportagem, em que o empreiteiro conta como era entregue O DINHEIRO VIVO AO TESOUREIRO DA CAMPANHA DE LULA, EM 2006.

Segundo o empreiteiro Ricardo Pessoa, a UTC contribuiu com 2,4  milhões de reais em dinheiro vivo para a campanha à reeleição de Lula, numa operação combinada diretamente com José de Filippi Júnior, que era o tesoureiro da campanha e hoje trabalha como secretário de Saúde da cidade de São Paulo.

Para viabilizar a entrega do dinheiro e manter a ilegalidade em segredo, o empreiteiro amigo de Lula e o tesoureiro do presidente-candidato montaram uma operação clandestina digna dos enredos rocambolescos de filmes sobre a máfia. Pessoa contou aos procuradores que ele, o executivo da UTC Walmir Pinheiro e um emissário da confiança de ambos levavam pessoalmente os pacotes de dinheiro ao comitê da campanha presidencial de Lula. Para não chamar a atenção de outros petistas que trabalhavam no local, a entrega da encomenda era precedida de uma troca de senhas entre o pagador e o beneficiário.

Ao chegar com a grana, Pessoa dizia “tulipa”. Se ele ouvia como resposta a palavra “caneco”, seguia até a sala de Filippi Júnior. A escolha da senha e da contrassenha foi feita por Pessoa com emissários do tesoureiro da campanha de Lula numa choperia da Zona Sul de São Paulo. Antes de chegar ao comitê eleitoral, a verba desviada da Petrobras percorria um longo caminho. Os valores saíam de uma conta na Suíça do consórcio Quip, formado pelas empresas UTC, Iesa, Camargo Corrêa e Queiroz Galvão, que mantém contratos milionários com a Petrobras para a construção das plataformas P-53, P-55 e P-63.

Em nome do consórcio, a empresa suíça Quadrix enviava o dinheiro ao Brasil. A Quadrix também transferiu milhares de dólares para contas de operadores ligados ao PT. Pessoa entregou aos investigadores as planilhas com todas as movimentações realizadas na Suíça. Os pagamentos via caixa dois são a primeira prova de que o ex-presidente Lula foi beneficiado diretamente pelo petrolão.

Até agora, as autoridades tinham informações sobre as relações lucrativas do petista com grandes empreiteiras investigadas na Operação Lava-Jato, mas nada comparável ao testemunho e aos dados apresentados pelo dono da UTC. Depois de deixar o governo, Lula foi contratado como palestrante por grandes empresas brasileiras. Documentos obtidos pela Polícia Federal mostram que ele recebeu cerca de 3,5 milhões de reais da Camargo Corrêa. Parte desse dinheiro foi contabilizada pela construtora como “doações” e “bônus eleitorais” pagos ao Instituto Lula. Conforme revelado por VEJA, a OAS também fez uma série de favores pessoais ao ex-presidente, incluindo a reforma e a construção de imóveis usados pela família dele. UTC, Camargo Corrêa e OAS estão juntas nessa parceria. De diferente entre elas, só as variações dos apelidos, das senhas e das contrassenhas. “Brahma”, “tulipa” e “caneco”, porém, convergem para um mesmo ponto.

Vaccari pixuleco

Pixuleco

Leiam a reportagem da VEJA. Ao longo de 12 páginas, vocês vão constatar que o país foi literalmente assaltado por ladrões cínicos e debochados. João Vaccari Neto, o ex-tesoureiro do PT que foi objeto de um desagravo feito pela Executiva Nacional do partido na quinta, depois de um encontro de Rui Falcão com Lula, chamava a propina de “pixuleco”. Segue um trecho.

O empreiteiro contou que conheceu Vaccari durante o primeiro governo Lula, mas foi só a partir de 2007 que a relação entre os dois se intensificou. Por orientação do então diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, um dos presos da Operação Lava-Jato, Pessoa passou a tratar das questões financeiras da quadrilha diretamente com o tesoureiro. A simbiose entre corrupto e corruptor era perfeita, a ponto de o dono da UTC em suas declarações destacar o comportamento diligente do tesoureiro: “Bastava a empresa assinar um novo contrato com a Petrobras que o Vaccari aparecia para lembrar: ‘Como fica o nosso entendimento político?’”. A expressão “entendimento político”, é óbvio, significava pagamento de propina no dialeto da quadrilha. Aliás, propina não.

Vaccari, ao que parece, não gostava dessa palavra. Como eram dezenas de contratos e centenas as liberações de dinheiro, corrupto e corruptor se encontravam regularmente para os tais “entendimentos políticos”. João Vaccari era conhecido pelos comparsas como Moch, uma referência à sua inseparável mochila preta. Ele se tornou um assíduo frequentador da sede da UTC em São Paulo. Segundo os registros da própria empreiteira, para não chamar atenção, o tesoureiro buscava “as comissões” na empresa sempre nos sábados pela manhã.

Ele chegava com seu Santa Fé prata, pegava o elevador direto para a sala de Ricardo Pessoa, no 9º andar do prédio, falava amenidades por alguns minutos e depois partia para o que interessava. Para se proteger de microfones, rabiscava os valores e os porcentuais numa folha de papel e os mostrava ao interlocutor. O tesoureiro não gostava de mencionar a palavra propina, suborno, dinheiro ou algo que o valha. Por pudor, vergonha ou por mero despiste, ele buscava o “pixuleco”. Assim, a reunião terminava com a mochila do tesoureiro cheia de “pixulecos” de 50 e 100 reais. Mas, antes de sair, um último cuidado, segundo narrou Ricardo Pessoa: “Vaccari picotava a anotação e distribuía os pedaços em lixos diferentes”. Foi tudo filmado.

Retomo

Aí está apenas parte dos descalabros narrados por Ricardo Pessoa. E agora? Até havia pouco, parecia que o petrolão era fruto apenas de empresários malvados, reunidos em cartel, que decidiram se associar a três funcionários corruptos da Petrobras — tese de Dilma, por exemplo — e a alguns parlamentares, a maioria de segunda linha, para roubar o país. Faltava o cérebro dessa operação, que sempre esteve no Poder Executivo.

Eis aí. Nunca houve cartel. Eu estava certo! O depoimento de Ricardo Pessoa — que não se deixou constranger pela prisão preventiva e que, tudo indica, confessou o que quis, não o que queriam ele confessasse — REVELA A REAL NATUREZA DO JOGO.

Ainda não terminei. Em outro post, vou chamar Rodrigo Janot e o juiz Sergio Moro para um papinho sobre lógica elementar.

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Por Reinaldo Azevedo