Filiação confirmada, o pré-candidato a prefeito Antônio Bacelar (PCdoB), tem intensificado as movimentações em torno da divulgação do seu nome visando ocupar a principal cadeira do Executivo em Coelho Neto.
Acompanhado da ex-prefeita Márcia Bacelar – sua mais forte cabo eleitoral – o neo-comunista tem participado de reuniões, visitas e atividades diversas, tanto na zona urbana, quanto na zona rural.
Em todos os eventos ele tem falado do fortalecimento de sua pré-candidatura e destacado o projeto de unidade construído entre os principais nomes da oposição.
Todas essas movimentações fazem parte do acordo firmado entre oposicionistas, de que o primeiro colocado na pesquisa será o (a) escolhido.
Bacelar corre contra o tempo para garantir boa pontuação e sonhar com o retorno ao poder.
Cláudio Furtado: reconhecimento dos demais membros da oposição
Há uma semana atrás praticamente, o Subsecretário de Articulação Política do Estado Cláudio Furtado protagonizava um importante capítulo do jogo da sucessão em Coelho Neto, ao referendar a filiação do ex-deputado Antônio Bacelar no PCdoB.
Já havia feito o mesmo gesto com Antônio Pires no mês passado, quando o vereador decidiu romper com o governo municipal e buscar filiação a um dos partidos ligados a oposição.
Sem se importar muito com os questionamentos dos motivos que levariam a sigla dispor de três pré-candidatos, ele garantiu que a unidade estava em jogo.
Aos 44 anos e na iminência de disputar sua segunda campanha eleitoral, Cláudio Furtado surpreendeu a correligionários e amigos neste sábado (09), ao anunciar sua desistência da pré-campanha de candidato a prefeito.
“Não tenho vaidade em ser prefeito, prefiro retirar minha pré-candidatura para abrir caminho em favor da união da oposição”, disse ele em tom categórico. Seguramente que a decisão causou impacto nos aliados mais fervorosos e surpreendeu os adversários.
Por trás de todo esse pano de fundo, Furtado teve a decisão referendada por uma “voz mais forte” que soou do Palácio dos Leões, que em resposta gesto de grandeza do aliado, o designou para coordenar na microrregião de Coelho Neto as campanhas alinhadas ao governador Flávio Dino.
Além da carta branca que dispõe junto ao Executivo estadual, a decisão do comunista foi tomada usando uma boa dose de habilidade, desprendimento e traquejo político. Sua postura madura repercutiu dentro do Palácio e fora dele.
Com a atitude, Cláudio Furtado sai maior que entrou.
O discurso de Fernando Furtado foi gravado em 4 de julho na cidade de São João do Caru, a 359 km de São Luís, mas só veio à tona em setembro de 2015.
“Lá em Brasília o Arnaldo viu, os índios tudo de camisetinha, tudo arrumadinho, com flechinha, tudo um bando de viadinho. Tinha uns três que eram viado, que eu tenho certeza, viado. Eu não sabia que tinha índio viado, fui saber naquele dia em Brasília. Então é desse jeito que tá. Como é que índio consegue ser viado, ser baitola e não consegue produzir? negativo…”, disse o parlamentar.
O MPF entendeu que as declarações do parlamentar foram além da expressão da sua opinião ideológica, política ou teórica. Segundo o órgão, o deputado “questionou a sexualidade dos indígenas, atribuindo-lhes a condição homossexual de forma pejorativa” e “deu-lhes características ridicularizantes”. Além disso, ele também incitou o ódio dos fazendeiros e posseiros contra os índios.
A Ação Civil Pública foi resultante de uma denúncia feita pela Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH), Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Cáritas Brasileira- Regional doMaranhão, Comissão Pastoral da Terra-Regional Maranhão e Comissão Arquidiocesana de Justiça e Paz.
Além da indenização, o MPF também pede que o deputado promova a divulgação da retratação das ofensas, inclusive nos meios de comunicação locais, especialmente na região onde ocorreu a audiência pública mencionada, de modo a alcançar os participantes do ato. O valor de R$ 1 milhão deve ser pago com recursos próprios do deputado e será revertido à através da Fundação Nacional do Índio (Funai), a quem caberá a gestão dos recursos.
Não há como prevê o que passa pela cabeça dos integrantes do PCdoB de Coelho Neto, o fato é que todas as estratégias da legenda para dar um empurrão na pré-candidatura do Subsecretário de Articulação Política do Estado Cláudio Furtado parece não empolgar.
Desde que teve seu nome confirmado como pré-candidato, Furtado não conseguiu decolar e nem ganhar identidade própria, pois seu nome sempre é veiculado apenas como o “irmão do Prefeito de Duque Bacelar”.
Por mais que se esforce, Cláudio além de mal assessorado tem pecado nas estratégias de veiculação do nome por uma série de fatores.
A pecha de “candidato do governador” tem lhe causado inúmeras dores de cabeça, já que não consegue explicar por exemplo, o porque de não desenrolar uma simples operação tapa-buraco da MA-034 que foi anunciada por ele mesmo desde o ano passado e que até agora não saiu da conversa.
Outra iniciativa que parece não ter decolado foi o projeto Diálogo por Coelho Neto, que visava fazer o candidato se tornar conhecido na comunidade durante os finais de semana, já que o mesmo é ausente do município no decorrer da semana.
Neste sábado (27), Cláudio Furtado realizará na Maçonaria uma reunião de “promoção de sua candidatura”, como ele mesmo denominou. Não se sabe ao certo o que é diabos é isso, já que a pré-candidatura do comunista já havia sido feita, mas o objetivo é sem dúvidas é tentar dar uma injeção de ânimo “nos seus”.
Pelo visto há um desencontro nas articulações e nas estratégias e o resultado desse samba do crioulo doido é notável: a pré-candidatura continua morna sem qualquer empolgação… nem mesmo para os neo aliados.
Júlio Pinheiro: mudança no tom do discurso para poupar o governador Flávio Dino
Júlio Pinheiro, em 7 de fevereiro de 2014 – governo Roseana Sarney
“Queremos que o Governo do Estado faça a recomposição salarial dos trabalhadores já no contracheque de fevereiro, incluindo o retroativo a janeiro” (veja aqui).
Júlio Pinheiro, em 18 de fevereiro de 2016 – governo Flávio Dino
“O pagamento das progressões será definido daqui a um mês e o reajuste, que não será pago de imediato, porque o Estado alega dificuldades, temos o compromisso do governo de buscar meios para atender esse item, assim como temos a manutenção do diálogo aberto para que o governo diga, no decorrer das negociações, como atender todos os pontos da pauta” (veja aqui)
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As duas declarações acima são da mesma pessoa: Júlio Pinheiro, presidente do Sinproesemma.
Como já se mostrou aqui, ele é do PCdoB e pré-candidato a vereador pelo mesmo partido do governador Flávio Dino.
Em 2014, era um intransigente defensor dos professores maranhenses, exigindo do Governo do Estado – então sob o comando de Roseana Sarney (PMDB) – o pagamento, logo no contra-cheque de fevereiro, do piso nacional – reajustado naquele ano em 8,32% -, junto o valor retroativo a janeiro.
Em 2016, agora no governo Flávio Dino, no fim do mesmo mês de fevereiro, Júlio Pinheiro decide esperar mais trinta dias para que o Executivo, então, diga como pode pagar os 11,36% – provavelmente de forma escalonada.
Veja bem: o Sinproesemma, agora, não exige nada. Espera que o governo diga como pode ser feito.
E mesmo assim, Júlio Pinheiro considera as negociações um avanço.
Cláudio Furtado e Américo: antipatia dos dois é visível
O Ano Novo chegou e com ele as expectativas em torno da disputa eleitoral nos municípios que promete se tornar a principal vitrine do debate político.
Em Coelho Neto todo esforço da oposição em tentar mostrar que o grupo segue unido se esbarra na atitude e na fala de seus membros que vez por outra deixa escapar o clima de insatisfação que paira entre os pretensos candidatos.
Cláudio Furtado (PCdoB) e Américo de Sousa (PT) ilustram muito bem esse cenário: o segundo não esconde de ninguém a antipatia que tem do primeiro e esse quadro tem dificultado que a turma do “deixa disso” consiga minimizar o clima de cizânia entre os dois.
Um blog ligado a oposição deixou escapar recentemente uma indireta bastante direta, em que Furtado mesmo que sereno tenha alfinetado o petista: “Não posso me juntar com quem não quer nem sentar comigo”, disse. A reclamação tem razão de ser, já que Américo se recusa a discutir sob qualquer hipótese a possibilidade de abrir mão da sua candidatura em favor do comunista.
O problema que um dos dois terá que ceder e nessa queda de braço o desfecho já tem o roteiro final escrito lá “por cima”.
Vergonhosamente o PT do Maranhão que até pouco tempo atrás eram sarneyzistas de carteirinha decidiram terminar de jogar o histórico do partido no lixo. Ora uma coisa, ora outra, o Partido dos Trabalhadores agora são comunistas e passam a integrar a base de apoio do governo Flávio Dino.
A capa do Jornal Extra só foi infeliz porque desrespeitou as profissionais do sexo que sem dúvida alguma são bem mais dignas de respeito do que uma aliança com esses atores.
O governador Flávio Dino dialogou nesta terça-feira (14) com a bancada maranhense, na Câmara Federal em Brasília, acerca das prioridades do Maranhão para o Orçamento Federal e emendas orçamentárias para o ano de 2016.
Propondo como temas prioritários para o Maranhão os investimentos em Saúde e Educação, para infraestrutura e custeio, Flávio Dino encontrou a bancada que estava representada pelo senador Roberto Rocha e pelos deputados federais Júnior Marreca, Alberto Filho, André Fufuca, Aluísio Mendes, Rosângela Curado, Juscelino Filho, Pedro Fernandes, Waldir Maranhão, Eliziane Gama, José Reinaldo Tavares, Zé Carlos, Rubens Júnior, Victor Mendes e Hildo Rocha.
Liderados pelo coordenador da bancada maranhense, Pedro Fernandes, os deputados maranhenses apresentaram ao governador as prioridades regionais. Os temas foram discutidos junto com o relator do orçamento, Ricardo Barros.
A deputada Rosângela Curado destacou a importância do custeio da saúde para que os hospitais rede estadual funcionem e prestem melhor serviço às populações todas as regiões.
O senador Roberto Rocha defendeu a distribuição per capita dos recursos do SUS para a Saúde. A ideia da bancada é aumentar a participação do Maranhão na distribuição do financiamento federal da Saúde pelo SUS.
“O gesto do governador Flávio Dino de dialogar com a bancada sobre orçamento é muito importante para o estado”, afirmou o deputado Hildo Rocha.
As emendas parlamentares são prerrogativas dos deputados e senadores, que continuarão debatendo até o fim do mês para definir suas prioridades no orçamento federal.
A reunião também foi acompanhada pelos secretários de Estado Marcelo Tavares (Casa Civil), Ricardo Capelli (Representação em Brasília), Márcio Jerry (Assuntos Políticos e Federativos) e Márcio Honaiser (Agricultura).
O deputado federal Rubens Junior (PCdoB), usou hoje da legitimidade do mandato e da condição de aliado de primeira hora para protagonizar um gesto de bastante coragem ao expor críticas ao governo do “camarada” Flávio Dino.
Mas a atitude do parlamentar não pode e nem deve ser vista de forma isolada, já que sua atitude contempla a insatisfação dos demais membros da base aliada que vão desde deputados e prefeitos.
“Uma coisa que estranho no nosso governo é a quantidade de sarneysistas nos cargos. 3º e 4º escalão. E nos municípios. Não estou pregando uma caça às bruxas. Mas tem gente sem qualificação técnica ou política que foi ficando, ficando, ficando. Isso ainda causa uma injustiça: muitos aliados antigos de jornada, aptos a ajudar, estão fora. E já temos 9 meses”, reclamou.
Ocorre que a maioria dos cargos do governo no interior vem sendo ocupada de forma indiscriminada, sem observar a representatividade dos deputados que ficam sem espaço de atender a demanda aliados.
Há uma semana atrás, o tio do deputado e advogado Paulo Cruz, também não economizou nas críticas. “O que incomoda mesmo é ver ilustres desconhecidos, que não moveram uma palha para eleger Flávio Dino, virarem todo-poderoso no governo”, destacou.
Embora tenta tentado amenizar no tom da reclamação, o “pito” de Júnior acende uma luz amarela no Palácio e revela a distância do que tem se falado para o que se tem feito. Desprestigiar aliados não é um dos melhores caminhos para quem deseja manter a governabilidade, que o diga a Presidente Dilma Rousseff (PT).
Vamos aguardar que a atitude do parlamentar sirva para que o governo reveja suas estratégias. Das duas uma: ou o governo vai utilizar o episódio para rever a forma que o processo está sendo conduzido ou vai ignorar e aguardar que um segundo corajoso também resolva se manifestar…
As descabidas declarações do deputado Fernando Furtado contra a população indígena permite ao PCdoB um único caminho: expulsar o “camarada” do partido.
Caso isto não aconteça, o partido estará sendo leniente com a postura infeliz, preconceituosa e desequilibrada do parlamentar.
Justificativas genéricas do deputado como “me deixei levar pelo calor do momento” não explica sua atitude, até porque é, de fato, este o pensamento petrificado de Furtado. E não será de uma hora para outra, através de uma nota escrita por outrem, que sua opinião irá mudar. A visão continua a mesma.
Basta observar a personalidade agressiva do deputado em seus discursos na Assembleia, chegando muita das vezes a ofender colegas.
Agora está nas mãos do PCdoB o destino de Fernando Furtado.
