Presidente do Sinproesemma e a mudança do discurso para blindar o governo

Júlio Pinheiro: mudança no tom do discurso para poupar o governador Flávio Dino
Júlio Pinheiro: mudança no tom do discurso para poupar o governador Flávio Dino

Júlio Pinheiro, em 7 de fevereiro de 2014 – governo Roseana Sarney

“Queremos que o Governo do Estado faça a recomposição salarial dos trabalhadores já no contracheque de fevereiro, incluindo o retroativo a janeiro” (veja aqui).

Júlio Pinheiro, em 18 de fevereiro de 2016 – governo Flávio Dino

“O pagamento das progressões será definido daqui a um mês e o reajuste, que não será pago de imediato, porque o Estado alega dificuldades, temos o compromisso do governo de buscar meios para atender esse item, assim como temos a manutenção do diálogo aberto para que o governo diga, no decorrer das negociações, como atender todos os pontos da pauta” (veja aqui)

_________________

As duas declarações acima são da mesma pessoa: Júlio Pinheiro, presidente do Sinproesemma.

Como já se mostrou aqui, ele é do PCdoB e pré-candidato a vereador pelo mesmo partido do governador Flávio Dino.

Em 2014, era um intransigente defensor dos professores maranhenses, exigindo do Governo do Estado – então sob o comando de Roseana Sarney (PMDB) – o pagamento, logo no contra-cheque de fevereiro, do piso nacional – reajustado naquele ano em 8,32% -, junto o valor retroativo a janeiro.

Em 2016, agora no governo Flávio Dino, no fim do mesmo mês de fevereiro, Júlio Pinheiro decide esperar mais trinta dias para que o Executivo, então, diga como pode pagar os 11,36% – provavelmente de forma escalonada.

Veja bem: o Sinproesemma, agora, não exige nada. Espera que o governo diga como pode ser feito.

E mesmo assim, Júlio Pinheiro considera as negociações um avanço.

Como as coisas mudam…

Do Blog do Gilberto Leda

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *