Orfãos de pai, mãe e de um líder para chamar de seu, a oposição em Coelho Neto se debate para manter a sobrevivência. Com muito cacique para pouco índio, alguns nomes insistem a todo custo querer gerar um espaço que possa lhes render, pelo menos, algum dividendo nesse movimentado ano eleitoral.
Com grande parte dos pseudo-líderes sem coragem para botar a cara no sol ainda, o vereador Cláudio Furtado tenta, sozinho, gerar algum fato que o coloque nessa disputa dos cabeças e que isto lhe renda um protagonismo já que ele nunca teve.
É com o pensamento de se lançar candidato a deputado federal (como ele e o irmão tem feito questão de dizer nas visitas que tem feito nas redondezas), que Cláudio tenta se mostrar, já que como vereador ainda não conseguiu dizer a que veio.
Por ser “procurador federal” como gosta de sublinhar, sua produção legislativa é zero, sua dicção é péssima e seus discursos são enfadonhos. Não consegue formular o pensamento e na tentativa de aparecer, acaba não dizendo coisa com coisa. É um poço de incoerência quando aceita os argumentos do irmão de não pagar o rateio do FUNDEB na vizinha cidade, mas para fazer oba-oba para a turma da “válvula de escape” diz que aqui tudo é possível e mais um pouco.
Foi assim ontem (12), quando na tentativa de criar um fato contra o governo municipal, saiu disparando um vídeo sobre uma licitação do fardamento: quando anunciou o grande fato descoberto por ele, constatou-se que a montanha pariu um rato. Desmentido publicamente, se limitou a apresentar um recorte do site do Tribunal de Contas do Estado com uma informação que é alimentada pela própria prefeitura. Quanto despreparo!
Como pode um procurador-vereador que no exercício da própria função de fiscalizar, formula uma denúncia tão pobre? Aqui entra o fator da eleição: não se está preocupado em passar vergonha, nem disseminar fake news, a idéia é aparecer, seja de que jeito for. E isso acaba servindo para vitaminar um pouco o discurso odiento de alguns opositores – principalmente os furiosos com o lançamento da revista de prestação de contas do governo, feito inédito na gestão local.
Enquanto se debatem pela sobrevivência, a oposição segue o dilema de buscar alguém que os adote.
E que apareça, nem que para isso seja preciso colocar uma melancia na cabeça….