A família do ministro do Supremo Tribunal Federal e relator dos processos da Lava Jato que correm no STF, Teori Zavaski, diz esperar por um milagre depois das informações de que o voo em que ele estava caiu no litoral de Paraty, na região sul do Estado do Rio de Janeiro.
“Ele estava a bordo e estamos torcendo por um milagre”, disse Francisco Zavascki, filho do ministro, à BBC Brasil.
Segundo a assessoria de imprensa da Infraero, o avião de modelo Beechcraft C90GT, prefixo PR-SOM, saiu do aeroporto Campo de Marte, em São Paulo, às 13h (horário de Brasília).
A aeronave PR-SOM está registrada em nome da Emiliano Empreendimentos e Participações Hoteleiras Limitada.
Integrantes da Marinha e do Corpo de Bombeiros prestam assistência no local.
Benedito Fernandes, Rafael Cruz e Waltenir Lopes entregaram documentação a Walkmar Neto
O ex-prefeito de Coelho Neto Soliney Silva (PMDB), resolveu dar as caras após mais 15 dias afastado do cenário político. Essa é a primeira vez que o peemedebista se manifesta desde que deixou o mandato e essa simples aparição foi o bastante para causar alvoroço e movimentar os bastidores políticos da cidade.
Ocorre que o ex-prefeito reapareceu noticiando que havia entregue tanto na Prefeitura, quanto no Ministério Público, a relação de pagamentos que deveriam ter sido feitos pelo Banco do Brasil na primeira segunda-feira do ano (02).
Segundo ele, uma pressão do atual prefeito Américo de Sousa (PT), na gerência local do banco, impossibilitou que os processos já empenhados fossem pagos. De acordo com a documentação apresentada, estavam assegurados os pagamentos de contratados, concursados, 1/3 de férias, 13º e salário e 14 salário para profissionais do magistério.
A notícia divulgada no início da madrugada de hoje (17), causou reboliço e logo se tornou o principal assunto das redes sociais. Diante da polêmica na ausência dos pagamentos, Soliney retornou as aparições nos grupos de whatsapp e contrapôs as informações de nomes ligados ao governo.
O reboliço foi tanto, que Américo foi a rádio para fazer um balanço dos primeiros 15 dias de governo e “sem querer, querendo” aproveitou para falar sobre a movimentação do ex-prefeito.
Na tarde desta segunda-feira (14/01), tomou posse Assis Filho, novo secretário nacional de Juventude. Nomeado no Diário Oficial da União de sexta-feira (13/01), Assis Filho é visto como uma pessoa de grande desenvoltura técnica e política, com afinidades em todas as classes do movimento juvenil.
Advogado de formação, especialista em Direito Administrativo e pós-graduando em Direito Eleitoral, ele é membro da comissão de jovens advogados da OAB/MA e professor de Direitos Humanos e Direito Administrativo da Universidade Estadual do Maranhão. É maranhense e começou sua trajetória política dirigindo entidades dos movimentos estudantis na cidade onde nasceu, Pio XII.
Ocupou o cargo de secretário-adjunto de Juventude do Governo do Estado do Maranhão. Antes disso, exerceu a função de vice-presidente do Conselho Estadual de Juventude e foi membro do Conselho Nacional de Juventude.
Confira abaixo a descrição da fala feita pelo secretário Nacional de Juventude, Assis Filho, em discurso de apresentação feita na Secretaria Nacional de Juventude.
“Minhas amigas e meus amigos,
Receber o convite do Presidente Michel Temer para assumir a Secretaria Nacional da Juventude é uma enorme honra e uma imensa responsabilidade.
A importância que a SNJ recebe hoje do Governo Federal é a concretização do esforço de anos de lutas e demandas da juventude brasileira por maiores oportunidades e protagonismo na construção deste novo Brasil.
As orientações do Presidente Michel Temer são claras: é papel e dever da SNJ criar espaços e caminhos para que a nossa juventude deixe de ser vista apenas como o Brasil do futuro. É a juventude que constrói e cada vez mais construirá o país de hoje, de agora.
Programas como o ID Jovem; o Plano Nacional de StartUp; o Inova Jovem e tantos outros empoderam e dão subsídios para que a juventude brasileira lidere a transformação que levará nossa sociedade a um patamar superior, com mais conhecimento, capacitação e plenas oportunidades para que nós, jovens, possamos tomar as rédeas de nosso próprio futuro.
Meu compromisso com todos vocês é o de utilizar todos os meios disponíveis para criar e viabilizar possibilidades para que os jovens tenham acesso a incentivos, oportunidades, tecnologias e inovações que permitirão, de uma vez por todas, o posicionamento da juventude na dianteira das mudanças que levarão o nosso país a um estágio de sociedade mais justa e avançada.
Além disso, gostaria de contar também com as boas ideias de cada um de vocês para que possamos fazer juntos essa revolução da juventude.
BRASÍLIA – Escolhido para substituir o secretário que defendeu uma “chacina por semana” nos presídios, Francisco de Assis Costa Filho, que comandará a Secretaria Nacional de Juventude do governo de Michel Temer, se diz um defensor dos direitos humanos e afirmou que “violência não é combatida com violência”, mas com políticas públicas. Professor de Direitos Humanos da Universidade Estadual do Maranhão e até ontem presidente nacional da Juventude do PMDB, sua posse está marcada para a próxima segunda-feira, 16.
O maranhense, que é também advogado e ocupava um cargo de superintendência na EBC (Empresa Brasil de Comunicação) no Maranhão, disse acreditar na ressocialização dos presos e disse que vai trabalhar para ajudar a implementar políticas públicas que ajudem a diminuir a violência entre os jovens e a combater a desigualdade social, em clara oposição ao discurso do ex-secretário Bruno Moreira Santos, conhecido como Bruno Júlio, exonerado no início da semana.
Assis Filho responde a denúncia do Ministério Público do Maranhão feita em 2016 por improbidade administrativa na cidade de Pio XII, onde nasceu e da qual já foi vereador. Ele teve bens indisponibilizados pelo Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão em agosto passado. Recorrendo quanto ao bloqueio de bens, Assis Filho teve recurso negado na segunda instância, mas justamente nesta sexta-feira, 13, dia de sua nomeação, recebeu uma manifestação da Procuradoria-Geral de Justiça do Maranhão favorável ao fim do bloqueio de recursos. Aguarda uma decisão do desembargador Lourival de Jesus Serejo Sousa, relator do caso, que pode decidir sozinho ou levar ao plenário.
Você responde a uma denúncia por improbidade administrativa na Justiça do maranhão, acusado de envolvimento em um caso de contratação de funcionários fantasmas em que teriam sido desviados cerca de R$ 2,5 milhões da prefeitura de Pio XII, sua cidade natal. O que o senhor alega?
O Ministério Público investigava através de inquérito civil a suposta existência de funcionários fantasmas. Eu estava como procurador-geral do município, e algumas posições do promotor quanto às investigações não foram de acordo com o que a Procuradoria-Geral do município entendia. O nosso posicionamento foi exposto, e o promotor da época se sentiu desconfortável com tal situação. A afirmação de que eu acumulava funções e que, por conta disso, havia fantasmas, não procede. Eu exerci três funções: a primeira como secretário municipal de cultura e juventude, depois como assessor jurídico da Secretaria Municipal de Educação. E depois o prefeito me chamou para ser procurador-geral do município. Todas as portarias de nomeação e exoneração são compatíveis e foram feitas em datas diferentes e acumulativas. Talvez a minha atuação profissional como advogado e procurador do município tenha incomodado o promotor de justiça, e inclusive a OAB entende que eu estava no exercício da minha atividade como procurador. O MP não pode confundir o advogado com o cliente. A OAB do Maranhão esteve em Pio XII logo depois que o meu nome foi colocado na representação da possível improbidade administrativa junto com outros dois advogados e fez um ato de repúdio e agravo. Quem faz a defesa da representação contra mim e outros advogados é a própria OAB-MA, e já foi solicitado o desmembramento do processo, para que a análise seja separada. A Justiça não se manifestou ainda, portanto não se pode considerar que sou réu do processo, uma vez que o juiz não aceitou ainda.
Você sucede um secretário que se mostrou a favor das chacinas nos presídios. Como comenta as declarações do ex-secretário Bruno Júlio sobre os massacres dizendo que “tinha que matar mais”?
O próprio ex-secretário, antes de sair do governo, afirmou que aquilo era uma posição de caráter pessoal dele. E não representa o pensamento do governo, até porque o governo anunciou antes de ontem que está investindo mais de R$ 1 bilhão no sistema penitenciário. Este valor é duas vezes mais do que os investimentos que foram feitos nos últimos 13 anos. A gente não pode tratar a violência com violência. Eu sou professor de direitos humanos na Universidade Estadual do Maranhão, e a minha visão é que nós precisamos tratar as pessoas com humanidade, com políticas públicas, para que a gente possa ter uma sociedade justa, igualitária. Acredito na ressocialização, na humanização das pessoas, e a nossa visão na implementação das políticas públicas seguirá este norte.
Você acha que defender os direitos humanos pesou para a sua escolha?
Bom, esta é uma afirmação que o governo precisaria fazer. Eu sou professor, sou advogado por formação, e tenho uma visão neste sentido da defesa dos direitos humanos. Eu acredito que a violência não é combatida com violência. A violência é combatida com educação, com saúde, com políticas públicas eficazes, que sejam capazes de mudar a realidade social. Eu acredito nisto. Eu tenho formação acadêmica nisto e tenho vivência política e social neste sentido. O cidadão precisa ser enxergado como sujeito de direito e nesta perspectiva implementar ações que possam ajudá-los a sair da zona de risco e violência e que tragam um conforto social.
O número de jovens presos é bastante elevado. E ao mesmo tempo os números de assassinatos de jovens no Brasil são altíssimos, principalmente entre os negros e pobres. como você pretende lidar com a questão da violência entre os jovens?
O mapa da violência demonstrou que o maior número de jovens assassinados de fato são jovens negros e que moram em favelas. Isso é resultado de um processo histórico de desigualdade que o país viveu. O governo reconhece isso e nós, ao reconhecermos esta desigualdades, precisamos estudar, discutir e, de fato, implementar políticas públicas que possam tratar estes jovens como sujeitos de direitos e inseri-los na sociedade de forma igualitária. E as ações como o ID Jovem, o Estatuto da Juventude, e outras ações que existem no governo e outros ministérios… Nós vamos criar um comitê ministerial intersetorial de políticas públicas para a juventude, e este comitê visa a reunir representantes de governo de cada ministério para a gente discutir a política pública nacional da juventude que existe nos outros ministérios. A secretaria também será um órgão de articulação e implementação dessas políticas. Nós acreditamos que a a violência pode e deve ser debatida. A desigualdade social pode e deve ser combatida, enfrentando o problema e levando a política pública para o jovem que de fato precisa das ações.
Quem são seus aliados e referências dentro da política no Maranhão e no Brasil?
Eu acredito que o governo nos nomeou em consideração à nossa atuação social e política. Eu sou da Juventude Nacional do PMDB e, por naturalidade, eu tenho relação com peemedebistas com mandato ou não. São relações amistosas e relações políticas de trabalho. Mas eu acredito muito que o governo não nos levou a assumir esta posição por indicação política de fulanos ou beltranos. Acho que ele respeitou o espaço da juventude e buscou valorizar a nossa militância e o nosso trabalho. Eu fui membro do Conselho Nacional de Juventude também. Eu acredito que a experiência e temática fez que o governo entendesse que era necessário a militância social participar do governo.
O advogado maranhense Assis Filho foi nomeado pelo presidente Michel Temer para ocupar o cargo de secretário nacional de Juventude da Presidência da República. Além de advogado, Assis Filho é professor e, atualmente, estava à frente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) no Maranhão.
Em 2016, um grupo de advogados, dentre eles Assis Filho, esteve envolvido em uma Ação Civil Pública por ato de improbidade oriunda de um Inquérito Civil encabeçado Ministério Público Maranhense, em que se investigava suposta existência de funcionários fantasmas na Prefeitura Municipal de Pio XII e acumulações de cargo.
Sobre essa situação, a OAB Maranhão tem, desde a época, acompanhado o caso de perto tomando por base sempre o princípio constitucional do contraditório e da ampla defesa em relação aos fatos, conforme já se expressara em nota veiculada em 15 de agosto de 2016.
Naquela ocasião a OAB/MA realizou ato de repúdio sobre a conduta do Promotor de Justiça da Comarca de Pio XII, cobrando das instituições citadas que estabelecessem critérios exclusivamente técnico-jurídicos nas investigações que envolvessem advogados da região.
Isso porque, segundo apurado, a sobredita Ação Civil Pública não tinha cabimento e a denúncia sequer havia sido recebida em relação ao advogado, pois a acusação formalizada contra si não tinha cabimento, sendo que ele sequer fora ouvido durante a fase de Inquérito, fato que, por si só, significa violação ao direito à ampla defesa e ao contraditório.
Segundo o Ministério Público, o advogado estaria ocupando mais de um cargo comissionado, o que, segundo os Tribunais de Contas Brasileiros, não consiste em cumulação inconstitucional quando efetivamente exercidos de boa fé e quando não há simultaneidade, justamente a situação do advogado, referendada também pelo STF, na esteira do que estabelece o artigo 133, da Lei 8.112/1990 e legislações simétricas, tanto Municipais, quanto Estaduais, restando tudo muito bem esclarecido e resolvido à época.
O Presidente Nacional da Juventude do PMDB, o maranhense Assis Filho foi escolhido pelo presidente Michel Temer (PMDB) como novo secretário nacional de Juventude da Presidência da República.
Ele assume o lugar de Bruno Júlio, que também é do partido e foi exonerado após dizer, na semana passada, em meio à crise no sistema carcerário do país, que “tinha era que matar mais” e “tinha que fazer uma chacina por semana”, ao se referir às mortes de cerca de 100 presidiários após rebeliões em penitenciárias nos estados de Amazonas e de Roraima.
A nomeação foi assinada hoje (12) e deve ser publicada na edição de amanhã do Diário Oficial da União (DOU).
Assis Filho é professor, advogado e atualmente comandava a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) no Maranhão. É ligado ao senador João Alberto e ao deputado estadual Roberto Costa, ambos também do PMDB.
O ministro da Educação, Mendonça Filho, informou nesta quinta-feira (12) que o novo piso salarial dos professores terá um reajuste de 7,64% a partir de janeiro de 2017. Com o aumento, o salário-base passa dos atuais R$ 2.135,64 para R$ 2.298,80. Segundo o Ministério da Educação, a portaria com o novo piso salarial será publicada na edição desta sexta-feira do “Diário Oficial da União”.
O valor deve ser pago para docentes com formação de nível médio com atuação em escolas públicas com 40 horas de trabalho semanais. Segundo a pasta, o reajuste ficou 1,35% acima da inflação medida em 2016, que fechou o ano em 6,29%.
Em 2016, o aumento foi de 11,36%, o que significou um ganho salarial de 0,69% acima da inflação.
Em oito anos, o piso salarial dos professores aumentou quase 142%, de R$ 950, em 2009, para R$ 2.298,80, em 2017. Atualmente, o piso equivale a 2,4 salários mínimos. O reajuste deste ano foi o menor desde 2009. O maior reajuste foi 22,22%, em 2012.
Valor mínimo por aluno
Pela regra atual, a correção do piso reflete a variação ocorrida no valor anual mínimo por aluno definido nacionalmente pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
De acordo com o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Franklin de Leão, 14 estados não cumprem o piso nacional da categoria estabelecido por lei.
Para contribuir com o cumprimento do piso, o governo federal repassa 10% do Fundeb para estados e municípios.
O ministro da Educação informou que, a partir deste ano, o pagamento será feito mensalmente. Antes, o governo tinha até abril do ano seguinte para fazer o repasse.
“Vamos pagar mês a mês aquilo que seria pago só até abril de 2018”, disse.
O ministro disse que há uma demanda de prefeitos e governadores para que seja alterada a lei que define o cálculo do reajuste. Ele ponderou, porém, que não há no momento uma discussão sobre o assunto no ministério.
“O Brasil vive há algum tempo a recessão e a queda de receita de estados e municípios, mas nossa obrigação é cumprir a lei federal”, disse. “Vivemos um dilema. Limitações financeiras de estados e municípios de um lado e, de outro, a necessidade de que os professores sejam valorizados”, complementou.
Segundo a Confederação Nacional de Municípios (CNM), o impacto do reajuste anunciado para este ano será de R$ 5 bilhões aos cofres municipais. A entidade ressalta que, atualmente, os prefeitos comprometem, em média, 78,4% dos recursos do Fundeb apenas com salários dos professores.
Assis Filho durante encontro com o Presidente Temer
O jovem maranhense Assis Filho segue sendo cotado por assessores do Presidente Michel Temer com um dos nomes com chance de assumir a Secretaria Nacional de Juventude do Governo Federal.
Após a exoneração de Bruno Júlio, o Palácio do Planalto segue buscando o novo nome para ocupar o cargo.
Júlio que é do partido, deixou o comando da secretaria após dizer na semana passada, em meio à crise no sistema carcerário do país, que “tinha era que matar mais” e “tinha que fazer uma chacina por semana“, ao se referir às mortes de cerca de 100 presidiários após rebeliões em penitenciárias nos estados de Amazonas e de Roraima. A declaração foi dada à coluna do jornalista Ilimar Franco, de “O Globo”.
Natural de Pio XII, Assis Filho é afilhado político do senador maranhense João Alberto e muito próximo do Chefe da Casa Civil Eliseu Padilha.
É advogado, professor universitário, ex-presidente da Fundação Ulysses Guimarães, presidente da Juventude Nacional do PMDB e presidente da Empresa Brasileira de Comunicação – EBC no Maranhão.
Operários da Nassau reunidos no Sindicato no último sábado (07)
Exatamente 108, dos 414 operários da Fábrica de Cimento Nassau, de Codó (número que se soma aos 80 da Companhia Brasil de Equipamentos), foram ao sindicato da Construção Civil, Cimento, Cal e Gesso na manhã do último sábado, 07, cobrar uma atitude da diretoria perante à Justiça do Trabalho. O presidente, Sebastião Sousa de Oliveira, teve que explicar a inércia.
“O que me aparecia era, individualmente, alguns trabalhador pedindo para entrar com ação contra a empresa, hoje não é diferente, hoje a gente ver o coletivo reunido, uma mobilização dos trabalhadores pra gente tomar essa decisão”, disse Cerca de Quintal, como é mais conhecido, à imprensa após falar aos presentes no mesmo tom.
A decisão de dá entrada numa reclamação trabalhista coletiva foi tomada com base em vários relatos, inclusive alguns até de fome entre as famílias dos trabalhadores, uma vez que já são 5 quinzenas sem salários, além de outros débitos, como nos explicou o técnico de segurança do trabalho Orlando Moreira.
“Estamos com 5 quinzenas sem receber, fora o repasse de FGTS, tá todo mundo com repasse de FGTS atrasado, 13º salário que a obrigatoriedade é pra pagar até o dia 20 de dezembro, a segunda parcela, essa também está em atraso (…) pessoas estão endividadas nos bancos e no comércio local da cidade”, explicou
TEM VENDA, MAS NÃO TEM DINHEIRO
Os operários denunciaram que há produção de cimento e a venda total dela, só não há pagamento dos trabalhadores, como sustentou o operador de forno, Elmiton Barros.
“Saída de cimento tem variável tem dia que sai 21 mil sacos, tem dia que sai 15 mil, sai 17 mil, sai 13 mil e assim sucessivamente (…) tá saindo, o produto, tá saindo e não pagam porque não quer”
O desenhista projetista Carlos Alberto Aranha Machado, com 17 anos de empresa, nos revelou que nunca havia passado por tamanho sufoco salarial. Contou à todos os presentes na reunião que está prestes a perder a moradia porque está com mais de 3 prestações em atraso e a Caixa Econômica Federal até já enviou um funcionário à residência para ver como está vivendo.
Disse que todos já falaram com a direção local da empresa, mas a 5 quinzenas veem ouvindo a mesma resposta.
“Ela só diz que tem que aguardar porque a empresa está em dificuldade, ela não tem o momento de retornar a situação e que a gente aguardasse (…) já foi dito diretamente pelo nosso gerente que o que se produz vende e se vende por que que não se investe?”, indagou com ar de revolta.
COELHO NETO
Em Coelho Neto a triste história também se repete. De acordo com informações do Presidente do Sindciato Sinpacel Mariano Crateús após onze anos as empresas Itapagé S.A. e Agrimex S.A. ambas pertencente ao Grupo Industrial João Santos, com sede no município de Coelho Neto MA, repete se a mesma história, (demite os empregados e não paga as rescisões de contrato de trabalho.
Trabalhadores montando acampamento em frente a empresa repetindo o ato de 11 anos atrás: briga por direitos
O acampamento que os trabalhadore fazem hoje é o mesmo feito entre dezembro de 2005 e janeiro de 2006 onde foram demitidos mais de 1400 empregados que para receber as rescisões os trabalhadores tiveram que acampar em barraco coberto de lona na portaria das empresas por mais de 30 dias, um movimento que sensibilizou a região e a imprensa nacional.
DEUS me concedeu a dádiva de viver 78 anos durante os quais tive oportunidade de experimentar bons e belos momentos. A infância de sonhos no ITAPIREMA cercado de carinho e amor fraterno, a ingenuidade das amizades infantis e o companheirismo nas primeiras aventuras juvenis.
Conciliador por índole, trilhei o caminho do amor ao próximo e respeito às individualidades. Apaziguei pequenos e grandes conflitos, administrei divergências sem jamais considerar inimigos os meus adversários. Desafetos graciosos encontrei-os ao longo do caminho, contudo foram incapazes de alterar o destino que me tracei. Não tive tempo para semear a discórdia, mágoas e ódios. Bacharelado em Direito tornei-me político, com muita honra. Todo homem é um ser político por natureza, infelizmente, bem poucos são os predestinados à renúncia pelo bem comum.
Nem sempre trilhei caminhos floridos, muitas vezes, às escuras pisei doloridos espinhos. Contei com o povo, a família e a orientação divina. Disputei eleições em todos os níveis: de deputado estadual (aos 21 anos) a senador da República. Exerci cargos executivos (quatro vezes Secretário de Estado, Chefe de Gabinete de Ministro, Presidente do Conselho de Educação e fundador da TV Educativa do Estado). Faltava, entretanto, alcançar o mais sublime dos sonhos: ser Prefeito e servir a minha cidade. Retribuir a tudo aquilo que recebi e alcancei na vida. Queria transforma-la na mais humana e progressista dentre todas.
Eleito e tendo o ser humano como prioridade única, debrucei-me sobre os problemas mais urgentes. Erradicar o analfabetismo, preparar nossa juventude para os grandes desafios do futuro, resgatar a autoestima e a cidadania, edificar escolas dignas, ampliando as já existentes. Erradicamos os barracões de taipa, piso de chão, cobertas de palha, vergonha que ainda encontramos. Professores que capacitamos passaram a ser dignamente remunerados. Os mais modernos prédios escolares foram construídos nos povoados. Material, fardamento digno, tênis, mochilas e merenda escolar não faltaram jamais.
A saúde mereceu transformações através de ampliação e recuperação dos postos nos povoados, contratação de psicólogos, implantamos postos de saúde dentária e preparamos para a instalação do CEO, adquirimos novas ambulâncias, reforçamos o programa da saúde da família, implantamos o serviço de agua encanada nos povoados. Implantamos o SAMU. Iniciamos o projeto de água do Parnaíba e do esgotamento sanitário como o verdadeiro princípio da medicina preventiva. Os recursos carreados, suficientes para conclusão dos projetos com mais de 70% concluídos, atraíram a cobiça de políticos ambiciosos e carreiristas. Alegando que projetos de tamanho vulto tinham fins eleitoreiros o meu adversário conseguiu em juízo, embargar as obras, todas em fase final de construção. Depois da vitória e da posse, abandonou-as definitivamente. Foi o primeiro grande crime contra o erário municipal, onde milhões foram jogados no lixo da irresponsabilidade.
No setor da infraestrutura e da habitação construímos mais de trezentas casas, estradas vicinais e, até, ponte de concreto ligando o município a Duque Bacelar. Revitalizamos o projeto de melhorias habitacionais, construímos três estádios de futebol, asfaltamos o centro da cidade, além de calçarmos muitas ruas da periferia. Na Assistência Social dentre tantas ações implantamos a Casa do Cidadão, a Defensoria Pública Municipal e o Centro da Juventude.
Não fui capaz de sensibilizar o povo com a verdade e pureza de propósitos. Meu opositor, ao contrário, ofereceu sonhos e quimeras. Dizia que a saúde estava na UTI, que o município recebia tanto dinheiro que dava para calçar todas as ruas com pedras de brilhantes. Iria construir cinco mil casas e um mercado de vidro. Ofertaria tantos empregos que ninguém jamais sairia de Coelho Neto em busca de trabalho. Que reabriria as fábricas. Todo este emaranhado de ilusões, foi apresentado com pomposo título de “Governo de Todos”.
Perdi as eleições, veio o “desgoverno de poucos”, tinha início o pior e mais duradouro pesadelo de nossa história. Ali Babá secundado por quarenta ladrões assumiu o comando e com a panelinha de parentes, afilhados e apaniguados devorou o direito de todos. Aquelas verbas imensuráveis sumiram. As ruas não foram calçadas com brilhantes, as cinco mil casas prometidas evaporaram. Surgia a casta dos novos ricos, dos carrões e da ostentação.
Na campanha de 2008, aquela em que a mentira triunfou sobre a verdade, dizia-se nos palanques que a saúde estava na UTI. Seriam construídos novos hospitais com padrões internacionais. Nada além de falácias. Até o Centro de Imagens foi adaptado na sede do SAMU já existente, apenas as paredes que eram brancas “amarelaram” de vergonha. A mentira continuou galopante, sem pudor e, em entrevistas bombásticas o enganador anunciava a existência de quarenta médicos na cidade. Sobreveio o caos no atendimento aos doentes e na distribuição de medicamentos. A segurança cedeu lugar ao banditismo e a intranquilidade das famílias. A educação inicialmente estagnou para depois retroceder vertiginosamente nesta área de suma importância, até porque não se poderia mesmo esperar alguma coisa de um analfabeto atrabiliário.
Enquanto me culpava por tudo durante todo o governo, o “reizinho das pimentas” esqueceu o concurso público como forma universal e federativa para o ingresso no serviço público. Criou-se a casta dos concursados com salários diferenciados e dos contratados que prestavam o mesmo serviço. Salário rigorosamente pago em dia, decimo terceiro e até decimo quinto, nem pensar. Ampliação da rede educacional com a construção de novas escolas foram abandonadas, as creches cujo dinheiro chegou o gato comeu, fardamento e material escolar passaram a ser uma vaga lembrança do passado. E a merenda escolar, quem viu?
Hoje o povo desolado assiste a uma declaração (do doentinho crônico) de que, embora os médicos estejam exigindo a sua renúncia (pelo precário estado de saúde), “tadinho,” ele não pode fazer isso porque deseja entregar uma cidade DIFERENTE e muito melhor do que a que recebeu.
Realmente está deixando uma cidade diferente. Uma cidade onde predomina a violência e a desilusão. Onde os serviços públicos não funcionam, nem mesmo a coleta de lixo. Funcionários contratados irregularmente para fins eleitoreiros estão sendo demitidos sem a mínima consideração e respeito aos direitos constitucionais. Onde está o dinheiro (SEIS MILHÕES DE REAIS) do Instituto de Previdência do Município deixados por mim e oriundo dos descontos em folha dos funcionários, inclusive dos contratados? Em quanto estariam estes fundos se somados a mais oito anos da atual gestão? Manifestações nunca antes vista, suscitaram a ira de trabalhadores que não recebiam seus salários e ocupantes de terras que foram enganados numa distribuição de terrenos sem critério algum.
As repartições municipais estão desertas por falta de pagamento à CEMAR. Ameaçada de ser lacrada pela justiça a Maternidade imunda e sem medicamentos poderá ser despejada por falta de pagamento do aluguel (quase um milhão de reais). Enquanto isso o homem ostenta, adquire avião, fazendas em várias regiões, terras no município, barbearias de alto luxo e, pasmem, anuncia um frigorífico moderno e uma fábrica de cachaça.
Por muito menos, gestores estão sendo presos no Maranhão e Brasil afora, enquanto o de Coelho Neto continua afrontando a sociedade, escamoteando informações e documentos, boicotando a Comissão de Transição e enviando para a Câmara projetos cujo objetivo é inviabilizar a futura gestão.
Água quando chega é salobra, não serve para beber. Simboliza a salmoura para agravar a dor do flagelo pelo qual passa nossa pobre gente, cujo único erro foi acreditar num farsante que lhe subtraiu sonhos, esperança e auto estima.
Diferente de outrora, a cidade vive às trevas de uma longa noite de horrores. O voto fez surgir a aurora de um novo tempo.
Terá início um governo legitimamente eleito, avesso à mentira e comprometido com as aspirações populares.
Chega ao fim o apagão moral e ético, para surgir uma cidade melhor…
*Dr. Magno Bacelar é advogado e exerceu os cargos de deputado estadual, deputado federal, senador da república, vice-prefeito de São Luís e prefeito de Coelho Neto.