Policial é morto na frente do filho na zona Leste de Teresina

Policial é morto na frente do filho na zona Leste de Teresina

O policial militar Samuel de Sousa Borges , 30 anos, foi assassinado com três tiros por outro policial, do Maranhão, no início da tarde desta sexta-feira (1) na rua Cândido Ferraz no bairro Jockey Club na zona Leste de Teresina. 

O acusado, identificado como Francisco Santos Filho, usou duas pistolas (.40 e 38). A confusão aconteceu nas proximidades dos colégios Lerote e Dom Barreto. Ele é lotado no Batalhão da Polícia Militar de Timon. A pistola 38 tem o brasão do estado de São Paulo. 

Segundo informações, Samuel de Sousa chegou na escola em uma motocicleta para buscar seu filho de 8 anos quando foi alvejado nas costas pelo policial do Maranhão.

O delegado Willame Moraes, gerente da polícia do interior, afirmou que foi deixar a filha dele no colégio e foi obrigado a intervir na briga. Segundo ele, o policial assassinado era lotado no Batalhão da Polícia Militar de Rondas Ostensivas de Natureza Especial – RONE no Piauí.

Williame Moraes disse que deu voz de prisão contra o acusado e telefonou para o coronel Lindomar Castilho, pediu apoio da PM e o acusado foi conduzido para Central de Flagrantes de Teresina.

Segundo o delegado Williame Moraes, o policial do Maranhão estava com duas armas, uma utilizada no crime e uma que ele chama de vela. “Estou indo para Central para fazer o flagrante desse militar que matou o policial do Piauí que estava na frente do filho que ele havia ido buscar no Colégio Dom Barreto”

De acordo com informações do delegado, o acusado afirmou que matou o policial porque estava sendo perseguido no trânsito. A policía disse que não vai descartar nenhuma das possibilidades.

Do Portal Meio Norte

Secretaria Nacional de Juventude define suas primeiras ações…

Secretaria Nacional de Juventude define suas primeiras ações…

A jovem Jayana Silva, que assumiu recentemente o comando da Secretaria Nacional de Juventude – SNJ do governo Bolsonaro, iniciou as primeiras movimentações na pasta.

Ex-vereadora mais votada de Santa Catarina e 2012, ela tem dividido os compromissos iniciais em reuniões, planejamento e apoio nas ações do Governo Federal na tragédia de Brumadinho – MG.

Em recente reunião com a ministra Damares Alves, no Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, ela apresentou algumas das pautas que serão destaque nesses primeiros 100 dias do governo.

No foco da nova gestão estão os assuntos relacionados à empregabilidade, enfrentamento ao suicídio e automutilação, além da implementação do Sistema Nacional de Juventude – Sinajuve.

Limpa: Governo Bolsonaro demite filho de Lobão do Banco do Brasil

Limpa: Governo Bolsonaro demite filho de Lobão do Banco do Brasil

O Banco do Brasil anunciou a destituição de Márcio Lobão, filho de Edison Lobão, da presidência da Brasilcap, cargo que ele ocupava desde 2007, registra O Globo.

Márcio manteve-se no cargo graças à força que o senador maranhense –que também não conseguiu se reeleger no ano passado– tinha nos governos do PT e de Michel Temer.

O diretor comercial da Brasilcap, Euzivaldo Reis, assume interinamente o cargo.

De O Antagonista

Brumadinho: Casal vítima da lama veio da Austrália para anunciar gravidez à família

Brumadinho: Casal vítima da lama veio da Austrália para anunciar gravidez à família

Era o primeiro dia de férias de Fernanda Damian de Almeida, de 30 anos, e de Luiz Taliberti Ribeiro Silva, de 31 anos, que vieram da Austrália para contar à família a gravidez da moça, que já estava no quarto mês de gestação. Noivos desde outubro do ano passado, o casal ficou hospedado na Pousada Nova Estância com familiares, em uma área de mata em Brumadinho, e planejavam conhecer o Instituto de Inhotim.

A última mensagem de Fernanda no Whatsapp foi às 11h05, quando avisou ao pai que havia chegado bem em Belo Horizonte na sexta-feira, 25, o mesmo dia do rompimento da barragem de Brumadinho, vizinha do Instituto e da pousada. Após esse horário, Fernanda não deu mais notícias. No começo da tarde do mesmo dia, a pousada foi destruída pela lama.

Não houve tempo para retirar funcionários e hóspedes da pousada Nova Estância. A pousada fica muito próxima da barragem da Vale – a cerca de 200 metros. Após o rompimento da barragem, o mar de rejeitos passou exatamente pela rota do hotel. Moradores da região estimam que cerca de 30 pessoas, entre hóspedes e funcionários, estão desaparecidas.

A lista de desaparecidos divulgada pela mineradora Vale, responsável pela barragem que cedeu em Minas Gerais, ainda mostra Fernanda entre os desaparecidos. Luiz, no entanto, já é uma das vítimas que foi identificada pelo Instituto Médico Legal (IML): o arquiteto esperava por seu primeiro filho, Lorenzo, e estava ‘radiante’ com a gravidez.

“A Vale matou meu filho. Há quatro horas fomos avisados que encontraram o seu corpo. Mas, a sirene não tocou. A gerente da pousada nos contou que todos estavam muito preparados para emergência e rotas de fuga. Em cinco minutos todos estariam seguros. Mas a sirene não tocou. Como a sirene, estamos em um silêncio de dor”, lamentou em redes sociais o padrasto do garoto, Vagner Diniz, que foi até o município de Brumadinho para tentar localizar as vítimas.

Da Veja

Quem é o bombeiro de 25 anos que informa o país sobre a tragédia de Brumadinho

Quem é o bombeiro de 25 anos que informa o país sobre a tragédia de Brumadinho

A bordo da primeira aeronave do Corpo de Bombeiros que levantou voo rumo a Brumadinho, na última sexta-feira (25), estava o jovem tenente Pedro Aihara. Como porta-voz da corporação, o belo-horizontino de 25 anos, que fez curso de prevenção de desastres no Japão, é o responsável por apresentar o resultado do trabalho incansável dos militares que atuam dia e noite na busca por vítimas do rompimento da barragem da Vale.

Por meio das declarações do tenente, grande parte das informações sobre a tragédia tem chegado aos quatro cantos do país e também do mundo. Nesta terça-feira (29), sua lista de pedidos de entrevista, além da imprensa local e nacional, incluía até uma emissora de televisão da China.

“O que eu faço é apenas transmitir o trabalho destes grandes heróis. Esses, sim, merecem todo o reconhecimento e todo tipo de aplauso. Porque, se eu faço um trabalho minimamente bem feito, não é mérito meu, e, sim, mérito do próprio trabalho que é realizado por outras pessoas”, diz.

Apesar da feição jovem, o tenente que representa a imagem do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais tem chamado a atenção por sempre transmitir as informações de forma precisa, sem titubeios.

Especialista em prevenção de desastres pela Universidade de Yamaguchi, no Japão, o oficial – na intimidade, apelidado de Japa – encara com tranquilidade, mesmo diante de tensão e cansaço, e precisão câmeras, microfones e uma maratona de entrevistas, que, por vezes, se prolongam por mais de duas horas seguidas.

Na primeira noite em Brumadinho, envolvido no atendimento à imprensa e também no apoio às operações, o tenente não fechou os olhos. Nos últimos dias, não mais que três ou quatro horas de sono.

Aihara, o rosto e a voz da corporação nesta tragédia, reconhece o peso da responsabilidade de seu papel no acompanhamento do desastre.

“Eu não encaro isso daqui como um trabalho e, para mim, não é só um número. Quando a gente fala de vidas humanas, se a gente tem uma informação errada, isso daí pode impactar negativamente na vida de uma família de uma maneira muito intensa. Então, em primeiro lugar, eu tenho noção dessa responsabilidade. Em segundo lugar, é uma operação muito difícil, porque são muitas agências envolvidas. São muitos dados que chegam, a gente tem que verificar esses dados, são muitas demandas. As pessoas querem informação. A questão das famílias, da imprensa”, diz.

Para que não haja falhas neste processo de unificação e repasse de informações, quatro elementos são fundamentais para o tenente: serenidade, tranquilidade, paciência e tolerância.

Apaixonado pela profissão que escolheu, Aihara, que entrou para o Corpo de Bombeiros em 2012, acredita que conhecimento nunca é demais. Ao mesmo tempo em que iniciou o Curso de Formação de Oficiais (CFO), o tenente começou a faculdade de direito na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

“Acabei investindo nessas duas áreas e acabo conseguindo aplicar muitas coisas que aprendo em uma área nas outras áreas. Aí, depois eu fiz minhas especializações ”, diz ele em referência ao curso no Japão, feito em 2016, e o de gestão de projetos, na Universidade de São Paulo (USP).

Solteiro, Aihara também tem o Cruzeiro como uma de suas paixões.


O tenente Pedro Aihara, porta-voz dos bombeiros — Foto: Reprodução

Assim como grande parte das pessoas que ingressam no Corpo de Bombeiros, o tenente tinha a ideia que atuaria, diretamente, nas ruas.

“Acho que todo mundo quando entra no Corpo de Bombeiros tem aquela ideia mesmo que a gente vai apagar incêndio, vai salvar pessoas. E, de fato, isso é verdade. Mas existem várias outras funções que para a instituição trabalhar bem são necessárias”, afirma.

Antes de se tornar porta-voz, Airaha atuava coordenando e organizando equipes: “Em ocorrência de grande porte, a gente determina como vai ser a atuação, quais vão ser as técnicas aplicadas. É uma espécie de coordenador-geral daquele batalhão, em questão de operação”, explica.

Atuação no desastre de Mariana

Ele também participou das operações de busca na tragédia de Mariana, quando o rompimento da barragem da Samarco, cujas donas são a Vale e a BHP Billiton, matou 19 pessoas e destruiu comunidades. Mas, em 2015, sua atuação foi bastante diferente da desempenhada hoje. Na época, ele trabalhou no planejamento das operações na zona quente do desastre.

Sempre eloquente e sem deixar perguntas de jornalistas sem resposta, Aihara passou a representar a corporação depois de ser escalado para participar de algumas missões que envolviam a articulação entre instituições, e o resultado agradar seu comandante.


Tenente Aihara no curso de formação de bombeiros. — Foto: Reprodução/Instagram

“E ele viu que eu me desempenhava minimamente bem nisso. Então, que eu conseguia agregar essas pessoas, conseguia fazer essas reuniões, alinhar os interesses de todo mundo. E aí vendo, essa mínima competência, quando ele foi transferido para o comando-geral, ele também me chamou para que eu atuasse nessa função, junto à imprensa”, afirma.

O primeiro caso de grande repercussão nacional em que Aihara representou o Corpo de Bombeiros como porta-voz foi o incêndio na creche Gente Inocente, em Janaúba, no Norte de Minas. Em 2017, a estrutura de uma casa que era utilizada como creche se tornou cenário de horror depois que um vigia jogou álcool nele e nas crianças e ateou fogo. Quatorze pessoas morreram.

Ele diz que este foi um trabalho que o sensibilizou, apesar de toda a preparação para atuar em casos como esse.

“Foi uma ocorrência muito difícil pela característica de a gente ter crianças, que uma situação afeta muito a gente e de presenciar de muito de perto o sofrimento de todas essas famílias, especialmente das mães. Então, por mais que a gente seja preparado para lidar com isso, é uma coisa que toca muito o nosso coração”, diz.

Do G1

Após 9 horas de cirurgia, médicos concluem cirurgia de Bolsonaro

Após 9 horas de cirurgia, médicos concluem cirurgia de Bolsonaro

cirurgia a que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) foi submetido nesta segunda-feira (28) terminou nesta tarde após quase nove horas de duração. Segundo o Palácio do Planalto, a cirurgia foi realizada “com êxito”.

“O boletim médico será divulgado tão logo seja autorizado pela equipe médica. Às 17h haverá briefing à imprensa com o porta-voz da Presidência da República, general Rego Barros, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo”, diz a nota do Palácio.

Bolsonaro começou a ser submetido ao procedimento médico às 6h30 desta segunda-feira, segundo a assessoria de imprensa da Presidência. A cirurgia era necessária para retirar a bolsa de colostomia e religar o trânsito intestinal. A recuperação deve demorar dez dias.

Nos últimos meses, desde que foi atingido por uma facada durante ato de campanha em setembro do ano passado, Bolsonaro ficou com uma bolsa de colostomia junto ao corpo. Este é um procedimento que encaminha as fezes e os gases do intestino grosso para uma bolsa fora do corpo, na região abdominal.

A cirurgia

A cirurgia foi comandada pelo gastroenterologista Antonio Luiz Macedo. Segundo apurou o Fantástico, dois tipos de procedimentos poderiam ser adotados pelos médicos.

A primeira possibilidade era unir as duas pontas do intestino grosso que foram separadas para a colocação da bolsa – a fixação pode ser feita com sutura – agulha e linha cirúrgicas – ou com um grampeador cirúrgico.

A segunda possibilidade seria cortar uma parte de 20 centímetros do intestino grosso e ligar a outra ponta diretamente ao intestino delgado, que tem mais irrigação sanguínea do que o intestino grosso. Quanto mais sangue circulando, mais fácil e rápida é a cicatrização. Esse segundo procedimento era o mais provável, porque ajuda a prevenir complicações futuras.

O hospital ainda não informou qual procedimento foi usado na cirurgia de Bolsonaro.

Gabinete no hospital

De acordo com o Palácio do Planalto, o vice-presidente Hamilton Mourão assumiu a Presidência desde o início da cirurgia e deverá permanecer no cargo por 48 horas. Depois desses primeiros dois dias, Bolsonaro deverá reassumir o cargo e despachar de dentro do hospital.

Foi montado um escritório no mesmo andar onde Bolsonaro está internado para que ele possa receber ministros.

Do G1

Juíza endurece prisão de Lula e reduz visitas de Haddad e de religiosos

Juíza endurece prisão de Lula e reduz visitas de Haddad e de religiosos

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não pode mais receber visitas de Fernando Haddad – seu substituto na disputa ao pleito de 2018 – em qualquer dia da semana, nem mais receber visitas de lideres religiosos toda tarde de segunda-feira, em sua cela especial na sede da Polícia Federal, em Curitiba. Em decisão desta sexta-feira, 25, a juíza federal Carolina Lebbos Moura endureceu as condições de Lula no cárcere. O petista está preso desde 7 de abril de 2018, no berço da Operação Lava Jato, condenado a 12 anos e um mês de prisão.

O documento afirma que “claramente não se vislumbram indicativos da necessidade e utilidade na defesa dos interesses do executado na condição de pré-candidato. Como visto, a sua candidatura foi substituída pelo próprio partido. As eleições, ademais, já se findaram, não tendo a defesa comprovado nos autos a existência de processo ou qualquer medida concreta impugnativa que efetivamente conte com a atuação do procurador em questão”.

Responsável pela execução da pena de Lula, a juíza substituto da 12.ª Vara Federal, acolheu parecer do Ministério Público Federal (MPF) e caçou os dois “benefícios” que o petista gozava na prisão. Ela cancelou o direito especial para que Haddad fosse nomeado como defensor jurídico do ex-presidente – o ex-prefeito de São Paulo é bacharel em Direito – e ainda determinou que as visitas todas as segundas-feiras fossem suspensas. Agora, o petista terá direito a um visita religiosa por mês, como os demais encarcerados que estão na PF.

A juíza registra que a “procuração outorgada a Fernando Haddad” data de 3 de julho de 2018 e confere poderes “amplos para atuação em juízo ou fora dele (extensão)” do ex-prefeito de São Paulo “especialmente para a adoção das medidas necessárias para assegurar os direitos do outorgante na condição de pré-candidato à Presidência (finalidade)”.

E que a decisão desta sexta-feira “se restringe à impossibilidade” de Fernando Haddad de visitar Lula “na qualidade de procurador” – o que lhe permitia ir até a carceragem todos os dias úteis da semana. “Efetivamente se vislumbra o término da eficácia do mandato outorgado. Logo, não se pode autorizar a visitação do outorgado na condição de representante do ora apenado”, decidiu a juíza.

“Ainda que se mantivesse a eficácia do mandato – o que se cogita exclusivamente para fins argumentativos – não se identificou qual seria a necessidade e utilidade jurídicas de contato direto e constante de Fernando Haddad com o apenado.”

A magistrada voltou a destacar que “as prerrogativas da advocacia, que se destinam à efetiva proteção do cidadão, não podem nem devem ser invocadas e/ou utilizadas em abuso de direito, com o propósito de burlar as regras e controles da unidade prisional”.

(Com Estadão Conteúdo)

Médica é a primeira vítima identificada do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, MG

Médica é a primeira vítima identificada do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, MG

A médica Marcelle Porto Cangussu é a primeira vítima identificada do rompimento de uma barragem da Vale, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ela era médica e trabalhava na Vale desde novembro de 2016.

A reportagem do G1 entrou em contato com o padrasto de Marcelle, Christian Garrido Higuchi, e ele disse que a família está no Instituto Médico Legal (IML), em Belo Horizonte, para resolver as questões burocráticas, e não deu outras informações.

Ao menos 9 pessoas morreram em razão da tragédia e 354 pessoas estão desaparecidas, segundo o Corpo de Bombeiros. A Vale, entretanto, divulgou em seu site uma lista com cerca de 413 pessoas com as quais não tinha contato. VEJA A LISTA

Do G1

Presidente da Vale diz não saber número de soterrados: “Desta vez é uma tragédia humana”

Presidente da Vale diz não saber número de soterrados: “Desta vez é uma tragédia humana”

A mineradora Vale concede uma entrevista coletiva, na sede da empresa no Rio de Janeiro, para dar mais informações sobre a barragem rompida em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O presidente da companhia, Fabio Schvartsman, conversou com jornalistas por volta das 19h20.

O acidente ocorreu no início da tarde de sexta-feira (25). Segundo o Corpo de Bombeiros, cinco feridos foram hospitalizados, e cerca de 200 pessoas estão desaparecidas.

O acidente

Uma barragem da mineradora Vale se rompeu e provovou o rompimento de outras duas barragens em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Imagens aéreas mostram que um mar de lama destruiu casas da região do Córrego do Feijão.

O rompimento ocorreu no início da tarde de hoje, na Mina Feijão. A Vale informou sobre o acidente à Secretaria do Estado de Meio Ambiente às 13h37. Os rejeitos atingiram a área administrativa da companhia e parte da comunidade da Vila Ferteco.

Quatro feridos chegaram, até as 16h20, ao Hospital de Pronto-Socorro João XXIII. Outro ferido chegou à unidade no início da noite. As vítimas são 3 mulheres (15, 22 e 43 anos) e 2 homens (ambos com 55 anos). Todos apresentam quadro estável e passam por exames.

O Corpo de Bombeiros confirmou por volta das 17h que havia aproximadamente 200 pessoas desaparecidas.

A empresa diz que havia empregados no local e que há possibilidade de vítimas. Segundo os Bombeiros, um refeitório da empresa foi atingido. Ainda não há informação sobre a causa do rompimento (veja íntegra da nota da Vale ao final do texto).

O que se sabe até agora

  • Rompimento ocorreu no início da tarde na Mina do Feijão, da Vale, em Brumadinho;
  • Mar de lama destruiu casas;
  • Havia empregados da Vale no local atingido pelo rompimento;
  • Quatro vítimas com ferimentos foram resgatadas por helicóptero;
  • O Corpo de Bombeiros diz que há cerca de 200 pessoas desaparecidas;
  • Corpo de Bombeiros e Defesa Civil estão no local; helicópteros resgatam pessoas ilhadas em diversos pontos;
  • Ao menos seis prefeituras emitiram alerta para que população se mantenha longe do leito do Rio Paraopeba, pois o nível pode subir. Às 15h50, os rejeitos atingiram o rio;
  • Rodovia estadual que leva a Brumadinho está fechada;
  • Governo montou gabinete de crise, e 3 ministros estão a caminho; Bolsonaro também quer ir ao local.
  • Por precaução, o Instituto Inhotim retirou funcionários e visitantes do local.

Íntegra da nota da Vale:

A Vale informa que, no início desta tarde, ocorreu o rompimento da Barragem 1 da Mina Feijão, em Brumadinho (MG). A companhia lamenta profundamente o acidente e está empenhando todos os esforços no socorro e apoio aos atingidos.

Havia empregados na área administrativa, que foi atingida pelos rejeitos, indicando a possibilidade, ainda não confirmada, de vítimas. Parte da comunidade da Vila Ferteco também foi atingida.

O resgate e os atendimentos aos feridos estão sendo realizados no local pelo Corpo de Bombeiros e pela Defesa Civil. Ainda não há confirmação sobre a causa do acidente.

A prioridade máxima da empresa, neste momento, é apoiar nos resgates para ajudar a preservar e proteger a vida de empregados, próprios e terceiros, e das comunidades locais.

A Vale continuará fornecendo informações assim que confirmadas.”

Do G1

Bolsonaro diz que preocupação no momento é ‘atender eventuais vítimas’; ministros vão para Brumadinho

Bolsonaro diz que preocupação no momento é ‘atender eventuais vítimas’; ministros vão para Brumadinho

O porta-voz do Palácio do Planalto, Otávio Rêgo Barros, informou nesta sexta-feira (25) que o governo federal criou um gabinete de crise para monitorar e definir ações a serem tomadas em razão do rompimento de uma barragem em Brumadinho (MG).

De acordo com Rêgo Barros, o presidente Jair Bolsonaro tem a “intenção” de ir à cidade mineira neste sábado (26), pela manhã.

O rompimento da barragem, da mineradora Vale, ocorreu no início da tarde desta sexta. Um mar de lama invadiu a região e moradores da parte mais baixa da cidade estão sendo retirados das casas, segundo a Defesa Civil.

Pouco antes de o governo federal anunciar a criação do gabinete de crise, Bolsonaro afirmou em uma rede social que lamenta o acidente. Informou que alguns ministros vão se dirigir ao local.

Em uma rede social, a Advocacia Geral da União (AGU) informou que acompanha “de perto” as razões e impactos do desastre, considerado “lamentável”.

Segundo a AGU, uma equipe do órgão está mobilizada para analisar as consequências e tomar as medidas cabíveis.

O que diz o Ibama

Em nota, o Ibama – instituto federal responsável pela fiscalização ambiental em âmbito nacional – afirmou que, em situações de emergência, a competência de acompanhamento é do órgão licenciador, que, neste caso, é do estado de Minas Gerais.

Ainda de acordo com o comunicado, o Ibama só assumiria a competência pela tragédia de Brumadinho se o resíduos ultrapassarem os limites territoriais de Minas Gerais ou se os desdobramentos do incidente acabarem atingindo “significativamente” um bem da União.

“De qualquer maneira, o Ibama continuará acompanhando o evento e prestando o apoio necessário aos órgãos públicos, por força de seus acordos junto ao P2R2 (Plano Nacional de Prevenção, Preparação e Resposta Rápida a Emergências Ambientais com Produtos Químicos Perigosos– Decreto 5.098/04). O órgão fiscalizador da segurança das barragens de mineração é a Agência Nacional de Mineração (ANM), segundo a PolíƟca Nacional de Segurança de Barragens (Lei n. 12.334/2010).

Do G1