Só no Maranhão! Irmão do Prefeito de Pinheiro espanca a ex-mulher, paga fiança para crime inafiançavel e é liberado…

Lúcio André Genésio espancou a ex-esposa impiedosamente

O irmão do prefeito de Pinheiro, movido por ciúme doentio, voltou a atentar contra a vida de sua ex-mulher, a advogada Ludmila Rosa Ribeiro da Silva.

A sessão de espancamento ocorreu na noite de sábado (11), após um jantar que seria mais uma tentativa de reconciliação. Lúcio André Genésio forçou a vítima a postar foto do casal em suas redes sociais, obrigando-a, ainda, a lhe entregar seu celular. O objetivo seria verificar a existência de conversas com algum outro homem.

Após pagamento de fiança, o agressor foi liberado

A mulher chegou a postar apenas uma foto das mãos do casal, mas se recusou a entregar o aparelho. De imediato o agressor, pediu a conta e informou que a deixaria em casa.

Na saída do restaurante, que fica na área da Lagoa da Jansen, ele tirou à força o celular da bolsa de Ludmila, passando-a a espancar até a residência dela, localizada na Cohama, onde a expulsou do carro a chutes.

Após empurrar a vítima pra fora do veículo, que estava sem forças para pedir socorro, acelerou o carro com a intenção de atropelá-la, tendo sido impedido por uma vizinha, que o agressor acreditou ser agente de Polícia.

Outros vizinhos, ao perceberem as agressões, efetuaram a prisão em flagrante de Lúcio André Genésio, que prometeu matar a vítima.

A ocorrência foi registrada às 2h34 deste domingo (12), no Plantão do Cohatrac. Ele pagou fiança de R$ 4.685,00 e foi posto em liberdade pelo delegado Valber Braga.

A vítima se encontra hospitalizada, recuperando-se lentamente de todos os traumas físicos, mas sem previsão de recuperação dos traumas psicológicos causados pela agressão covarde.

Em 2016, Lúcio André Genésio já havia espancado Ludmila que estava grávida de cinco meses do filho do casal, na cidade de Pinheiro/MA, onde seu irmão, Luciano Genésio, é prefeito.

Será que esse caso ficará na impunidade?

Do Blog do Gilberto Lima

Estudo aponta recorde em índice de assassinatos de jovens no Brasil

Um estudo do Unicef divulgado nesta quarta-feira (11/10) mostrou o “crescimento alarmante” da morte de jovens negros, sobretudo do Nordeste. A partir dos dados mais recentes, de 2014, o Índice de Homicídios na Adolescência (IHA) evidenciou que 3,65 em cada mil jovens correm o risco de serem assassinados antes de completar 19 anos. Caso as condições vigentes há três anos não mudem, a entidade estima que 43 mil adolescentes possam morrer entre 2015 e 2021.

A pesquisa analisou os homicídios de adolescentes de 12 a 18 anos nos 300 municípios com mais de cem mil habitantes no país. Desde 2012, o número de jovens que morrem por agressão é proporcionalmente maior que o dos demais brasileiros. Em 2014, foram 31,6 homicídios em cada cem mil adolescentes, diante de 29,7 a cada cem mil pessoas no geral.

Trata-se do maior IHA desde o início da série histórica. Na visão do representante da Unicef no Brasil, Florence Bauer, os dados refletem a falta de oportunidades, que “tem determinado cruelmente a vida de muitos adolescentes”.

De acordo com a publicação, “enquanto o Brasil nas últimas décadas conseguiu reduzir a mortalidade infantil significativamente, o número de mortes entre os adolescentes cresceu de uma maneira alarmante. É primordial que o país valorize melhor a segunda década de vida e dê à adolescência a importância que ela merece”.

Risco maior para jovens nordestinos
O estudo também mostrou que o risco é maior para jovens nordestinos, o que indica uma “nordestização da violência”. Das dez capitais mais violentas para adolescentes, sete ficam no Nordeste, segundo o Unicef. Fortaleza registrou o maior IHA, com 10,94 homicídios a cada cem mil jovens. O Rio ficou em 19º lugar, com índice de 2,71, e São Paulo, em 22º, com 2,19.
Em 2014, os adolescentes do gênero masculino corriam 13,52 vezes mais risco que as jovens mulheres. Já os negros entre 12 e 18 anos estavam 2,88 vezes mais ameaçados em relação aos brancos. Segundo a entidade, a probabilidade de o jovem ser morto por meio de arma de fogo é 6,11 maior em comparação com outras vias.

SNJ se posiciona contra a redução da maioridade penal

Enquanto o Índice de Homicídios na Adolescência (IHA) bate recordes alarmantes no Brasil, principalmente nos municípios mais pobres e entre os adolescentes em condições de maior vulnerabilidade social, há uma corrente no Congresso que pretende encarcerar a juventude brasileira, reduzindo a maioridade penal para 16 anos. A Secretaria Nacional de Juventude reforça o seu posicionamento contra a redução da maioridade penal e defende o cumprimento dos Estatutos da Juventude e da Criança e do Adolescente (ECA). O primeiro trata dos direitos de jovens e adolescentes à educação, lazer e saúde, entre outros aspectos, e o segundo prevê medidas sócio-educativas para os menores de 18 anos que estejam em conflito com a lei.

Em uma carta pública divulgada no dia 18 de setembro, o secretário Nacional de Juventude, Assis Filho, argumenta que: “quando o adolescente vê-se em conflito com a Lei, a mídia reacende o tema sobre a redução da maioridade penal em âmbito nacional e explora o tema com sensacionalismo exacerbado, criando na população a ideia equivocada de que os adolescentes são os maiores responsáveis pelos elevados índices de violência contra a pessoa. Na verdade, os adolescentes são as maiores vítimas da violência”.

Para a SNJ, a redução da violência não será alcançada com a diminuição da maioridade penal, mas pela ação da sociedade e governos nas instâncias psíquicas, sociais, políticas e econômicas que as reproduzem. Políticas públicas voltadas à reinserção dos jovens na educação e acolhimento no mercado de trabalho de modo a retirá-los da ociosidade, pobreza e ignorância, são o caminho para a redução da criminalidade nessa faixa etária.

“O Governo atua de forma incansável na elaboração de políticas públicas de inclusão social de jovens. Entendemos que a adolescência é uma fase de transição e maturação do indivíduo e que, por isso, indivíduos nessa fase da vida devem ser protegidos por meio de políticas de promoção de saúde, educação e lazer, previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/1990) e no Estatuto da Juventude (Lei nº 12.852/2013)”, descreve o texto da carta.

Leia a íntegra da carta pública da SNJ no link abaixo:
http://juventude.gov.br/articles/participatorio/0020/9198/SNJ_Carta_de_Posicionamento_Contra_Reducao_da_Maioridade_Penal.pdf

Professores e alunos em Coelho Neto reféns do medo…

Tanto a Prefeitura de Coelho Neto, quanto a Secretaria de Educação fizeram vista grossa e não deram um pio sobre os episódios de violência envolvendo a Escola Moacyr Bacelar.

Na primeira ação no início da semana, os alunos do noturno tiveram que ter as aulas suspensas em decorrência de uma briga envolvendo mais ou menos uns 10 indivíduos.

Já ontem (07), a coisa foi bem mais grave. Um ladrão entrou armado no turno vespertino na hora do recreio com ameaças e acabou roubando um celular com direito a arma na cabeça de 02 alunos, segundo relato de integrantes da Escola. Um verdadeiro horror!

Após o episódio, professores e alunos ficaram apavorados e a sensação de insegurança pôde ser sentida de forma bem real.

Estranhamente o governo municipal que deveria ter se posicionado para anunciar medidas para coibir a onda de violência preferiu optar pelo silêncio, uma ação típica dos covardes.

Vão tomar alguma providência ou vão esperar alguma fatalidade ocorrer para poder se mexer?

Onda de violência continua aterrorizando Coelho Neto

Às 10h:22

Bandidos tocaram terror no final da noite desta sexta-feira, (30). Uma dupla, em uma motocicleta CG 125 Fan de cor preta, iniciou uma série de assaltos em diferentes pontos da cidade promovendo roubos de celulares.

Algum tempo depois, já em uma motocicleta CG 125 vermelha, a dupla voltou a atacar e durante a tentativa de assalto para tomar uma motocicleta alvejaram com um tiro à vítima, nas proximidades da ponte da pimenteira. Na ação os bandidos fugiram sem levar nada e a vítima foi socorrida por populares e encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento UPA, em seguida para a cidade de Caxias.

Em novo ataque, uma dupla numa motocicleta Broz de cor vermelha tentou tomar uma motocicleta nas proximidades do cemitério do Itapirema. A vítima conseguiu fugir dos marginais.

Pouco tempo depois, uma dupla em uma moto Broz Preta atacou três jovens que se encontravam na porta de casa, com os celulares na mão. Um dos bandidos desceu do veículo e neste momento os jovens tentaram correr: um saiu ileso, um segundo foi alvejado com um tiro nas costas e lamentavelmente, o terceiro, filho do vereador Luís Ramos (PSD), acabou sendo alvejado com dois tiros: um na cabeça e outro nas costas. Socorrido para a Unidade de Pronto Atendimento- UPA-, posteriormente, foi encaminhado para Caxias em estado gravíssimo.

O filho do parlamentar foi transferido agora pouco, para Teresina-PI e segue em estado grave. Nossos preces agora por sua recuperação.

Com contribuição do Blog do Carlos Machado

Trio rende comerciante e levam R$ 42 mil reais de assalto em Coelho Neto

Um trio em três motocicletas distintas, assaltaram na tarde desta segunda (12), o comerciante identificado por Barriguinha, proprietário de um estabelecimento na Avenida Santana em Coelho Neto.

Armados, os homens renderam o comerciante quando o mesmo se deslocaria em seu veículo para fazer o depósito de R$ 42 mil na agência bancária.

Os três homens não estavam encapuzados, mas mesmo assim o comerciante não conseguiu identificá-los, que fugiram tomando rumo desconhecido.

Mais um para aumentar a imensa lista da crescente violência em Coelho Neto…

Com contribuição do Portal Coelho Neto

Tempos de barbárie!!! 8 mulheres mortas em oito dias no Maranhão…

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Às vésperas do início da campanha “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher”, que começa neste domingo, 20, o Maranhão registra um dado vergonhoso: uma mulher tem sido morta por dia, apenas pela sua condição sexual.

A onda macabra começou no último dia 9, quando Ákila Santos Feitosa foi executada por adversários de seu marido, em Imperatriz; e continuou na manhã desta quinta-feira, 17, quando uma aluna foi esfaqueada dentro de uma escola, em Chapadinha. (Leia aqui)

Laura Serra também foi executada em imperatriz;

Marlene Guega levou 17 tiros em Alto Alegre do Pindaré;

Maria do Rosário foi assassinada em Rosário;

Em Coroatá, a mulher identificada apenas por Francileuda teve a cabeça decapitada;

E um corpo feminino ainda não identificado foi encontrado na estrada da Mata, com sinais de execução.

A morte da publicitária Mariana Costa, assassinada pelo próprio cunhado, Lucas Porto, que declarou ter “paixão incontida” por ela, é a parte mais visível de uma situação que incomoda: mulheres estão sendo mortas apenas pela própria condição de mulher.

A lei do feminicídio torna hediondo o assassinato de mulheres caracterizado pela natureza sexual da ação criminosa.

Mas a onda de violência que se espalhou pelo estado nos últimos  dias é para se manter a preocupação…

Do Blog do Marco d´Eça

Assaltos, tiro em policial e Afonso Cunha entregue à própria sorte…

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Às 21h:44

A cidade de Afonso Cunha viveu horas de pavor agora pouco. Cinco homens, sendo três em um veículo ônix de cor branca (placa não verificada) e dois em uma motocicleta Broz investiram contra os PM´s do Distrito Policial do município e conseguiram render um dos PM´s e subtraíram a arma dele, uma PT40.

Os outros PM´s revidaram e os indivíduos conseguiram fugir levando a arma do policial. O cabo Leal foi ferido de raspão no rosto sem maior gravidade e foi encaminhado para o hospital, sendo transferido por falta de médico.

Pela forma como agiram, a polícia está supondo que os assaltantes queriam as armas dos policiais. A violência pelo visto passou a ser rotina na cidade.

No intervalo de duas semanas uma dupla assaltou a mão armada a agência dos Correios, o ônibus da empresa Fretur e cerca de quatro motocicletas, sendo a última na noite da última quinta (03).

A cidade está sem viatura. O prefeito José Leane (PMDB), desde que perdeu a eleição passou a ser coisa rara na cidade, que encontra-se abandonada a própria sorte.

E a população fecha as portas e se tranca dentro de casa para fugir da ameaça causada pelo clima de total insegurança.

Lamentável!

Polícia faz trabalho conjunto para prevenir crimes em Coelho Neto

Policiais civis e militares realizaram um trabalho conjunto, na noite desta sexta-feira (05) em vários bairros de Coelho Neto. A intenção era prevenir a ocorrência de crimes durante o fim de semana.

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Foram feitas dezenas de abordagens em especial em bares e outros pontos suspeitos de ter movimentação de usuários de drogas. O objetivo principal foi justamente a apreensão de entorpecentes e armas de fogo, além deimpedir a prática de assaltos.

Outro objetivo foi tentar localizar foragidos do Poder Judiciário que foram liberados para saída temporária por juízes de Execuções Penais para visitar parentes e não mais retornaram, permanecendo em Coelho Neto. Há informes que alguns deles já voltaram a praticar roubos de motos e celulares.

As abordagens serão feitas durante todo o fim de semana por policiais militares em vários pontos da cidade com os casos de flagrante delito sendo conduzidos para Delegacia de Polícia.

Nas últimas semanas foram presos vários assaltantes de celular e outros já estão com o pedido de prisão preventiva aguardando deferimento da Justiça.

É preciso também alertar que as pessoas que compram os celulares roubadas já estão sendo investigadas e responderão pelo crime de receptação.

Polícia prende acusado de roubos em Coelho Neto

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Uma ação conjunta das polícias Civil e Militar, na tarde desta quinta-feira (21), conseguiu prender o jovem Cassiano Leão, acusado de envolvimento em vários roubos de celulares e de motos na cidade de Coelho Neto.

Cassiano Leão foi preso em flagrante em sua residência no Bairro Sarney, onde os policiais conseguiram encontrar um simulacro de arma de fogo que era usado por ele nos assaltos à mão armada. 

Nas últimas semanas, Cassiano vinha sendo reconhecido por vítimas que procuravam a Delegacia de Polícia. Eram feitas diligências, mas o mesmo conseguia escapar do cerco policial.

Desta vez, depois de praticar dois assaltos, ele acabou sendo preso e autuado em flagrante. A expectativa é de que a Justiça o mantenha preso por vários meses. 

Cassiano chegou a ficar preso por seis meses ano passado por tráfico de drogas, mas acabou sendo solto por decisão judicial. 

O jovem confessa que vinha praticando os crimes para manter o vício de crack. Quem foi vítima de Cassiano deve procurar a Delegacia de Polícia para fazer o procedimento policial. Quanto mais inquéritos, mais tempo ele permanecerá preso.

Da Carta Capital: Maranhão permanece em chamas após ataques do crime organizado

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Entre novembro e dezembro de 2013, uma série de confrontos entre as facções Primeiro Comando do Maranhão e Bonde dos 40 no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, a 30 quilômetros de São Luís, resultou em 22 mortes.

As imagens gravadas por presos enquanto celebravam a decapitação de rivais chocaram o País e levaram a Comissão Interamericana de Direitos Humanos a exigir ações contra as violações no presídio, entre elas a adoção de medidas para impedir novos homicídios e a redução imediata da superlotação. 

Atônita com a divulgação das imagens e a revelação da morte de mais de 60 detidos de Pedrinhas naquele ano, a então governadora Roseana Sarney conjecturou sobre a onda de violência: “Um dos problemas que estão piorando a segurança é o estado estar mais rico”.

Após mais de dois anos, a ação do crime organizado em Pedrinhas volta a se manifestar publicamente, desta vez não por vídeos macabros, mas por ataques pirotécnicos ao transporte público da capital.

Até o momento, 16 ônibus foram alvo de tentativas de incêndio em diferentes locais da região metropolitana de São Luís. Cinco tiveram perda total. Coordenados pelo Bonde dos 40, os ataques são o primeiro grande teste para a segurança pública do governador Flávio Dino, do PCdoB.

Ao menos no discurso, a premissa é oposta àquela da antecessora: “A negação total de direito e de oportunidades gera uma massa, quase um exército industrial de reserva, para essas quadrilhas”, afirmou Dino em uma reunião para avaliar as ações de combate aos incêndios na terça-feira 24.  

Apesar do discurso socialmente sensível, o governo respondeu duramente aos ataques: 131 integrantes da Força Nacional de Segurança Pública chegaram a São Luís na terça-feira 24 para auxiliar as autoridades locais.

Na mesma data, foi definida a presença de três policiais militares em cada ônibus que circula na zona rural de São Luís, além de um reforço policial nas principais vias da capital. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, foram presos mais de 30 integrantes da facção e não houve registro de novos ataques a partir da chegada da Força Nacional.

Ao apontar os motivos para a onda de ataques, o governo interpreta os incêndios como uma consequência de ações bem-sucedidas para conter o crime organizado em Pedrinhas. Por outro lado, entidades de direitos humanos apontam para a continuidade das condições precárias no presídio, marcado pela superlotação, insalubridade e baixa qualidade da alimentação. 

Segundo Jefferson Portela, secretário de Segurança Pública, o maior controle sobre os presos resultou na resposta violenta da facção nas ruas. “Eles queriam o retorno a regras da gestão anterior, quando os presos tinham liberdade para ficar soltos no pátio”, argumenta. “O novo governo impôs o uso obrigatório de uniformes e refez o gradeamento de todas as celas.”

Além do endurecimento das ações em Pedrinhas, Portela afirma que o aumento das operações contra o narcotráfico foi determinante. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, foram apreendidos quase 1 tonelada de maconha e derivados de cocaína no Maranhão em 2015, ante pouco mais de 300 quilogramas em 2014.  

Para combater o alto número de confrontos em Pedrinhas, o governo Dino deu continuidade à manutenção de presos de facções rivais em setores distintos, estratégia utilizada a partir do último ano da gestão de Roseana. A primeira ala é destinada ao PCM, a segunda ao Bonde dos 40 e a terceira aos presos considerados neutros.

Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária, 97 presos fugiram e 17 foram assassinados em 2014. No ano passado, houve uma melhora significativa: foram registradas 27 fugas e quatro mortes. Em 2016, ainda não houve registro de homicídios.

A Sociedade Maranhense de Direitos Humanos, responsável por monitorar as condições de Pedrinhas em parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil e as entidades Justiça Global e Conectas, reconhece a diminuição nos extermínios, mas aponta para as más condições em Pedrinhas como motivo principal para os ataques.

Segundo lideranças da entidade, familiares de presos têm relatado situações de restrições de direitos e até mesmo casos de maus-tratos e tortura.

A morte recente de um auxiliar penitenciário, dizem os integrantes da sociedade, foi seguida de uma estratégia para ampliar a repressão e a restrição dos presos a benefícios, entre eles a entrega de alimentos por familiares. 

A baixa qualidade das refeições oferecidas em Pedrinhas é uma das principais críticas dos detidos.

A separação das facções era prevista como uma solução transitória até a construção de novas unidades prisionais. “Os novos presídios estão sendo entregues tão lentamente que o crescimento exponencial da massa carcerária os torna obsoletos ainda na inauguração”, analisa a entidade em nota a Carta Capital.

Na direção contrária à da recomendação internacional, a população carcerária de Pedrinhas saltou de 2,1 mil no início de 2014 para mais de 3 mil no fim do ano passado.

A separação das facções acaba ainda por concentrar presos provisórios e sentenciados em uma mesma ala, o que contraria a Lei de Execução Penal. “A estratégia comprometeu a progressão de regime e facilitou o recrutamento”, acrescenta a sociedade.

Portela admite que as condições do presídio ainda deixam a desejar. “A realidade prisional do Maranhão é aquela que foi herdada da administração anterior. Estamos inaugurando novas unidades, mas convivemos com a superlotação, um problema nacional.” Apesar dos ataques, o secretário defende a estratégia de isolamento das facções rivais.

Para os militantes de direitos humanos, novas disputas entre o crime organizado e o poder público devem ocorrer. “As facções parecem estar mais fortes do que antes. Elas estavam apenas em silêncio, desfrutando uma trégua momentânea.” Resta saber se a crise de segurança enfrentada por Dino está próxima do fim ou apenas em seu início.