Em ano eleitoral é normal que o período da pré-campanha seja utilizado para que os eleitores possam de fato conhecer os postulantes a cargos eletivos, bem como o teor das propostas para os cargos que desejam ocupar.
Em Coelho Neto no entanto, para alguns pré-candidatos esse momento tem sido usado para protagonizar cenas hilárias, que poderiam ser utilizadas como pano de fundo para qualquer comédia bizarra. Nesse curto espaço de tempo já se viu de um tudo: por exemplo, pela primeira vez se tem notícia do aniversário de 30 anos de um empreendimento quando este, segundo comentários tem apenas 26… não se sabe como e muito menos com que intenção a festa fora antecipada.
Na mesma linha tem pré-candidato que nunca mais soube o que é tomar café em casa: ou toma café na praça ou amanhece cedo na casa de vereadores, pré-candidato que nunca havia pisado na zona rural mas que agora não sai de perto “dos seus irmãos”, esposa de pré-candidato que cai de roupa e tudo num riacho para declarar: eu sou é povão e por ai vai (mesmo com o receio da dengue, zika vírus e chikungunya).
E não para por ai o circo dos horrores. Tem oferta alta de cachê, aliciamento escancarado de lideranças, plano de governo discutido antes da homologação da candidatura (primeira vez que vi isso), distribuição de lanches (incluindo na lista um delicioso din-din bem ao gosto do eleitor), envio de brindes e outras cositas mais.
O que chega a ser cômico não deixa de ser trágico. O processo eleitoral não é isso, a disputa eleitoral não pode e não deve ser transformada num vale tudo em que tudo pode para se chegar ao poder.
A população pode pagar caro se aceitar simpatia forçada e com prazo de validade. Governar uma cidade não tem nada haver com tapinha nas costas, banho de chuva e conversa na beira de uma janela.
É um exemplo nítido do que pode ocorrer com quem não está preparado para receber a picada da mosca azul… Simples assim!