Ao participar nesta quarta-feira (02) da transmissão de cargo no Ministério da Defesa, onde foi empossado o general Fernando Azevedo, o presidente Jair Bolsonaro elogiou o ex-senador José Sarney (MDB) por ter, segundo ele, valorizado as Forças Armadas quando esteve no exercício da Presidência da República. Ao fazer a menção, Bolsonaro lembrou que “depois, outro governo esqueceu dos militares”, sem esclarecer se estava se referindo ao PSDB de Fernando Henrique Cardoso ou ao PT de Lula e Dilma.
No seu discurso, Bolsonaro disse que “a situação a chegou o Brasil chegou é uma prova de que o povo, em sua grande maioria, quer hierarquia, respeito, ordem e progresso. “Nós queremos o bem para o Brasil. Mas, do que defender a Pátria, o que nós queremos é fazer essa Pátria grande, e só faremos se tivermos do nosso lado equipe onde todos conversam entre si, onde não há ingerência político-partidária, que lamentavelmente, como ocorreu nos últimos 20 anos, levou à ineficácia do Estado e nossa triste corrupção”, disse ele.
O presidente defendeu a atuação das Forças Armadas e lembrou momentos históricos que passou na corporação. O presidente citou também o ex-presidente e hoje senador por Alagoas Fernando Collor de Mello, que também estava na cerimônia, por ter valorizado, a exemplo de Sarney, Exército, Marinha e Aeronáutica.
O Ibovespa, índice de referência do mercado acionário brasileiro, sobe 3,73%, a segunda maior alta do primeiro pregão do ano em dez anos
O mercado está otimista com o governo de Jair Bolsonaro. O Ibovespa, índice de referência do mercado acionário brasileiro, sobe 3,73%, a 91.161 pontos. Essa é a segunda maior alta para o primeiro pregão do ano dos últimos dez anos, ficando apenas atrás de 2009. O dólar também opera em queda, sendo vendido por 3,81 reais às 15h30, um recuo de 1,68%.
Esse movimento está diretamente relacionado com o discurso de posse de Jair Bolsonaro na Presidência da República e a expectativa sobre suas medidas no campo econômico.
O diretor da corretora Mirae, Pablo Spyer, diz que esse otimismo não se restringe apenas ao cenário doméstico. “É um otimismo generalizado, inclusive por parte dos estrangeiros. A impressão que se tem é que se o novo governo fizer parte do que prometeu já será suficiente para o Brasil recuperar o grau de investimento.”
André Perfeito, economista-chefe da Nécton, diz que a expectativa positiva com o governo Bolsonaro está alavancando hoje as ações das empresas estatais. Entre as maiores altas estão os papéis da Eletrobras (17,83%) e Petrobras (6,04%).
“Ele falou pouco sobre economia, mas o pouco que disse foi muito favorável aos empresários e a quem empreende”, diz Perfeito. “Ele falou que os empreendedores conseguirão avançar, por exemplo.”
Para o economista da Nécton, Bolsonaro se mostrou aguerrido em seu discurso de posse e reforçou que seu governo tem convicção para colocar em prática as promessas de campanha, como a reforma da Previdência.
Em discurso no parlatório para público concentrado na Praça dos Três Poderes, foi chamado de ‘mito’, acenou com bandeira do Brasil e disse que o país começa a ‘se libertar do socialismo’.
O presidente Jair Bolsonaro prometeu nesta terça-feira (1º), ao discursar no parlatório do Palácio do Planalto após receber a faixa presidencial do agora ex-presidente Michel Temer, “tirar o peso do governo sobre quem trabalha e produz” e “restabelecer a ordem” no país (leia a íntegra do pronunciamento ao final desta reportagem).
Depois de garantir que o governo dele implementará as reformas necessárias para o Brasil avançar, Bolsonaro afirmou que agora tem o desafio de “enfrentar os efeitos da crise econômica”, o “desemprego recorde”, a “ideologização” das crianças, o “desvirtuamento dos direitos humanos” e a “desconstrução da família”.
“Vamos propor e implementar as reformas necessárias. Vamos ampliar infraestrutura, desburocratizar, simplificar, tirar a desconfiança e o peso do governo sobre quem trabalha e quem produz”, discursou o novo presidente aos apoiadores que lotavam a Praça dos Três Poderes para acompanhar o pronunciamento.
Ao longo do discurso de oito minutos, Bolsonaro também afirmou que, com a posse dele, o Brasil “começou a se livrar do socialismo” e disse que é “urgente acabar com a ideologia que defende bandidos e criminaliza policiais”.
“É com humildade e honra que me dirijo a todos vocês como presidente do Brasil. E me coloco diante de toda a nação, neste dia, como o dia em que o povo começou a se libertar do socialismo, da inversão de valores, do gigantismo estatal e do politicamente correto (Jair Bolsonaro)
Ao final do discurso, ele abriu, com o auxílio do vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, uma bandeira do Brasil e citou um dos cânticos que marcaram protestos contra o governo Dilma Rousseff.
“Essa é a nossa bandeira [a do Brasil, verde e amarela], que jamais será vermelha”, enfatizou, sob aplausos de apoiadores que estavam na Praça dos Três Poderes.
Em outro trecho do discurso, Bolsonaro voltou a agradecer a Deus por ter sobrevivido ao atentado à faca durante a campanha eleitoral e aos eleitores que o elegeram presidente da República.
Ele ressaltou, mais uma vez, que a eleição presidencial deu “voz” a quem não era ouvido e que o desejo expresso nas ruas e nas urnas foi de “mudança”.
O novo chefe do Executivo destacou que foi eleito “com a campanha mais barata da história” e disse que vai combater o que classificou de “ideologias nefastas” que tentam “dividir os brasileiros”.
“Não podemos deixar que ideologias nefastas venham a dividir os brasileiros, ideologias que destroem nossos valores e tradições, que destroem as nossas famílias, alicerce da nossa sociedade”, declarou.
O presidente ressaltou que o governo dele pretende priorizar a educação básica, que ele classificou como uma das formas de reduzir a desigualdade social, e voltou a dizer que a relação do Brasil com outros países não se guiará pelo viés ideológico.
No período de transição, Bolsonaro pediu ao Itamaraty para desconvidar os representantes de Cuba e da Venezuela para a cerimônia de posse.
Discurso no Congresso
O discurso no parlatório do Palácio do Planalto foi o segundo do dia do novo presidente da República. Mais cedo, durante a cerimônia de posse no plenário da Câmara dos Deputados, Bolsonaro discursou ao longo de nove minutos.
A cerimônia de posse teve início em frente à Catedral de Brasília às 14h46. O novo presidente desfilou pela Esplanada dos Ministérios no Rolls-Royce conversível da Presidência ao lado da mulher, Michelle, e do filho Carlos Bolsonaro, vereador do Rio (PSL).
Ao chegar ao parlamento, foi recebido na rampa do Legislativo pelos presidentes do Congresso, senador Eunício Oliveira (MDB-CE), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Seguidos pelo vice-presidente Hamilton Mourão, os chefes do Executivo e do Legislativo caminharam pelo tapete vermelho estendido pelas dependências do parlamento até o plenário da Câmara, onde Bolsonaro jurou obedecer a Constituição e assinou o termo de posse. Na sequência, ele fez o primeiro discurso como presidente da República.
Ao final da solenidade no plenário da Câmara, Jair Bolsonaro foi até o gabinete do presidente do Senado para se reunir com os chefes das duas casas legislativas. Eles ficaram cerca de 50 minutos no gabinete em uma conversa reservada.
Encerrada a conversa com Eunício e Maia, o novo presidente da República – que é o comandante supremo das Forças Armadas – passou em revista as tropas do batalhão da guarda presidencial nos gramados do Congresso sob uma salva de 21 tiros de canhão enquanto era reproduzido, mais uma vez, o Hino Nacional.
Dos gramados do parlamento, Jair Bolsonaro seguiu para o Palácio do Planalto em carro aberto ao lado da primeira-dama para receber a faixa presidencial de Temer. O agora ex-presidente da República aguardava o sucessor na companhia da mulher, Marcela Temer, na porta da entrada principal do salão nobre do Planalto.
Bolsonaro subiu a rampa do palácio acompanhado da primeira-dama, do vice-presidente e da mulher de Mourão, Paula. Na porta do Planalto, os quatro foram cumprimentados por Temer e Marcela.
Em seguida, Bolsonaro e o agora ex-presidente se dirigiram ao parlatório, onde, às 17h, Temer passou a faixa presidencial para o novo presidente sob os olhares de milhares de cidadãos que ocupavam a Praça dos Três Poderes, localizada em frente ao Palácio do Planalto.
Eles acompanharam a execução do Hino Nacional pela banda do Primeiro Regimento de Guardas e, na sequência, Temer e Marcela se despediram dos novos ocupantes do Planalto, retornando à área interna do palácio.
No discurso em Libras, a primeira-dama agradeceu o carinho dos brasileiros desde o início da campanha e a solidariedade nos “momentos difíceis”, destacando os 23 dias em que o marido dela ficou internado em hospital para se recuperar do atentado à faca.
Apesar de ter elevação de 25% no total de recursos disponíveis nos últimos anos, comunista prefere colocar “panos quentes” e delegar responsabilidades pela crise a terceiros, em vez de admitir a própria incompetência.
Flávio Dino aponta dedos para todos, menos para si mesmo na hora de analisar a crise em que meteu o Estado
Apesar de ter mais dinheiro à disposição no caixa estadual nos últimos quatro anos, conforme cita a edição do último fim de semana de O Estado, o governador comunista Flávio Dino acumula somente desculpas, não apresenta soluções, desdenha de críticos e começará 2019 com a missão de tirar o Maranhão do cenário de crise. Dino – de 2015 a 2019 – teve 25% de verbas a mais para investimentos e custeio de despesas. E ainda assim inicia o seu segundo mandato sem o mesmo prestígio e com o Estado em decadência e agora tendo que dar explicações acerca de constatação do Tesouro Nacional (entenda aqui) que listou o Maranhão entre os estados que praticam pedaladas fiscais.
De acordo com o levantamento do periódico, em 2015, quando herdou os cofres do Estado saneados pela ex-governadora Roseana Sarney, Dino tinha disponíveis exatos R$ 15.885.374.282,00, com o bônus de R$ 2 bilhões oriundos de empréstimos. Três anos depois, o Governo passou a ter disponíveis R$ 19.987.796.000,00 e, a partir da aprovação do orçamento na Assembleia, há algumas semanas, o comunista terá R$ 21.201.079.000,00 para gerir o Maranhão.
Este valor terá que se multiplicar, de alguma forma, para cobrir o “buraco” denunciado pela oposição e confirmado em seguida pelo Governo do rombo nas contas da previdência. Técnicos da Seplan estadual apontam para um déficit aproximado de R$ 2 bilhões no setor. Isso sem falar em outros setores considerados prioritários, como saúde, educação e segurança pública.
Para sair da cilada, desesperado, Dino – sem qualquer pudor – encaminhou em caráter de urgência para a Assembleia um projeto de Lei que elevará, a partir do ano que vem, as taxas cobradas na venda de produtos, como combustíveis e refrigerantes. Na prática, o comunista joga para a população a conta do desperdício de verbas e má gestão financeira. Aliás, jogar a culpa nos outros é uma prática do gestor que passou a adotar o “velho” chavão de que a crise brasileira é responsável pelo atual cenário de recessão local, como fez em artigo publicado no fim de semana no Jornal Pequeno. Explicitamente, Dino deixa claro que não sabe o que fazer, ao escrever que “para a nossa gestão, ainda não surgiu no horizonte a saída para a crise nacional”.
Em vez de focar nos problemas e apontar diretrizes para sair do “buraco” em que meteu a população, o governador deverá passar 2019 mais uma vez alfinetando críticos, entrando em contradições e delegando a terceiros as responsabilidades, sem admitir a sua própria incompetência.
Política tributária do primeiro mandato do comunista pode ter contribuído para o aumento da pobreza extrema no Maranhão
Quando o cidadão está encrencado com o orçamento, gastando mais do que ganha, a primeira medida a ser tomada é apertar o cinto e reduzir os gastos. No Maranhão, o governador Flávio Dino (PCdoB) foi eleito em 2014 garantindo que buscaria esse expediente honroso para conter o rombo nas contas públicas. Durante os últimos quatro anos, porém, a gestão do comunista encontrou e se utilizou de um caminho mais fácil para elevar a entrada de dinheiro no próprio caixa: aumentar impostos e forçar o contribuinte a pagar os tributos.
Segundo levantamento do ATUAL7, entre 2015 e 2018, Dino aumentou pelo menos três vezes a alíquota do Imposto de Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) sobre diversos itens, por meio de projetos de lei encaminhados pelo Poder Executivo para a Assembleia Legislativa do Maranhão, todos com aprovação relâmpago e sem qualquer debate pelo plenário da Casa, formado em maioria esmagadora por deputados anilhados ao Palácio dos Leões. Além disso, o governador passou a firmar contrato com o Serasa, para a inclusão do nome dos inadimplentes do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) no cadastro negativo da empresa.
Primeiro aumento e contratação do Serasa
O primeiro aumento do ICMS no governo Flávio Dino foi aprovado pela Assembleia Legislativa em dezembro de 2015, passando as mudanças a valer a partir de janeiro do ano seguinte. Nele, ficou definido o acréscimo de 2% a produtos considerados de luxo ou supérfluos e ainda acrescentados outros itens — como bebidas isotônicas, refrigerantes e energéticos; produtos de beleza e cosméticos importados; e artigos e alimentos para animais de estimação —, que passaram a ter adicional na alíquota, de 14% para 25%.
Também houve o aumento, de 17% para 18%, a alíquota de ICMS para o consumidor em áreas de prestação de serviço como transporte, energia elétrica e importações de mercadorias ou bens do exterior.
Ainda naquele ano, Flávio Dino firmou, por inexibilidade de licitação, um contrato de quase R$ 1 milhão com o Serasa, para enquadrar os contribuintes em débito com o IPVA. De acordo com dados oficiais da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), últimos tornados públicos pela pasta, mais de 30 mil devedores tiveram o nome negativado pela pasta em 2015.
Segundo aumento
Em dezembro 2016, houve um novo aumento do ICMS por Dino com aprovação da maioria dos deputados estaduais, passando a valer a partir de março do ano passado. No dia em que se celebrava o Dia Mundial do Consumidor, a população maranhense passou a pagar mais caro por serviços de energia elétrica, TV por assinatura, bebidas, cigarros, telefonia, combustíveis, internet e uma série de outros produtos e serviços.
A alíquota da energia elétrica para o contribuinte que consome até 500 quilowatts/hora, por exemplo, passou de 12% para 18%. E para os que consomem acima de 500 quilowatts, a alíquota do imposto subiu de 25% para 27%. Ainda naquele dia, com o novo aumento do comunista, o valor da alíquota do ICMS nas bombas de álcool e gasolina passou de 25% para 26%. Apenas o diesel não sofreu reajuste reajuste. Os serviços de telefonia e de TV por assinatura também ficaram mais caros. A alíquota passou de 25% para 27%. O cigarro também teve os seus valores reajustados, de 25% para 27%.
Ainda no ano de 2016, segundo dados da Sefaz, mais de 130 mil tiveram o nome negativado no Serasa, por débito de IPVA.
Terceiro aumento
Agora em 2018, o governador encaminhou para a Assembleia Legislativa e conseguiu a aprovação dos deputados para mais uma mudança no Sistema Tributário do Estado do Maranhão, com uma série de reajuste de alíquota do ICMS em produtos como gasolina, bebidas alcoólicas, cervejas e chopes, energéticos, isotônicos e até rodas esportivas e drones. Para essas categorias, o ICMS passará de 25% para 28,5%.
Esta nova alíquota do ICMS passará a valer no dia 5 de março de 2019.
Para o deputado estadual Wellington do Curso (PSDB), um dos poucos que durante toda a legislatura votou contra todos os aumentos do ICMS pelo Poder Executivo, o governador do Maranhão tem no aumento dos impostos uma forma de repor buracos nos cofres públicos ocasionados após o termino de períodos eleitorais. De fato, Flávio Dino foi recentemente condenado pela Justiça Eleitoral em primeira instância, por uso do programa Mais Asfalto para eleger um aliado em Coroatá.
“Estratégia comunista. Em 2016, ele gastou dinheiro com eleição e reeleição de aliados e ao final do ano precisou aprovar aumento e começar a arrecadar em 2017. Em 2018, gastou dinheiro com sua reeleição e eleição e reeleição de aliados. Ao final do ano, precisava aprovar novo aumento e começar arrecadar em 2019. Tem desgaste agora, mas a propaganda mentirosa dilui ao longo do tempo”, disparou.
Pobreza extrema também cresceu
Nas mensagens encaminhadas aos deputados estaduais, todos os aumentos foram justificados por Flávio Dino como necessários para a destinação de parte da arrecadação ao Fundo de Combate à Pobreza (Fumacop).
O reflexo, porém, foi contrário.
Conforme o ATUAL7 mostrou nessa quinta-feira 27, apesar da alegação do governador para aumentar os impostos, o Maranhão teve um aumento de mais de 300 mil pessoas vivendo na extrema pobreza, figurando no topo o ranking do Instituto Brasileiro de Geográfica e Estatística (IBGE) como o estado onde o maior número de famílias vivem em condições de miséria absoluta, com menos de um salário mínimo por mês.
Assumi a Secretaria Nacional de Juventude num momento de muita turbulência política, em janeiro de 2017. Nasci e me criei em Pio XII, no interior do Maranhão, e nunca tiver planos de ir para Brasília. Mas fui convidado para trabalhar na Esplanada dos Ministérios, com a coordenação e na execução das políticas públicas de juventude. A maior preocupação do governo naquele momento era pacificar os movimentos sociais e iniciar os diálogos com todos os gestores estaduais e municipais de juventude, missão que assumi com muito orgulho.
Eu exerci meu primeiro cargo público em 2008, quando fui eleito vereador pela minha cidade, Pio XII, aos 21 anos de idade. De 2009 a 2012, atuei como secretário da Mesa Diretora da Câmara Municipal, líder do Governo e presidente da Comissão Permanente da Infância, Juventude e Idoso. Em 2012, fui eleito conselheiro do Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), representando a sociedade civil, e comandei a subsecretaria de Juventude do Maranhão. Em 2014 fui secretário municipal de Cultura e Juventude em Pio XII e, no ano seguinte, fui aprovado em seleção pública na Universidade Estadual do Maranhão, onde passei a lecionar as disciplinas de Direitos Humanos e Direito Administrativo.
Sou advogado, por formação, e presidi a Fundação Ulysses Guimarães, onde coordenei vários cursos de formação e capacitação de jovens. Sempre atuei na defesa dos Direitos Humanos, das minorias e da juventude. Foi com o objetivo de levar as Políticas Públicas de Juventude a quem mais precisa e de promover a igualdade num país tão desigual como o nosso que assumi a Secretaria Nacional de Juventude. Não acreditavam que o nosso governo pudesse tocar pautas sociais, de redução das desigualdades, chegando a quem mais precisa, mas mostramos que podíamos e fizemos muito no breve período de dois anos.
Reativamos o Conjuve, percorremos o país com caravanas do ID Jovem para popularizar o programa que garante o direito de ir e vir e da meia entrada aos jovens de baixa renda, ambos previstos no Estatuto da Juventude (Lei 12.852/13). Reunimos todos os programas e as ações do Governo Federal para brasileiros de 15 a 29 anos dentro do pacote de ações Brasil Mais Jovem, lançado em 2017. Este ano, 12 ações se juntaram às 91 já existentes, formando o Brasil Mais Jovem 2018, que teve o seu ponto alto na assinatura da regulamentação do Sistema Nacional de Juventude (Sinajuve).
Também marcamos presença em eventos internacionais, como o Fórum Internacional de Juventude (Honduras) e a Cúpula Ministerial de Juventude do G20 (Espanha e Portugal), onde discutimos as políticas públicas de juventude com líderes de outros países. Foram momentos enriquecedores com trocas de experiências intensas, que agregaram muito na elaboração e implementação de ações desenvolvidas pela SNJ.
Por meio de parcerias com organismos internacionais, sociedade civil e institutos de pesquisa realizamos importantes diagnósticos, como da Juventude LGBT e Rural, estudos pioneiros que servirão como ponto de partida para a elaboração de políticas públicas para jovens residentes de áreas rurais ou lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros. O Direito à Diversidade e à Igualdade está garantido no artigo 17 do Estatuto da Juventude e é indispensável que os processos de exclusão sejam combatidos por meio de políticas públicas.
Em parceria com a Unesco e com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, lançamos o Índice de Vulnerabilidade Juvenil (IVJ), por ocasião do Dia dos Direitos Humanos, celebrado no dia 10 de dezembro, e no âmbito da campanha Vidas Negras, pelo fim da violência contra jovens negros. Os dados do IVJ revelaram que negros de 15 a 29 anos e moradores das periferias e das áreas metropolitanas dos grandes centros urbanos são as maiores vítimas da violência no Brasil. Para reduzir os índices de violência contra os jovens da periferia relançamos o Plano Juventude Viva, que reúne ações de inclusão e de oportunidades de geração de renda, cultura e lazer. Uma delas é o Inova Jovem, que levou ação de empreendedorismo e geração de negócio a dois mil jovens nas comunidades.
Fizemos uma gestão federativa, democrática, forte, no bom trato com todas as expressões da juventude brasileira. Tratamos todas as forças partidárias e apartidárias de forma democrática e republicana, sem nenhuma perseguição política. Construímos uma relação institucional e respeitosa com governos estaduais e municipais. Fizemos uma gestão descentralizada, percorrendo todos os estados brasileiros, e tivemos a oportunidade de levar as ações da SNJ para os municípios, convertendo programas e ações em instrumentos de transformação da vida das pessoas, principalmente para aqueles que são historicamente excluídos do processo de inclusão social. Tornamos as pautas históricas da juventude prioridade dentro da agenda pública.
Investimos 7 milhões no Estação Juventude 2.0, que foi inaugurado em 30 cidades com espaço de convivência, ofertas de oficinas de arte, cultura, esportes e de capacitação profissional, de acordo com a necessidade dos jovens de cada município. Ao longo desses dois anos, foram diversas ações de empoderamento, inclusão e capacitação, que mudaram e esperamos que continuem mudando a vida de milhares de jovens de 15 a 29 anos. Ações e programas que precisam ter continuidade, para continuar mudando o agora de muitos brasileiros.
Desde que aqui chegamos tínhamos a consciência que cumpriríamos um papel transitório. Esse caráter transitório do nosso governo – liderado pelo presidente Michel Temer – não nos impediu de trabalhar diariamente para entregar a SNJ fortalecida, presente nos movimentos sociais, estados e municípios. Viajei a todos os estados brasileiros como forma de levar a presença do governo a essas pessoas, a notoriedade das ações e das políticas públicas para perto do jovem, dispensando o gabinete como tão somente local de trabalho. Fazendo com que ruas, seminários, congressos, reuniões, periferias e guetos também tivessem a presença de agentes do governo, para que esses jovens percebessem que ainda que não pudéssemos resolver todas as problemáticas da juventude brasileira (que são muitas e precisam ser solucionadas), nós buscamos dar voz a esses anônimos e dizer que tinha alguém para escutá-los.
Ao final desta caminhada, tenho a convicção que – apesar do muito que foi feito, do legado que estamos deixando – nós compreendemos que ainda há muito que ser feito. Muito que ser entregue e resolvido. Acredito num Brasil que aposte na sua juventude – a maior geração de jovens de todos os tempos, 51 milhões de brasileiros que representam 27% da população e precisam, cada vez mais, da atenção do estado brasileiro – e que nenhum governo possa ter a compreensão que o jovem é um problema social ou problema da fase de vida. Mas que a juventude possa ter o seu assento devido dentro da agenda pública e possamos ter um Brasil que veja os seus jovens como sujeitos de direitos.
Eu torço para que o Governo Bolsonaro dê continuidade a todas as ações de juventude idealizadas, pensadas e discutidas nas últimas três Conferências Nacionais de Juventude, nas consultorias técnicas, nas resoluções das conferências, no Estatuto da Juventude, no Sistema Nacional de Juventude e nos marcos legais para a juventude. Torço para que o futuro governo reconheça a luta histórica dos movimentos sociais, do processo de institucionalização das pautas de juventude no governo e no estado. Eu acredito que a haverá esse reconhecimento, haverá a continuidade de toda essa institucionalização de todas ações para o futuro. Não acredito em nenhum retrocesso. Acredito na união de forças em favor do Brasil, em favor da nação e em favor dos jovens. Fica a minha crença e a minha torcida.
Do outro lado do balcão, da rua, no reencontro com os meus, na militância social, ficarei na torcida para as coisas dêem certo e desejando boa sorte ao presidente, a toda a sua equipe, e especialmente ao novo comando da SNJ e da equipe que está por vir.
Publicação da revista Valor Econômico informa nesta quinta-feira (27) que o consultor legislativo do Senado Fábio Gondim não deve mais ser o número 2 do Ministério de Minas e Energia (MME) do governo de Jair Bolsonaro (PSL).
Ex-secretário de Planejamento e de Gestão e Previdência do governo Roseana Sarney (MDB), no Maranhão, ele foi bombardeado nas últimas semanas depois de anunciada sua integração à equipe do presidente eleito (reveja).
O principal questionamento dizia respeito ao fato de ele haver sido candidato a deputado federal, em 2014, pelo Partido dos Trabalhadores.
A realidade do Maranhão passou longe dos discursos em palanques e das declarações dadas pelo governador Flávio Dino (PCdoB), durante os horários da propaganda eleitoral de 2014. O primeiro governo do comunista foi também diferente daquele prometido da sacada do Palácio dos Leões para uma multidão esperançosa em 1º de janeiro de 2015, no dia da posse.
Segundo dados da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) referentes ao ano passado, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geográfica e Estatística (IBGE) neste mês, o Maranhão possui o maior número de famílias vivendo em situação de pobreza extrema, permanecendo na liderança do ranking nacional. Os dados referentes a 2018 serão divulgados no próximo ano.
De acordo com o levantamento mais recente, 54,1% das famílias maranhenses vivem com menos de R$ 406 por mês, valor baseado na referência internacional do Banco Mundial, que considera como situação de pobreza extrema a linha de 5,5 dólares por dia. Além disso, mais de 81% dos maranhenses não possui saneamento básico adequado; e em 29,2% dos domicílios não há abastecimento de água por rede, apesar dos anunciados programas Mais IDH e Água para Todos.
Longe de ser um fato isolado, dados do IBGE referentes aos anos anteriores da gestão do único governador comunista do país mostram que a situação do maranhense é cada vez pior.
Segundo pesquisa do SIS referente a 2016, por exemplo, quando o rendimento mensal representava o valor de R$ 387,15 por pessoa, 312 mil maranhenses voltaram à condição de miseráveis. O Maranhão, inclusive, foi o único estado a atingir naquele levantamento mais da metade da população nas condições de extrema pobreza de acordo com o índice do Banco Mundial.
Durante a campanha eleitoral de 2018, quando conseguiu se reeleger para o cargo no primeiro turno, Flávio Dino chegou a ser questionado, em entrevista à TV Mirante, sobre a situação calamitosa vivida pelos maranhenses, completamente contrária ao prometido por ele na primeira disputa pelo governo, quando apresentou-se ao eleitorado como uma mudança na política e na forma de governar.
Como resposta, Dino afirmou que jamais garantiu que tiraria o Maranhão da pobreza extrema. “Eu não prometi esse absurdo, que seria obviamente algo inviável, algo inalcançável”, disse.
O presidente Michel Temer disse nesta segunda-feira (24), em pronunciamento de Natal transmitido por rede de rádio e televisão, que gostaria de ter deixado “um Brasil ainda melhor”, mas afirmou que se despede do mandato com a “consciência do dever cumprido”.
O mandato do presidente termina no próximo dia 31. No dia 1º, o presidente eleito Jair Bolsonaro toma posse.
“Tenham certeza: gostaria de ter dado um Brasil ainda melhor a todos vocês. Mas também podem estar certos de que não poupei esforços nem energia e sei que entrego um Brasil muito melhor do que aquele que recebi. Ficam as reformas e os avanços, que já colocaram o nosso país em um novo tempo. Saio com a alma leve e a consciência do dever cumprido”, afirmou Temer.
No entanto, não conseguiu levar adiante a reforma da Previdência, considerada uma das mais importantes pela equipe econômica da gestão Temer.
O presidente sofreu um forte desgaste político em maio de 2017, quando vieram a público as delações de executivos da JBS e uma gravação, feita por um dos donos do grupo, Joesley Batista, de uma conversa com Temer.
Na semana passada, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, apresentou uma terceira denúncia contra Temer, sobre supostas irregularidades para favorecer empresas do setor de portos.
No pronunciamento, Temer disse que não iria falar do que foi feito em seu governo nem de como viveu os últimos anos. “Isso cabe ao tempo demonstrar”, afirmou. Ele agradeceu o suporte de familiares e ministros.
“Agradecer à minha família, por ter me ajudado a vencer os desafios que se apresentaram pelo caminho. Agradecer aos meus ministros, a toda a minha equipe, homens e mulheres de valor, que estiveram em todos os momentos ao meu lado e sempre me ajudaram a dar a volta por cima”, disse o presidente.
Ele também agradeceu os brasileiros, tantos os que o apoiaram quanto aqueles que o criticaram.
“E, é claro, agradecer a todos os brasileiros. Indistintamente. Aos que me apoiaram e também aos que não me apoiaram. Porque democracia é isso. É poder pensar e provar que é possível fazer mais pelo Brasil e pela vida de todos, independentemente das dificuldades, das barreiras impostas”, afirmou Temer.
Médium declarou em depoimento à Polícia Civil que não sabia precisar quantos imóveis e veículos tem. Ele está preso suspeito de abusar de mulheres que o procuravam para tratamento espiritual e nega as acusações.
O médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, declarou à Polícia Civil que sua renda vem de sete fazendas em Goiás, que ele administra, e rendem R$ 60 mil. Ainda no depoimento, ele disse ter “várias” casas e não sabe quantos carros possui. O médium está preso suspeito de abusar de mulheres que o procuravam para tratamentos espirituais na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia. João de Deus nega as acusações.
Durante as investigações, a Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão em vários endereços ligados a João de Deus. A corporação informou que, no total, foram encontrados R$ 1,6 milhão em espécie, além de pedras que aparentam ser esmeraldas, medicamentos e seis armas de fogo. Boa parte do material apreendido foi encontrada em um porão acessível por um fundo-falso de um armário.
Em entrevista exclusiva ao Fantástico, o delegado Valdemir Branco, que faz parte da força-tarefa que investiga o médium, comentou sobre a grande quantia em dinheiro achada.
“Se ele escondeu é porque veio de algo ilícito. Ele terá que dar explicações”, afirmou o delegado.
A defesa de João de Deus, que sempre negou as acusações, disse à TV Anhanguera que “muito do dinheiro encontrado tem a ver com antigas doações”.
Bens e propriedades
Durante depoimento à corporação, João de Deus disse à Polícia Civil que sua profissão é de “empresário”. Ele também declarou também não saber quanto ganha com “lojas” e a farmácia da Casa Dom Inácio de Loyola, que foi interditada na última sexta-feira (21) por produzir medicamentos em escala industrial sem autorização.
O médium contou que suas sete fazendas ficam em Goiás, mas não disse qual a produção de cada uma. Todas são em diferentes cidades do estado e também não há dados das dimensões das propriedades.
1 fazenda em Crixás
1 fazenda em Itapaci
1 fazenda em Jaraguá
1 fazenda em Anápolis
1 fazenda em São Miguel
1 fazenda em Pirenópolis
1 fazenda em Abadiânia
O Fantástico mostrou no domingo (23), com exclusividade, o interior de uma das casas de João de Deus. As imagens foram feitas na residência dele em Anápolis, a 55 km de Goiânia, e revelam um imóvel tem dois andares, quatro quartos, uma suíte com hidromassagem e um elevador.
Investigações
João de Deus está preso desde o dia 16 de dezembro, quando se entregou à polícia. Ele tem dois mandados de prisão: um por suspeita de abusos sexuais contra mulheres e outro por posse ilegal de arma de fogo.
Segundo a Polícia Civil, os armamentos não têm registro e um deles está com a numeração raspada. Além disso, João de Deus não tem permissão para ter armas.