Enquanto Dilma nega realidade na TV, Brasil protesta

Dilma fala em cadeia de rádio e TV no Dia Internacional da Mulher - 08/03/2015
Dilma fala em cadeia de rádio e TV no Dia Internacional da Mulher

Em meio à maior crise política do Brasil desde o escândalo do mensalão, a presidente Dilma Rousseff recorreu na noite deste domingo a um pronunciamento em cadeia nacional de televisão para dizer o que muitos brasileiros demonstraram não ter mais paciência para ouvir. Nas ruas dos maiores Estados do país – São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, além de Brasília – e nas redes sociais, a população protestou enquanto a petista falava na TV com ‘buzinaço’, críticas e gritos pedindo sua saída do cargo. Foi um “aperitivo” do que o país deverá vivenciar no próximo dia 15 de março, quando estão agendados protestos nas cinco regiões contra a presidente.

Com raras aparições desde que foi reeleita na mais acirrada disputa presidencial desde a redemocratização do país, Dilma usou uma data internacional – Dia da Mulher – para ir à TV. Mas, como tem feito desde 2014, aproveitou para transformar o espaço num palanque eleitoral fora de época e usar os 16 minutos na tela se defender do lamaçal de denúncias que atinge o Palácio do Planalto, o PT e os partidos satélites da coalizão governista, agravados com a chegada da crise do petrolão à classe política.

Foi a o primeiro pronunciamento de Dilma Rousseff em cadeia de rádio e televisão em seu novo mandato. Alheia à gravidade das crises econômica e política que atingem seu governo, Dilma mencionou o ajuste fiscal proposto pelo governo e o maior propinoduto da história brasileira, que sangrou a Petrobras. Ainda ecoando o discurso eleitoral contra os “pessimistas” – embora os protestos nas ruas e nas redes sociais não tenham sido organizados por nenhum partido –, a presidente afirmou: “Se toda vez que enfrentamos uma dificuldade pensarmos que o mundo está acabando ou que precisamos começar tudo do zero, só faremos aumentar nossos problemas”, disse.

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Ao tratar da corrupção, a presidente falou de “fortalecimento moral e ético” e tentou vender a imagem de que seu governo é responsável pelas investigações. “É isso, por exemplo, que vem acontecendo na apuração ampla, livre e rigorosa dos episódios lamentáveis contra a Petrobras”.

Quando defendeu o ajuste fiscal adotado para resolver problema que ela mesma criou, Dilma afirmou que é preciso paciência e prometeu que “um tempo melhor” chegará em breve: “O esforço fiscal não é um fim em sim mesmo, é apenas a travessia para um tempo melhor que vai chegar rápido e de forma ainda mais duradoura”.

Ciente da revolta que gerou os reajustes na conta de luz e a volta da inflação, Dilma disse que a população tem o “direito de se irritar”, mas que o “aumento e o sacrifício” são “temporários”. “Peço paciência e compreensão porque essa situação é passageira.”

Dilma também reservou espaço para dar sua contribuição à chamada “batalha da Comunicação”, encampando a campanha bolivariana do Partido dos Trabalhadores contra a imprensa livre. Ela criticou os jornais e tentou dar sua versão dos fatos, ainda que elas sejam reeditadas da campanha de 2014. A presidente disparou frases como “os noticiários confundem mais que esclarecem” e disse que o país “nem de longe está vivendo uma crise na dimensão que dizem alguns”. Segundo Dilma, as críticas ao governo são “injustas e desmesuradas”. Nas redes sociais, o Planalto e o PT, que já haviam detectado a organização do “Fora Dilma”, convocaram uma reação para tentar abafar o clamor popular.

Para justificar o ajuste fiscal, ela afirmou que o Brasil agora começa uma segunda etapa de combate à crise econômica mundial, mais uma vez resgatando o argumento de que esta foi a pior da história depois da quebra da Bolsa de Nova York, em 1929. Ela se referia à crise de 2008 e retomou uma escusa que pouco explica: “Não havia como prever que a crise internacional demoraria tanto”.

A presidente citou medidas como a redução de subsídios ao crédito, desoneração de impostos dentro dos limites suportáveis e novas concessões e parceiras com o setor privado. Disse que o governo federal projeta uma “primeira reação” no segundo semestre deste ano, mas avisou: “Esse processo vai durar o tempo que for necessário para reequilibrar a nossa economia.”

Em mais uma afirmação descolada da realidade, Dilma jurou respeitar promessas que já descumpriu. “Não vamos trair nossos compromissos com os trabalhadores e com a classe média nem deixar que desapareçam suas conquistas e seus direitos”.

O fim do discurso, em um tom emocional e com uma trilha sonora musical de fundo, a presidente pregou o otimismo: “O Brasil é maior do que tudo isso e já mostrou muitas vezes ao mundo como fazer melhor e diferente”.

Da Veja

Dilma encabeça a lista de Janot

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Ricardo Noblat

O Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, deixou a presidente Dilma Rousseff de fora da lista de políticos supostamente envolvidos com a roubalheira da Petrobras.

Melhor para ela – e talvez para o país. A conferir mais tarde. Mas embora fora da lista, é a presidente Dilma que a encabeça. Porque ninguém enfrentará pior situação do que ela. Ninguém.

Os porta-vozes de Dilma dizem que com a divulgação da lista de Janot, a crise atravessará a rua. Sairá do Palácio do Planalto para o prédio do Congresso, entrando pela porta dos fundos.

Era o que mais desejava a presidente antes que a crise política detonada pelo PMDB no Congresso se juntasse à crise econômica. O Congresso devolverá a crise para o Palácio do Planalto. Isso é certo.

Não tem outro jeito. De resto, pior do que a avaliação dos políticos, somente a avaliação que os brasileiros fazem de Dilma. Lembra-se da mais recente pesquisa de opinião do Datafolha?

Em dezembro último, 42% dos brasileiros adultos consideravam o governo Dilma ótimo ou bom. Em fevereiro, apenas 23%. Em dezembro, ela era sincera, segundo 73% dos entrevistados.

O índice caiu para 35% em fevereiro, enquanto subiu de 13% para 54% o índice dos que a consideram falsa. Dilma é desonesta para 47% dos brasileiros.

Apenas 14% acham que Dilma não sabia da corrupção na Petrobras. A maior parte (52%) acredita que ela sabia da corrupção na Petrobras e deixou que ocorresse.

Em resumo: a presidente falsa, desonesta, que sabia da corrupção na Petrobras e nada fez, e que toca um governo ruim, será a principal vítima do que atravessaremos daqui para frente.

Com uma crise econômica pelo meio. E cercada de maus gestores políticos – sem falar dela mesma, que não gosta do que deveria fazer, e não disfarça a arrogância.

Quem gosta de uma pessoa assim?

Governo algum gosta de marolas. Sonha sempre com um mar de almirante. No fim do seu segundo mandato, Lula batizou de “marolinha” o tsunami econômico que sacudiu o mundo.

Dilma não poderá fazer o mesmo. Até porque “marolinha” ou tsunami, isso é coisa nossa. Somente nossa. Como era o Guaraná Fratelli Vita, por exemplo. Como é a ararinha azul.

Para preservar a sua e escapar ao mensalão, Lula entregou a cabeça de José Dirceu, ex-coordenador de sua campanha presidencial vitoriosa de 2002, e ex-chefe da Casa Civil.

Dilma não tem cabeça valiosa para entregar.

A de Lula? A corrupção sistêmica na Petrobras começou no segundo governo Lula. Mas se ele perdesse a cabeça, Dilma perderia a dela. E o PT acabaria. Simples assim.

A presidente incapaz de se reinventar está sozinha. Perigosamente só.

PEC dos jornalistas volta à pauta de debates na Câmara

Entrevista com dep. Eduardo Cunha - Royalties

O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ), colocou a Proposta de Emenda Constitucional 386-B/09, a PEC do Diploma, na pauta da casa. A matéria está na pauta de discussão em plenário para a próxima terça-feira (10/3). A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) saudou a retomada do debate sobre o tema, mas estranhou o encaminhamento, pois havia um acordo com lideranças parlamentares para priorizar a tramitação da PEC 206/2012, originada da proposta já aprovada no Senado. A entidade já solicitou audiência com o presidente da Câmara para tratar do assunto.

A PEC 386 é o 16º ponto da seção do plenário no dia 10 de março. Na pauta , entre as matérias sujeitas a disposições especiais, ela consta para a discussão em primeiro turno. “É saudável que a questão do diploma volte ao debate e acreditamos que teremos um apoio ainda maior dos parlamentares nesta legislatura”, diz o presidente da FENAJ, Celso Schröder. “Mas ficamos surpresos que o encaminhamento tenha sido feito sem qualquer diálogo conosco”, completa.

Um acordo firmado na legislatura passada entre a FENAJ e lideranças dos partidos, inclusive com a anuência do autor da PEC 386, deputado Paulo Pimenta (PT/RS), assegurou que tal proposta ficaria em suspenso e seriam concentrados esforços na tramitação da PEC 206/2012, com o mesmo conteúdo da PEC 33/09, do senador Antônio Carlos Valadares (PSB/SE), aprovada em 2 turnos de votação no Senado. As duas matérias têm conteúdo semelhante e o relator é o mesmo, o deputado Hugo Leal (PROS/RJ). O presidente da FENAJ destaca que “a importante diferença é que uma já foi aprovada no Senado e os jornalistas brasileiros aguardam com grande expectativa uma resposta positiva e final da Câmara há mais de 2 anos”.

A FENAJ orientou os Sindicatos de Jornalistas a manterem-se mobilizados e que contatem os parlamentares de seus estados. A entidade espera poder tratar do tema como Eduardo Cunha na próxima semana. “Apostamos na tramitação e aprovação da PEC do Diploma através de uma grande sintonia da Câmara com a FENAJ, como aconteceu no Senado”, finalizou Schröder.

Da Assessoria/FENAJ

Confirmado! Roseana e Lobão na lista dos investigados da Operação Lava Jato

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Do G1

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta sexta-feira (5) autorizar a abertura de inquérito para investigar políticos suspeitos de participação no esquema de corrupção da Petrobras revelado pela Operação Lava Jato.

A informação foi dada a partir das 20h25, depois de um dia de intensa ansiedade nos meios políticos de Brasília. Uma assessora do Supremo leu os nomes dos parlamentares alvos dos inquéritos. São os seguintes:

PP
– Senador Ciro Nogueira (PI)
– Senador Benedito de Lira (AL)
– Senador Gladson Cameli (AC)
– Deputado Aguinaldo Ribeiro (PB)
– Deputado Simão Sessim (RJ)
– Deputado Nelson Meurer (PR)
– Deputado Eduardo da Fonte (PE)
– Deputado Luiz Fernando Faria (MG)
– Deputado Arthur Lira (AL)
– Deputado Dilceu Sperafico (PR)
– Deputado Jeronimo Goergen (RS)
– Deputado Sandes Júnior (GO)
– Deputado Afonso Hamm (RS)
– Deputado Missionário José Olímpio (SP)
– Deputado Lázaro Botelho (TO)
– Deputado Luis Carlos Heinze (RS)
– Deputado Renato Molling (RS)
– Deputado Renato Balestra (GO)
– Deputado Lázaro Britto (BA)
– Deputado Waldir Maranhão (MA)
– Deputado José Otávio Germano (RS)
– Ex-deputado e ex-ministro Mario Negromonte (BA)
– Ex-deputado João Pizzolatti (SC)
– Ex-deputado Pedro Corrêa (PE)
– Ex-deputado Roberto Teixeira (PE)
– Ex-deputada Aline Corrêa (SP)
– Ex-deputado Carlos Magno (RO)
– Ex-deputado e ex-vice governador João Leão (BA)
– Ex-deputado Luiz Argôlo (BA) (filiado ao Solidariedade desde 2013)
– Ex-deputado José Linhares (CE)
– Ex-deputado Pedro Henry (MT)
– Ex-deputado Vilson Covatti (RS)

PMDB
– Senador Renan Calheiros (AL), presidente do Senado
– Senador Romero Jucá (RR)
– Senador Edison Lobão (MA)
– Senador Valdir Raupp (RO)
– Deputado Eduardo Cunha (RJ), presidente da Câmara
– Deputado Aníbal Gomes (CE)
– Ex-governadora Roseana Sarney (MA)

PT
– Senadora Gleisi Hoffmann (PR)
– Senador Humberto Costa (PE)
– Senador Lindbergh Farias (RJ)
– Deputado José Mentor (SP)
– Deputado Vander Loubet (MS)
– Ex-deputado Cândido Vaccarezza (SP)

PSDB
– Senador Antonio Anastasia (MG)

PTB
– Senador Fernando Collor (AL)

Arquivamentos

Além dos pedidos de abertura de inquérito, o Ministério Público Federal pediu o arquivamento em outros sete casos, entre os quais os dos senadores Aécio Neves (PSDB-MG), candidato derrotado à Presidência da República, e Delcídio Amaral (PT-MS); e dos ex-deputados Alexandre Santos (PMDB-RJ) e Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), ex-presidente da Câmara.

Outros três – os senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e Romero Jucá (PMDB-RR) e o deputado e ex-ministro Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) – tiveram parte das acusações arquivadas, mas serão alvos de inquérito em relação a outra parte.

Leia abaixo as decisões do ministro conforme publicação no site do Supremo Tribunal Federal:

Lista da Lava Jato (Foto: STF)

Assembléia celebrou 180 anos de fundação com Sessão Solene e homenagens

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Rubens Pereira, Prefeito Leo Coutinho, Humberto Coutinho e Stênio Rezende

 Os 180 anos de instalação do Poder Legislativo Estadual do Maranhão foram celebrados, na manhã desta quarta-feira (4), com uma prestigiada Sessão Solene, realizada na sede da Assembleia Legislativa do Maranhão, com a presença do governador Flávio Dino (PCdoB), e de diversas autoridades, entre representantes do Poder Judiciário, do Ministério Público e de entidades da sociedade civil.

A cerimônia foi iniciada logo cedo pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Humberto Coutinho (PDT), que abriu a programação às 9h30 na área externa da Casa. As comemorações tiveram início com o hasteamento dos pavilhões Nacional (sargento Helena), do Maranhão (cabo Luciene) de São Luís (soldado Rosana), ao som do Hino Nacional, executado pela Banda da Polícia Militar, regida pelo Capitão Pereira.

Em seguida, o presidente, deputados, diretores, convidados e demais funcionários participaram de um culto ecumênico, no Plenário Nagib Haickel, celebrado pelo major- capelão, pastor Mizael, e pelo capitão-capelão, padre José Raimundo.

Na oportunidade, o presidente Humberto Coutinho disse que a iniciativa de homenagear a passagem Dia do Legislativo Estadual Maranhense teve o objetivo de reconhecer o trabalho dos homens e mulheres que ajudaram a construir a história política do Maranhão.

Após o culto, o presidente participou da sessão solene em homenagem ao Dia do Legislativo. Na oportunidade, foram entregues placas a ex-deputados, ex-deputadas e  aos atuais parlamentares que ajudaram a construir a história da Assembleia.

DISCURSO DO GOVERNADOR

Após a abertura da Sessão Solene, realizada pelo deputado Humberto Coutinho, o governador Flávio Dino (PCdoB) fez uso da palavra, proferindo um discurso em homenagem ao Poder Legislativo, ressaltando o valor da independência dos Poderes e da vitalidade das instituições democráticas no Brasil.

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Após o discurso do governador Flávio Dino, o presidente da Academia Maranhense de Letras, Benedito Buzar, proferiu uma palestra sobre a História da Assembleia Legislativa do Maranhão. Em seguida, ex e atuais deputadas estaduais foram homenageadas, na Sessão Solene, com a entrega de comendas pelos serviços prestados ao povo maranhense.

Na ocasião, também foi proferida uma palestra sobre o tema “A mulher no parlamento maranhense”, feita pela professora Meire Ferreira. Na ocasião, ela destacou a importância da participação da mulher na vida política do Estado.

As comendas foram entregues às ex-deputadas Helena Barros Heluy, Gardênia Castelo, Cleide Coutinho, Cristina Archer, Graciete Lisboa, Janice Braide, Marly Abdalla, Sandra de Deus, Pryscilla Sá, Vete Botelho, Socorro Waquim, Telma Pinheiro e Aparecida Cardoso. Também foram entregues às atuais deputadas Andrea Murad, Graça Paz, Valéria Macêdo, Ana do Gás e Francisca Primo.

A Sessão Solene foi encerrada com uma homenagem especial, dedicada ao ex-deputado Pontes de Aguiar. Antes de encerrar a cerimônia, o presidente da Assembleia Legislativa, Humberto Coutinho, fez questão de frisar que teve o prazer de conviver com o antigo parlamentar por três legislaturas.

“O deputado Pontes de Aguiar foi um deputado atuante, hoje está aqui nesta Casa substituído pelo deputado Levi, que é um colega nosso, médico também e um deputado atuante. Queria agradecer a todos pelas presenças. Para nós foi muito importante poder contar com a presença de todos vocês, principalmente meus colegas deputados que prestigiaram essa homenagem dos nossos 180 anos. Neste momento, eu só quero agradecer”, encerrou o presidente Humberto Coutinho.

Da Agência Assembléia

Danou-se! Renan Calheiros declara guerra à Dilma Rousseff

Presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) (Ueslei Marcelino/Reuters)

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), como se diz por aí, puxou a faca e riscou o chão. A base do governo no Congresso se esfarela com uma velocidade espantosa. Renan devolveu ao governo, e tem essa prerrogativa, a Medida Provisória 669/15, editada na última quinta-feira. O texto altera a alíquota de 1% de contribuição previdenciária sobre a receita bruta, aplicada principalmente para setores da indústria, para 2,5%. Já a alíquota para empresas de serviços, como do setor hoteleiro ou de tecnologia da informação (TI), subirá de 2% para 4,5%. As novas regras valem a partir de junho, por causa da noventena, período de 90 dias para vigência a partir da publicação.

Muito bem! Qual é o busílis? Há verossimilhança técnica na argumentação de Renan? Há. Ele argumenta que matéria tributária não deve ser tratada por intermédio de MP e que o governo pode optar por projeto de lei de inciativa do Executivo, com pedido de urgência. Aliás, tão logo o presidente do Senado anunciou a devolução, o governo se apressou em enviar o projeto.

Ao anunciar a devolução, Renan fez um discurso ao gosto da oposição: “Não é um bom sinal para o ajuste, para a democracia, para a estabilidade econômica, aumentar imposto por medida provisória. Qualquer ajuste tem que ter uma concertação, um pacto, tem que ouvir o Congresso Nacional. O governo editou medidas provisórias no recesso, prejudicou trabalhadores. Agora afeta o custo de produção, aumenta imposto por MP”. Em si, a fala faz sentido? Faz?

Mas qual é o busílis? O PMDB está descontente com a parceria com o PT. Naquele jantar no Palácio do Jaburu, no dia 23 passado, ele já havia afirmado que a aliança com o PT estava “capenga”. Na segunda, faltou a outro rega-bofe, oferecido por Dilma à cúpula peemedebista. Argumentou que, como presidente de um Poder, não ficaria bem comparecer a um evento claramente partidário.

A indisposição com o Palácio é tão flagrante que Renan lamentou não ter podido devolver outras MPs do pacote fiscal: “Apenas lamento não ter tido a oportunidade de fazer o mesmo com as medidas provisórias 664 e 665, que limitaram o exercício de direitos previdenciários”. É que elas foram enviadas durante o recesso e já começaram a tramitar.

Há especulações para todos os gostos. Há quem diga que Renan está insatisfeito porque aliados seus perderam postos de comando no segundo e terceiro escalões; há quem diga que isso reflete o descontentamento mais geral do PMDB — e que se note: ele tomou essa decisão com o apoio unânime da bancada do partido no Senado. E há ainda os que inferem que Renan, de algum modo, vê o dedo de petistas na praticamente certa inclusão de seu nome da “Lista de Janot” (já falo a respeito).

Seja como for, a decisão de Renan reflete o esfarelamento da base de apoio do governo Dilma e a ausência absoluta de coordenação. Aloizio Mercadante, chefe da Casa Civil, nunca soube fazer política — Lula jamais o indicou para o ministério. Pepe Vargas, das Relações Institucionais, é um ilustre desconhecido. E Jaques Wagner, salvo melhor juízo, faz nada no Ministério da Defesa, não na articulação, papel que teria (des)assumido…

Como não poderia deixar de ser, a decisão de Renan foi saudada por senadores da oposição, como os tucanos Aécio Neves (MG) e José Serra (SP), e criticada por petistas.

Não sei se termino o meu texto escrevendo “Socorro, a piloto sumiu!” ou “Graças a Deus, a piloto sumiu!”. No fim das contas, dá na mesma.

Por Reinaldo Azevedo/ Veja

Youssef diz que deputado do PP indicou empresa para obra de refinaria no MA

Deputado Luiz Fernando Faria PP/MG
Alberto Youssef afirmou que que o deputado Luiz Fernando Faria PP-MG indicou a contratação de uma empresa para as obras da refinaria Premium I, no Maranhão(Brizza Cavalcante/Agência Câmara/VEJA)

Da Veja

O doleiro Alberto Youssef, delator da Operação Lava Jato, afirmou que o deputado Luiz Fernando Faria (PP/MG) participou de um esquema de propinas e indicou a contratação de uma empresa de mineração e construção pesada para as obras da refinaria Premium I, no Maranhão. Em depoimento, Youssef declarou que, ao cobrar comissão da Fidens Engenharia, soube que a empresa havia sido contratada por “uma ingerência pessoal” do parlamentar.

Luiz Fernando é um dos políticos apontados pelo doleiro em sua delação perante a força-tarefa da Lava Jato, investigação que desmantelou um megaesquema de corrupção na Petrobras. O deputado mineiro nega categoricamente ter indicado empresa para a refinaria Premium I ou recebido valores ilícitos. Seu nome também foi citado na delação do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa.

O procurador-geral da República Rodrigo Janot deverá anunciar esta semana medidas de investigação contra deputados e senadores apontados pelo doleiro e pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa.

A Premium I, orçada em 20 bilhões de reais e situada em Bacabeira, a 60 quilômetros da capital São Luís, foi projetada para operar como a maior refinaria da Petrobras, com capacidade para processar 600.000 barris por dia de petróleo. Mas o empreendimento emperrou há três anos, ainda na gestão Roseana Sarney (PMDB). Na semana passada, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), reivindicou à presidente Dilma Rousseff (PT) que autorize a retomada das obras.

Em um de seus inúmeros relatos aos procuradores da República que investigam empreiteiras que se uniram em cartel para conquistar contratos bilionários da Pretrobras, Youssef citou a Premium I e o deputado mineiro Luiz Fernando, do PP. Esse depoimento foi realizado no dia 12 de novembro na sede da Polícia Federal em Curitiba, base da Lava Jato.

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O doleiro afirmou que o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, ganhou propina de 30% sobre o montante desviado de um dos itens das obras, relativo à terraplanagem da refinaria. A Fidens, fundada em 1968, fica em Minas.

Segundo Youssef, a licitação da terraplanagem ocorreu entre 2010 e 2011 “sendo acertado que as vencedoras seriam a Galvão Engenharia, Serveng e Fidens”. Ele afirmou que “ficava sabendo antecipadamente” o nome das empresas que ganhariam as licitações no âmbito da Premium I. O doleiro contou que “foram feitas reuniões” em seu escritório em São Paulo, na Avenida São Gabriel, Itaim Bibi. Nem a Serveng e nem a Fidens são acusadas de participar do cartel de empreiteiras que atuava na estatal.

Ficou acertado, segundo o delator, o pagamento de comissão de 1% sobre o valor do contrato. Os repasses teriam sido iniciados seis meses depois do início da obra. Ele falou sobre uma reunião com a Galvão Engenharia, representada na ocasião pelo executivo Erton Medeiros, alvo da Lava Jato.

Nesse encontro, disse Youssef, “ficou acertado” que a comissão seria liberada mediante a emissão de notas das empresas MO e Rigidez – companhias de fachada controladas pelo doleiro para fluir o trânsito de propinas. Ele contou que um diretor da Serveng, conhecido por Paulo, “procedeu a negociação da comissão a ser paga pela empresa”, no montante de 700.000 reais, parcelados em sete vezes de 100.000 reais cada. “O próprio Paulo esteve no escritório da Avenida São Gabriel entregando tais quantias em espécie”, declarou o doleiro.

Segundo ele, “de regra” o líder do consórcio negociava o pagamento das comissões. A obra de terraplanagem da refinaria foi uma exceção. “O caso presente foi excepcional pois cada empresa acabou pagando o valor proporcional à sua parte do contrato”, disse o doleiro.

Ao procurar a Fidens para realizar a cobrança soube que essa empresa ingressou no certame e foi contratada “devido a uma ingerência pessoal do deputado Luiz Fernando do Partido Progressista junto a Paulo Roberto Costa”. Segundo o doleiro, a comissão seria paga diretamente pela Fidens. “Isso me foi informado inclusive pelo próprio Paulo Roberto Costa.”

Defesa – Por meio de sua assessoria de imprensa, o deputado Luiz Fernando (PP/MG) rechaçou a informação de que teria participado da indicação da Fidens. Negou também ter recebido valores ilícitos e destacou sua “longa e imaculada vida pública”.

A Fidens também nega que tenha sido contratada por ingerência pessoal do deputado Luiz Fernando e que tenha pago propina ao parlamentar e participado de qualquer irregularidade nas obras da Premium I.

Segundo nota da Galvão Engenharia, os contratos da empresa foram firmados de maneira lícita. Os pagamentos realizados resultaram de extorsão e concussão, e não têm relação com valores contratados. A Serveng disse que “desconhece o assunto e declara que sua atuação é pautada no cumprimento à lei.”

(Com Estadão Conteúdo)

Após remover parte da nádega, Andressa Urach permanece sedada

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A assessoria de imprensa de Andressa Urach divulgou um comunicado neste domingo, 1º, informando que apesar da melhora no quadro infeccioso da apresentadora no sábado, 28, ela piorou e terá que ser submetida a uma cirurgia de emergência ainda hoje.

Na ocasião, Andressa chegou a afirmar que foi curada pela própria fé e orações. “Hoje, domingo, 1, por volta das 16h, a apresentadora Andressa Urach irá se submeter a uma cirurgia de emergência para retirada de uma forte inflamação. A nova inflamação do produto aconteceu no bumbum esquerdo da apresentadora”, diz o documento.

Andressa também se manifestou, no Instagram, para explicar o episódio. “Ontem, quando senti as dores, tive medo. Depois, em oração, o inchaço desapareceu. Mas hoje na parte da manhã a dor subiu da perna para o bumbum. A culpa é minha, minha vaidade me fez passar dos limites. Quando ganhei o Miss Bumbum Brasil 2012 apliquei o Pmma e o hidrogel no glúteo, pois queria o bumbum maior, e agora a infecção subiu para o glúteo.

Nunca contei isso a ninguém, nunca achei que teria problemas com esses produtos, verdadeiros produtos que quase me levaram a óbito. Nas pernas, conseguimos tirar quase todo o produto no hospital Conceição e hoje, aqui no hospital Alvorada, constatou que a infecção subiu para a nádega esquerda, e terei que realizar a retirada da nádega esquerda que está infeccionada”, afirmou ela – segundo a assessoria de Urach, a retirada será de toda a área.

Do site Ego

Governo Federal lança a 3ª Conferência Nacional de Juventude

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Ampliar os canais de escuta da juventude brasileira e transformar os espaços públicos das cidades em ambientes de convivência para os jovens são dois assuntos que serão debatidos na 3ª Conferência Nacional da Juventude, cujo tema é “As várias formas de mudar o Brasil”. O lançamento foi feito na última quinta (26), no Palácio do Planalto, pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República (SG-PR), Miguel Rossetto, e pelo secretário nacional de Juventude, Gabriel Medina.

Na ocasião, o ministro Rossetto convocou os jovens a participarem ativamente da conferência. “Sejam revolucionários, mudem o nosso país, ajudem a construir um país cada vez mais igual, cada vez mais fraterno”, pediu o ministro. As convocatórias começam em maio e a conferência está programada para acontecer em Brasília (DF), ainda em 2015. “Estamos abrindo a convocação para compartilharmos esperanças e sonhos do país que nós queremos. Façam esse chamamento chegar a cada ponto do território nacional”, ressaltou Rossetto.

De acordo com o secretário nacional de Juventude, Gabriel Medina, a grande novidade dessa conferência será a participação via internet e veículos digitais. “Hoje os jovens conversam e marcam encontro pelas redes sociais e também discutem as formas de transformar o Brasil pelas redes sociais”, explicou. “Decidimos ampliar os canais de participação digital da conferência”, afirmou o secretário. Para isso, será utilizada a plataforma Noosfero (voltada para a criação de redes sociais).

Em sua fala durante o evento, o vice-presidente do Conjuve, Daniel Souza, explicou que “o objetivo é fazer uma conferência que articule várias vozes e escute os desejos de mudar o Brasil”.

O próprio formato da cerimônia deu o tom de como será a conferência, que dará voz às diversas expressões da juventude. O mestre de cerimônias foi o ativista Max Maciel, da Rede Urbana de Ações Socioculturais (Ruas). Os participantes assistiram às apresentações dos rappers Rashid e Coruja e do poeta pernambucano Lirinha. O evento contou com a participação das ministras Izabella Teixeira (Meio Ambiente) e Tereza Campello (Desenvolvimento Social); da presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Virgínia Barros; da secretária de Juventude da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Mazé Morais; do criador do coletivo Fora do Eixo, Pablo Capilé; além de integrantes do Conselho Nacional da Juventude (Conjuve), de secretários estaduais e municipais de Juventude e de representantes de movimentos sociais, como Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) e Pastoral da Juventude, entre outros.

A 3ª conferência vai debater o Plano Nacional de Juventude, com diretrizes e metas para os próximos 10 anos. Nas duas conferências anteriores, a primeira realizada em 2008 e a segunda em 2011, participaram mais de 800 mil jovens do Brasil e de 14 países da América do Sul, África, América de Norte e Europa, ampliando o diálogo entre governos e sociedade civil. A aprovação da PEC da Juventude, do Estatuto da Juventude e o Plano Juventude Viva são resultados concretos das edições anteriores.

Do Portal da Juventude

Governador Flávio Dino discute investimentos para o Maranhão com a presidenta Dilma Rousseff

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O governador do Maranhão, Flávio Dino, foi recebido na tarde desta quarta-feira (25) no gabinete da Presidência da República pela presidenta Dilma Rousseff. O chefe do Executivo do Maranhão apresentou à presidenta projetos prioritários: Plano de Ação Mais IDH, Programa Escola Digna e propostas sobre rodovias federais que cortam o Estado.

Ao lado do presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, o governador apresentou os projetos especiais encampados pelo Governo do Maranhão sob a nova gestão. O combate às desigualdades sociais e a elevação dos indicadores socioeconômicos do Maranhão são os pontos de foco para atuação no Estado, apresentados por Flávio Dino à presidenta e ao ministro-chefe da Casa Civil, Aloísio Mercadante.

Os programas de combate às desigualdades que estão sendo implementados pelo Governo do Estado foram detalhados por Flávio Dino a Dilma, que solicitou à presidenta parcerias com o Governo Federal para potencializar as ações articuladas pelo Estado.

O Plano de Ações Mais IDH consiste em articulações, nos 30 municípios com menor Índice de Desenvolvimento Humano, direcionadas a melhorar os indicadores de saúde, educação, renda e longevidade da população.

O programa ‘Escola Digna’ que tem por principal meta erradicar as escolas de taipa e barro no interior do Maranhão também foi tratado na audiência. O governador também pleiteou a duplicação das BRs 135 (de São Luís a Miranda do Norte), 236 (de Timon a Caxias) e 010 (interligando Imperatriz a Açailândia).

Segundo Flávio Dino, a presidenta demonstrou solidariedade com o Maranhão e se comprometeu a ajudar o Estado via programas federais que tenham maior impacto para a população maranhense, em sintonia com os pleitos apresentados pelo governador.

Defesa da Refinaria

Outro tema marcante levado pelo Governo do Maranhão foi a defesa da retomada da Refinaria Premium da Petrobras no Maranhão. Os investimentos realizados pelo Governo Federal em Bacabeira, segundo Flávio Dino, devem ser retomados porque o Estado possui pré-condições logísticas e naturais únicas no Brasil.

“Entendemos as razões da Petrobras em adiar o projeto, porém temos convicção de que ele será retomado, pois é importante para o Brasil aumentar a capacidade de refino e o Maranhão é o Estado com as melhores condições para receber esse investimento,” disse Flávio Dino ao informar que solicitou reunião com o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine.

Do site do Governo do Maranhão