Comissão de Saúde debate criação do cargo de coordenador de Odontologia

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A Comissão de Saúde debateu, em audiência realizada nesta terça-feira (31), a proposta de criação do cargo de coordenador de Odontologia na estrutura do Estado e dos municípios, de acordo com projeto apresentado pelo deputado Stênio Rezende (PRTB). Além de Rezende, que é presidente da Comissão, participaram do encontro os deputados Dr. Levi Pontes (SD), Antônio Pereira (DEM), Fábio Braga (PTdoB) e Ricardo Rios (PEN); e os presidentes do Conselho Regional de Odontologia (CRO), Marcos Pinheiro; e integrante do Conselho Nacional de Odontologia (CNO), Ataíde Mendes, além de outros dentistas.

Stênio Rezende explicou que, além do projeto de lei que dispõe sobre a criação de cargo de coordenador de Saúde Bucal no Estado do Maranhão, estão em tramitação mais três projetos de sua autoria na área. Um restringe a venda de material odontológico para impedir que falsos dentistas atuem no mercado; outro dispõe sobre a colocação de dentistas nos hospitais públicos; e o último cria vagas de odontolegistas na rede estadual de hospitais.

O presidente do CRO e o representante do CNO deram explicações para dirimir as dúvidas dos deputados e elas vão servir de base para a argumentação durante a votação dos projetos. Stênio Rezende disse que a reunião serviu para iniciar o debate em torno do assunto.

Um dos temas esclarecidos pelos odontólogos é que em São Paulo, por exemplo, nas equipes de cirurgias já existem dentistas para que levantem a saúde bucal de quem vai se submeter a cirurgias, porque dez por cento das endocardias bactericidas se propagam por conta de doenças bucais. Alertaram que mesmo que boas cirurgias sejam realizadas nas UTI’s, a situação se complica porque outras doenças entram pela boca.

De acordo com o projeto apresentado por Stênio Rezende o cargo comissionado de coordenador Estadual de Saúde Bucal será exercido por um cirurgião-dentista, efetivo do quadro de pessoal da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

Assim, caberá ao coordenador participar do planejamento, investimento, acompanhamento e avaliação das unidades básicas de saúde, onde estão implantadas equipes e centros de especialidades odontológicas e laboratórios de prótese dentária.

Stênio Rezende defendeu a valorização da Odontologia no setor público para permitir o acesso dos brasileiros menos favorecidos à saúde bucal.

Da Agência Assembléia

José Silva: um trabalho reconhecido…

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Quem visita a sede do SEST/SENAT em Teresina tem acesso ao memorial reservado aos pioneiros do transporte coletivo no Piauí. Dentre os homenageados consta o empresário José Ferreira Silva (in memoriam), nascido em 16 de fevereiro de 1930.

Iniciou sua vida como empresário de transporte de passageiros em um pau-de-arara, confrontando pelas estradas de São Raimundo Nonato à Brasília, com dificuldades de chegada, improvisando e construindo estradas esburacadas, cortadas pela erosão das águas ou do tempo. Fazia tudo que era possível, castigando o sertão, enfrentando desafios e percursos, chegando à rota final.

Em 1989, a empresa passou a ser pioneira no Maranhão quando passou a atuar na Cidade de Coelho Neto fazendo o transporte de funcionários da empresa ITAPAGÉ, gerando muito empregos diretos e indiretos e ajudando no desenvolvimento da cidade, durante o período de 1989 a 2001.

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Foi com essa coragem e o compromisso com o trabalho que se tornou empresário de sucesso, perfazendo uma trajetória brilhante e cujo legado fez história. Faleceu no dia 30 de julho de 2009 deixando um lastro de honestidade, perseverança e muito trabalho.

Zé Silva foi casado com Maria de Sousa e Silva (in memoriam), deixando os filhos Solange, Solimar, Solfieiri, Solón, Solano e Soliney (atual Prefeito de Coelho Neto).

José Dirceu: principio de AVC

Dirceu: dias difíceis
Dirceu: dias difíceis

José Dirceu teve  um princípio de AVC hoje em sua casa em Brasília. Neste momento, Dirceu está fazendo exames.

Interlocutores de Dirceu atribuem o fato ao estresse elevado das últimas semanas com o noticiário da Lava-Jato. Ontem, por exemplo, estava tenso com novos rumores de uma possível prisão.

Por Lauro Jardim

“O PMDB se tornar uma força hegemônica é desastroso”, diz Flávio Dino

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Governador do Maranhão diz que encontrou com Dilma e defendeu aproximação com estados para superar crise

Em 2014, Flávio Dino (PCdoB) foi eleito governador do Maranhão e pôs fim ao ciclo de quase 50 anos da família Sarney e do PMDB no poder no Estado. Ainda que tenha sido um opositor ferrenho do partido, Dino não é um crítico da aliança entre governo federal e a legenda como parte dopresidencialismo de coalizão que garante a governabilidade para a gestão petista. Para Dino, a crise que agora deixa o PT refém de seu principal aliado no Congresso nasceu, na verdade, com a política de “duopólio” praticada pelos petistas e que privilegiou mais o PMDB do que outros partidos da base aliada.

“Essa peemedebização da política é muito negativa. O que estou dizendo é que o PMDB existir e ser aliado é normal. Agora ele se tornar uma força hegemônica é realmente desastroso porque o PMDB não se notabiliza por ter um programa claro”, analisa o governador. Nesta entrevista aCartaCapital, Flávio Dino disse também que nenhuma aliança pode “sacrificar” o programa eleito nas urnas, mas diz crer que Dilma Rousseff “ainda” não contrariou suas promessas de campanha, só errou na “dose”.

Leia a entrevista completa:

CartaCapital: Como o senhor analisa esses protestos de 15 de março, capitaneados pela classe média, em sua maioria, contra o governo da presidenta Dilma?
Flávio Dino: Acho que é preciso separar o joio do trigo. Em meio à onda de insatisfação e protestos há questões muito justas, sobretudo, no combate à corrupção e à improbidade administrativa e que deve mobilizar a sociedade. Mas, por outro lado, em meio a esse trigo há muitas coisas equivocadas. Por exemplo, do mesmo modo que é correto você combater a corrupção, é incorreto você situar essa questão em uma determinada pessoa ou força política, como está sendo feito em relação ao PT e, muito especialmente, a presidenta Dilma. Na verdade, práticas de mau uso do dinheiro público no Brasil, infelizmente, têm uma longa história e hoje temos fatores institucionais que conduzem a continuidade disso. Aquilo que deve ser descartado é o oportunismo político, politiqueiro, no mau sentido da palavra, de procurar individualizar isso na presidenta Dilma. Em segundo lugar, outra parte do joio que deve ser descartada são as teses delirantes daí derivadas. E duas são, especialmente, dignas de registro. A primeira é apologia ao crime, ou seja, um golpe militar. A defesa do golpe militar não é uma postura ideológica legítima, é crime, que deve ser repudiado com bastante ênfase. A outra é o impeachment, como se ele pudesse ser um mecanismo de substituição do governo apenas porque você não gosta do governo. Quando o impeachment, na verdade, no presidencialismo, é uma punição a um crime de responsabilidade em que haja evidências que a presidenta da República tenha, expressamente, praticado e participado disso. Quando você mistura tudo isso, o sinal que acaba sendo emitido dessas manifestações é equivocado, por ser contra a política, anti-política, contra as instituições democráticas. Por isso, lamento muito que um movimento legítimo, de combate à corrupção, acabe se se prestando a difundir preconceitos, medos, pânicos e até posições criminosas.

CC: Apesar de ser juridicamente inviável hoje, o clima no Congresso parece estar contra o governo. Alguns partidos endossaram esse tipo de reivindicação. Isso não é perigoso? Não pode sair de controle?
FD: É perigoso no sentido de reportar preconceitos contra a política de um modo geral. Basta ver que as pesquisas de opinião pública mostram que o próprio Congresso está profundamente deslegitimado, com nível de avaliação baixíssimo. Eu me preocupo e acho perigosa a conjuntura nesse sentido porque as grandes tragédias da humanidade, no sentido político, surgiram em momentos em que as instituições democráticas foram golpeadas por esse descrédito, por essa aversão absoluta que procura se semear na sociedade. Agora, do ponto de vista estritamente prático, posso te afirmar que hoje, dia 19 de março, a chance de ocorrer um impeachment é zero porque mesmo que se formasse maioria no Congresso, o Supremo Tribunal Federal (STF) jamais iria permitir que o processo de impeachment fosse ao fim pela razão simples e concreta de que não há amparo constitucional.

CC: Depois de anos de apoio, o PT parece estar refém do PMDB na Câmara e no Senado. O senhor, que sempre foi adversário e enfrentou o PMDB no Maranhão, como enxerga essa situação que o PT tem agora?
FD: Em primeiro lugar, é compreensível a busca por alianças amplas. Acho que a razão de tudo isso que falamos, do quadro de fragilidade, o governo está certo em buscar um arco bastante amplo de alianças partidárias. Eu acrescentaria, nesse cardápio, apenas a iniciativa de abertura de um diálogo com a oposição. Mesmo que a oposição não queira, entendo que no quadro atual o governo tem o dever de tentar. O dever de tomar a iniciativa em relação a isso. Mas, em relação às alianças partidárias, são compreensíveis e necessárias. O que é importante examinar é que essa busca de alianças não pode sacrificar o programa escolhido nas urnas. Essa é uma questão central. Ou seja, você, no presidencialismo, disputa uma eleição, apresenta um programa e esse programa é sufragado pela maioria da sociedade. Você, a partir daí, faz aliança de sustentação do seu governo tendo como referência o seu programa. Então, o ponto de interrogação mais agudo que tem na conjuntura é, exatamente, em que sentido as alianças, sobretudo com o PMDB, não acabe por invalidar compromissos que a sociedade escolheu. Aí me refiro especificamente ao tema do desenvolvimento e dos direitos sociais. Acho que essa é a modulação, o ponto de interrogação e a fronteira que não deve ser ultrapassada.

CC: O governo já não contrariou o que prometeu durante a campanha?
FD: Ainda não. Mesmo o ajuste fiscal é compreensível. Discordo apenas da dose. É aquela clássica questão do remédio que vira veneno. Há medidas necessárias, não há dúvida. Por exemplo, combate à fraude de modo geral na concessão de benefícios. Tudo isso que faz parte do ajuste fiscal são medidas corretas. Mas acho que houve um exagero, e esse exagero tem que ser, inclusive, superado no debate político. Ou seja, acho que o governo deve fazer um ajuste fiscal porque o mercado impõe. Não é uma opção política, é quase uma imposição da conjuntura econômica internacional e das forças hegemônicas de mercado, que exigem um certo paradigma da organização da atividade econômica. E isso está bem evidente. Então o governo, numa correlação de forças difícil, se vê obrigado a seguir esse receituário do ajuste fiscal. Agora tem que ter cuidado para não exagerar na dose.

CC: Mas ainda há muitas críticas sobre qual lado o governo escolheu para cortar, que seria até agora o lado dos trabalhadores. Como o PCdoB enxerga esse aspecto do ajuste fiscal?
FD: A questão central é exatamente repartir os ônus. Em tempos de bonança da economia aqueles que mais têm acabam por ganhar mais. Então é justo que, em tempos de dificuldade, aqueles que ganharam mais, agora também paguem mais. Essa é a questão central que nós temos pautado. Por isso, hoje, a tese mais importante que levantamos é a regulamentação do imposto sobre grandes fortunas. É uma proposta que responde plenamente a esse desejo de que, se é necessário aumentar o orçamento de políticas públicas em razão de dificuldades conjunturais, que isso também recaia sobre grandes patrimônios. Uma vez que o sistema tributário no Brasil é fortemente regressivo, já que prioriza impostos sobre consumo em detrimento dos impostos de patrimônio e renda, impostos pessoais atendem melhor o princípio da capacidade contributiva. Então o que acontece é que precisamos mexer nessa distorção do sistema tributário e o caminho que está mais à mão, entre alíquotas de imposto de renda, IPVA, IPTU, a que é mais simples, mais fácil e que a Constituição prevê há 27 anos, mas nunca foi regulamentado, é o imposto sobre grandes fortunas. Então o PCdoB tem feito um movimento nesse sentido muito forte: a nossa bancada no Congresso, eu fui ao Supremo Tribunal Federal para justamente pautar esse debate.

CC: Pelo Twitter, o senhor publicou recentemente que esse “desastre” do governo começou, em 2007, quando o PT se juntou ao PMDB para tirar Aldo Rebelo, do seu partido, da presidência da Câmara. O senhor disse, na ocasião, que temia que o PT se transformasse numa “tendência interna do PMDB”. O senhor acha que isso pode acontecer, o PT virar um novo PMDB?
FD: Em primeiro lugar, essa peemedebização da política é muito negativa. O que estou dizendo é que o PMDB existir e ser aliado é normal. Agora ele se tornar uma força hegemônica é realmente desastroso porque o PMDB não se notabiliza por ter um programa claro. Então realmente a peemedebização da política é algo a ser combatido, embora claro que o PMDB caiba na aliança. Quando me referi ao episódio de 2007 foi porque achei que ali houve uma inflexão equivocada porque você tinha um bloco: PCdoB, PDT, PSB, que naquele instante congregava 70 deputados aproximadamente. E o PT optou por fazer uma aliança com o PMDB. E isso realmente acabou sendo determinante para o fortalecimento de uma visão de duopólio, entre PT e PMDB, desde então. Isso terminou por resultar em um grande fortalecimento do PMDB. Essa foi a crítica que fiz em 2007. Agora hoje, em 2015, para não ficar chorando o leite derramado, acho que a análise que fiz é relevante para a reflexão, mas hoje é o que é possível, manter a aliança. Agora tendo cuidados, como te disse, de não sacrificar a identidade. Quando você sacrifica a identidade, você perde a possibilidade de, mais adiante, recuperar a liderança na sociedade. É preciso ter muito cuidado com isso. Faço questão de frisar: reconheço que a conjuntura é difícil, complexa e você precisa fazer movimentos rápidos, mas não podem ser movimentos imprudentes que acabem sacrificando a essência da sua identidade, seus princípios.

CC: Mas então, para o senhor, esse ‘presidencialismo de coalização’, como classificam especialistas, não se esgotou?
FD: Na verdade, o presidencialismo de coalização nasceu com o pluripartidarismo. Aliás, se você for olhar lá atrás, durante os anos do chamado Getulismo, nos anos de 1950, 1960, era uma coalizão PTB [Partido Trabalhista Brasileiro] e PSD [Partido Social-Democrático]. O PTB poderia ser visto como o PT de hoje e o PSD da época como o PMDB atual. Quando você, pós-redemocratização e mais recentemente de modo bastante agudo, fragmenta excessivamente o quadro partidário, hoje nós temos 30 e tantos partidos no Brasil, é claro que você conduz a um modelo em que as coalizões são imprescindíveis. Então, o que posso te responder é que nós temos uma questão de fundo central, muito maior do que o suposto esgotamento do presidencialismo de coalizão. A questão central é o esgotamento do modelo de financiamento político no Brasil. Se você desvia o olhar para essa história de que o presidencialismo de coalização esgotou ou não, das alianças, você acaba perdendo a dimensão daquele que é o fator de todas as crises políticas desde o início dos anos 1990. Todas elas, desde o impeachment de [Fernando] Collor, CPI dos Anões do Orçamento, todas, tiveram como questão geradora exatamente a problemática do financiamento privado de campanha. Então acho que esse é o tema número um a ser enfrentado nessa conjuntura política. Esse modelo, sim, esgotou e me impressiona muito que várias forças políticas ainda estejam querendo manter um sistema totalmente esgotado. Mesmo as doações legais enfrentam um questionamento agudo por parte da sociedade.

CC: O clima no Congresso parece estar mais propício para a aprovação da reforma política do PMDB, que não altera a forma de financiamento. O que fazer agora?
FD: O PMDB não tem um projeto de reforma política, tem um projeto de anti-reforma política porque manter o financiamento empresarial intocável é realmente ignorar o que está óbvio. Todas as crises se relacionam com essa temática do financiamento privado de campanha. Cabe ao PT e a outros partidos, o meu próprio, tentar garantir algum avanço. Vou te dar um exemplo concreto. Vamos imaginar que não seja possível o financiamento público exclusivo, que o PT sempre defendeu e o PCdoB também. Mas entre o financiamento atual, empresarial ou por grandes grupos econômicos, e o financiamento público, você tem outras mediações possíveis. Por exemplo, proibir o financiamento de empresas, manter o financiamento por cidadão e criar limite de gastos para as campanhas. Hoje as campanhas eleitorais no Brasil não têm teto, então estão entre as mais caras do planeta. É preciso criar limites de gastos e doações. Outro caminho é você o financiamento privado via Fundo Partidário. As empresas não doariam para um partido especifico ou candidato, mas para o sistema político. Por que não é isso? Elas não querem ajudar a democracia?Entre o desastre da manutenção do sistema de financiamento atual e a inviabilidade política do financiamento público de campanha, como está evidenciado, você tem outras opções no meio do caminho que podem ajudar a melhorar as eleições no Brasil.

CC: Diante do comportamento do PMDB, o senhor consegue enxergar alguma saída para o governo federal na aproximação com os governadores dos estados? O senhor, como governador, sente falta de diálogo com a presidenta Dilma?
FD: Acho que esse é um passo importante, nós temos defendido isso. Eu próprio estive com a presidenta Dilma e disse isso. Penso que, como te disse há pouco, seria necessário dialogar com a oposição, tentar pelo menos. E é preciso trazer outros atores para a mesa com uma agenda mais ampla. E acho que os governadores, pelas suas representatividades, inclusive, devem ser chamados para dialogar.

CC: Qual o futuro da esquerda no Brasil depois desse governo do PT? O senhor acha que esse segundo mandato de Dilma não está colocando em risco todos os avanços progressistas dos últimos anos no País?
FD: Não, acho que isso é transitório. Essas nuvens logo vão se dissipar. Acho que ultrapassando essa trepidação e esses movimentos logo as coisas se arrumam. Esse não é o primeiro nem o último governo que enfrenta crises agudas. Todos os governos enfrentaram. Todos desde que eu me entendo por gente. Do governo Figueiredo para cá…o governo [José] Sarney terminou com 84% de inflação por exemplo e não podia sair na rua. O Collor sofreu impeachment, o Itamar [Franco] chegou antes do Plano Real e teve uma impopularidade gigantesca, o Fernando Henrique Cardoso teve uma impopularidade, em 1999, igual a essa em razão da desvalorização, o presidente Lula em 2005 também. Então, falando dos casos que eu conheço, não estou nem indo lá em Juscelino Kubitschek, acho que faz parte das instancias da vida e da política. Mas, com certeza, no próximo ano a conjuntura econômica vai melhorar, o governo vai retomar investimentos e, com isso, acredito muito que o governo vai dar certo.

CC: O senhor também defendeu o diálogo com a oposição. Recentemente, cogitou-se que o governo poderia se aproximar do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para unir os dois principais partidos brasileiros, PT e PSDB, diante desse momento de crise. O senhor foi eleito no Maranhão em uma chapa que uniu os dois partidos, ainda que extraoficialmente. O que o senhor acha desse tipo de proposta?
FD: Em algum momento isso deve ocorrer. Há uma sectarização política muito artificial. É preciso ter mais tranquilidade, serenidade para lidar com as divergências. E o Brasil é muito grande. Às vezes, as divergências daqui não são de acolá. Aqui PT e PSDB, por exemplo, convivem muito bem. Meu vice-governador é do PSDB, nós temos secretários do PT, secretários do PSDB e o governo anda muitíssimo bem, graças a Deus. Há muitas experiências assim, não é exceção. Acho que, neste sentido, é preciso ter um espírito mais aberto. E lembro que, um detalhe muito importante, se retrocedermos um pouco no tempo, a campanha das Diretas Já foi feita pelo PT e por aquilo que seria o PSDB mais adiante, Montoro, Mario Covas. A Constituinte, a Constituição que nós defendemos, que é uma Constituição progressista avançada, quem teve um papel decisivo foi o Mario Covas do PMDB e que, depois, veio a ser o líder do PSDB. A Constituição Brasileira de 1988 não seria tão progressista como é se não fossem figuras como o Mario Covas e outras pessoas, que depois fundaram o PSDB. Então de onde surgiu essa antinomia radical, digamos assim, já que historicamente ela não existia? Tenho impressão que são fatos mais relacionados a ocupação de espaço de poder do que propriamente questões programáticas irremovíveis. É claro que há diferença de ênfase em uma coisa aqui e acolá, em questões macroeconômicas, mas olhando para a história do Brasil, num longo arco do tempo, não enxergo essa impossibilidade de diálogo.

Da Carta Capital

“Babilônia” assusta Globo e audiência da novela despenca

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“Babilônia” deu um grande susto na Globo na noite de quarta-feira (25). A trama de Gilberto Braga marcou audiência um pouco menor que a novela da faixa das 19h, “Alto Astral”. O novo novelão da faixa das 21h registrou média de 24,9 pontos, ante 25,3 pontos do folhetim das 19h. Cada ponto equivale a 67 mil domicílios na Grande SP.

Dificilmente um novela das 21h perde em audiência para uma das 19h.

Além raro, o empate “técnico” em audiência dos dois folhetins da Globo acende uma luz de alerta na emissora.

O desempenho da trama das 21h, principal aposta da emissora, nunca deve ser igual ou menor que o a novela das 19h, pois trata-se de um horário mais nobre, mais caro para os anunciantes, onde há um número maior de televisores ligados.

A média de “Babilônia” foi tão fraca que acabou ficando abaixo da audiência do “Big Brother Brasil 15″, que marcou 27,8 pontos.

Da Folha

Morre o humorista Jorge Loredo, o Zé Bonitinho, aos 89 anos

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Morreu, por volta de 6h30m da manhã desta quinta-feira, o humorista Jorge Loredo, o Zé Bonitinho. O comediante, de 89 anos, estava internado no Hospital São Lucas, na Zona Sul do Rio desde o último 3 de fevereiro, onde permaneceu em estado grave. As causas ainda não foram informadas.

Topete esculpido com Gumex, bigode delgado, sobrancelhas arqueadas, olhar de conquistador e roupas extravagantes, ele mal mal entra em cena e já arranca gargalhadas da plateia do estúdio da extinta TV Rio, em 1960. Era a estreia de O Bárbaro, vivido pelo ator e humorista Jorge Loredo no programa “Noites cariocas”, que serviria de matriz para o personagem Zé Bonitinho, o galenteator barato e exagerado que marcaria a carreira do artista carioca e a TV brasileira.

O Bárbaro foi rebatizado em homenagem a um conzinheiro que Loredo conheceu em um restaurante de beira de estrada que, por ser muito feio, era chamado de Zé Bonitinho. Os trejeitos do personagem foram inspirados em outra figura real, o Jarbas, um dos companheiros do jovem Jorge Loredo nas maratonas pelos bares da Praça Saens Peña, na Tijuca, onde nasceu.

— Ele tirava um pentezinho do bolso e ficava ajeitando as sobrancelhas e o bigodinho toda hora. Se passava uma moça, cantarolava um tango, um bolero… Fui captando esses trejeitos e criei o personagem — contou o ator.

Autor de bordões inesquecíveis — “Garotas do meu Brasil varonil: vou dar a vocês um tostão da minha voz…!”; “Mulheres, atentem para o tilintar das minhas sobrancelhas”; “O chato não é ser bonito, o chato é ser gostoso”, entre outras —, Zé Bonitinho foi praticamente uma espécie alter ego de Loredo:

— Eu sofri com uma osteomielite (inflamação nos ossos) dos 12 aos 46 anos, por isso fui muito mimado. Isso me fez querer ser mimado pelas minhas mulheres. Era quase um Zé Bonitinho — contou certa vez Loredo que, ainda na juventude, chegou a ser internado em um sanatório por causa de uma turberculose.

Os palhaços estão na origem da vocação de Loredo. Para completar a renda do marido, dona Luiza, mãe do artista, costurava os figurinos das trupes circenses que chegavam a Campo Grande, onde a família morava. O ator acreditava que as fantasias da mãe impregnaram sua retina: já jovem, viu o anúncio dos testes para a escola de Paschoal Carlos Magno, onde passou depois de ser ensaiado por Oscarito e Mafra. Estreou interpretando Mercúcio em “Romeu e Julieta” e nunca mais parou

Na TV, o ator começou dividindo o banco do programa “Praça da Alegria”, nos anos 1970, com Chico Anysio, Moacyr Franco e Ronald Golias. Diferentemente de Anysio e e Franco, que tiveram programa próprio, e de Golias, que era astro absoluto da “Família Trapo” , Loredo sobreviveu como coadjuvante. O ator chegou a criar outros tipos famosos, como o mendigo soberbo My Lord e o costureiro François Paetê, mas Zé Bonitinho sempre foi a sua grande marca, que só desapareceu da TV quando o programa “A praça é nossa”, do SBT, saiu do ar, no início dos anos 2000.

Longe da televisão, Loredo chegou a participar de filmes dirigidos por ícones do cinema nacional, como Rogério Sganzerla (“Sem essa aranha”, de 1970, e “O abismo”, de 1977) e Arnaldo Jabor (“Tudo bem”, de 1978). Seu último trabalho em um longa-metragem foi em “Chega de saudade” (2008), de Lais Bodansky. Em quase todos esses filmes, mesmo que não estivesse interpretando seu personagem mais famoso, alguns elementos dele, como o vestuário e acessórios vistosos, de alguma forma estavam sempre presentes nas composições Loredo.

O artista foi recentemente redescoberto pela geração mais jovem de cineastas brasileiros. Em 2005, a diretora Susanna Lira lançou o documentário “Câmera, close!”, uma biografia do ator, exibido no Canal GNT. No ano seguinte, o ator e diretor Selton Mello, fã do artista, o dirigiu no curta-metragem “Quando o tempo cair”, para o qual criou um personagem especialmente apra ele. Em 2003, atuou na peça infantil “Eu e meu guarda-chuva”, a convite da atriz Andrea Beltrão.

Do G1

Stênio defende criação do cargo de coordenador estadual de Saúde Bucal

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O deputado Stênio Rezende (PRTB) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (25), para defender  Projeto de Lei de sua autoria que dispõe sobre a criação de cargo de coordenador de Saúde Bucal no Estado do Maranhão. 

De acordo com o projeto que ainda será apreciado pela Asembleia Legislativa, o cargo comissionado de coordenador Estadual de Saúde Bucal será exercido por um cirurgião-dentista, efetivo do quadro de pessoal da Secretaria de Estado da Saúde (SES). 

Entre outras atribuições, caberá ao coordenador participar do planejamento, investimento, acompanhamento e avaliação das unidades básicas de saúde, onde estão implantadas equipes e centros de especialidades odontológicas e laboratórios de prótese dentária.

 DEBATE NA ASSEMBLEIA

Durante o pronunciamento, Stênio Rezende revelou que ao longo dos anos a Odontologia esteve à margem das políticas públicas de saúde, pois o acesso dos brasileiros menos favorecidos à saúde bucal era extremamente difícil, caro e limitado.

Para Stênio Rezende, esta demora na procura ao atendimento, aliada aos poucos serviços odontológicos oferecidos à população, faziam com que o principal tratamento oferecido fosse a extração dentária, perpetuando a visão da odontologia mutiladora.

Stênio adiantou que convidou o presidente do Conselho Regional de Odontologia, Dr. Marcos Pinheiro, e o presidente do Conselho Federal de Odontologia, Dr. Ataíde, para discutir o assunto, na terça-feira (31), às 8h30m, na Sala de Comissões da Assembleia.

Estado busca compartilhamento de experiências para otimizar serviços

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Na manhã desta terça-feira (24), secretários de estado, diretores de órgãos, gestores e representantes técnicos se reuniram no Palácio dos Leões com o governador Flávio Dino e o vice-governador Carlos Brandão no encontro periódico do Conselho de Gestão Estratégica de Políticas Públicas do Governo (Congep). A reunião tem o foco no pensamento estratégico da atual gestão, com o compartilhamento de experiências e unificação de ações.

Nesta edição, a equipe debateu questões sobre as ações do ‘Mais IDH’, a serem realizadas nos 30 municípios com piores indicadores de desenvolvimento humano do Maranhão, a reformulação dos investimentos do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), composição das câmaras setoriais do CONGEP e o orçamento participativo, que está em fase de definição da metodologia.

O governador Flávio Dino explicou que as reuniões periódicas do Conselho de Gestão Estratégica de Políticas Públicas acontecem para otimizar a dinâmica do trabalho e garantir melhores resultados na prestação de serviços aos maranhenses. “Estamos a cada reunião avançando com o secretariado no estabelecimento de prazos para que os resultados, que já estão ocorrendo, possam acontecer com ainda mais velocidade”, afirmou.

Sobre o Plano de Ação ‘Mais IDH’, uma apresentação foi realizada pelo secretário de Direitos Humanos e Participação Popular, Francisco Gonçalves. “Temos o desafio do tramalho da história que fez a atual gestão ser eleita. Além das ações mais imediatas que já estão sendo realizadas, estamos planejando outras com o envolvimento de mais secretarias”, destacou o secretário.

Durante o compartilhamento do plano e seus resultados, outras secretarias apresentaram proposta para incrementar o ‘Mais IDH’. O foco das ações será sempre a promoção da melhoria da qualidade de vida dos maranhenses, principalmente naquelas localidades do estado que estavam esquecidas nas gestões anteriores.

A secretária de Cultura, Ester Marques, lembrou o projeto de itinerância cultural que será realizado nos 20 maiores municípios do estado que será integrado para alcançar os municípios inseridos no ‘Mais IDH’. “A nossa proposta não é levar festas, mas sim políticas de cultura. Vamos envolver todo o entorno dos municípios”, explicou.

Representação em Brasília

O secretário de Representação Institucional do Maranhão em Brasília, Ricardo Cappeli, aproveitou a oportunidade para enfatizar a sua atuação junto ao governo federal para conseguir atrair mais benefícios para o estado. “Da sinalização positiva de algum recurso até a real chegada do dinheiro, existe um longo percurso. O nosso corpo técnico está a disposição de todas as secretarias justamente para dar apoio a essas articulações”, explicou.

Após beijo gay e boicote de evangélicos, Babilônia despenca em audiência e preocupa Globo

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A novela Babilônia vem registrando péssimos índices de audiência para o padrão que a TV Globo se acostumou a alcançar no horário das 21h com seus folhetins, e boa parte dos jornalistas especializados atribui o fato a um boicote dos evangélicos.

A substituta de Império estreou no dia 16 de março com 33 pontos de audiência, e na terça-feira, marcou 32 e no dia seguinte, 29 pontos segundo medição do Ibope. Como comparação, o último episódio da novela do comendador e sua trupe havia marcado 44 pontos. Cada ponto equivale a 67 mil domicílios em São Paulo.

Segundo o site TV Foco, os números alcançados no terceiro episódio de Babilônia são inferiores até mesmo aos da novela Em Família, de Manoel Carlos, que foi considerada como a de mais baixa audiência na história da Globo. Em seu terceiro capítulo, Em Família havia alcançado 29,2 pontos, já Babiônia conquistou apenas 26,4 pontos de média, com 28,2 de pico.

“Não é um número bom para a semana de estreia.  Dizem (nos bastidores) que o público mais conservador está fugindo da novela, principalmente os evangélicos (que já estariam organizando um boicote à trama). A cena do beijo entre Teresa (Fernanda Montenegro) e Estela (Nathália Timberg) teria sido o principal problema”, escreveu a jornalista Janaína Nunes, no portal Yahoo!.

O título e o conteúdo da novela escrita pelo trio Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes recebeu muitas críticas de alguns dos principais líderes evangélicos pentecostais, como os pastores Silas Malafaia e Marco Feliciano.

Malafaia disse que a TV Globo “é a principal patrocinadora do homossexualismo” no Brasil, criticando a cena em que duas personagens lésbicas se beijam. Já Feliciano destacou que “não assiste novela” e observou que poderia processar a emissora: “A Globo já demonstrou seu apadrinhamento ao movimento gay. Virou moda. O público é adulto, eu ficaria preocupado e agiria nos rigores da lei caso fosse passado em horários onde crianças tivessem acesso”.

Nas redes sociais, começam a circular imagens incentivando os evangélicos a boicotarem a novela justamente por causa de seu conteúdo. “Apologia ao mal. Produzida para destruir famílias. Compartilhe, não dê espaço para esta ameaça com cara de diversão. Não assista”, incentivou o senador Magno Malta (PR-ES).

Do Gnotícias

Os “louros” a Rubens Júnior…

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Rubens Junior: reconhecimento dos “camaradas” comunistas

Durante a Sessão Solene em comemoração aos 93 anos do PCdoB no Brasil, realizada na manhã desta segunda (23) na Assembléia Legislativa do Maranhão, o deputado federal Rubens Júnior (PCdoB) foi sem dúvida alguma, um dos grandes homenageados pelas autoridades que fizeram uso da palavra.

A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-MA) por exemplo, praticamente “rasgou a chita” para o deputado maranhense ao destacar a forma como este tem vem se portando no parlamento desde que tomou posse.

O governador do Maranhão Flávio Dino (PCdoB) ao fazer uso da palavra também não deixou de reconhecer o papel de destaque que o “camarada” tem desempenhado na Câmara dos Deputados.

De atuação marcante e discurso firme, Rubens Júnior já mostrou que deve ser um dos destaques da bancada do Maranhão na Câmara Baixa.

E se colocar como figura de proa dos grandes nomes comunistas da atualidade…

Foto: Agência Assembléia