Equipe de buscas por neto de Chico Anysio encontra um corpo na praia

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Um corpo foi encontrado na manhã desta quinta-feira (3) durante as buscas por Rian Brito, neto de Chico Anysio, em uma praia na área do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, em Quissamã, no Norte Fluminense. Familiares do jovem de 25 anos estão indo para o local com o objetivo de reconhecer se o corpo é do neto do Chico Anysio, desaparecido desde o último dia 23.No último domingo (28), pertences dele foram achados na localidade.

Segundo Marcos César dos Santos, subchefe do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, a Polícia Civil e a Defesa Civil estão no local para auxiliar nos procedimentos de reconhecimento do corpo que estava na areia da praia.

Marcos César estava na equipe que sobrevoou o parque na manhã desta quinta-feira em uma aeronave da Petrobras que saiu do aeroporto de Macaé por volta das 8h. O helicóptero foi solicitado pelo Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio), que administra a área ambiental.

Quatro picapes, quatro quadriciclos, dois bugres e três barcos foram disponibilizados pelo ICMBio. Uma equipe da Guarda Ambiental de Macaé também participou das buscas. O Parque Nacional engloba Macaé, Quissamã e Carapebus e possui 44 Km de praias e 18 lagoas.

Foi visto em ônibus para Quissamã

Na quarta-feira (2), Márcia Brito, mãe de Rian Brito, informou em um post em seu perfil numa rede social que imagens de câmeras mostraram o rapaz pegando um ônibus na rodoviária Novo Rio sozinho para Quissamã, no Norte Fluminense.

“Agradeço imensamente a todos queridos que se empenharam na busca do taxista. Podemos deixá-lo em paz. Confirmado pelas câmeras que Rian pegou da rodoviária sozinho o ônibus pra Quissamã. Então, o taxista, que não quer aparecer, tava com medo de dizer que levou Rian para a rodoviária e pensarmos que ele fosse suspeito”, diz ela no post.

Márcia acompanhou todo o trabalho de buscas em Quissamã e postou uma foto meditando sentada em frente à delegacia. Ela agradeceu ainda ao coordenador da Defesa Civil em Quissamã, Amaro Garcias.

“Rei da gentileza, determinação, profissionalismo, respeito e fé, que olhou no fundo dos meu olhos com seus olhos azuis cheios de lágrimas e disse: vou trazer seus filho!”, postou ela.

Mãe acreditava que Rian poderia estar meditando

Na terça-feira (1º), Márcia Brito disse acreditar que o filho poderia ter escolhido o local para meditar.

“Tô aqui pensando que ele pode estar eremita, ele adora meditar, ele pode estar eremita lá dentro de um lugar lindo que eu vi pelo mapa. A gente tem que ir até o fim com essa esperança. Vamos concentrar porque estou concentrada em achar ele. É um lugar lindo que a gente escolheria para passear. Quem sabe, né?”.

Do G1

Massacre de Realengo completa 04 anos…

Luiza Paula foi uma das vítimas do massacre em Realengo. (Foto: Reprodução/ TV Globo)
Luiza Paula foi uma das vítimas do massacre em Realengo. (Foto: Reprodução/ TV Globo)

Quatro anos após a chacina que vitimou a sua filha Luiza Paula na Escola Tasso da Silveira, em Realengo, Zona Oeste do Rio, Adriana Silveira tenta amenizar a dor da perda lutando contra a violência. Por meio da ONG Anjos de Realengo, ela se uniu às famílias das outras crianças e adolescentes mortos no massacre. O grupo tem como principal bandeira a luta contra o bullying – suposta motivação do autor do atentado.

A data em que Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, matou a tiros os 12 alunos da escola se tornou o Dia Nacional de Combate ao Bullying. Ele era ex-aluno da escola e teria sido vítima de bullying por lá. Armado com dois revólveres, ele entrou no prédio, naquela manhã de 7 de abril de 2011, dizendo que daria uma palestra e abriu fogo contra os alunos. Dos 12 mortos, apenas dois eram meninos. Uma carta encontrada com ele, que se suicidou após a chegada da polícia ao prédio, indicava que o crime havia sido premeditado.

No dia do massacre, Adriana Silveira deixou a filha Luiza Paula, de 14 anos, ir sozinha para a escola. Ela estava atrasada e aquele seria o último dia da jovem na Tasso da Silveira. A mãe acertaria os últimos detalhes da transferência da adolescente para outra instituição de ensino. Pouco tempo depois, Adriana foi atrás da filha e foi surpreendida pela tragédia.

“Eu estava indo pelo caminho, na rua, e vi helicópteros e muito movimento. Passou um amigo de moto e eu perguntei o que estava acontecendo. Ele perguntou se eu não sabia, eu disse que não. Ele disse que um louco entrou na escola e saiu atirando em todas as crianças.”

Além de Luiza, Adriana tem um filho mais velho, que atualmente tem 21 anos. Mas, desde o dia da tragédia até este quarto aniversário, ela vive uma rotina de superação. “A gente tem que aprender a viver novamente. Depois da perda de um filho você não é mais a mesma pessoa. São altos e baixos, mas eu tenho que aprender a conviver. É uma luta constante. Só que hoje é por ela que eu vivo. Para que a história do que aconteceu com ela e com as demais crianças não seja em vão”.

Uma das maneiras que Adriana encontrou para superar a dor sem a filha caçula foi a luta. Ao lado de outros familiares de vítimas da tragédia, ela ajudou a fundar a “Associação dos Anjos de Realengo”. Juntos, promovem ações em escolas alertando contra o bullying e a violência nas escolas. É uma tentativa de evitar que a tragédia que atingiu seus filhos se repita.

Wellington Menezes de Oliveira, homem que atirou contra escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo (Foto: Reprodução/TV Globo)
Wellington Menezes de Oliveira, homem que atirou contra escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo (Foto: Reprodução/TV Globo)

“É preciso um trabalho de prevenção contra o bullying para que nada disso venha a acontecer novamente, porque este mal pode acabar com a vida de outras pessoas”, conta Adriana.

A presença de Luiza em fotografias dá força para a mãe. Por isso, ela faz questão de manter a imagem da menina sempre perto de si. “Tenho fotos em todos os lugares. Eu deixo a casa como sempre foi. Tem também objetos dela. Eu gosto de levantar todo dia e ver as coisas dela, para ter a certeza de que tudo não acabou. Mas eu tento deixar dentro de mim o melhor dela, guardar isso na minha memória. Porque ainda me assombra pensar que ela não está mais aqui”.

Mãe não perdoa assassino

Quando questionada sobre o algoz de sua filha, Wellington, Adriana não cita o nome dele. Ela confessa não ser capaz de falar em perdão.Eu não tenho como perdoar alguém que roubou os sonhos da minha filha”

Adriana Silveira,
mãe de vítima da chacina

“Como eu vou perdoá-lo? Eu não sinto nada por ele. Mas ao lembrar o que aconteceu, o dano que ele causou a mim e a minha família, a perda, eu não tenho como perdoar essa pessoa. Eu não tenho como perdoar alguém que roubou os sonhos da minha filha. Quando ele tirou a vida dela, ele tirou a minha felicidade, a minha paz, os nossos projetos de vida e nossos sonhos. Eu não tenho como falar em perdão sobre alguém que me causou tanto mal”, desabafa Adriana.

Para marcar os quatro anos da chacina, Adriana e outros parentes das crianças e adolescentes mortas participarão de uma série de eventos. Às 9h30 desta terça-feira, será celebrada uma missa na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Realengo. Depois, todos caminharão em direção à Escola Tasso da Silveira. Lá, acontecerá uma ação em prol da importância da doação de sangue e outra sobre o desarmamento. Os Anjos de Realengo pedem que todos usem roupas brancas ou claras e levem um quilo de alimento não-perecível para doação.

À tarde, o grupo irá ao Cristo Redentor, onde será lançado o Concurso de Redação, Frases e Desenhos Anti-Bullying. Às 18h, o monumento será iluminado pela cor branca, para lembrar a importância do combate a este tipo de violência entre crianças e adolescentes.

Morre o humorista Jorge Loredo, o Zé Bonitinho, aos 89 anos

Zé-Bonitinho

Morreu, por volta de 6h30m da manhã desta quinta-feira, o humorista Jorge Loredo, o Zé Bonitinho. O comediante, de 89 anos, estava internado no Hospital São Lucas, na Zona Sul do Rio desde o último 3 de fevereiro, onde permaneceu em estado grave. As causas ainda não foram informadas.

Topete esculpido com Gumex, bigode delgado, sobrancelhas arqueadas, olhar de conquistador e roupas extravagantes, ele mal mal entra em cena e já arranca gargalhadas da plateia do estúdio da extinta TV Rio, em 1960. Era a estreia de O Bárbaro, vivido pelo ator e humorista Jorge Loredo no programa “Noites cariocas”, que serviria de matriz para o personagem Zé Bonitinho, o galenteator barato e exagerado que marcaria a carreira do artista carioca e a TV brasileira.

O Bárbaro foi rebatizado em homenagem a um conzinheiro que Loredo conheceu em um restaurante de beira de estrada que, por ser muito feio, era chamado de Zé Bonitinho. Os trejeitos do personagem foram inspirados em outra figura real, o Jarbas, um dos companheiros do jovem Jorge Loredo nas maratonas pelos bares da Praça Saens Peña, na Tijuca, onde nasceu.

— Ele tirava um pentezinho do bolso e ficava ajeitando as sobrancelhas e o bigodinho toda hora. Se passava uma moça, cantarolava um tango, um bolero… Fui captando esses trejeitos e criei o personagem — contou o ator.

Autor de bordões inesquecíveis — “Garotas do meu Brasil varonil: vou dar a vocês um tostão da minha voz…!”; “Mulheres, atentem para o tilintar das minhas sobrancelhas”; “O chato não é ser bonito, o chato é ser gostoso”, entre outras —, Zé Bonitinho foi praticamente uma espécie alter ego de Loredo:

— Eu sofri com uma osteomielite (inflamação nos ossos) dos 12 aos 46 anos, por isso fui muito mimado. Isso me fez querer ser mimado pelas minhas mulheres. Era quase um Zé Bonitinho — contou certa vez Loredo que, ainda na juventude, chegou a ser internado em um sanatório por causa de uma turberculose.

Os palhaços estão na origem da vocação de Loredo. Para completar a renda do marido, dona Luiza, mãe do artista, costurava os figurinos das trupes circenses que chegavam a Campo Grande, onde a família morava. O ator acreditava que as fantasias da mãe impregnaram sua retina: já jovem, viu o anúncio dos testes para a escola de Paschoal Carlos Magno, onde passou depois de ser ensaiado por Oscarito e Mafra. Estreou interpretando Mercúcio em “Romeu e Julieta” e nunca mais parou

Na TV, o ator começou dividindo o banco do programa “Praça da Alegria”, nos anos 1970, com Chico Anysio, Moacyr Franco e Ronald Golias. Diferentemente de Anysio e e Franco, que tiveram programa próprio, e de Golias, que era astro absoluto da “Família Trapo” , Loredo sobreviveu como coadjuvante. O ator chegou a criar outros tipos famosos, como o mendigo soberbo My Lord e o costureiro François Paetê, mas Zé Bonitinho sempre foi a sua grande marca, que só desapareceu da TV quando o programa “A praça é nossa”, do SBT, saiu do ar, no início dos anos 2000.

Longe da televisão, Loredo chegou a participar de filmes dirigidos por ícones do cinema nacional, como Rogério Sganzerla (“Sem essa aranha”, de 1970, e “O abismo”, de 1977) e Arnaldo Jabor (“Tudo bem”, de 1978). Seu último trabalho em um longa-metragem foi em “Chega de saudade” (2008), de Lais Bodansky. Em quase todos esses filmes, mesmo que não estivesse interpretando seu personagem mais famoso, alguns elementos dele, como o vestuário e acessórios vistosos, de alguma forma estavam sempre presentes nas composições Loredo.

O artista foi recentemente redescoberto pela geração mais jovem de cineastas brasileiros. Em 2005, a diretora Susanna Lira lançou o documentário “Câmera, close!”, uma biografia do ator, exibido no Canal GNT. No ano seguinte, o ator e diretor Selton Mello, fã do artista, o dirigiu no curta-metragem “Quando o tempo cair”, para o qual criou um personagem especialmente apra ele. Em 2003, atuou na peça infantil “Eu e meu guarda-chuva”, a convite da atriz Andrea Beltrão.

Do G1

Ator Cláudio Marzo morre no Rio

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O ator Cláudio Marzo, de 74 anos, morreu às 5h39 deste domingo (22) na Clínica São Vicente, na Gávea, Zona Sul do Rio. Segundo a assessoria da unidade, ele estava internado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) com quadro de pneumonia desde o dia 4 de março.

Ainda não há informações sobre onde o velório será realizado. Segundo a assessoria do hospital, Marzo tinha o desejo de ser cremado. A família aguarda a chegada de um dos filhos que mora na Austrália.

Outras internações
O ator também foi internado no dia 8 de fevereiro devido a um quadro infeccioso, associado à insuficiência renal e a um enfisema descompensado, informou o boletim médico divulgado pelo Dr. João Manuel Pedroso, clínico geral e cardiologista do ator.

No dia 28 de dezembro de 2014, Cláudio foi internado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do mesmo hospital com um quadro de arritmia cardíaca e pneumonia. Entretanto, recebeu alta médica no dia 31 de dezembro e pôde passar a virada do ano em casa.

Do G1