Em diversas cidades do Maranhão, os prefeitos que perderam eleição já reconheceram a derrota, desejaram boa sorte aos eleitos e já sinalizaram boa intenção para conduzir o processo de transição.

Em Chapadinha infelizmente, as coisas acontecem justamente de forma contrária. Mostrando a faceta arrogante que todos já conhecem, a ainda prefeita Ducilene Belezinha (PRB), se recusa a aceitar o resultado das urnas.

Derrotada com uma diferença inconteste de 3.603 votos, Belezinha não aceita entregar a prefeitura justamente para Dr Magno, seu adversário mais temido.

Na concepção dela, é inaceitável que a população tenha rejeitado a “competência administrativa” do seu governo e de quebra, anular o desejo que possuía de se beneficiar da “viúva” por mais quatro anos.

A “taca” de votos deixou a prefeita inerte. Nenhum gesto de grandeza partiu dela desde o resultado das eleições do último domingo (02).

Enquanto isso seu séquito se apega ao sonho de tomar o poder na marra e garantir o retorno da chefa sem a vontade do povo. Pode isso Arnaldo?

É quase certo que Belezinha não fará a transmissão do cargo para Dr. Magno.

Sua pequenez misturada com sua incurável síndrome da arrogância, com certeza, não permitiram a ela gesto de tamanha grandeza…

Ele chegou quando alguns já nem acreditavam mais que ele teria condições de participar do pleito.

Sobreviveu a onda de factóides e ataques da mídia dos adversários que tentavam a todo custo passar para a opinião pública de sua inviabilidade jurídica.

Bem no estilo “pressão”, o retorno de Magno Bacelar (PV), ao cenário político de Chapadinha de um lado causou euforia em meio aos seus seguidores e de outro bagunçou sobremaneira os planos do governo que já imaginava uma disputa por W.O.

Além da popularidade, Magno demonstrou habilidade política ao reunir em torno de si os dois deputados estaduais da cidade. Levi Pontes (PCdoB) e Paulo Neto (PSDC) decidiram abdicar de projetos pessoais para abraçar o que na opinião deles fortaleceria a oposição na cidade, com chances reais de vitória.

Aos quarenta e cinco minutos do segundo tempo Magno anunciou a candidatura, montou a chapa, fez a convenção e já caiu em campo atrás dos votos.

Desesperada com a possibilidade de polarização na disputa, a prefeita Ducilene Belezinha (PRB), resolveu “mexer seus pauzinhos” e partiu para o tudo ou nada na tentativa de tirar seu principal adversário da disputa. A idéia de girico que surgiu sabe-se lá de quem, colocou vereadores da base aliada para de uma hora para a outra tentar vasculhar as contas de Magno que estavam na Câmara “dormindo em berço explêndido”.

A proposta pensada era rejeitar as contas Magno e assim deixá-lo fora da disputa. Para conter a sangria da Presidente da Câmara em exercício Francisca Aguiar, responsável pelo andamento da façanha, o juiz Cristiano Simas, titular da 1ª Vara da Comarca de Chapadinha acolheu Mandado de Segurança do ex-prefeito e determinou a imediata suspensão da análise das contas.

Na pressa de levar Magno para “a forca”, os governistas mostraram a ânsia de atropelar o processo a qualquer custo, deixando transparecer na correria dos prazos o interesse subliminar de fatores escusos em meio ao julgamento.

Com a decisão judicial favorável, Magno volta com a disputa para o campo político perturbando o sono daqueles que “não contavam com sua astúcia”.

O coro do “já ganhou” deixou de existir e Belezinha sabe que tem motivos de sobra para se preocupar.

E como sabe…