Membros da OAB-MA avaliam retiradas de recurso do Porto do Itaqui

Carlos Nina e Rodrigo de Barros Bezerra*

José Clementino, Analista de Relações Institucionais da Vale, publicou há poucos dias na mídia local “O Complexo Portuário da Baía de São Marcos”, com objetividade e riqueza de informações sobre as atividades nesse setor.

Em seu artigo afirmou que a atividade portuária no Complexo “sempre foi de grande expressão no contexto nacional”. Expressou a esperança de que o “desempenho do Porto do Itaqui e dos terminais da Alumar e de Ponta da Madeira são merecedores da atenção e do reconhecimento de nossa sociedade”, mercê da crescente movimentação e do enorme potencial portuário na área.

Lamentavelmente, porém, como recentemente noticiado, a Empresa Maranhense de Administração Portuária – EMAP e o Estado do Maranhão não pensam assim e, por seus prepostos, atuam contra o desenvolvimento portuário defendido por Clementino. E o fazem violando o Convênio n. 16/2000, cuja finalidade foi delegar ao Estado a “administração e exploração do Porto do Itaqui, do Cais de São José de Ribamar, dos Terminais de Ferry Boat da Ponta da Espera e do Cujupe”.

O Parágrafo segundo da Cláusula Terceira do Convênio prevê que “toda remuneração proveniente do uso da infraestrutura aquaviária e terrestre, arrendamento de áreas e instalações, armazenagem, contratos operacionais, aluguéis e projetos associados, deverá ser aplicada, exclusivamente, para o custeio das atividades delegadas, manutenção das instalações e investimento no Porto e demais áreas delegadas.”

A Autoridade Portuária, porém, que, independentemente dessa obrigação, deveria zelar pelo que nela se contém, não o fez e, mais que isso, desprezou – ou ignorou – a importância que o desenvolvimento portuário tem para o Estado e o País, como enfatizou Clementino. Através de seu Conselho, a EMAP presenteou a Fazenda Estadual com mais de cento e quarenta e um milhões de reais. Valor esse que fará falta ao plano de expansão do Itaqui, mencionado pelo analista da Vale.

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) já determinou (Resolução 6.464, de 17/10/2018) que a EMAP abstenha-se dessas absurdas e indevidas transferências, que, por si só, constituem justo motivo para o rompimento do Convênio, retornando a administração portuária para a União Federal.

Tal medida seria salutar, não só pelas razões expostas no artigo de Clementino, mas pelo descaso da EMAP e o espírito invertebrado que domina seu Conselho, comprometendo “o futuro que nos espera”, ao qual se referiu o analista da Vale.

Solapando os cofres do Complexo Portuário a EMAP e o Estado não estão apenas criando obstáculos para o futuro, mas mergulhando no atraso as esperanças do desenvolvimento do Maranhão e do Brasil.

O primeiro dos signatários deste artigo, em outro publicado no início deste ano, em coautoria com o Comandante André Trindade, ex-Capitão dos Portos do Maranhão, defendeu a instalação, em São Luís, da II Esquadra da Marinha do Brasil, pois, a par do incremento do tráfego marítimo na Baía de São Marcos, a Amazônia Azul está aí, exuberante, rica, exigindo, também, cada vez maior vigilância.

Se a EMAP e o Estado não querem ajudar, que não prejudiquem.

*Advogados. Membros da Comissão de Direito Marítimo, Portuário e Aduaneiro da OAB-MA

Maranhão abre novos caminhos para o agronegócio brasileiro

Porto do Itaqui é uma alternativa para uma equação entre o escoamento da produção e custo de transporte.
Porto do Itaqui é uma alternativa para uma equação entre o escoamento da produção e custo de transporte.

“O Terminal de Grãos do Maranhão representa o novo tempo no escoamento das exportações brasileiras, especialmente do agronegócio. O Governo Federal e o Estado do Maranhão cortam a fita de inauguração do Arco Norte Brasileiro”, com essas palavras o ministro chefe da Secretaria de Portos da Presidência da República, Edinho Araújo, descreveu o recém-inaugurado Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram).

Até o ano passado, 60% da produção escoava pelos portos de Santos, Paranaguá e Rio Grande, o que significava uma longa viagem que encarecia os produtos em até U$ 40 por tonelada. Em busca da melhor equação entre o escoamento da produção e custo do transporte, a presidenta Dilma Rousseff prioriza o Arco Norte, através do Tegram, que diminui o tempo do trajeto entre a lavoura e o porto, em um modal mais econômico.

O Terminal de Grãos do Maranhão reduz custos, aumenta a competitividade dos produtos brasileiros e traz ganhos para toda a cadeia produtiva, segundo o ministro Edinho Araújo. O consórcio que preside o Tegram investiu mais de R$ 640 milhões, desses, R$ 245 milhões foram viabilizados pelo BNDES, para a construção de modernas estruturas que diminuem as filas de caminhões e otimizam o carregamento de navios no estado.

Como parte do conjunto de ações de desenvolvimento do Brasil, foi lançado em junho, pela presidenta Dilma, o Plano de Investimento em Logística (PIL), com o objetivo de impulsionar a geração de emprego e a atividade econômica no país. O Maranhão integra o Plano, com a garantia ao estado de investimentos na ordem de R$ 500 milhões no Porto do Itaqui.

Uma das áreas para terminais a ser disponibilizado para concessão no estado, será direcionada a cargas de celulose, com capacidade para 2 milhões de toneladas por ano. A segunda área diz respeito a transporte de granéis minerais. O investimento do Governo Federal reafirma o papel estratégico do Maranhão para o desenvolvimento dos setores industriais, agrícolas e comerciais do Brasil.

Em São Luís, o ministro chefe da Secretaria de Portos, Edinho Araújo, destacou que a vocação do Brasil é o crescimento e que a seu tempo, com o esforço de todos, ele virá. Edinho lembrou a força do sistema portuário brasileiro, por onde passam 95% da corrente de comércio brasileiro, entre exportações e importações. “Sabemos das dificuldades que vivemos, mas, nas horas difíceis, é que uma nação mostra sua capacidade de reagir e se reinventar e isso se faz com coragem, criatividade, muito trabalho e crença no amanhã”, finalizou o ministro.

Primeiro Plano Agrícola
Parte do Matopiba, oficialmente instituído em maio deste ano pelo governo federal e considerado a última fronteira agrícola do país, o Maranhão, juntamente com estados como o Tocantins, Piauí e Bahia, receberão investimentos e assistência para aumento da produção agrícola e crescimento da classe média rural, o que se alinha a uma das principais metas da gestão de Flávio Dino.

Para aumentar ainda mais a perspectiva de crescimento do setor agrícola do estado, o governo Flávio Dino lançou o primeiro Plano Agrícola e Pecuário da história do Maranhão. O Plano foi elaborado por meio da Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária (Sagrima), com ampla participação da sociedade e órgãos governamentais, municipais, estaduais e federais do setor produtivo.

Com a criação do Plano, o Maranhão amplia o seu acesso ao mercado mundial, aumenta a produção de alimentos para o abastecimento estadual e fortalece todos os setores sociais envolvidos com a Política Agrícola do estado. “Para que o Maranhão avance precisamos agregar riquezas ao estado, aumentar a atividade produtiva para promover a justiça social”, disse o governador Flávio Dino.

Prestígio: Dino garante meio bilhão em investimentos para o Itaqui

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Ao lado do governador Flávio Dino (PCdoB), a presidenta Dilma Rousseff (PT) anunciou que o Maranhão está incluído no Programa de Investimento em Logística 2015/2018 do Governo Federal.

O plano de investimentos, apresentado a investidores internacionais nesta terça-feira (09), durante cerimônia em Brasília, garantirá a aplicação a curto prazo de R$ 500 milhões em recursos no estado.

A entrada de novos investidores privados no Maranhão acontecerá por concessões de novas áreas do Porto do Itaqui, previstas como áreas estratégicas para o desenvolvimento logístico do país.

Serão dois terminais a serem licitados até o fim de 2016: um direcionado à carga de celulose, com capacidade para 2 milhões de toneladas/ano; outro destinado para o transporte de minerais.

Do Blog Marrapá

Lucro da EMAP cresceu 11 000% no governo Flávio Dino

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No primeiro trimestre do governo Flávio Dino, o lucro da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) cresceu 11 000%, saltando de 100 000 reais no primeiro trimestre de 2014 para 11 milhões de reais este ano.

Dino atribui o crescimento ao corte de gastos e de privilégios que eram pagos pelos cofres da estatal.

Por Lauro Jardim – Veja