O vereador Mohabe Branco (PSD), utilizou o Grande Expediente
na Sessão Ordinária da última quinta (21), para tratar da questão do Hospital
Municipal de Coelho Neto.
O parlamentar fez um pedido de desculpas públicas ao
empresário Luis Serra, por ter assinado no início do governo um documento
encaminhado pelo Executivo aos vereadores para desapropriar o Hospital Ivan Ruy
e a área no entorno.
Ele justificou que assinou porque imaginava que aquilo seria
revertido em bem para a população, mas que passado o tempo ele verificou que tudo
não passou de um engodo.
“Não gerou nada, não teve resultado, não temos hospital em
Coelho Neto, nós temos uma maternidade jogada as traças”, disse ele dizendo que
tudo não passou de perseguição política. Tem populares que sofrem esperando uma
cirurgia ortopédica e não consegue, outra precisando de fisioterapia e não
consegue, a nossa Maternidade as grávidas tem que sair pra ter bebê em Caxias
ou nas cidades vizinhas. A boca desse povo é desapropriar as coisas alheias e
não resolvem nada”
APARTES
Rafael Cruz
O vereador Rafael Cruz (MDB), parabenizou o parlamentar pelo
gesto do pedido de desculpas, reforçou a prática perseguidora do atual governo
e que o documento encaminhado pelo Executivo era um documento desnecessário,
apenas para dividir a responsabilidade de não fazer o hospital.
“Ele mandou o pedido. Se os vereadores não assinassem ele ia
dizer que a culpa era dos vereadores, se os vereadores ele ia dizer que a culpa
da desapropriação era também dos vereadores e se os vereadores assinassem e o
Luis Serra entrasse na justiça a culpa era do Luis Serra, ou seja de todo jeito
ele não ia fazer o hospital, como não vai fazer”, disse ele.
Ricardo Chaves
O vereador Ricardo Chaves (PPS), defendeu a boa intenção do
vereador ao assinar o documento. “Quando o senhor assinou estava pensando na
saúde do povo de Coelho Neto e infelizmente boa parte dos vereadores também
pensaram a mesma coisa”, disse ele. O popular-socialista enalteceu o perfil do
parlamentar.
Marcos Tourinho
Em sua fala o presidente da Câmara Marcos Tourinho (PDT),
também contribuiu com o discurso explicando o que fora o documento. Ele disse
que na época se fosse para desapropriar o Ivan Ruy ele assinaria, mas se fosse
para desapropria os terrenos em volta ele não assinaria, como não assinou,
embora o empresário Luis Serra pense que ele assinou a referida autorização.
“A saúde está um caos, um sofrimento sem fim, quando a pessoa tem um acidente de gravidade para conseguir uma UTI é um sacrifício necessitando de intervenção política para ter uma vaga. A região está sofrida, cadê as promessas de campanha do governador e a gente não sai do vermelho. Ia se desapropriar um hospital não foi, ia desapropriar o outro não foi, ia construir um não foi e nesse problema o governo do Estado também tem sua culpa.”, destacou ele, que também reclamou das condições da Regional de Saúde em Caxias.
Ascom/CMCN