Bacelar explica plano que prevê levar água a 3 mi de sertanejos com 40% do gasto com carro-pipa

O Serviço Geológico do Brasil está buscando recursos para tirar do papel um plano inédito, de R$ 245 milhões, que pode beneficiar 3 milhões de pessoas sem água no semiárido nordestino. O plano feito por especialistas do órgão federal prevê um investimento em oito tipos diferentes de ações para oferta de água, com obras previstas por 48 meses.

O valor pode parecer alto num primeiro momento, mas é pequeno quando comparado ao gasto com abastecimento emergencial aos sertanejos ao longo de um ano. Somente em 2019, a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, ligado ao MDR (Ministério do Desenvolvimento Regional), gastou R$ 610,5 milhões com a Operação Carro-Pipa.

A operação federal atende comunidades afetadas pela seca, e é operacionalizada pelo Exército. Ela atende em média, por mês, cerca de 2 milhões de pessoas em 657 cidades do semiárido. Em 2019, o governo federal reconheceu 1.569 decretos de emergência por estiagem ou seca no Nordeste. O número de cidades que tiveram decretos, porém, é menor já que muitas deles tiveram dois decretos, já que cada um dura seis meses.

O plano

A ideia do Serviço Geológico é que as obras sejam executadas em um período de quatro anos e que sejam soluções definitivas.

Entre as ações estão:

mapeamento completo de poços para perfuração;

recuperação e melhoramentos dos poços;

construção de barragens subterrâneas;

recargas artificiais;

estações de dessalinização;

Segundo o Diretor de Hidrologia e Gestão Territorial da CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais), Antônio Carlos Bacelar Nunes, o plano nasceu de um projeto executado com sucesso em Pernambuco. Após ser procurado por parlamentares, o órgão decidiu ampliar e estruturar o plano à demanda por soluções hídricas para o Nordeste.

Bacelar recentemente apresentou o mesmo plano a deputados maranhenses. Na foto com o deputado federal Hildo Rocha

“Observamos que o Brasil vinha de cinco, seis anos de estiagem prolongada. Então, sensíveis ao clamor das comunidades, e como já havíamos feito o piloto em Pernambuco com grande alcance social, aprimoramos alguns gargalos e fizemos um macro projeto que incluiu todos os estados”, diz Bacelar.

O projeto foi apresentado ao MDR, que encabeça as obras hídricas do país diretamente ou via órgãos como Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste), Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) e DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas). “Esse projeto já foi discutido em nível de governo. Estamos negociando para captação de recursos através de organismos federais. Estamos em processo avançado de negociação com a Sudene. Também estamos procurando recursos com alguns parlamentares, que podem propor emendas”, explica.

Poços são principal solução

O principal ponto do plano é a implantação de campos de produção de água com perfuração de poços. Somente nesse item, o projeto prevê o investimento de R$ 173 milhões em 50 campos no semiárido, que devem beneficiar 2,1 milhões de pessoas. O prazo para as obras é de 36 meses. Já a perfuração e recuperação de poços deve custar R$ 30 milhões e atender 300 mil sertanejos. “Nós iniciaremos esse plano com um cadastramento de poços que existem no Nordeste. Existe uma gama de poços muito grande no Nordeste, e esses poços estão subutilizados. Alguns não têm ligação com a rede de elétrica, outros produzem pouca água e salinizada, poço que está seco, seria o ponto inicial. Um outro ponto citado no projeto é o estudo do Sistema Aquífero Urucuia, que ocupa os estados de Minas Gerais, Bahia, Goiás, Tocantins, Piauí e Maranhão. A ideia do plano é quantificar a reserva hídrica total e saber quanto pode ser explorada. “Esse sistema é um dos grandes reservatórios que temos de água doce no país. É o maior aquífero que abastece o rio São Francisco, que não existiria sem ele. O que estamos estudando é a potencialidade dele. Vamos determinar a idade da água, saber quanto pode se retirar, estudar a recarga”, pontua. Ao UOL, o MDR confirmou o recebimento do plano e disse que o documento encontra-se em análise por equipes técnicas. Ainda segundo a pasta, no ano passado foi lançado o Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil, pela ANA (Agência Nacional de Águas), que fez um “diagnóstico sobre a conjuntura do setor será discutido por parte dos setores usuários de recursos hídricos, academia, sociedade civil e governos”. “O documento servirá de base para a formulação do novo Plano Nacional de Recursos Hídricos, que valerá a partir de 2021 até 2040”, finaliza.

Da Uol

Bacelar participa da assinatura de acordo e convênio com o Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento da França

Pela terceira vez o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) renova a parceria com os pesquisadores franceses do IRD (Institut de Recherche Pour Le Développement), que teve início formalmente em 2008, e seguirá pelos próximos cinco anos. Uma década se passou e os frutos dessa colaboração são percebidos a partir das produções científicas desenvolvidas em conjunto pelos cientistas, além da troca de capacitação técnica, assim como as iniciativas de fomento e compartilhamento do conhecimento geocientífico.

Durante a Conferência Internacional de Monitoramento dos rios da América do Sul via satélites, o diretor de Hidrologia e Gestão Territorial da CPRM, Antônio Bacelar, e a representante do IRD no Brasil, Marie-Pierre Ledru, assinaram um convênio interinstitucional e um acordo para o desenvolvimento do projeto “Investigação da Dinâmica Fluvial de Grandes Bacias com Aporte de Sensoriamento Remoto”. O diretor-presidente da CPRM, Esteves Colnago, também assinará os instrumentos de cooperação internacional, em Brasília.

O acordo estabelece o desenvolvimento de um projeto de pesquisa relacionado à Hidrologia, Hidrogeologia, Paleoclimatologia e Geoquímica (solo, sedimento de corrente, água e rocha) no âmbito da Bacia Hidrográfica Amazônica (rios Solimões, Amazonas, Negro, Purus e Madeira), Bacia do rio Paraguai e Bacia do rio São Francisco. Serão coletadas e integradas informações sobre mapas topográficos, mapas geológicos, imagens de satélites, além de dados de sensores remotos, radar altimétrico e hidrológicos, que envolvem informações sobre águas subterrâneas, geoquímica e palinologia.

Daniel Moreira, engenheiro cartógrafo da CPRM e Fabrice Papa, pesquisador do IRD, ficarão responsáveis pela coordenação científica e acompanhamento do plano de trabalho, que inclui sete etapas. Entre elas, destacam-se: aquisição e análise de documentação básica; interpretação dos dados disponíveis; infraestrutura e apoio logístico; trabalhos de campo; processamento, consistência e consolidação dos dados; capacitação da equipe técnica por intermédio de treinamentos; e, por fim, elaboração de relatórios anualmente para acompanhamento do projeto, além de um produto final.

Segundo Moreira, o foco do projeto está no entendimento da dinâmica fluvial das respectivas bacias que abrangem o projeto e nos impactos sobre as áreas habitadas. “Os dados de estações virtuais, obtidos por altimetria espacial e dados de sensores remotos diversos, serão utilizados no apoio ao monitoramento convencional realizado pelas estações hidrometeorológicas e todos esses produtos possibilitarão a melhor caracterização temporal da evolução hidrodinâmica dos sistemas fluviais”, acrescentou o engenheiro cartógrafo.

O convênio por sua vez promoverá a cooperação e o intercâmbio entre os cientistas a partir da realização de programas de pesquisa em conjunto; formação e aperfeiçoamento de pessoal; valoração dos resultados adquiridos nos estudos; e difusão da informação científica e técnica.

A conferência “South America Water from Space II” está sendo realizada em Manaus. O evento, que é organizado pela CPRM, IRD e Universidade do Estado do Amazonas (UEA), teve início na segunda-feira (4) e seguirá até o dia (7/11).

Da CPRM

Bacelar participa de Conferência Internacional em Manaus

 

“Compreender o ciclo global da água para o gerenciamento dos recursos hídricos”, este é o tema da segunda edição da “South America Water from Space II Conference”. O primeiro dia do evento foi marcado pelos discursos do embaixador da França no Brasil, Michel Miraillet, e do diretor de Hidrologia e Gestão Territorial do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Antônio Bacelar, durante a cerimônia de abertura.

“O clima, as condições meteorológicas, o meio ambiente, e de forma mais ampla, a vida aquática e terrestre, bem como as atividades humanas, são profundamente afetadas pela variabilidade e as mudanças do ciclo contínuo e interconectado da água”, afirmou Miraillet.

A intensificação de fenômenos como a seca e inundações impactam na aceleração do ciclo hidrológico. Sendo assim, o monitoramento por intermédio de tecnologia espacial é essencial para elaboração de previsões meteorológicas com maior precisão, assim como resulta também no aprimoramento de sistemas de alerta de eventos climáticos extremos.


De acordo com o embaixador, a missão SWOT (Surface Water Ocean Topography) pretende mudar a forma de observar e entender o ciclo continental da água e a dinâmica das águas continentais. “O objetivo será então de realizar o primeiro estudo mundial do mapeamento da água doce na superfície dos continentes”, ponderou.

“A bacia Amazônica é um local apropriado para realizar experimentos relacionados com o uso do satélite na hidrologia, pela extensão de sua área e amplitude dos seus cursos d’água”, enfatizou Bacelar. Ao abordar a parceria entre a CPRM e o Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento da França (IRD), o diretor da CPRM ressaltou a importância do compartilhamento de conhecimento técnico entre as mais diversas organizações de pesquisa. Segundo ele, em breve essa cooperação internacional possibilitará uma revolução na Hidrologia em escala global.

“O mais importante é que construímos uma sólida parceria CPRM/IRD, na realização da pesquisa, formação e capacitação de profissionais, cujo instrumento será renovado. Muito além desta parceria, identifico a formação de uma rede de cooperação envolvendo as agências espaciais americana e europeia, universidades, institutos nacionais e estrangeiros”, disse.

Frederico Peixinho, chefe do Departamento de Hidrologia do Serviço Geológico do Brasil, e Bacelar expuseram as ações desenvolvidas pela estatal para realizar o monitoramento hidrológico brasileiro. Além disso, explicaram como as pesquisas de levantamentos básicos nessa área de estudo culminam em informações de prevenção a cheias/inundações e secas/estiagem. A CPRM também avalia a disponibilidade de águas superficiais e subterrâneas no país. Esses dados, por sua vez, colaboram para o aumento e gerenciamento da oferta hídrica.

Palestraram durante a manhã e tarde os seguintes cientistas: Frederique Seyler do IRD; Jean-François Crétaux do CNES; Ernesto Rodriguez da Nasa; Allen G. da TAMU; Stéphane Calmant do IRD; Rodrigo Abarca do Chile; Jean Michel Martinez do IRD; Fabrice Papa do IRD; Jefferson Ferreira do IDS Mamirauá; e Marielle Gosset do IRD. Entre os temas abordados, destacam-se: a missão SWOT; rastreamento de extensões globais e sazonalidades de rios diretamente do espaço; monitoramento dos rios mundialmente por altimetria; hidrologia e variação climática; qualidade da água na América do Sul a partir de dados de satélites; escala global e a dinâmica de águas doces da Amazônia a partir de múltiplos satélites; sensoriamento remoto na América do Sul; e, por fim, sensoriamento remoto e precipitações.

Ernesto Rodriguez frisou que a missão SWOT tem despertado a atenção de vários pesquisadores ao redor do mundo, sendo este satélite a ser lançado em outubro de 2021 uma possibilidade de obter dados mais precisos no que se refere ao nível e armazenamento das águas superficiais. Rodriguez também afirmou que o SWOT se trata de um projeto muito caro e que necessita de investimentos.

“O que estamos tentando fazer é compartilhar o conhecimento, pois os pesquisadores de cada país possuem um conhecimento específico do seu respectivo local. Nós queremos ajudar com o monitoramento de forma global. Por isso, queremos nos integrar com esses hidrólogos. Estamos preocupados com as mudanças climáticas dos próximos 50 anos. Não sabemos muito bem onde irá cair a chuva, como será compartilhada essa água e como irá afetar as populações. Dessa forma, poderemos compartilhar dados entre os diferentes países. O satélite fornece dados globais que todos os países podem utilizar”, acrescentou o cientista da NASA.

O evento, que teve início nessa segunda-feira (4/11), segue até quinta-feira (7/11). A abertura foi moderada pelos membros do comitê organizador Daniel Moreira, engenheiro cartógrafo da CPRM, e por Fabrice Papa, pesquisador do IRD. Entre os dias 4 e 6, a conferência será realizada no hotel Tropical Executive, em Manaus. Já no dia (7), os pesquisadores farão uma simulação na estação fluviométrica de Paricatuba para medições de vazão e no encontro das águas para radiometria, mostrando como os satélites observam as cores diferentes do Rio Negro e Solimões.

Do site da CPRM

Bacelar destaca papel da CPRM durante Seminário de Hidrogeologia pela repatriação de fósseis brasileiros

 

O seminário reuniu pesquisadores de 15 países

A abertura do Seminário Internacional de Hidrogeologia e Cartografia Hidrogeológica foi marcada pela homenagem de reconhecimento ao Serviço Geológico Colombiano (SGC) pela repatriação de sete fósseis, que foram apreendidos na Colômbia, em 2017. As amostras foram entregues ao Museu de Ciências da Terra e são procedentes da Bacia do Araripe, sul do Ceará. Tratam-se de duas espécies de peixes (Tharrhias e Vinctifer) e um ramo de árvore (Brachyphyllum obesum), parente dos pinheiros.

O evento, que teve início na terça-feira e segue até a próxima sexta-feira (13), reúne 23 representantes de 15 países, entre eles membros da Associação dos Serviços de Geologia e Mineração Ibero-americanos (ASGMI) e do USGS (United States Geological Survey), além de pesquisadores em Geociências do Serviço Geológico do Brasil (CPRM). Compuseram a mesa de abertura: Esteves Colnago diretor-presidente da CPRM; Oscar Paredes Zapata diretor-geral do SGC; Antônio Carlos Bacelar diretor de Hidrologia e Gestão Territorial; José Leonardo Andriotti diretor de Geologia e Recursos Minerais; e o secretário geral da ASGMI Vicente Gabaldón.

Esteves Colnago, em seu discurso afirmou que este é o momento dos países estreitarem suas relações técnico-científicas e também compartilhar o conhecimento geocientífico especializado.

“O objetivo principal desse encontro é dar continuidade ao processo de elaboração do mapa hidrogeológico da América do Sul, onde o nosso desafio agora é mapear os 43% que ainda faltam do continente sul-americano. Somente por meio da cooperação técnica alcançaremos a integração, no âmbito das geociências, para o progresso da humanidade”, disse Colnago.

Entendendo da importância da cooperação entre os Serviços Geológicos, o secretário geral da ASGMI, Dr. Vicente Gabaldón, destacou durante a abertura que este encontro será de grande importância, tanto para o desenvolvimento do mapa hidrogeológico, assim como para o fortalecimento dos países. “Será uma semana de troca de conhecimentos, experiências e uma oportunidade de melhoria em diversas áreas. Iremos tratar igualmente todos aqueles que estão envolvidos, sabendo compreender as qualidades e dificuldades, tendo como objetivo principal o desenvolvimento do mapa”, finalizou Gabaldón.

Essa união dos países também foi mencionada pela chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais da CPRM Maria Glícia da Nóbrega Coutinho, onde ela contou a respeito da repatriação dos sete fósseis originários do Araripe, no Brasil, que foram apreendidos no Aeroporto Internacional da cidade de Cúcuta, na Colômbia, em 2017. A chefe da ASSUNI finalizou agradecendo ao diretor-geral do SGC, Oscar Paredes Zapata, pela ação realizada e enfatizou os frutos obtidos com as alterações na legislação colombiana para proteção do patrimônio fossilífero.

Proteger, identificar, conservar, reabilitar e transmitir a gerações futuras o patrimônio natural da nação é uma das missões do SGC, que tem como principal objetivo há cinco anos estabelecer uma estratégia para o desenvolvimento desta área, além disso, fornecer conhecimento ao restante da população sobre a importância dos fósseis. “O mercado ilegal e legal de fósseis traz vários efeitos negativos. Uma vez que esses objetos chegam nas mãos de colecionadores, seu acesso fica restrito e, de certa maneira, a informação científica se perde”, aponta Zapata.

DESTAQUE

Finalizando a manhã de apresentações, o diretor de Hidrologia e Gestão Territorial, Antônio Carlos Bacelar, fez uma apresentação sobre o Serviço Geológico do Brasil, apontando áreas de atuação, metodologias usadas e projetos realizados durante os 50 anos de empresa. Abordou ainda sobre a questão da água no Brasil e no mundo, qualificando-a como o bem mais precioso que a população possui e que todos devem cuidar e preservar. “É de grande importância a realização desse evento, porque ciência se faz com debate, com troca e com a comunhão dos povos”, finalizou.

Da Assecom CPRM

Bacelar entrega Plano voltado ao Nordesde ao Ministro de Minas e Energia durante seminário internacional no RJ

 

Durante a solenidade de encerramento do Seminário Internacional de Hidrogeologia e Cartografia Hidrogeológica realizado na última semana, no Escritório do Rio de Janeiro do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), o Ministro de Minas e Energia (MME), Bento Albuquerque afirmou que a CPRM passará a atuar também no setor de Petróleo e Gás.

“O Serviço Geológico do Brasil tem um papel fundamental na dinamização do setor mineral, dispondo de robusto banco com informações geofísicas, geoquímicas e geológicas. E até por isso, a CPRM passará a inserir suas atividades também na pesquisa de Petróleo e Gás. Destaco também e isso é um dos motivos que eu mais tive interação com a CPRM, o trabalho extraordinário que realizam em benefício da sociedade na prevenção de desastres naturais”, disse.

O Ministro enfatizou a importância do trabalho dos técnicos, analistas e pesquisadores em Geociências. “Eu tenho orgulho como brasileiro e também como Ministro de Estado de poder acompanhar, conviver e de certa forma participar dos importantes serviços que as senhoras e os senhores prestam ao Brasil”, acrescentou.

A abertura da cerimônia contou com discurso do diretor-presidente da CPRM, Esteves Colnago, que ressaltou o comprometimento da empresa com o desenvolvimento do Brasil. Colnago frisou também o papel dos Serviços Geológicos como provedores do conhecimento geocientífico. Segundo ele, essas instituições disponibilizam o conhecimento necessário para fundamentar o desenvolvimento sustentável das nações e a qualidade de vida da população.

Por sua vez, o Secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do MME, Alexandre Vidigal, salientou o comprometimento da CPRM com a ciência. “Se não bastasse o reconhecido trabalho que fazem no aspecto operacional, preocupam-se também em adquirir conhecimento e fazer ciência, cumprindo assim a integralidade do papel da empresa”, destacou.

Também compôs a mesa o secretário geral da Associação dos Serviços de Geologia e Mineração Ibero-americanos (ASGMI), Vicente Gabaldón, que falou sobre o protagonismo da CPRM nas Geociências e agradeceu pela cessão do espaço para a realização do Seminário. O embaixador e diretor executivo da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), Carlos Lazary, abordou a importância de fortalecer a gestão integrada dos Recursos Hídricos nos países transfronteiriços da região amazônica. Durante a solenidade, ele entregou ao Ministro o Programa de Ações Estratégicas da OTCA.

Oscar Paredes Zapata, presidente da ASGMI e diretor-geral do Serviço Geológico Colombiano, frisou, em sua fala, os sistemas robustos que a CPRM possui para o estudo dos recursos hídricos subterrâneos e enfatizou a relevância das atividades executadas pela empresa. “É uma instituição que nasceu para servir à sociedade com o poder transformador das Ciências da Terra. E há 50 anos cria e divulga com excelência o conhecimento geocientífico do Brasil”, relatou.

Marcaram o encerramento do evento, a assinatura do Acordo Interinstitucional entre a CPRM e a ASGMI para elaboração do Mapa Hidrogeológico da América do Sul e a entrega de uma placa em celebração aos 50 anos da CPRM por parte do Serviço Geológico Argentino (SEGEMAR).

Entrega de Documento

O diretor de Hidrologia e Gestão Territorial da CPRM, Antônio Bacelar, e o diretor-presidente Esteves Colnago entregaram ao Ministro e ao Secretário de Geologia do MME um Plano Estratégico dos Recursos Hídricos no Nordeste Brasileiro, que propõe medidas para aumento da oferta de água nesta região do país.

Ministro Bento Albuquerque recebeu o Plano Estratégico dos Recursos Hídricos no Nordeste Brasileiro

O documento fomenta a execução de obras e pesquisas destinadas à ampliação das águas subterrâneas no nordeste brasileiro, com foco nas áreas mais atingidas pelas estiagens. Entre as intervenções, destacam-se: implantação de uma rede estratégica de poços fundos; execução de poços inclinados nas rochas duras e a revitalização de poços visando o aumento de suas produtividades. O projeto foi elaborado pelo chefe do Departamento de Hidrologia (DEHID) da CPRM, Frederico Peixinho, e pelo chefe da Divisão de Hidrogeologia e Exploração (DIHEXP), João Diniz.

O diretor de Geologia e Recursos Minerais (DGM) da CPRM, José Andriotti, também entregou ao Ministro e ao Secretário de Geologia do MME os produtos desenvolvidos pela DGM, lançados durante a atual gestão.

E recebeu explicações do diretor de Hidrologia e Gestão Territorial da CPRM, Antônio Bacelar

Em comemoração aos 50 anos da empresa, uma homenagem foi prestada às filhas do ex-ministro de Minas e Energia Antonio Dias Leite (in memoriam), um dos fundadores da CPRM. Na ocasião, o Ministro Bento fez ainda a entrega de uma placa à Ana Dias Leite e Maria Cristina Dias Leite. O Museu de Ciências da Terra, sob gestão da CPRM, possui uma exposição dedicada a Dias Leite que busca resgatar a memória e preservar o legado do professor, destacando sua contribuição para o crescimento dos setores de energia e mineração no país.

O Ministro Bento Albuquerque e o secretário geral da ASGMI Vicente Gabaldón entregaram os certificados aos pesquisadores ibero-americanos, que participaram do Seminário Internacional de Hidrogeologia e Cartografia Hidrogeológica.

Da Assessoria de Comunicação da CPRM

Lançados projetos de geologia e água no Maranhão

O Secretário de Indústria e Comércio Simplício Araújo, o representante do Ministério do Meio Ambiente José Gasparinho e o diretor da CPRM Antônio Bacelar

O Maranhão pode contar, a partir de agora, com um conjunto de dados mais precisos sobre geologia e recursos minerais e hídricos, que vão contribuir para o desenvolvimento sustentável do estado. As informações constam de 12 produtos lançados nesta sexta-feira (15/12), pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), em parceria com a Agência Nacional de Águas (ANA).

A solenidade de lançamento ocorreu na Assembleia Legislativa maranhense e contou com a presença de dirigentes do CPRM, do governo local, parlamentares, prefeitos e empresários. O assessor especial do Ministério do Meio Ambiente José Gasparinho Neto representou o ministro Sarney Filho.

“Os produtos que estão sendo apresentados hoje reúnem dados preciosos para o planejamento urbano, a gestão das águas, os setores de infraestrutura, da construção civil, do turismo. A sua disponibilização para a sociedade permitirá a gestão participativa dos nossos bens naturais, de modo sustentável”, disse Gaparinho.

MINERAIS

Um dos projetos é o Mapa Geológico e de Recursos Minerais do Estado do Maranhão. O documento contribui para a formulação de políticas de gerenciamento territorial e ambiental que possam atrair investimentos privados para o setor mineral da região. O estudo traz informações geológicas para que o estado possa desencadear um ciclo de geração de jazidas que suportem a expansão industrial, favorecendo o crescimento econômico.

Outro projeto mapeia áreas de risco em 86 municípios no estado. Aponta, ao todo, 245 áreas de risco alto e muito alto a inundações, erosão e deslizamentos e identifica 33.975 residências que podem sofrer desastres naturais, afetando 135.864 pessoas. Os dados vão servir para ações preventivas.

Há ainda um estudo sobre 11 áreas de risco a erosão na região costeira de São Luís, nos bairros Vila Nova, Prainha, Sol Nascente, Bonfim, São Francisco, Ponta d’Areia, São Marcos, Calhau e Olho d’Água. A partir da análise quantitativa de variação da linha de costa feita pelos pesquisadores da CPRM, as praias do calhau e caolho foram classificadas como as regiões de maiores taxas de erosão, com variações grandes das marés.

GEOPARQUE

Um dos projetos mais inovadores faz a descrição e diagnóstico do patrimônio geológico da região de Carolina, município no interior do estado. A ideia é divulgar esse potencial como suporte técnico para que o estado possa propor à Unesco a criação de um geoparque no local. O estudo inclui o inventário e quantificação dos geossítios da região que representam parte do patrimônio geológico do país e que possuem ato potencial para o turismo.

“A criação do geoparque em Carolina seria um meio de preservar as riquezas naturais e arqueológicas e, ainda, de desenvolver o turismo, o que significa empregos, geração de renda e desenvolvimento local”, afirmou Gasparinho.

ÁGUAS

Gasparinho destacou ainda, entre os produtos lançados no evento, o Atlas Digital dos Recursos Hídricos do Estado do Maranhão, elaborado pela CPRM e ANA. O levantamento apresenta cadastro com a localização e o diagnóstico de fontes de abastecimento por água subterrânea de 211 municípios.

“Apesar da riqueza hídrica, 97,2% das águas do estado são subterrâneas e, somente, 2,8% são águas superficiais. Nas nossas 12 regiões hidrográficas, existem áreas com escassez de água”, pontuou.

Ele citou o caso da bacia hidrográfica do Rio Parnaíba, que tem 19,5% de sua área e o rio Balsas, um importante afluente, localizados no estado, e apresenta níveis críticos de escassez hídrica.

Segundo Gasparinho, o Ministério do Meio Ambiente, juntamente com a ANA e os governos do Maranhão, Piauí e Ceará, está trabalhando para a constituição do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Parnaíba. Um diagnóstico está sendo realizado, pela Codevasf, e servirá de base para a elaboração do plano de recursos hídricos da bacia.

A situação das águas do Maranhão, segundo Gasparinho, é complexa, e exige a gestão integrada com a das zonas costeiras. “Além do Mapa da Geodiversidade da Ilha de São Luís, que estamos lançando, estão em execução os estudos hidrogeológicos da região metropolitana da capital, para o uso sustentável dos recursos hídricos, resultante de um acordo entre ANA e CPRM, com a mobilização, conjunta, de R$ 4,8 milhões”, informou.

“Com isso, conheceremos os sistemas aquíferos da Ilha de São Luís, as relações entre eles e com os corpos d’ água superficiais, bem como a avaliação de locais com restrições de uso da água, orientando a definição de estratégias de gestão das águas subterrâneas da região metropolitana, para sua preservação”, finalizou Gasparinho.

Do site do Ministério do Meio Ambiente

Antônio Bacelar participará de evento da CPRM em São Luís nesta sexta (15)

O Ministério de Minas e Energia e o Ministério do Meio Ambiente realizarão um evento conjunto em São Luís na próxima sexta (15).

Com o tema Geologia, Recursos Minerais e Hídricos para o Desenvolvimento do Maranhão marcará o lançamento dos produtos da CPRM – Serviço Geológico do Brasil e da Ana – Agência Nacional de Águas.

O evento contará com a presença de várias autoridades dentre as quais o Ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho e o Diretor de Hidrologia e Gestão Territorial da CPRM, Antônio Bacelar.

Diretor de Hidrologia e Gestão Territorial, Antonio Carlos Bacelar estrá presente no evento

A ação será realizada no auditório Neiva Moreira, na Assembleia Legislativa a partir das 09h.

Bacelar participa da inauguração da nova sede de Residência da CPRM de Teresina

O Serviço Geológico do Brasil inaugurou na semana passada (10), as instalações da nova sede da Residência de Teresina (RETE).  A obra foi realizada em cinco anos e contempla a biblioteca, Litoteca, salas para pesquisadores e técnicos, sala de reuniões, geoprocessamento e videoconferência. O prédio antigo apresentava limitações para as demandas dos projetos em execução e acomodação de funcionários.

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O evento contou com as participações do diretor-presidente da CPRM, Manoel Barretto; do diretor de Geologia e Recursos Minerais (DGM), Roberto Ventura; do diretor de Relações Institucionais e Desenvolvimento (DRI), Antônio Bacelar; e do chefe da RETE, Francisco Robério Almeida. Além de autoridades do estado do Piauí, como o secretário de Mineração, Luis Coelho; o secretário de Segurança, Fábio Abreu; e o superintendente de Desenvolvimento Rural de Teresina, Paulo Lopes.

Dentre as principais vantagens em relação a nova sede, a melhor acomodação dos funcionários foi destaque nas falas das autoridades. O diretor de Relações Institucionais, Antônio Bacelar, disse que a finalização do complexo é um sonho realizado pela CPRM e que trará maior conforto aos profissionais, aumentando a produtividade.

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Já o diretor de Geologia e recursos Humanos, Roberto Ventura, explicou que muitos funcionários da RETE ingressaram na empresa por meio de concurso público e são de outros estados, o que dificulta a adaptação ao novo ambiente de trabalho. “Espero que essas instalações sejam feitas não apenas de estrutura física, mas de gente motivada a transformar o Piauí em um centro de referência de informações geológicas, que criem soluções criativas e de baixo custo econômico ao nosso país, e que ajude também a melhorar a qualidade técnica de nossos serviços”, ressaltou Ventura.

Manoel Barretto, diretor-presidente da CPRM, explicou que a construção da nova sede foi planejada em 2003 e que a conclusão da obra é um coroamento das ações que se iniciaram quando a própria RETE não possuía um setor de geologia, contando apenas com serviços hidrológicos. “Transformamos em Residência, implantamos o setor de geologia, com mapeamento geológico e geofísico, gestão territorial, mapas geológicos e de suscetibilidade dos municípios do Piauí, alertas de cheias, dentre outros, e hoje inauguramos uma boa estrutura de trabalho”.

DSC_0224Barretto aproveitou a ocasião para agradecer aos funcionários. “Não posso deixar de reconhecer a capacidade e disponibilidade dos nossos colaboradores. É impressionante como eles estão disponíveis a ajudar nas melhorias da empresa.  Vão deixar na história da RETE sua marca, seu trabalho e reconhecimento”, ressaltou.

“Acredito no poder da união, do trabalho em equipe, da reunião de pessoas dispostas a planejar, executar trabalhos com afinco”, disse o chefe da RETE, Francisco Robério Almeida. Ele destacou ainda a importância de somar forças e realizar trabalhos conjuntos.

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“Percebemos que uma equipe unida é mais forte, com mais possibilidade de acertar, progredir dando um passo de cada vez, passos esses sempre pensados e planejados. Queremos parabenizar todos os funcionários da CPRM de Teresina. E parabéns aos senhores diretores da CPRM”, finalizou Almeida.

Do Blog da CPRM

Em sua ira os repreende e em seu furor os aterroriza, dizendo: “Eu mesmo estabeleci o meu rei em Sião, no meu santo monte”. Salmos 2:5 e 6