O descaso do governo federal com o Maranhão

CHAMADA

Não é de hoje que os maranhenses que nos representam nas mais diversas camadas de poder, seja Executivo, Legislativo ou Judiciário, reclamam do canal estreito de diálogo do Governo Federal com o Maranhão. Esse sentimento já era grande com a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) e parece ter aumentado com o presidente interino Michel Temer (PMDB).

Hoje pela manhã, tivemos mais um exemplo desse disparidade de tratamento, por conta de fato ocorrido na BR-135. Oito pessoas – sendo elas, dois homens, três mulheres e três crianças -, vindas do interior do Estado, perderam suas vidas de forma trágica, após colisão do veículo em que estavam com uma carreta que saía de São Luís. O fato ocorreu na estreitíssima pista do Campo de Peris.

A rodovia já deveria estar duplicada, pois já se passaram mais de quatro anos desde quando foram iniciadas as obras. Obras que tiveram todo tipo de sorte, desde problemas com empresas responsáveis e até a ausência de medidas enérgicas do Departamento Nacional de Infraestrutura do Transporte (DNIT).

Seria muita falta de conhecimento e até mesmo de criatividade falar só na BR-135. Temos a Refinaria Premium e a expansão do Aeroporto Marechal Hugo da Cunha Machado neste rol, obras lançadas, anunciadas e executadas em partes ou concluídas com muito atraso.

Recente, o Governo do Maranhão teve que buscar apoio e parceria do outro lado do mundo, para que os campos desmatados e transformados em cemitério de obras no município de Bacabeira não ficassem sem render ao menos um quarto do que havia sido prometido com a Premium I. O Aeroporto está ficando pronto, a duras penas, pois a entrega foi postergada por diversas vezes. Mesmo assim, não deixa de ter seus problemas como foi o ocorrido há duas semanas, quando uma pane provocou apagão e mais de 14 horas sem funcionamento.

Agora, surge, de novo, a BR-135 gritando as dores de tantas vítimas que ali padeceram e fazendo outras mais. Não foram oito vítimas que se perdeu na manhã deste domingo. Para os familiares, foi um pedaço importante, pessoas de convívio direto. Umas com muitas histórias e experiências; outras, com uma trajetória grande pela frente, que foi interrompida de sem chances de despedida.

Que dirão os diretores dos órgãos e o ministro responsável pela pasta que trata sobre transportes? O ideal seria não dizer nada e terminar o sufoco que tantos maranhenses passam. E tirar também o medo de andar pela ‘Rodovia da Morte’ do Maranhão.

Do Blog do Jorge Vieira

Ele é o Deus que me reveste de força e torna perfeito o meu caminho. Salmos 18:32

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