
Do Blog do Luis Cardoso
SÃO LUÍS – Na manhã desta quinta (26), a irmã do jornalista Décio Sá, Vilenir Sá, procurou a imprensa para divulgar uma carta de sua autoria, mostrando sua indignação e revolta com o assassinato de Décio.
Na carta, Vilenir Sá diz que seu irmão foi um homem corajoso, que combatia o que achava ser errado.
“Décio Sá, HOMEM DE CORAGEM, que aprendeu na sua infância o respeito, a igualdade, a fé… está morto, porque relatou o que precisava ser banido de uma sociedade democrática” (trecho da carta).
Vilenir destacou, ainda, que não quer que o irmão seja lembrado como mais um que deu a vida por um ideal, mas como alguém que ajudou na defesa da democracia.
“Décio Sá acreditou e lutou por tudo que aprendeu na família, na escola, na universidade e na vida” (trecho da carta). Para Vilenir, não apenas os jornalistas foram ameaçados com o assassinato de Décio, mas toda a sociedade.
A irmã do jornalista aproveitou para pedir ao poder público que tome providências, para que esse crime não fique impune.
Além de pedir justiça, Vilenir mostrou preocupação com o futuro dos novos profissionais de comunicação diante da violência à liberdade de expressão.
“E os jovens universitários, como acreditar no que lhes é ensinado? E o direito, como poderá ser exercido e defendido?” (trecho da carta).
Vilenir Sá mandou confeccionar mil camisas com a foto de Décio, as camisas serão usadas durante a missa de 7º dia pela morte do jornalista, que será realizada às 10h, na Igreja da Sé, localizada na Praça Dom Pedro II, centro de São Luís.
PRESO
A polícia prendeu na manhã desta quinta-feira (26) Fábio Roberto Cavalcante Lima, que estava foragido e que pode ter participação no assassinato do jornalista Décio Sá, executado com cinco tiros em um restaurante na Avenida Litorânea, na noite da última segunda-feira (23).
Fábio Roberto era morador do Parque Vitória e já havia sido condenado por furto. A polícia tinha um mandado de prisão expedido contra ele. Um detalhe chama atenção: Fábio Roberto é o nome mais citado nas ligações do disque-denúncia que apontam seu envolvimento no crime.
Ele está preso na Delegacia de Homicídios e não quis falar sobre a morte do jornalista. A polícia prossegue com as investigações para averiguar se houve a participação dele na execução de Décio, e deve divulgar em breve o retrato falado do suspeito apontado pelas testemunhas que presenciaram o crime.