Encontrando alguns leitores do blog a pergunta que não queria calar o dia todo era se nós não iriamos tratar do assunto da greve dos professores no Blog. E por que não? Jamais perderiamos a oportunidade de noticiar e comentar o assunto mais falado em solo tupiniquim.
Pois bem, ao chegar em Coelho Neto hoje pela manhã, avistei nos portões das escolas faixas noticiando: ESTAMOS EM GREVE! Pois bem, nada diferente daquilo que o SINTASP já previa desde o mês de maio. Ao meio dia, estourou no programa local uma entrevista com ninguém mais ninguém menos que o sindicalista e professor GILSON ROCHA DE MORAIS, que tem histórias no movimento grevista e que conhece “muito bem” o sindicato que ele ajudou a fundar. Diante da entrevista bombástica, algumas perguntas não querem calar, dentre as quais poderiamos pontuar:
1. Gilson Rocha disse que quando estava a frente da instituição, era comum os filiados participarem de cursos de formação sobre sindicalismo. No entanto depois dele, essas formações foram deixadas para trás. Que gestão foi essa que deixou de lado a formação dos filiados no sindicato?
2. O Professor Gilson falou também em transparência e na bagatela de R$180.000,00 (cento e oitenta mil reais) que entraram no sindicato durante três anos e que segundo ele não havia sido prestado contas. Disse inclusive que ele e outros colegas estariam entrando na justiça para exigir transparência sobre a prestação de contas desses gastos. Quem presidia o sindicato nessa época?
3. Gilson disse ainda que um dos grandes problemas do sindicato foi misturar sindicalismo com partidarismo, fato esse que levou ele a se afastar da instituição. E essa mistura foi permitida porque e por quem?
4. Professor Gilson em quase todas as suas palavras disse que o sindicato seguia apenas a orientação de uma cabeça, que mandava e desmandava e os sindicalizados apenas obedeciam. Que cabeça era essa que Gilson se referia?
5. Que membro/membros utilizou/utilizaram a sede do Sindicato dos Professores como Comitê Partidário conforme noticiou o Professor Gilson?
6. Na entrevista, o professor Gilson disse que na última greve ocorrida no governo do então prefeito Magno Bacelar, havia sido acordado que os professores teriam que cumprir toda a carga horária dos dias grevados e que muitos professores descumpriram o acordo. Nesse fato, o SINTASP não moveu uma palha para que os professores cumprissem o QUE fora acordado. O que será que o Professor quis dizer com isso?
7. Gilson fez referência a rádio do Sindicato que fora comprada para servir a instituição mas que hoje está sendo utilizada em causa própria, inclusive funcionando em casa alugada de alguém ligado ao Sindicato. Quem será essa ilustre pessoa?
8. Como professor durante toda a entrevista Gilson falou em auto-avaliação, se referindo a uma avaliação da postura do sindicato bem como dos sindicalistas. Será que a auto-avaliação será feita?
Além dessas perguntas que cada um deve se fazer o dia foi de carro de som passando: de um lado o SINTASP comentava sobre os motivos da greve, de outro o Prefeito Soliney Silva reconhecia que a paralisação prejudicava os alunos e que estava aberto ao acordo e as negociações. Pois bem, mas outro ponto que chamou atenção foi os professores não estarem reunidos embaixo do bambuzal, fato que já virou marca da greve do SINTASP. Continuaremos acompanhando, enquanto essa pendenga não é resolvida e os alunos não retornam para a escola aguardamos ansiosos o fim desse desfecho.