Descontrolado, prefeito de Coelho Neto transforma entrevista em rádio num festival de baixarias

Descontrolado, prefeito de Coelho Neto transforma entrevista em rádio num festival de baixarias

Editorial

Quem acompanhou a entrevista concedida pelo prefeito de Coelho Neto Américo de Sousa (PT), em uma rádio local ontem (30), se assustou com seu nível de descontrole.

Não se sabe se a ira teria sido motivada pelo fracasso da operação bufa do governo planejada para lacrar a rádio do adversário no dia anterior, mas quem ouviu teve a certeza de que se tratava de alguém totalmente descompensado.

Afastado da rádio desde que seu governo estagnou de vez, a anunciada entrevista gerou expectativa popular. Imaginava-se que o prefeito fosse aos microfones anunciar benefícios, falar em obras ou ampliação de serviços. Nada disso. Parte da entrevista foi para atacar os adversários. Se não bastasse a ameaça de processo (prática adotada por ele para tentar calar quem lhe contraria), o prefeito revelou que possui dossiê da vida de parte dos seus adversários e de que os traria a público caso não parassem de tecer críticas ao governo.

É isso mesmo, o prefeito conseguiu instalar a “chantagem oficial”. Ou se curva e se cala, ou terão fatos de suas vidas revelados pelo prefeito. A que ponto a cidade de Coelho Neto chegou. Temos um prefeito que ao invés de resolver os problemas da cidade, vai fazer mexerico da vida alheia, como se isso fosse lhe render algum fruto positivo ou não lhe colocasse no mesmo risco de responder judicialmente pela exposição da vida das pessoas. Ou ele acha que está imune de ser processado?

O prefeito mais uma vez mostra que não conhece a liturgia do cargo, que não tem preparo emocional para exercer a função, que pretende retomar os tempos do coronelismo cuja crítica era proibida e trazer de volta os velhos tempos da baixaria nos palanques que havia sido enterrada – onde para atacar os adversários valia tudo, inclusive trazer para o debate político a vida pessoal de seus adversários.

Quem teve a oportunidade de conviver com os 04 anos do prefeito Magno Bacelar (um democrata e um político na essência da palavra), e que hoje é obrigado a conviver com o governo Américo sente na pele os efeitos da política com “p” minúsculo.

Um político que não respeita adversários e precisa se enlamear nos ataques pessoais para não ser criticado não está preparado para governar uma cidade.  E talvez seja por sentir na pele a rejeição popular, que o petista tenha chegado ao ponto que chegou.

Felizmente 2020 está chegando. E a nossa torcida é que esta página seja virada e que esses quatro anos possa ser enterrado e esquecido.

Pelo povo e pela história…

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