Empolgado quando quer defender o que acredita, o blogueiro Ezequias Martins cometeu um de seus maiores exageros durante a semana: anunciou “com pompa” que a base do governo em Coelho Neto estaria “abalada” com a pré-candidatura a prefeita da vereadora Lú Gonçalves (PSD).

Mas abalada por que motivo? A notícia não representa nenhuma perda para o governo se considerarmos que o clima “paz e amor” entre a ex-aliada e o Prefeito Soliney Silva (PRTB) ficou estremecido desde o turbulento episódio da eleição da Câmara em dezembro.

Antes que os apaixonados se antecipem é bom deixar claro que não temos nada contra a pré-candidatura da vereadora, ao contrário, consideramos legítima dentro do que rege os princípios democráticos. Entretanto se de fato tem interesse em entrar no jogo, Lú precisa sair detrás das cortinas e entrar no palco como todos os demais atores que já estão nessa peça.

Usar o vereador Luiz Ramos (PSD) como porta-voz nao foi a melhor das decisões pelos inúmeros motivos já elencados aqui. Não dá pra ficar dizendo que há pressão dos evangélicos sem citar isso de forma clara e não há como dizer que as igrejas estão unidas em torno do seu nome sem que os líderes evangélicos ainda não tenham se posicionado nesse sentido.

Para entrar numa disputa dessa natureza é necessário mostrar vontade e esse sentimento ainda não foi externalizado pela vereadora que permanece calada. Por outro lado se isso for verdade, Lú precisa regularizar primeiro sua situação partidária pois a idéia de entrar numa sigla que sequer foi homologada pelo TSE não é dos projetos mais geniais. É só lembrar do que ocorreu com a presidenciável Marina Silva para entender como isso pode acabar…

Se é que tem realmente interesse em se posicionar na sucessão, Lú deveria saber que vai precisar muito mais do que vontade própria para está na disputa. Talvez seja por isso que outras “forças superiores” estão se mobilizando nos bastidores desse debate para dar um apoio: se não der de um jeito, vão fazer um esforço para que dê de outro. Não entenderam?

Porque essa é uma outra história…