Bacelar explica plano que prevê levar água a 3 mi de sertanejos com 40% do gasto com carro-pipa

O Serviço Geológico do Brasil está buscando recursos para tirar do papel um plano inédito, de R$ 245 milhões, que pode beneficiar 3 milhões de pessoas sem água no semiárido nordestino. O plano feito por especialistas do órgão federal prevê um investimento em oito tipos diferentes de ações para oferta de água, com obras previstas por 48 meses.

O valor pode parecer alto num primeiro momento, mas é pequeno quando comparado ao gasto com abastecimento emergencial aos sertanejos ao longo de um ano. Somente em 2019, a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, ligado ao MDR (Ministério do Desenvolvimento Regional), gastou R$ 610,5 milhões com a Operação Carro-Pipa.

A operação federal atende comunidades afetadas pela seca, e é operacionalizada pelo Exército. Ela atende em média, por mês, cerca de 2 milhões de pessoas em 657 cidades do semiárido. Em 2019, o governo federal reconheceu 1.569 decretos de emergência por estiagem ou seca no Nordeste. O número de cidades que tiveram decretos, porém, é menor já que muitas deles tiveram dois decretos, já que cada um dura seis meses.

O plano

A ideia do Serviço Geológico é que as obras sejam executadas em um período de quatro anos e que sejam soluções definitivas.

Entre as ações estão:

mapeamento completo de poços para perfuração;

recuperação e melhoramentos dos poços;

construção de barragens subterrâneas;

recargas artificiais;

estações de dessalinização;

Segundo o Diretor de Hidrologia e Gestão Territorial da CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais), Antônio Carlos Bacelar Nunes, o plano nasceu de um projeto executado com sucesso em Pernambuco. Após ser procurado por parlamentares, o órgão decidiu ampliar e estruturar o plano à demanda por soluções hídricas para o Nordeste.

Bacelar recentemente apresentou o mesmo plano a deputados maranhenses. Na foto com o deputado federal Hildo Rocha

“Observamos que o Brasil vinha de cinco, seis anos de estiagem prolongada. Então, sensíveis ao clamor das comunidades, e como já havíamos feito o piloto em Pernambuco com grande alcance social, aprimoramos alguns gargalos e fizemos um macro projeto que incluiu todos os estados”, diz Bacelar.

O projeto foi apresentado ao MDR, que encabeça as obras hídricas do país diretamente ou via órgãos como Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste), Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) e DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas). “Esse projeto já foi discutido em nível de governo. Estamos negociando para captação de recursos através de organismos federais. Estamos em processo avançado de negociação com a Sudene. Também estamos procurando recursos com alguns parlamentares, que podem propor emendas”, explica.

Poços são principal solução

O principal ponto do plano é a implantação de campos de produção de água com perfuração de poços. Somente nesse item, o projeto prevê o investimento de R$ 173 milhões em 50 campos no semiárido, que devem beneficiar 2,1 milhões de pessoas. O prazo para as obras é de 36 meses. Já a perfuração e recuperação de poços deve custar R$ 30 milhões e atender 300 mil sertanejos. “Nós iniciaremos esse plano com um cadastramento de poços que existem no Nordeste. Existe uma gama de poços muito grande no Nordeste, e esses poços estão subutilizados. Alguns não têm ligação com a rede de elétrica, outros produzem pouca água e salinizada, poço que está seco, seria o ponto inicial. Um outro ponto citado no projeto é o estudo do Sistema Aquífero Urucuia, que ocupa os estados de Minas Gerais, Bahia, Goiás, Tocantins, Piauí e Maranhão. A ideia do plano é quantificar a reserva hídrica total e saber quanto pode ser explorada. “Esse sistema é um dos grandes reservatórios que temos de água doce no país. É o maior aquífero que abastece o rio São Francisco, que não existiria sem ele. O que estamos estudando é a potencialidade dele. Vamos determinar a idade da água, saber quanto pode se retirar, estudar a recarga”, pontua. Ao UOL, o MDR confirmou o recebimento do plano e disse que o documento encontra-se em análise por equipes técnicas. Ainda segundo a pasta, no ano passado foi lançado o Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil, pela ANA (Agência Nacional de Águas), que fez um “diagnóstico sobre a conjuntura do setor será discutido por parte dos setores usuários de recursos hídricos, academia, sociedade civil e governos”. “O documento servirá de base para a formulação do novo Plano Nacional de Recursos Hídricos, que valerá a partir de 2021 até 2040”, finaliza.

Da Uol

Bacelar participa da assinatura de acordo e convênio com o Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento da França

Pela terceira vez o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) renova a parceria com os pesquisadores franceses do IRD (Institut de Recherche Pour Le Développement), que teve início formalmente em 2008, e seguirá pelos próximos cinco anos. Uma década se passou e os frutos dessa colaboração são percebidos a partir das produções científicas desenvolvidas em conjunto pelos cientistas, além da troca de capacitação técnica, assim como as iniciativas de fomento e compartilhamento do conhecimento geocientífico.

Durante a Conferência Internacional de Monitoramento dos rios da América do Sul via satélites, o diretor de Hidrologia e Gestão Territorial da CPRM, Antônio Bacelar, e a representante do IRD no Brasil, Marie-Pierre Ledru, assinaram um convênio interinstitucional e um acordo para o desenvolvimento do projeto “Investigação da Dinâmica Fluvial de Grandes Bacias com Aporte de Sensoriamento Remoto”. O diretor-presidente da CPRM, Esteves Colnago, também assinará os instrumentos de cooperação internacional, em Brasília.

O acordo estabelece o desenvolvimento de um projeto de pesquisa relacionado à Hidrologia, Hidrogeologia, Paleoclimatologia e Geoquímica (solo, sedimento de corrente, água e rocha) no âmbito da Bacia Hidrográfica Amazônica (rios Solimões, Amazonas, Negro, Purus e Madeira), Bacia do rio Paraguai e Bacia do rio São Francisco. Serão coletadas e integradas informações sobre mapas topográficos, mapas geológicos, imagens de satélites, além de dados de sensores remotos, radar altimétrico e hidrológicos, que envolvem informações sobre águas subterrâneas, geoquímica e palinologia.

Daniel Moreira, engenheiro cartógrafo da CPRM e Fabrice Papa, pesquisador do IRD, ficarão responsáveis pela coordenação científica e acompanhamento do plano de trabalho, que inclui sete etapas. Entre elas, destacam-se: aquisição e análise de documentação básica; interpretação dos dados disponíveis; infraestrutura e apoio logístico; trabalhos de campo; processamento, consistência e consolidação dos dados; capacitação da equipe técnica por intermédio de treinamentos; e, por fim, elaboração de relatórios anualmente para acompanhamento do projeto, além de um produto final.

Segundo Moreira, o foco do projeto está no entendimento da dinâmica fluvial das respectivas bacias que abrangem o projeto e nos impactos sobre as áreas habitadas. “Os dados de estações virtuais, obtidos por altimetria espacial e dados de sensores remotos diversos, serão utilizados no apoio ao monitoramento convencional realizado pelas estações hidrometeorológicas e todos esses produtos possibilitarão a melhor caracterização temporal da evolução hidrodinâmica dos sistemas fluviais”, acrescentou o engenheiro cartógrafo.

O convênio por sua vez promoverá a cooperação e o intercâmbio entre os cientistas a partir da realização de programas de pesquisa em conjunto; formação e aperfeiçoamento de pessoal; valoração dos resultados adquiridos nos estudos; e difusão da informação científica e técnica.

A conferência “South America Water from Space II” está sendo realizada em Manaus. O evento, que é organizado pela CPRM, IRD e Universidade do Estado do Amazonas (UEA), teve início na segunda-feira (4) e seguirá até o dia (7/11).

Da CPRM

Bacelar participa de Conferência Internacional em Manaus

 

“Compreender o ciclo global da água para o gerenciamento dos recursos hídricos”, este é o tema da segunda edição da “South America Water from Space II Conference”. O primeiro dia do evento foi marcado pelos discursos do embaixador da França no Brasil, Michel Miraillet, e do diretor de Hidrologia e Gestão Territorial do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Antônio Bacelar, durante a cerimônia de abertura.

“O clima, as condições meteorológicas, o meio ambiente, e de forma mais ampla, a vida aquática e terrestre, bem como as atividades humanas, são profundamente afetadas pela variabilidade e as mudanças do ciclo contínuo e interconectado da água”, afirmou Miraillet.

A intensificação de fenômenos como a seca e inundações impactam na aceleração do ciclo hidrológico. Sendo assim, o monitoramento por intermédio de tecnologia espacial é essencial para elaboração de previsões meteorológicas com maior precisão, assim como resulta também no aprimoramento de sistemas de alerta de eventos climáticos extremos.


De acordo com o embaixador, a missão SWOT (Surface Water Ocean Topography) pretende mudar a forma de observar e entender o ciclo continental da água e a dinâmica das águas continentais. “O objetivo será então de realizar o primeiro estudo mundial do mapeamento da água doce na superfície dos continentes”, ponderou.

“A bacia Amazônica é um local apropriado para realizar experimentos relacionados com o uso do satélite na hidrologia, pela extensão de sua área e amplitude dos seus cursos d’água”, enfatizou Bacelar. Ao abordar a parceria entre a CPRM e o Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento da França (IRD), o diretor da CPRM ressaltou a importância do compartilhamento de conhecimento técnico entre as mais diversas organizações de pesquisa. Segundo ele, em breve essa cooperação internacional possibilitará uma revolução na Hidrologia em escala global.

“O mais importante é que construímos uma sólida parceria CPRM/IRD, na realização da pesquisa, formação e capacitação de profissionais, cujo instrumento será renovado. Muito além desta parceria, identifico a formação de uma rede de cooperação envolvendo as agências espaciais americana e europeia, universidades, institutos nacionais e estrangeiros”, disse.

Frederico Peixinho, chefe do Departamento de Hidrologia do Serviço Geológico do Brasil, e Bacelar expuseram as ações desenvolvidas pela estatal para realizar o monitoramento hidrológico brasileiro. Além disso, explicaram como as pesquisas de levantamentos básicos nessa área de estudo culminam em informações de prevenção a cheias/inundações e secas/estiagem. A CPRM também avalia a disponibilidade de águas superficiais e subterrâneas no país. Esses dados, por sua vez, colaboram para o aumento e gerenciamento da oferta hídrica.

Palestraram durante a manhã e tarde os seguintes cientistas: Frederique Seyler do IRD; Jean-François Crétaux do CNES; Ernesto Rodriguez da Nasa; Allen G. da TAMU; Stéphane Calmant do IRD; Rodrigo Abarca do Chile; Jean Michel Martinez do IRD; Fabrice Papa do IRD; Jefferson Ferreira do IDS Mamirauá; e Marielle Gosset do IRD. Entre os temas abordados, destacam-se: a missão SWOT; rastreamento de extensões globais e sazonalidades de rios diretamente do espaço; monitoramento dos rios mundialmente por altimetria; hidrologia e variação climática; qualidade da água na América do Sul a partir de dados de satélites; escala global e a dinâmica de águas doces da Amazônia a partir de múltiplos satélites; sensoriamento remoto na América do Sul; e, por fim, sensoriamento remoto e precipitações.

Ernesto Rodriguez frisou que a missão SWOT tem despertado a atenção de vários pesquisadores ao redor do mundo, sendo este satélite a ser lançado em outubro de 2021 uma possibilidade de obter dados mais precisos no que se refere ao nível e armazenamento das águas superficiais. Rodriguez também afirmou que o SWOT se trata de um projeto muito caro e que necessita de investimentos.

“O que estamos tentando fazer é compartilhar o conhecimento, pois os pesquisadores de cada país possuem um conhecimento específico do seu respectivo local. Nós queremos ajudar com o monitoramento de forma global. Por isso, queremos nos integrar com esses hidrólogos. Estamos preocupados com as mudanças climáticas dos próximos 50 anos. Não sabemos muito bem onde irá cair a chuva, como será compartilhada essa água e como irá afetar as populações. Dessa forma, poderemos compartilhar dados entre os diferentes países. O satélite fornece dados globais que todos os países podem utilizar”, acrescentou o cientista da NASA.

O evento, que teve início nessa segunda-feira (4/11), segue até quinta-feira (7/11). A abertura foi moderada pelos membros do comitê organizador Daniel Moreira, engenheiro cartógrafo da CPRM, e por Fabrice Papa, pesquisador do IRD. Entre os dias 4 e 6, a conferência será realizada no hotel Tropical Executive, em Manaus. Já no dia (7), os pesquisadores farão uma simulação na estação fluviométrica de Paricatuba para medições de vazão e no encontro das águas para radiometria, mostrando como os satélites observam as cores diferentes do Rio Negro e Solimões.

Do site da CPRM

Homenagem à Constituição: Lobão cumprimenta Sarney

Horas antes de saber que havia sido denunciado pela Lava Jato, o ex-ministro Edison Lobão participou de sessão solene na Câmara em comemoração aos 31 anos da promulgação da Constituição Federal, noticia a Crusoé.

Lobão sentou-se nas primeiras fileiras do plenário da asa, próximo do ex-presidente José Sarney.

A força-tarefa denunciou hoje Edison Lobão e seu filho Márcio Lobão por corrupção e lavagem em contratos da Transpetro, celebrados entre 2008 e 2014.

Segundo a acusação, em 44 contratos da estatal para serviços em navios, orçados em R$ 1,5 bilhão, eram pagas propinas de 1% a 4%.

Do Blog do John Cutrim

Ministro de Bolsonaro apresenta obras prioritárias de infraestrutura para o MA

A adequação da BR-135, no trecho Estiva – entroncamento BR-222 (Miranda do Norte), construção de trecho BR-226/316 (Timon – Montevideo) e reforma e reaparelhamento de aeroportos regionais são algumas das obras prioritárias de interesse do Maranhão, anunciadas ontem pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, durante reunião com representantes das bancadas do Nordeste no Congresso Nacional.

O ministro elencou diversas obras da pasta para o Nordeste, abrangendo empreendimentos rodoviários, aquaviários e a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), além de aeroportos regionais. Serão necessários mais de R$ 2,5 bilhões em investimentos públicos para os nove estados da região. Parte significativa dos recursos precisa vir de emendas parlamentares.

Freitas participou de café da manhã, no Senado Federal, a convite do senador Marcelo Castro (MDB/PI), presidente da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO). Castro manifestou preocupação com o que considerou o “orçamento mais restritivo da história”, referindo-se ao Projeto da Lei Orçamentária Anual (PLOA) 2020.

Um dos objetivos do encontro era alinhar as emendas impositivas (individuais e coletivas) que serão apresentadas por deputados e senadores às políticas públicas prioritárias, buscando reduzir o montante de obras inacabadas e reforçando a participação do Legislativo no processo de alocação orçamentária.

Para o ministro da Infraestrutura, as emendas impositivas devem ser vistas como “oportunidade muito bem-vinda” para resgatar o papel do orçamento como instrumento de planejamento, além de fomentar o diálogo entre os poderes Executivo e Legislativo. “De fato, seremos sócios”, disse Freitas. “Vamos prestigiar as emendas e honrá-las, fazendo a entrega das obras”, afirmou.

O ministro destacou que a alocação prioritária de recursos da pasta obedece a três premissas: obras estratégicas, em função do seu impacto econômico; obras em andamento e que, portanto, precisam ser concluídas; e obras com necessidade de manutenção.

Também estiveram presentes no encontro o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio; o presidente da Funasa, Ronaldo Nogueira; o secretário especial do Desenvolvimento Social do Ministério da Cidadania, Lelo Coimbra; parlamentares e coordenadores das bancadas dos estados nordestinos.

Obras prioritárias no Maranhão:
– BR-135: adequação de trecho Estiva – entroncamento BR-222 (Miranda do Norte)
– BR-226/316: construção de trecho (Timon – Montevideo)
– Reforma e reaparelhamento de aeroportos regionais

De O Estado

Bacelar destaca papel da CPRM durante Seminário de Hidrogeologia pela repatriação de fósseis brasileiros

 

O seminário reuniu pesquisadores de 15 países

A abertura do Seminário Internacional de Hidrogeologia e Cartografia Hidrogeológica foi marcada pela homenagem de reconhecimento ao Serviço Geológico Colombiano (SGC) pela repatriação de sete fósseis, que foram apreendidos na Colômbia, em 2017. As amostras foram entregues ao Museu de Ciências da Terra e são procedentes da Bacia do Araripe, sul do Ceará. Tratam-se de duas espécies de peixes (Tharrhias e Vinctifer) e um ramo de árvore (Brachyphyllum obesum), parente dos pinheiros.

O evento, que teve início na terça-feira e segue até a próxima sexta-feira (13), reúne 23 representantes de 15 países, entre eles membros da Associação dos Serviços de Geologia e Mineração Ibero-americanos (ASGMI) e do USGS (United States Geological Survey), além de pesquisadores em Geociências do Serviço Geológico do Brasil (CPRM). Compuseram a mesa de abertura: Esteves Colnago diretor-presidente da CPRM; Oscar Paredes Zapata diretor-geral do SGC; Antônio Carlos Bacelar diretor de Hidrologia e Gestão Territorial; José Leonardo Andriotti diretor de Geologia e Recursos Minerais; e o secretário geral da ASGMI Vicente Gabaldón.

Esteves Colnago, em seu discurso afirmou que este é o momento dos países estreitarem suas relações técnico-científicas e também compartilhar o conhecimento geocientífico especializado.

“O objetivo principal desse encontro é dar continuidade ao processo de elaboração do mapa hidrogeológico da América do Sul, onde o nosso desafio agora é mapear os 43% que ainda faltam do continente sul-americano. Somente por meio da cooperação técnica alcançaremos a integração, no âmbito das geociências, para o progresso da humanidade”, disse Colnago.

Entendendo da importância da cooperação entre os Serviços Geológicos, o secretário geral da ASGMI, Dr. Vicente Gabaldón, destacou durante a abertura que este encontro será de grande importância, tanto para o desenvolvimento do mapa hidrogeológico, assim como para o fortalecimento dos países. “Será uma semana de troca de conhecimentos, experiências e uma oportunidade de melhoria em diversas áreas. Iremos tratar igualmente todos aqueles que estão envolvidos, sabendo compreender as qualidades e dificuldades, tendo como objetivo principal o desenvolvimento do mapa”, finalizou Gabaldón.

Essa união dos países também foi mencionada pela chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais da CPRM Maria Glícia da Nóbrega Coutinho, onde ela contou a respeito da repatriação dos sete fósseis originários do Araripe, no Brasil, que foram apreendidos no Aeroporto Internacional da cidade de Cúcuta, na Colômbia, em 2017. A chefe da ASSUNI finalizou agradecendo ao diretor-geral do SGC, Oscar Paredes Zapata, pela ação realizada e enfatizou os frutos obtidos com as alterações na legislação colombiana para proteção do patrimônio fossilífero.

Proteger, identificar, conservar, reabilitar e transmitir a gerações futuras o patrimônio natural da nação é uma das missões do SGC, que tem como principal objetivo há cinco anos estabelecer uma estratégia para o desenvolvimento desta área, além disso, fornecer conhecimento ao restante da população sobre a importância dos fósseis. “O mercado ilegal e legal de fósseis traz vários efeitos negativos. Uma vez que esses objetos chegam nas mãos de colecionadores, seu acesso fica restrito e, de certa maneira, a informação científica se perde”, aponta Zapata.

DESTAQUE

Finalizando a manhã de apresentações, o diretor de Hidrologia e Gestão Territorial, Antônio Carlos Bacelar, fez uma apresentação sobre o Serviço Geológico do Brasil, apontando áreas de atuação, metodologias usadas e projetos realizados durante os 50 anos de empresa. Abordou ainda sobre a questão da água no Brasil e no mundo, qualificando-a como o bem mais precioso que a população possui e que todos devem cuidar e preservar. “É de grande importância a realização desse evento, porque ciência se faz com debate, com troca e com a comunhão dos povos”, finalizou.

Da Assecom CPRM

Candidatas laranjas provocam cassação de toda a chapa, decide TSE

Em um julgamento de placar apertado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu na noite desta terça-feira (17) que a presença de candidatas laranjas devem levar à cassação de toda a chapa. O entendimento do tribunal foi feito no julgamento do caso de cinco candidatas à Câmara de Vereadores de Valença do Piauí, que tiveram votação inexpressiva, não praticaram atos de campanha nem tiveram gastos declarados em suas prestações de contas.

A Lei das Eleições obriga a presença de ao menos 30% candidaturas de mulheres, mas partidos tentam burlar as obrigações com “candidatas laranjas”, ou seja fictícias, apenas para alegar oficialmente que cumpriram a cota.

O entendimento firmado pelo TSE na noite desta terça-feira deve seguir de referência para a análise de casos semelhantes, como a investigação sobre candidatas laranjas do PSL em Minas Gerais e em Pernambuco. A decisão do TSE desta terça-feira cassou o mandato de seis dos 11 vereadores da Câmara de Valença do Piauí.

Para o Ministério Público Eleitoral, as “candidaturas fictícias” relegam às mulheres “papel figurativo na disputa político-eleitoral” e refletem a “estrutura patriarcal que ainda rege as relações de gênero na sociedade brasileira”. Uma das candidatas de Valença não obteve nenhum voto, outra obteve um e uma terceira sequer compareceu às urnas para votar.

Em seu voto, o vice-presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, destacou que a cota feminina não produziu, até hoje, verdadeiro impacto na representação feminina no Congresso Nacional – atualmente, apenas 15% dos parlamentares são mulheres, índice abaixo tanto da média das Américas (de 30,6%) quanto da média mundial (de 24,3%).

“Entre nós, os resultados ruins da reserva de candidaturas femininas parecem advir, em grande medida, da falta de comprometimento efetivo dos partidos políticos em promover maior participação política feminina. E isso é demonstrado pela recalcitrância dos partidos e das lideranças partidárias em empregar os recursos destinados por lei à difusão da participação política feminina para atrair mais mulheres para seus quadros e promover a sua capacitação; em dar espaço a mulheres em seus órgãos diretivos”, afirmou o ministro.

A controvérsia no caso de Valença, destacou o ministro é saber se com a fraude nas candidaturas femininas das coligações, a perda dos registros de candidatura se aplica apenas a elas ou se alcança indistintamente todos os candidatos indicados pelas coligações proporcionais.

“Como se sabe, nenhum candidato pode pretender concorrer às eleições e ter seu Requerimento de Registro de Candidatura (RRC) deferido sem que o partido ou coligação pelo qual concorre preencha determinados requisitos, a exemplo da constituição de órgão partidário válido, da realização de convenções e do atendimento ao percentual mínimo de 30% de candidaturas por gênero. Portanto, a consequência da fraude à cota de gênero deve ser a cassação de todos os candidatos vinculados ao DRAP, independentemente de prova da sua participação, ciência ou anuência. Isso porque a sanção de cassação do diploma ou do registro prevista no art. 22, XIV, da LC 64/1990 aplica-se independentemente de participação ou anuência do candidato”, concluiu Barroso.

Barroso acompanhou o entendimento do relator, ministro Jorge Mussi, de que todos os candidatos a vereador das duas coligações deveriam ser cassados.

Os ministros Tarcísio Vieira e a presidente do TSE, ministra Rosa Weber, tiveram o mesmo entendimento.

Em sentido contrário, Edson Fachin, Og Fernandes e Sérgio Banhos se posicionaram a favor de que apenas os candidatos que efetivamente participaram da fraude deveriam ser punidos pela Justiça Eleitoral.

Estadão

Bacelar entrega Plano voltado ao Nordesde ao Ministro de Minas e Energia durante seminário internacional no RJ

 

Durante a solenidade de encerramento do Seminário Internacional de Hidrogeologia e Cartografia Hidrogeológica realizado na última semana, no Escritório do Rio de Janeiro do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), o Ministro de Minas e Energia (MME), Bento Albuquerque afirmou que a CPRM passará a atuar também no setor de Petróleo e Gás.

“O Serviço Geológico do Brasil tem um papel fundamental na dinamização do setor mineral, dispondo de robusto banco com informações geofísicas, geoquímicas e geológicas. E até por isso, a CPRM passará a inserir suas atividades também na pesquisa de Petróleo e Gás. Destaco também e isso é um dos motivos que eu mais tive interação com a CPRM, o trabalho extraordinário que realizam em benefício da sociedade na prevenção de desastres naturais”, disse.

O Ministro enfatizou a importância do trabalho dos técnicos, analistas e pesquisadores em Geociências. “Eu tenho orgulho como brasileiro e também como Ministro de Estado de poder acompanhar, conviver e de certa forma participar dos importantes serviços que as senhoras e os senhores prestam ao Brasil”, acrescentou.

A abertura da cerimônia contou com discurso do diretor-presidente da CPRM, Esteves Colnago, que ressaltou o comprometimento da empresa com o desenvolvimento do Brasil. Colnago frisou também o papel dos Serviços Geológicos como provedores do conhecimento geocientífico. Segundo ele, essas instituições disponibilizam o conhecimento necessário para fundamentar o desenvolvimento sustentável das nações e a qualidade de vida da população.

Por sua vez, o Secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do MME, Alexandre Vidigal, salientou o comprometimento da CPRM com a ciência. “Se não bastasse o reconhecido trabalho que fazem no aspecto operacional, preocupam-se também em adquirir conhecimento e fazer ciência, cumprindo assim a integralidade do papel da empresa”, destacou.

Também compôs a mesa o secretário geral da Associação dos Serviços de Geologia e Mineração Ibero-americanos (ASGMI), Vicente Gabaldón, que falou sobre o protagonismo da CPRM nas Geociências e agradeceu pela cessão do espaço para a realização do Seminário. O embaixador e diretor executivo da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), Carlos Lazary, abordou a importância de fortalecer a gestão integrada dos Recursos Hídricos nos países transfronteiriços da região amazônica. Durante a solenidade, ele entregou ao Ministro o Programa de Ações Estratégicas da OTCA.

Oscar Paredes Zapata, presidente da ASGMI e diretor-geral do Serviço Geológico Colombiano, frisou, em sua fala, os sistemas robustos que a CPRM possui para o estudo dos recursos hídricos subterrâneos e enfatizou a relevância das atividades executadas pela empresa. “É uma instituição que nasceu para servir à sociedade com o poder transformador das Ciências da Terra. E há 50 anos cria e divulga com excelência o conhecimento geocientífico do Brasil”, relatou.

Marcaram o encerramento do evento, a assinatura do Acordo Interinstitucional entre a CPRM e a ASGMI para elaboração do Mapa Hidrogeológico da América do Sul e a entrega de uma placa em celebração aos 50 anos da CPRM por parte do Serviço Geológico Argentino (SEGEMAR).

Entrega de Documento

O diretor de Hidrologia e Gestão Territorial da CPRM, Antônio Bacelar, e o diretor-presidente Esteves Colnago entregaram ao Ministro e ao Secretário de Geologia do MME um Plano Estratégico dos Recursos Hídricos no Nordeste Brasileiro, que propõe medidas para aumento da oferta de água nesta região do país.

Ministro Bento Albuquerque recebeu o Plano Estratégico dos Recursos Hídricos no Nordeste Brasileiro

O documento fomenta a execução de obras e pesquisas destinadas à ampliação das águas subterrâneas no nordeste brasileiro, com foco nas áreas mais atingidas pelas estiagens. Entre as intervenções, destacam-se: implantação de uma rede estratégica de poços fundos; execução de poços inclinados nas rochas duras e a revitalização de poços visando o aumento de suas produtividades. O projeto foi elaborado pelo chefe do Departamento de Hidrologia (DEHID) da CPRM, Frederico Peixinho, e pelo chefe da Divisão de Hidrogeologia e Exploração (DIHEXP), João Diniz.

O diretor de Geologia e Recursos Minerais (DGM) da CPRM, José Andriotti, também entregou ao Ministro e ao Secretário de Geologia do MME os produtos desenvolvidos pela DGM, lançados durante a atual gestão.

E recebeu explicações do diretor de Hidrologia e Gestão Territorial da CPRM, Antônio Bacelar

Em comemoração aos 50 anos da empresa, uma homenagem foi prestada às filhas do ex-ministro de Minas e Energia Antonio Dias Leite (in memoriam), um dos fundadores da CPRM. Na ocasião, o Ministro Bento fez ainda a entrega de uma placa à Ana Dias Leite e Maria Cristina Dias Leite. O Museu de Ciências da Terra, sob gestão da CPRM, possui uma exposição dedicada a Dias Leite que busca resgatar a memória e preservar o legado do professor, destacando sua contribuição para o crescimento dos setores de energia e mineração no país.

O Ministro Bento Albuquerque e o secretário geral da ASGMI Vicente Gabaldón entregaram os certificados aos pesquisadores ibero-americanos, que participaram do Seminário Internacional de Hidrogeologia e Cartografia Hidrogeológica.

Da Assessoria de Comunicação da CPRM

Bolsonaro passa por exames e fará nova cirurgia: “dez dias de férias”

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) indicou que deverá ficar “uns dez dias” afastado do cargo. Em publicação feita em suas redes sociais hoje, ele mostrou uma foto em que aparece ao lado dos médicos Leandro Echenique e Antonio Macedo.

O presidente deverá passar por nova cirurgia, segundo a GloboNews, por conta de uma hérnia no local da operação anterior. Procurado, o Planalto ainda não tem detalhes a respeito da condição médica do político.

Macedo lidera a equipe que acompanha Bolsonaro desde as cirurgias em razão do atentado que o político sofreu durante a campanha presidencial em Juiz de Fora (MG). O ataque completa um ano no próximo dia 6 de setembro.

“Agora em São Paulo com os Drs. Macedo e Leandro. Pelo que tudo indica ‘curtirei’ uns 10 dias de férias com eles brevemente”, escreveu.

Bolsonaro viajou hoje em São Paulo para participar de um culto no Templo de Salomão, da Igreja Universal do Reino de Deus. Ele não fez declarações durante a cerimônia religiosa.

Filho do presidente, o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PSC) já disse nas redes sociais que estará junto ao pai. “Tudo vai dar certo”. Outro filho do político, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), disse que seu pai “estará em excelentes mãos”.

UOL entrou em contato com Macedo, ele não atendeu as ligações. A cirurgia deverá ser realizada no hospital Vila Nova Star, em São Paulo. A reportagem ainda não conseguiu contato com o hospital.

Do Uol