Selvageria! Cachorro é amarrado e arrastado vivo pelo asfalto em São Mateus

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Um pastor evangélico da Igreja LGBT Aleluia e o filho adolescente estão sendo apontados como os protagonistas de uma cena bárbara registrada na noite do último domingo (22) na cidade de São Mateus do Maranhão.

No vídeo feito através de um aparelho celular é possível ver, sem muita nitidez, que duas pessoas utilizando uma motocicleta arrastam pelo asfalto um pequeno cachorrinho amarrado por uma corda. Veja o vídeo AQUI

Os gemidos do animal são comoventes.

Até hoje a população não se conforma com tamanha selvageria e faz um apelo para que as autoridades daquele município tomem alguma providencia no sentido de punir os responsáveis.

De acordo com o que foi relatado ao Blog do Sérgio Matias, pai e filho alegaram que o cachorrinho havia sido atropelado na frente da residência que moram e em função disso estariam o levando para um terreno baldio localizado próximo a avenida da rodoviária, justamente onde os dois foram flagrados passando arrastando o animal.

A população não entende também é o porquê dos mesmos não terem tentado salvar o animal, ao invés de prologarem ainda mais seu sofrimento.

O mais curioso é que, ainda de acordo com o que foi repassado ao blog por moradores de São Mateus do Maranhão, os dois algozes não disseram onde enterraram o corpo do animal que ajudaram a matar.

Vale lembrar que a Lei nº 9.605 de 12 de Fevereiro de 1998, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, em seu artigo 32, diz que praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos, resulta em pena de detenção, de três meses a um ano, e multa.

E mais, no inciso 2º da mesma lei está escrito: A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.

A notícia tem gerado revolta no Estado e foi destaque no Jornal do Maranhão da TV Mirante. Clique AQUI e veja a reportagem completa.

Do Blog do Sérgio Matias

Governador apresenta projetos sociais do MA ao Banco Mundial

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Em reunião de trabalho junto à diretoria do Banco Mundial no Brasil, o governador Flávio Dino apresentou propostas de parcerias em financiamento de obras estruturantes para o Maranhão. Tendo como norte o desenvolvimento social do estado, Flávio Dino elencou os projetos em andamento para melhorar as condições de vida da população maranhense, entre eles o Plano de Ação ‘Mais IDH’ e o programa ‘Água para Todos’ estadual.

Na apresentação feita aos diretores e corpo técnico do Banco Mundial no Brasil, Flávio Dino destacou as riquezas naturais do Maranhão e os desafios de enfrentar as desigualdades sociais geradas ao longo das últimas décadas. Com as potencialidades naturais do estado, segundo o governador, é possível atingir as metas estipuladas pelos projetos.

“Os projetos que estamos iniciando possuem grande impacto social, redistribuindo as riquezas produzidas no Maranhão. Temos essa visão clara de onde queremos chegar ao longo de quatro anos e apresentamos ao Banco Mundial, que possui atuação em áreas de vulnerabilidade social para buscar parceiros no intuito de qualificar a vida dos maranhenses”, disse o governador.

A diretora do Banco no Brasil, Déborah Wetzel, reafirmou que a instituição possui grande atuação na área do desenvolvimento social. Ela colocou uma equipe técnica do Banco à disposição para visitar o Maranhão e desenvolver junto ao Governo do Estado projetos de interesse dos maranhenses. A previsão é que a equipe esteja no estado em março para conhecer os projetos iniciados pelo Governo do Estado em janeiro e identificar oportunidades de parcerias na área do desenvolvimento social.

Os secretários estaduais Neto Evangelista (Desenvolvimento Social) e Flávia Moreira (Cidades) acompanharam a reunião e ficaram responsáveis pela condução técnica das tratativas com o Banco Mundial, visando viabilizar os projetos de desenvolvimento no campo da qualidade de vida aos maranhenses.

Representando a bancada de deputados federais maranhenses, o vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), também destacou que os projetos sociais possuem apoio no parlamento brasileiro.

Do site do Governo do Maranhão

Flávio Dino: ‘Recebemos um passivo de R$ 1,3 bilhão, que só cresce’

“Estamos recompondo o funcionamento da máquina pública que havia sido totalmente destruída no último governo. A realidade é que pouquíssimos órgãos do mandato anterior efetivamente funcionavam. Havia terceirizações injustificadas, funcionários fantasmas, muita desorganização.”

Leandro Mazzini

As primeiras semanas de governo de Flávio Dino no Maranhão tornaram-se uma sucessão de descobertas – de ‘novidades negativas’ – com o pente fino em contratos e na gestão que herdou de Roseana Sarney.

O governador herdou o Estado com R$ 24 milhões em caixa, mas com R$ 600 milhões em restos a pagar e uma dívida de meio bilhão acumulada de precatórios a quitar, não pagos desde 2012.

Com o cenário não favorável, entrou na lista de governadores que incluíram os cortes drásticos de custeio nas prioridades, embora garanta que o Estado terá verba para grandes investimentos, em especial no tripé Saúde-Segurança-Educação, e em obras de infraestrutura.

Nesta entrevista à Coluna, Dino faz uma radiografia da atual situação da gestão, como tem resolvido as questões para evitar uma crise, e fala em ‘recomposição do serviço público’.

‘A realidade é que pouquíssimos órgãos do mandato anterior efetivamente funcionavam. Havia terceirizações injustificadas, funcionários fantasmas, muita desorganização’, revela.

Recentemente, numa entrevista a uma revista, o senhor disse que expulsou uma quadrilha do Maranhão. Ela atuava no governo?

Atuava muito fortemente em várias áreas do governo. Tínhamos aqui uma total confusão entre interesses privados e aplicação de recursos públicos, e uma cultura de descumprimento generalizado da lei. E isso fez com que muitas denúncias se acumulassem nesses anos todos, e a mais recente delas é exatamente a que envolve essa tenebrosa transação intermediada por Alberto Youssef e que acabou preso em São Luís.

Este não é apenas um caso isolado. É fruto de uma sequência de casos e este é o mais notório, mas é o sintoma, a ponta do iceberg que encontramos e estamos progressivamente desmontando, apurando, e vamos tomar as medidas legais cabíveis para que haja inclusive ressarcimento ao erário quando for cabível.

A sua antecessora, a ex-governadora Roseana Sarney, foi citada pela imprensa como uma das supostas beneficiadas pelo esquema de Alberto Youssef, e agora o STJ remete para o TJ do Maranhão o processo. Como o senhor vê este cenário?

Nós vamos tomar as medidas legais que neste caso concreto indicam a propositura de ações judiciais. Por determinação do STJ, está em absoluta coerência com aquilo que defendemos. Tudo tem que ser apurado. A Justiça do Maranhão, tenho certeza, é capaz de fazê-lo, e nós vamos ajudar naquilo que nos cabe. Seja fazendo as apurações administrativas – temos uma secretaria de transparência e controle que foi criada para isto – e temos a orientação dada de a polícia e a Procuradoria do Estado de não observarem critérios partidários em nenhum momento. Ou seja, todos aqueles independentemente da posição política, do partido, que tenham em algum momento, na gestão de recursos públicos, infringido a lei, devem responder perante o Poder Judiciário.

O nosso papel neste caso, pelo sistema jurídico brasileiro, não é propriamente de punir, mas de solicitar, de provocar, de ajudar a investigar, e isto está sendo feito.

O senhor assumiu o governo, é o principal agente público do estado, há uma responsabilidade financeira. Como o senhor pegou o governo, com ou sem caixa?

Recebemos um passivo crescente. A última estimativa que fizemos era da ordem de R$ 1,3 bilhão , porque a cada semana nós descobrimos novidades, débitos que não estavam contabilizados – novidades negativas. Dívidas não declaradas.

Vou citar a mais recente delas: depois da nossa vitória na eleição, o governo do Estado parou de pagar a conta de energia de vários órgãos públicos.

O senhor acha que isso foi armadilha?

Uma sabotagem, evidente. Não havia justificativa fiscal, porque havia dinheiro em caixa, para deixar de pagar a companhia de energia que é privada. Descobrimos que a companhia de águas do Estado deve quase R$ 20 milhões para a companhia de energia que é privada. Porque simplesmente a partir de outubro eles não pagaram. A própria companhia de energia emitiu uma nota esclarecendo que desde outubro vinha cobrando e o Estado parou de pagar. E isso não foi informado na transição.

E isso aconteceu em outros órgãos?

Em tantos outros órgãos. A dívida ultrapassa R$ 30 milhões. Apenas a maior é da companhia de águas.

Então a sua antecessora o sabotou?

Claramente, sim, infelizmente houve uma atitude pouco democrática. Primeiro não houve uma transição organizada e em segundo lugar, houve essa conduta. De criar dificuldades, de criar embaraços para o novo governo, e isso se retratou em outros débitos que ficaram, por exemplo com prestadores de serviços. Na área de saúde nos pegamos dívidas superiores a R$ 100 milhões.

O senhor tem ideia de quanto tem em restos a pagar para fornecedores?

Restos a pagar chegam a quase R$ 600 milhões.

E o senhor tem esse dinheiro no cofre?

Claro que não! Nós recebemos R$ 24 milhões em caixa. Os precatórios não eram pagos desde 2012. Muita gente não entendeu na época e hoje eu tenho uma hipótese de que esses precatórios pararam de ser pagos para criar um mercado de negociações.

Porque o Maranhão sempre manteve os precatórios em dia, era uma marca do Estado, desde tempos imemoriais. De repente, em 2012, sem nenhuma justificativa fiscal, parou de pagar precatórios. Então só de precatórios são outros R$ 500 milhões. Mais dívidas que já pagamos este mês com bancos internacionais, parcelas de empréstimos, e tudo isso gerou uma sobrecarga imensa de despesas neste começo de governo, que estamos honrando aquelas relativas ao nosso governo, pagando o que deve ser pago, fazendo auditorias em relação a pagamentos e ao mesmo tempo diminuindo gastos perdulários, abusivos, encontrados e assim sucessivamente.

O senhor está fazendo auditoria sobre os precatórios?

Na verdade o que pedidos ao Tribunal de Justiça oficialmente é que nós façamos um trabalho conjunto, de identificação dos precatórios segundo a ordem cronológica, e que haja portanto respeito aos parâmetros constitucionais legais dentro da disponibilidade fiscal do Estado.

Estamos esclarecendo o montante que vamos poder pagar em 2015 e vamos informar isso ao TJ para que pague segundo os seus critérios. Nós não vamos interferir na fila. Quem vai definir o ritmo de pagamento, quem vai receber e assim sucessivamente vai ser exclusivamente o Tribunal

Houve auditorias em secretarias? Na praça o que se fala é que o senhor deve olhar para a frente, não para o passado. É uma provocação necessária?

Na verdade estamos preocupados com o futuro. Queremos tomar as medidas que o nosso Estado precisa para melhorar a vida do povo. Isso envolve inclusive cuidar de coisas do passado que têm repercussão agora. Nós estamos revirando.

Que coisas do passado?

Por exemplo, dívidas que não têm razão de ser. Contratos que nós deveríamos honrar mas que não têm razão de existir. Isso são coisas do passado, mas que têm repercussão aqui, agora e amanhã. Então se eu dissesse pura e simplesmente que tudo aquilo que está no passado não me diz respeito, eu estaria traindo o meu compromisso fundamental de cuidar bem do patrimônio público.

Então nós estamos sim revendo contratos, diminuindo contratos de terceirizações, e fazendo auditorias em algumas áreas. Cito exemplo: na saúde, temos auditoria sendo realizada lá a pedido do gestor, não fui eu quem mandei. E isso não é uma determinação de uma espécie de santa inquisição, de acordo com o que os gestores considerem necessário. E quem vai fazer a auditoria não são os que eu nomeei, são servidores concursados do Estado, que inclusive foram nomeados por outros governos.

E o senhor já tem resultados preliminares?

Ainda não. Isso depende de cada caso, depende da solicitação de cada secretário à auditoria. Mas acredito que a partir de março os primeiros resultados já sejam publicados.

O senhor disse que pegou o governo com R$ 24 milhões, é um privilegiado, porque alguns governadores pegaram o Estado falido. A maioria diz que será um ano de muitos cortes. Os seus cortes também incluem investimentos?

Sobretudo custeio. Gastos perdulários. Desativamos alguns privilégios. Como uma casa de praia custeada com dinheiro público. Cortamos cargos comissionados, deixamos de provê-los. Exoneramos todos e renomeamos naquilo que era necessário. Por exemplo, a Fundação da Memória Republicana, que cuida do patrimônio do senador José Sarney, tinha 45 cargos; vamos deixar 15. Fizemos isso em outros órgãos.

E sobretudo estamos enfrentando contratos de terceirizações. No Detran saímos de R$ 20 milhões para R$ 6 milhões. São estas reprogramações, sobretudo no custeio, que estão permitindo que a gente faça outros gastos de custeio, porque ao mesmo tempo que fizemos isso, garantimos também o início da principal obra do governo que é a recomposição do serviço público. Vamos nomear mais policiais, e aumentamos os salários dos professores.

Que outros investimentos de impacto o senhor prevê para este ano?

Sobretudo estas questões atinentes à recomposição do quadro do serviço público. Estamos fazendo um seletivo para mais mil professores, prorrogamos os contratos de outros 4.495 professores temporários. Estamos no processo de finalização de mil novos policiais militares, chamamos novos 60 profissionais para a Polícia Civil e vamos fazer um concurso para o sistema penitenciário.

Estamos recompondo o funcionamento da máquina pública que havia sido totalmente destruída no último governo. A realidade é que pouquíssimos órgãos do mandato anterior efetivamente funcionavam. Havia terceirizações injustificadas, funcionários fantasmas, muita desorganização.

Os vários problemas do complexo penitenciário de Pedrinhas terminaram ou só saíram do noticiário?

Estamos progressivamente fazendo com que eles sejam resolvidos, não resolvemos tudo.

Mas não se viu mais rebelião..

Conseguimos encontrar um ponto de equilíbrio. Primeiro lugar, recuperamos a autoridade do Estado sobre o sistema. Quando chegamos, os presos por exemplo eram donos das chaves das suas próprias celas em muitas unidades. Recuperamos recomposição de equipes, fornecemos fardamentos aos presos, criação de rotinas, de procedimentos, fizemos movimentações de presos visando diminuir o poder das facções.

Até aqui temos encontrado o caminho. Conseguimos a prorrogação da presença da Força Nacional de Segurança , que tem sido uma ajuda importante no sistema penitenciário. Temos hoje uma tendência declinante de índices de criminalidade dentro e fora do sistema judiciário.

O que pode o cidadão esperar do novo governo até o fim do ano?

As medidas mais importantes estão no terreno da educação e da segurança pública. Vamos iniciar uma campanha de alfabetização, já que temos o maior analfabetismo do Brasil.

O senhor conta com quem para isso?

O trabalho local e vamos conhecer no MEC as várias metodologias existentes para encontrar a mais adequada à realidade maranhense. Vamos começar o processo de substituição das escolas de palha e barro. Simultaneamente vamos lançar grandes obras mediante a reprogramação do saldo do empréstimo do BNDES.

Reprogramamos as obras de modo a fazer intervenções estruturantes no Maranhão. Vamos completar finalmente a ligação dos Lençóis Maranhenses com o Delta do Parnaíba e o litoral do Ceará na chamada Rota das Emoções.

 

Governo agiliza liberação de R$ 26 mi para pequenos agricultores

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Governador Flávio Dino e Secretário Adelmo Soares

Começa nesta segunda-feira (23) a mobilização estadual da Unidade Técnica Estadual do Crédito Fundiário (UTE) no Maranhão para agilizar o atendimento a pequenos produtores de todas as regiões do Estado. Por decisão do governador Flávio Dino, em conjunto com o secretário de Agricultura Familiar, Adelmo Soares, os pequenos agricultores terão em fevereiro atendimento regionalizado, ação que garantirá a liberação de recursos na ordem de R$ 26 milhões para os produtores pelo Governo Federal.

O mutirão de UTEs organizado pelo Governo do Estado vai garantir assistência técnica ágil a 117 projetos espalhados pelo Maranhão, que totalizam atenção a mais de 8 mil famílias em todas as regiões do estado. O intuito da ação estadualizada, segundo o governador Flávio Dino, é garantir que esses recursos cheguem mais rápido aos pequenos produtores maranhenses.

“A agricultura familiar é fonte de trabalho e renda, por isso faz parte da nossa estratégia de melhoria dos indicadores sociais do estado, melhorando a vida da nossa gente. Agilizar esses atendimentos vai garantir que os pequenos produtores tenham assistência técnica e agilidade na liberação de financiamento para seus empreendimentos”, disse em reunião realizada na quarta-feira (18), no Palácio dos Leões.

O trabalho realizado pelas UTEs começará pela Região dos Cocais, a partir de segunda-feira, nos municípios de Caixas e Timon, atendendo os produtores maranhenses próximo às suas propriedades. Segundo o secretário Adelmo Soares, isso garantirá maior agilidade, já que os produtores não precisarão realizar grande deslocamento até a capital para apresentar a documentação necessária para garantir o financiamento.

Os recursos que estavam bloqueados por falta de atendimento das UTEs fazem parte do Subprojeto de Investimentos Comunitários (SIC), mais uma linha do Programa Nacional de Crédito Fundiário e Combate à Pobreza Rural que é disponibilizada para agricultores assentados, que já pagaram suas terras e precisam investir na produção agrícola. O financiamento ocorre a partir do Banco do Brasil e do Banco do Nordeste.

Para ter direito aos recursos é necessário que os agricultores façam parte de associações ou cooperativas, entidades responsáveis pela gestão do dinheiro, que somente é liberado pelo Governo Federal se os cadastros dos beneficiários estiverem com documentação completa, apresentarem projeto agrícola e a garantia de acompanhamento por Assistência Técnica Rural (Ater).

R$ 459 mil já foram liberados

Por meio do mutirão coordenado pela Secretaria de Estado da Agricultura Familiar, já foram liberados R$ 459 mil, que estavam travados por falta de assistência aos pequenos produtores. A ação beneficiou 17 projetos oriundos dos municípios de Chapadinha, Vargem Grande, São Benedito do Rio Preto e Nina Rodrigues, totalizando 119 famílias.

De acordo com o titular da pasta, o trabalho organizado pelo Governo do Estado com o intuito de beneficiar os maranhenses que mais precisam foi determinante para que o problema herdado pela administração passada fosse superado.

“Com o trabalho da nossa equipe e o apoio do governador Flávio Dino, foi possível agilizar os processos que estavam parados. Agora, vamos dar mais velocidade a esse trâmite, proporcionando nesses mutirões a visita técnica das equipes da SAF e a emissão dos relatórios para que todas as 8 mil famílias tenham acesso ao crédito antes do fim do prazo”, resumiu Adelmo Soares.

180 anos da Assembléia Legislativa do Maranhão

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Por Humberto Coutinho*

Uma característica das democracias representativas é o funcionamento das Casas Legislativas.  Mas, quando as instituições democráticas são golpeadas, uma das primeiras providências dos novos donos do poder é interromper o funcionamento do Poder Legislativo.

No Brasil a democracia é muito jovem, mas tem resistido bem a solavancos como o impeachment do presidente Fernando Collor. Este ano, comemoramos 30 anos do fim do regime militar e acabamos de eleger, pela sétima vez consecutiva, um Presidente da República pela consulta popular, o que foi negado ao povo por 25 anos, de 1964 a 1989.

Na transição da ditadura para a democracia, as lideranças políticas de oposição ao regime militar –  após a derrota da emenda constitucional que visava restituir as eleições diretas para Presidente –  resolveram optar pela via da eleição indireta no chamado Colégio Eleitoral, derrotando o candidato do regime militar, o atual deputado federal por São Paulo, Paulo Maluf, e elegendo o então governador de Minas Gerais, Tancredo Neves. Desse Colégio Eleitoral, participavam todos os deputados federais e senadores, além dos deputados estaduais escolhidos em cada Assembleia Legislativa do País. Do Maranhão participaram os seguintes deputados estaduais: Edivaldo Holanda, Eduardo Paz, José Elouf, Manoel Oliveira, Marcone Caldas e Raimundo Leal. Todos votaram na chapa Tancredo Neves, para presidente da República, e José Sarney, para vice-presidente, dando uma valiosa contribuição para fazer o País ingressar no período democrático sob o qual vivemos.

Em nosso país, com 415 anos incompletos, o Legislativo estadual mais antigo (o da Bahia), ainda não chegou a 181 anos, e até o fim do Brasil Colônia, as eleições eram apenas locais, com a escolha dos membros das Câmaras Municipais.

No Maranhão comemoramos no último dia 16 de fevereiro, 180 anos de instalação da Assembleia Legislativa Provincial, que à época tinha deputados eleitos em dois turnos, para um mandato de dois anos. As sessões legislativas aconteciam por dois meses a cada ano.

Com a proclamação da República em 1889, as Assembleias Legislativas Provinciais passaram a se chamar Assembleias Legislativas Estaduais, pois a República adotou o sistema federativo e as Províncias se transformaram em Estados, unidades federativas subnacionais.

Cinquenta anos após sua instalação, em 1885, a Assembleia Legislativa Provincial do Maranhão passou a funcionar em imóvel próprio na rua do Egito, onde permaneceu por 123 anos, até se mudar para as modernas instalações do Sítio do Rangedor, situado entre os bairros Calhau e Cohafuma.  O Conjunto de prédios leva o nome de Palácio Manoel Beckman, mesma denominação da sede anterior localizada no centro histórico de São Luís. A construção da nova sede é fruto do esforço coletivo de todos os deputados, comandados pelos ex-Presidentes Manoel Ribeiro, Carlos Alberto Milhomem, João Evangelista, de saudosa memória, Marcelo Tavares, atual secretário de Estado da Casa Civil, e o meu antecessor  Arnaldo Melo.

Da Assembleia Legislativa já saíram parlamentares para a câmara dos deputados, senado federal,  vice-governadores e governadores. Casos pitorescos ocorreram  nestes quase dois séculos, como a existência de duas assembleias que funcionaram simultaneamente,  mas isto é assunto para os historiadores, como o nosso querido Desembargador Milson Coutinho.

Com 42 deputados eleitos pelo sistema proporcional para um mandato de quatro anos, a Assembleia Legislativa do Maranhão é um caldeirão rico em diversidade e representatividade. Na presente legislatura, que se instalou no último dia 1º de fevereiro e se estenderá até 31 de janeiro de 2019, estão representados trabalhadores do campo e da cidade, militares, funcionários públicos, sindicalistas, empresários, médicos, produtores rurais, esportistas, pescadores entre outros. Essa diversidade demonstra uma representação parlamentar multifacetada, retrato genuíno do povo maranhense.

É na Assembleia Legislativa que são aprovados, ou rejeitados, projetos de lei de iniciativa dos diferentes poderes. Tais projetos têm sua origem no executivo, iniciativa dos próprios deputados, do judiciário e também de projetos de iniciativa popular. Neste caldeirão de opiniões e partidos, o confronto civilizado das ideias ecoa o debate do que mais interessa ao povo do Maranhão. A Assembleia Legislativa é, portanto, o mais direto representante da vontade popular. Por isso é chamada de a Casa do Povo.  Nesta Casa tem assento governistas, oposicionistas e independentes, que a depender da pauta podem votar contra ou a favor do governo. O consenso é sempre muito difícil em nosso plenário. E é bom que seja assim, porque é do confronto de ideias que surgem as melhores propostas.

Ao completar 180 anos de existência, a Assembleia Legislativa do Maranhão é viva, vibrante, atuante e livre. Sua história secular demonstra que ela tem sido o esteio da democracia, como é dever de todos os parlamentos, pois como está escrito em nosso plenário, não existe democracia sem parlamento livre. Nossos deputados têm sabido se posicionar a favor das causas populares como é seu dever e vocação política.

*Humberto Ivar Araújo Coutinho é médico, ex-prefeito de Caxias, deputado estadual e atual presidente da Assembleia Legislativa.

Flávio Dino destaca diversidade cultural do Carnaval do MA

Ao prestigiar as manifestações culturais no Laborarte e as escolas que desfilaram na Passarela do Samba, na última segunda-feira (16), o governador Flávio Dino destacou que este ano o Maranhão está conseguindo realizar um carnaval para todos os maranhenses.

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“Carnaval com respeito à diversidade maranhense. Por isso, eu tenho muito orgulho de afirmar que esse sim é o carnaval de todos nós e que o ano que vem será ainda melhor”, garantiu.

Para o secretário de Governo da Prefeitura de São Luís, Lula Fylho, que estava representando o prefeito Edivaldo Holanda Júnior na Passarela do Samba, a união entre o Governo do Estado e a Prefeitura de São Luís trará muitos benefícios ao estado.

“Essa parceria no período carnavalesco traz três grandes benefícios para todos: a otimização dos recursos públicos, o diálogo para a realização de políticas públicas mais efetivas e o sonho de que o carnaval de São Luís volte a ser um dos melhores do Brasil”, disse Lula Fylho.

Outro ponto importante desse novo momento para o Maranhão é o compromisso do governo com a segurança. Durante as prévias da festa momesca, e nos dias oficiais da folia na capital, os brincantes foram atraídos para as ruas pelas festividades animadas e seguras, graças à mobilização do Estado para garantir estruturas adequadas e policiamento.

O Governo do Estado também está apoiando as manifestações e retiros culturais em vários pontos de São Luís e do interior. “Nós estamos apoiando manifestações culturais em São Luís, na passarela, nos circuitos e também nos bairros, e estamos presentes também em várias cidades do Maranhão. As mesmo tempo estamos apoiando também eventos das comunidades religiosas”, explicou o governador.

Após percorrer as festividades em vários pontos, a secretária estadual da Cultura, Ester Marques, avaliou que o carnaval está chegando a todos e que essa descentralização é a quebra de um modelo que já vinha sendo realizado há muito anos e que não beneficiava a população brincante.

“Obviamente, como nós pegamos o carnaval muito em cima da hora, não conseguimos atingir a todos da forma como a gente queria, mas eu penso que nós conseguimos dar um bom passo, que foi iniciar um processo de reversão de um modelo que está saturado. Então, a gente precisa realmente descentralizar e levar o carnaval pra mais lugares, para que mais pessoas possam brincar próximas as suas casas e tenham mais oportunidades de apreciar outros tipos de expressões populares fora aquelas que elas já estão muito habituadas”, afirmou Ester Marques.

Para o presidente da Fundação Municipal de Cultura, Marlon Botão, o grande sucesso do carnaval de São Luís se deve à parceria entre o Estado e o Município. “A parceria hoje do Governo do Estado com a Prefeitura está propiciando um novo formato de carnaval para a nossa cidade. Hoje, nós temos um carnaval acontecendo em todas as regiões de São Luís por conta dessa parceria. É essa união que nos permite estar dando apoio às inúmeras brincadeiras, pois são mais de 200 apresentações pela cidade inteira”, destacou.

Ele também lembrou que essa bem-sucedida parceria será expandida para as demais festividades características do estado. “Esse é o começo da parceria, que estamos experimentando com o carnaval, e logo mais virá o São João, a perspectiva é que a nossa agenda cultural tome dimensão nacional e internacional porque nós temos uma diversidade cultural enorme e que agora terá incentivo do poder público”, disse Marlon Botão.

Carnaval de Segunda

Há 27 anos integrando o período momesco em São Luís, o Carnaval de Segunda do Laborarte, realizado na Rua Jansen Müller, Centro, foi um show à parte na segunda-feira. Antes de ir à Passarela do Samba, o governador Flávio Dino, acompanhado de parte do seu secretariado, prestigiou o evento e interagiu com os foliões, participando das brincadeiras carnavalescas.

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O projeto é uma ação cultural voltada para o carnaval de rua da capital, apresentando batucadas, blocos tradicionais, casinha da roça, turmas de samba, turmas de fofão, tribos de índios, blocos de sujo, blocos afros, shows com artistas maranhenses, baile infantil e adulto. O governador ressaltou a importância do Carnaval de Segunda do Laborarte e o incentivo aos artistas que se dedicam ao evento.

“A nossa visita ao Laborarte foi para apreciar esse grande e admirável trabalho desenvolvido por artistas natos que fazem parte da nossa cultura e se consolidaram na luta pela democratização. O primeiro passo já foi dado que foi a descentralização do carnaval. Sabemos das nossas deficiências, mas sabemos também da nossa capacidade, este foi apenas o nosso primeiro carnaval, o próximo será ainda mais planejado para que alcancemos a marca de ser o melhor carnaval”, afirmou o governador.

Uma das coordenadoras do evento, Luana Reis, comentou que a festa de rua é realizada desde 1989, com o intuito de receber as brincadeiras locais e reunir a população maranhense. Ela ressaltou que, este ano, o Carnaval de Segunda contou com dois palcos e dezenas de atrações para os mais diversos públicos, divertindo famílias, adultos, idosos, jovens, crianças e até estrangeiros.

Turistas elogiam segurança no carnaval de São Luís

O americano Sheldon Lotspelch, 23 anos, oriundo do estado da Califórnia, fez questão de cumprimentar o governador Flávio Dino durante sua passagem em meio à multidão e elogiou a organização e a segurança.

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“É a primeira vez que venho ao Brasil e estou há dois meses em São Luís, lugar que gostaria muito de morar por suas belezas e encantos. Mesmo não sendo daqui e não dominando tão bem o português, me sinto seguro no carnaval da cidade e estou encantando com as apresentações locais que são únicas. O Governo do Estado e toda a população maranhense está de parabéns”, disse o americano.

Para conhecer o carnaval brasileiro, Sheldon escolheu permanecer em São Luís e conhecer o típico carnaval de rua da cidade. Ele conta que conheceu o Centro Histórico, o litoral e os Lençóis Maranhenses e, com a proximidade do período festivo, resolveu adiar o retorno a sua cidade natal – São Francisco, na Califórnia, e experimentar o carnaval maranhense.

Anfitriã do americano na cidade, Juliana Ayoub, 31 anos, confirma a experiência positiva vivida pelo turista. Maranhense e moradora de São Luís, Juliana destacou que as marchinhas carnavalescas, as atrações de rua e as fantasias populares são marcos positivos que atraem a atenção do turista. “Ele ficou encantado com a diversidade do Maranhão”, resumiu.

Os participantes da festa destacaram a segurança para curtir o carnaval, como a dona de casa Rosa Maria Pacheco, 50 anos, que ficou admirada com a forma simples e amistosa do governador entre os populares. Ela relatou que a proximidade com as pessoas vai ajudar Flávio Dino a identificar os anseios dos maranhenses. “Poder abraçá-lo e dizer que ele é a nossa esperança me fez muito bem. Sei que dias melhores virão porque acredito nesse governo e sei que o Flávio não vai nos decepcionar”, disse.

Estiveram presentes com o governador Flávio Dino, os secretários de Estado: Ester Marques (Cultura), Robson Paz (Comunicação), Francisco Gonçalves (Direitos Humanos), Bira do Pindaré (Ciência e Tecnologia e Ensino Superior), Simplício Araújo (Indústria e Comércio); o diretor-geral do Detran-MA, Antônio Nunes; o diretor-presidente da Caema, Davi Telles.

O campo minado de Dilma no Congresso

DOR DE CABEÇA - Com Eduardo Cunha à frente, a Câmara impôs sucessivas derrotas ao governo em duas semanas

DOR DE CABEÇA – Com Eduardo Cunha à frente, a Câmara impôs sucessivas derrotas ao governo em duas semanas

Veja – Sem dar prioridade à articulação política ao longo de todo o primeiro mandato, a presidente Dilma Rousseff agora colhe os resultados da falta de diálogo com os parlamentares: sua segunda temporada à frente do Palácio do Planalto não completou dois meses e o Congresso Nacional já se tornou um campo minado. A nova Legislatura foi oficialmente aberta há duas semanas, tempo suficiente para que deputados e senadores, inclusive os que desembarcaram em Brasília como aliados, articulassem a rejeição a projetos caros ao governo. Mais: como apoio de siglas governistas, a criação de uma nova CPI da Petrobras avança.

A insatisfação de parlamentares com o estilo Dilma de governar não é novidade. Mas passou a ser uma preocupação real para os articuladores políticos do Planalto depois que deputados do PT engrossaram o movimento para alterar projetos prioritários enviados pelo governo ao Congresso Nacional. Agora, até mesmo a base aliada fala abertamente em descolar-se do Planalto. O caso mais latente é o do pacote que endurece as leis trabalhistas.

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Em meio à crise política, Dilma se reúne com Lula

“Existe o apoio permanente da nossa bancada ao governo e ao nosso projeto. Isso não quer dizer que, em determinadas questões, o PT não tenha uma posição diferenciada e que não se possa buscar uma mudança. Vemos isso como uma melhoria aos compromissos históricos que nós representamos”, afirma o deputado Paulo Pimenta (PT-RS).

Para piorar, Dilma tem perdido sustentação em outro importante pilar: as centrais sindicais. Na última semana, sindicalistas estiveram com os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para pedir que o Congresso altere as medidas anunciadas pelo governo na tentativa de enxugar gastos.

Diante de uma encruzilhada que pode ameaçar sua governabilidade, Dilma decidiu sair do isolamento e, enfim, negociar, um verbo com o qual não tem nenhuma familiaridade. Na semana passada, reuniu-se com centrais sindicais, formou uma tropa de choque de dez partidos na Câmara e ainda escalou um núcleo de cinco petistas para enquadrar sua base. A presidente já chegou a recorrer a medidas do tipo em outros momentos de aperto. Nunca, contudo, enfrentou uma crise política como a que atravessa agora. E, a julgar pelas bombas já armadas pelo Congresso, o futuro não parece fácil.

‘Os suspeitos de sempre’

A trinca dos pecadores: o populista que se acha um messias, a sucessora que pensa ser filha do mestre e o marqueteiro que tem certeza de que é um espírito santo

Publicado no Estadão
FERNANDO GABEIRA

Escolheram mais um suspeito de sempre. Essa frase, de um jornalista americano, sobre o novo presidente da Petrobras é precisa.

Certamente não se referia à trajetória pessoal de Aldemir Bendine. Ele ignora que o banqueiro guarda dinheiro no colchão ou que fez um empréstimo generoso à socialite Valdirene Aparecida Marchiori. Creio que queria apenas dizer que o governo arruinou a Petrobraas e dificilmente encontrará alguém, dentro dos seus quadros, capaz de reconstruí-la.

Era preciso um novo presidente com capacidade e autonomia. Se alguém com talento conseguisse sobreviver no governo, decerto seria alvejado pelos atiradores do PT ao revelar alguns vestígios de autonomia.

O PT completou 35 anos com festa. E de alguma forma lembrando a frase “cuidado com os idos de março”. É uma data do calendário, talvez o dia 15, lembrada pelo assassinato de César. Os idos de março sempre evocam momentos trágicos para um governo.

No caso brasileiro, o grande adversário do PT é sua própria visão de mundo. O partido considera manobra golpista a enxurrada de dados sobre corrupção na Petrobrás e outros órgãos do governo. Por exemplo, um ex-gerente, em delação premiada, disse que o PT recebeu mais ou menos US$ 200 milhões em propinas, na área de abastecimento. O partido nega.

Usando o senso comum, parece-me absurda a controvérsia em torno de meio bilhão de reais. Se esqueço de pagar uma água de coco no bar do Baiano, no Flamengo, ele é o primeiro a me lembrar que faltam R$ 5. Se tenho direito a troco de apenas R$ 1, reclamo prontamente. Como é possível que uma verba de R$ 500 milhões, oriunda de contratos reais da empresa, transite tão etereamente a ponto de uma intensa investigação não determinar sua trajetória?

A decisão do PT de negar todas as evidências é a manobra mais perigosa que o partido já engendrou nos últimos anos. Dizem os jornais que na festa de aniversário, em BH, o PT prometeu manifestações públicas para defender o governo e isolar o golpismo. Isso é mais animador, pois pode precipitar a realidade. Bandeiras e camisas vermelhas acusando a Lava Jato de manobra golpista podem revelar ao partido um pouco da realidade.

Ando muito pelas ruas. Mas pode ser que ande pelas ruas erradas e tenha uma falsa impressão. Mas a pesquisa Datafolha mostrando a queda na aceitação de Dilma confirma minhas intuições. Não será fácil de novo desfilar com macacões laranja defendendo uma Petrobrás que a maioria acredita ter sido saqueada pelo PT e aliados. Com que palavras de ordem sairão às ruas? “A Petrobrás é nossa” não é um refrão aconselhável para as circunstâncias. Resta talvez a resistência a um golpe hipotético.

E talvez nisso esteja a grande esperança do PT. Um golpe seria sua redenção, a condição de vítima talvez sepultasse o peso dos bilhões roubados da Petrobrás. Mas não há golpe no horizonte. As próprias condições de inserção internacional do Brasil já sepultaram qualquer solução fora da lei. Resta o desenrolar implacável de um processo de corrupção gigantesco que atrai a atenção mundial, porque ocorreu numa empresa globalizada.

A tática de negar sua responsabilidade neste processo histórico será um dado decisivo na história do PT. Muitos já denunciam o medo de Lula e Dilma de discutir abertamente o que se passou na Petrobrás. Pode ser que Lula, Dilma e o PT analisem como coragem sua disposição de enfrentar o processo afirmando que tudo o que o partido recebeu foi doação legal. Mas de onde veio o dinheiro senão do saque da Petrobrás?

No momento é possível reunir a coragem para negar. Mas com o avanço das evidências seria preciso uma coragem muito maior para negar também a lucidez das instituições jurídicas e da opinião pública nacional.

Pela experiência, o que acontece nesses casos é sempre muito doloroso. O PT ainda está um pouco escondido, mas pode observar, por exemplo, o que aconteceu com Graça Foster e Nestor Cerveró: tornaram-se máscaras de carnaval; os vizinhos ergueram faixas contra Graça.

O partido, contudo, escolheu o caminho mais espinhoso para enfrentar o processo. Como no passado, tentará convencer as pessoas de que estão erradas e foram manipuladas pela imprensa.

Outro dia, um homem na rua me disse: “Às vezes me arrependo de ser consciente. Se fosse apenas desligado do Brasil, não sofreria tanto. É muito duro para as pessoas, presenciando um processo com números, nomes de contratos, delatores premiados e tudo o mais, assistirem a alguém dizer que tudo isso é uma grande manobra. Querem me convencer de que sou maluco”. Disse ao homem que era um processo mais amplo e, no fundo, está em jogo isto mesmo: ou se pune a corrupção, prendem-se as pessoas e se obriga os partidos a pagarem um enorme preço político, ou então a tática do PT triunfou.

Será preciso enlouquecer todo um país. É uma jogada de alto risco. No mensalão, de punhos erguidos, descobriram a realidade dos presídios e trataram de sair fora, deixando nas grades as secretárias que fechavam envelopes.

Em caso de vitória, terão de governar um País enlouquecido. Em caso de derrota, as consequências são imprevisíveis. Desde a camisa de força até cumprir inversamente a profecia de Delúbio Soares de que o mensalão com o tempo será uma piada. É o próprio PT, com o tempo, que pode virar uma piada.

Se esse é o caminho escolhido, então que vengan los toros. Marqueteiros de todo o País, uni-vos em torno da grana que ainda está nos cofres e provem que essa montanha de dinheiro roubado é apenas miragem, que Pasadena foi um bom negócio e a Petrobrás vai bem, apenas ameaçada pelos inimigos externos.

Procurem fazer um bom trabalho. No mensalão, lembrem-se, sobrou para os marqueteiros. Milhões de dólares rolam pelos computadores num simples toque no teclado. Mas isso não significa que sejam invisíveis.

O empresário de Santa Catarina que tinha 500 relógios num cofre tem lá sua lógica. O tempo está contra a quadrilha, é preciso detê-lo de qualquer forma.

Uma tragédia, o avião caiu…

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No dia 13 de agosto, fomos abalados pela trágica noticia do acidente aéreo, que supostamente teria vitimado o Presidenciável Eduardo Campos. Logo, logo veio a confirmação. Todos que estávamos juntos torcíamos para ouvirmos que havia sobreviventes. Pela BAND, a lamentável, inacreditável constatação: Eduardo, o Dudu e outros quatro passageiros e dois tripulantes estavam mortos. Duro demais pra ser verdade. Infelizmente era. Todos abalados e sem querer acreditar, procurávamos compreender o que na verdade era incompreensível. Liguei para Luciano que estava em São Luís. Estava sem querer acreditar no que todos os meios de comunicação passaram a transmitir.

A noticia tomou conta do País e do mundo.

Afinal Eduardo era mais do que um correligionário do Luciano, era um amigo nosso e uma esperança para o Brasil. Os exemplos vieram de Pernambuco, a performance dos hábeis movimentos e coragem de ousar. Muitos foram os momentos que marcaram nossa convivência com Eduardo.

Conhecemo-nos em 2000, na minha passagem pela Câmara dos Deputados. Em 2003, impossibilitado de permanecer no PDT, Luciano foi convidado por Eduardo a ingressar no PSB, convite aceito, fomos Eu, Luciano e Eduardo ao encontro do Dep. Miguel Arraz, na Sede Nacional do PSB. Lá tivemos uma conversa pautada na sinceridade e nos ideais que eram comuns. A partir dai, sua convivência com o Luciano foi intensa, o que propiciou que Luciano viesse a ser Presidente do Partido no Maranhão, legitimado em Congresso da Agremiação no Estado, além de ser Membro da Executiva Nacional.

Em 2004, quando eu concorria à reeleição, Eduardo que era Ministro da Ciência e Tecnologia, veio a Teresina e atravessou a ponte para lançar a implantação do Centro de Vocação Tecnologia, na Rua 17 com a 90. Fomos até o local ele ficou empolgado. Infelizmente eu perdi a eleição e a missão de concluir o projeto passou para minha sucessora, apesar do prédio quase concluído e todos os equipamentos adquiridos. Lamentavelmente demoliram um prédio de 1.200 metros quadrados e deram fim nos equipamentos. Mas a intenção do então ministro era ampliar o projeto, dada a dimensão que estávamos dando à iniciativa.

Como era um final de semana, Eduardo foi até a sede do PDT juntamente com o então deputado, Renato Casa Grande, fez uma fala política e outra enaltecendo o fato de Timon ter sido o destaque do nordeste entre os 126 municípios do Brasil que receberam o prêmio Prefeito Amigo da Criança. Deixou gravada sua recomendação pela minha reeleição que foi veiculada no horário gratuito.

Em outras ocasiões Eduardo veio a Timon, mas seu contato com Luciano era quase que diário.

A ultima passagem dele a Timon foi no dia 27 de abril de 2014 (foto abaixo) onde recepcionado pelo Prefeito, pelo futuro governador do Maranhão Flávio Dino, pelo futuro senador Roberto Rocha por varias outras lideranças e mais de quatro mil pessoas no centro de convenções Maranhense. Eduardo se Emocionou quando mostramos um vídeo de uma solenidade realizada pelo Governo do Piauí (Governador Mão Santa) em Paraíba, na ocasião dona Beta e o Dr. Miguel receberam a comenda do MÉRITO RENASCENÇA, e claro Dr. Miguel falou por todos os homenageados. A foto abaixo registrou o momento em que Eduardo ao me abraçar, disse: Chico, que registro! Foi um dia histórico. Eduardo era nessa eleição, a grande esperança do Brasil corrigir seu rumo.

Fomos para seu velório em recife, e numa pequena tenda armada em frente ao Palácio das Princesas, se acotovelaram as grandes lideranças da política brasileira. A família, viúva e filhos com impressionante firmeza, ao lado da urna, se comportaram com altivez. Do lado externo e em todas as ruas próximas, uma multidão prestava as ultimas homenagens ao seu jovem líder, cuja vida foi ceifada por uma “fatalidade”. Luciano permaneceu para o velório eu retornei para o hotel e em seguida para Timon. Na volta fui tomado por uma reflexão: da ultima vez que tinha vindo a Recife, em busca de tratamento de saúde para dona Beta, Eduardo tomou conhecimento que estávamos em Recife e nos convidou para passarmos no Palácio e lá fomos recebidos gentilmente por ele que foi nos buscar na sala de espera e permanecemos por meia hora. Falamos sobre política, problemas do País, sobre Timon, Luciano, Jackson Lago, enfim como sempre uma boa conversa. Fomos acompanhados pelo amigo Peri conforme registro fotográfico.

Foi-se Eduardo levando com ele muita esperança, porem ficaram as lições de que é possível praticar a boa política, ter posição definida, olhar com o olhar de gente sempre na esperança de propiciar melhorias nas vidas do conjunto da sociedade. Portanto vamos permanentemente repetir: NÃO VAMOS DESISTIR DO BRASIL…

Hoje fazem seis meses que Eduardo se foi dessa forma trágica. O Brasil perdeu um dos seus melhores quadros. Perdemos um amigo…

Por Eng. Chico Leitoa

13.02.2015

17 anos de um sonho realizado: Parabéns Tia Carminha!

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Tia Carminha

Há exatos 17 anos atrás, a pedagoga Maria do Carmo dos Santos depois do excelente serviço prestado a Escola Maria Regueira dos Santos decidiu realizar um sonho e fundou a Escola Espírita Maria de Nazaré.

Tia Carminha como é carinhosamente conhecida apostou todas as fichas, digo seus longos anos dedicados à educação para colocar no mercado uma Instituição que pudesse atender o anseio mais criterioso de pais e professores, a princípio com atenção voltada para a Educação Infantil.

A proposta foi aceita e aos poucos a Escola foi ganhando o status e a dimensão grandiosa que tomou hoje. Reconhecida pelo Conselho Estadual de Educação do Maranhão para atuar até o 9º ano cujo processo de ampliação que vem sendo efetuado de forma paulatina, a Escola é hoje uma referência de ensino para a cidade e região.

Com o amadurecimento da proposta pedagógica feita ao longo desses anos, a Escola já conseguiu destaques em competições realizadas a nível nacional como a Olímpiada Brasileira de Astronomia com diversos alunos medalhistas.

No dia em que faz aniversário aproveito a oportunidade para felicitar a todo corpo da escola pela passagem dessa data, em especial a sua fundadora Tia Carminha por ser uma sonhadora e por ter me dado minha primeira oportunidade de trabalho. Como ex-funcionário estendo meu reconhecimento ainda as minhas ex-chefas Geraldina Costa, Terezinha Rocha e Claudilene Gaspar por terem contribuído com meu crescimento profissional e honrar os quadros de grandes profissionais dessa Instituição.

Parabéns Escola Maria de Nazaré pelos 17 anos fazendo história!