
É público e notório que o município de Coelho Neto há dias atrás recebeu uma visitinha de cortesia da CGU – Controladoria Geral da União que objetivava realizar uma auditoria nos repasses do Governo Federal no município. Pois bem, um dos focos dessa fiscalização foi exatamente o Programa Bolsa Família (PBF).
Para quem não sabe o Programa Bolsa Família é um programa de transferência de renda com condicionalidades criado pelo Governo Lula em 2003 para integrar e unificar ao Fome Zero os antigos programas criados no Governo FHC: o “Bolsa Escola”, o “Auxílio Gás” e o “Cartão Alimentação”. Esse programa é voltado sobretudo aos carentes, como forma de auxiliar o combate a pobreza de milhares dessas famílias.
Como acontece em alguns municípios do país, o Blog Língua Solta foi informado por uma fonte segura de que na vistoria “pente fino” da CGU em Coelho Neto teria sido encontrado alguns cadastros de beneficiados que não se enquadravam nas condicionalidades do programa. Conforme nos foi informado pela fonte, cerca de 40 (quarenta)PROFESSORES da rede municipal de ensino estariam recebendo ilegalmente o benefício por estarem fora das condicionalidades do programa, sobretudo no que diz respeito a renda.
Após constatar as irregularidades a CGU teria determinado imediatamente o bloqueio do benefício dos “espertinhos” e teria enviado a Secretaria de Assistência Social de Coelho Neto a relação dos infratores para que fossem tomadas as medidas cabíveis, dentre as quais a formalização das denúncias ao Ministério Público. Os professores que há varios anos recebiam indevidamente o benefício, terão que devolver aos cofres públicos os valores recebidos de forma indevida, além de serem processados e enquadrados por vários crimes contra o erário público.
A fiscalização da CGU, reforça os erros que o programa vem sofrendo em todo país, mas em nosso município o caso é mais grave ainda, pois se trata justamente de formadores de opinião que prevaricaram e tiraram a oportunidade de tantas famílias pobres de serem beneficiadas. Segundo fora apurado no cruzamento dos dados do MDS com os números do CPF dos beneficiários, constaria inclusive professores que possuiam duas matrículas e que não tem a menor necessidade de estarem se aproveitando de um projeto voltado a pessoas carentes. Onde vamos parar? Quando a denúncia é pela televisão não se imagina que aqui em solo tupiniquim está acontecendo a mesma coisa, de forma bem pior é claro!
O blog Língua Solta tentará pelas vias legais ter acesso a lista dos “espertinhos” que ao nosso ver, deve ser levada ao conhecimento da opinião pública para que o povo possa fazer sua própria avaliação. Desde já repudiamos a atitude daqueles que roubam nossas consciências e se apropriam de um instrumento voltado para quem realmente precisa. Quem serão os espertinhos? Alguém se arrisca a dar um palpite? Uma lástima!