
A propagada última entrevista do ainda prefeito de Coelho Neto Soliney Silva (PMDB), nesta quinta (29), não teve nada além da reprise dos velhos chavões e dos discursos que a cidade já conhece de cor e salteado.
Visivelmente alterado, o prefeito mostrava aborrecimento no início da entrevista afirmando coisas que servem apenas para massagear seu ego.
Gritou, esbravejou, apontou o dedo na cara do expectador, gesticulou, levantou as mãos para os céus, agradeceu “ao bom Deus” e em dado momento parafraseou o presidente Sarney: Coelho Neto, minha terra, meu torrão e minha paixão.
Atribuiu a insatisfação contra seu governo à crise política, disse que sairá deixando tudo pago sendo o único prefeito do Brasil a cumprir o feito e afirmou que daqui há um mês o povo vai está pedindo: “volta Sol”.
Disse que o atraso na saúde se deu em decorrência do ex-secretário Dr. Adão Ramos ter sumido com as senhas e saído da cidade sem dar notícia, o obrigando a mudar de secretário. Destacou que o Instituto de Previdência do Município só passou a existir no governo dele e confessou que uma negociação de dívida com o Tesouro Nacional o município terá que desembolsar mais de 200 parcelas de R$ 500 mil/mês, cuja primeira foi paga por ele.
Fez críticas ao prefeito eleito Américo de Sousa (PT) e ao governador Flávio Dino (PCdoB), atacou vereadores a quem ele chamou de “viriadores” (que ficam na virilha do prefeito querendo dinheiro) e ameaçou dizendo que quem não votar no seu candidato a presidente responderá processo de infidelidade partidária.
Ao final disse que saia de cabeça erguida, mas que a prefeitura foi um sacrifício, pois ele sequer tinha acompanhado o crescimento do filhos, disse que continuará morando na cidade e já mais calmo, desejou feliz ano novo com boa sorte ao prefeito eleito.
A avaliação da entrevista é outra história…