Esse blog não levou a sério e nem vai levar os dados “vendidos” pela Prefeitura de Coelho Neto através da Secretaria de Saúde, de que o município realizou 649 partos em três meses. Conversa de carochinha e fáceis de serem contestados.
Primeiro porque não temos série histórica para isso, segundo porque é incompatível com o teto de Autorização de Internação Hospitalar – AIH e terceiro porque o próprio banco de dados do Ministério da Saúde desmente essa informação extapafurdia, embora aguarde a secretária de Saúde mostrar os 570 partos realizados nos 58 dias de fevereiro e março.
Se tomarmos por base os números verdadeiros sobre os partos na cidade que constam no Datasus, o município realizou em janeiro 109 partos, sendo que destes, 40 foram cesarianos.
A informação no entanto não pode passar despercebida. A Secretaria de Saúde está descumprindo o Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para Cesariana, estabelecido pelo Ministério da Saúde, com base na orientação da Organização Mundial da Saúde – OMS.
A OMS sugere que taxas populacionais de operação cesariana superiores a 10% não contribuem para a redução da mortalidade materna, perinatal ou neonatal. Considerando as características do Brasil, a taxa de referência ajustada pelo instrumento desenvolvido pela OMS estaria entre 25% e 30%. Em Coelho Neto os dados de janeiro confiram que essa taxa já está em 36,70%, isso sem falar na necessidade de especialidades como médico obstetra e anestesista.
O governo erra feio, mas como na maioria das vezes prefere não admitir que errou. O Conselho de Saúde que é omisso, deveria atuar em apurar casos como esse mas não o faz.
Porque o seu presidente ilegítimo que é da sociedade civil, está muito ocupado com a “boquinha” que ganhou do governo sabe se lá a que preço…