A ex-deputada e ex-prefeita de Caxias, Márcia Marinho, teve uma participação bastante elogiada ontem (31), durante evento com o Ministro da Saúde Ricardo Barros e o governador Flávio Dino (PCdoB) em São Luís, onde relatou o dilema dos pacientes com câncer na região Leste.
“Fica-se obrigado a arranjar endereço falso ou pedir pra alguém para conseguir o direito ao tratamento e mais para essa pessoa conseguir um tratamento quimioterápico ou de radioterapia é um grande sacrifício, muitos morrem porque não tem dinheiro para se deslocar dos municípios até a capital Teresina-PI”, disse ela sob aplausos.
Marinho aproveitou a presença do ex-secretário de Saúde de Caxias na gestão dos Coutinho, Vinícius Araújo, que hoje é presidente do COSEMS (Conselho de Secretários Municipais de Saúde), para cobrar o funcionamento do Centro Oncológico da cidade que foi inaugurado, mas nunca funcionou.
“Na nossa cidade há quatro anos foi inaugurado um serviço de oncologia e muito me admira aqui nós estamos com o ex-secretário Dr Vinícius a quem eu cumprimento, que era o secretário de Saúde do nosso município à época e até o momento o serviço não funciona. Nós tivemos uma manifestação agora na última sexta feira (28), com vários e vários pacientes com amigos, parentes de portadores de câncer lutando para que esse serviço seja posto em prática porque a necessidade é muito grande”, destacou ela.
A ex-prefeita de Caxias aproveitou ainda a presença das autoridades para reivindicar o funcionamento do serviço oncológico na cidade que beneficiará a toda região.
“Eu pediria, aqui tem o governador que já conhece o problema que já sabe do problema, tem o ex-secretário de saúde e presidente do COSEMS e o senhor como ministro que se sensibilizem e resolva um problema porque a lista de pessoas portadoras de câncer sem tratamento é muito grande”, finalizou ela.
O discurso de Márcia Marinho foi carregado de sentimentalismo e retratou a realidade da região, onde centenas de família sofrem com esse quadro de abandono e negligência por parte do governo anterior da cidade, que deixou de usar a força junto ao Palácio para executar um serviço de tamanha urgência e relevância.