Rosângela Curado concede entrevista ao Jornal Pequeno

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Na semana em que recebeu o apoio do PCdoB, partido do governador Flávio Dino, a pré-candidata a prefeita de Imperatriz, a odontóloga Rosângela Curado (PDT), concedeu entrevista ao Jornal Pequeno. Ela falou das atividades da pré-campanha e dos planos de governo caso seja eleita prefeita de Imperatriz. “Quero uma Imperatriz que dê oportunidade para todos.”, disse durante entrevista ao JP.

Rosângela Curado contou como pretende enfrentar os problemas da Saúde, da Educação, mas enfatizou que buscará parcerias para elaborar um Plano Municipal de Segurança Pública. Segundo a pré-candidata, poderá ter “programas que tenham como objetivo a prevenção do crime e a redução do sentimento de insegurança no município.”

Rosângela Curado afirmou ainda que sonha em fazer de “Imperatriz um polo industrial, a partir das vocações econômicas do município”. A seguir os principais trechos da entrevista de Rosângela Curado ao JP.

 JP – Num cenário bem distinto da maioria das pré-candidaturas no Maranhão, a senhora já definiu o seu pré-candidato a vice-prefeito e assegurou o apoio do PCdoB à sua pré-candidatura. Isso é uma demonstração de força da pré-candidatura de Rosângela Curado?

Rosângela Curado – O PDT e o PCdoB já caminham juntos há muito tempo. Somos aliados do PCdoB em todos os níveis: nacional, estadual e municipal. Não poderia ser diferente em Imperatriz. O PCdoB tinha uma pré-candidatura forte em Imperatriz, que era a do professor e deputado estadual Marco Aurélio, mas o entendimento do PCdoB, do PDT e dos partidos que nos apoiam é de construirmos uma coalização de forças em torno da nossa pré-candidatura. É o momento de somarmos e não dividirmos essa aliança em favor de Imperatriz.

JP– A defnição do professor Adonilson Lima do PCdoB é como seu companheiro de chapa?

Rosângela – Nós temos uma história de vida muito parecidas. O professor Adonilson é uma liderança política importante na nossa cidade, exerce um mandato de vereador com muita qualidade. É um militante social, é uma referência no debate sobre as políticas para Educação. Tê-lo como companheiro de chapa é uma honra e sou convicta de que o Adonilson cumprirá um papel importante na nossa caminhada.

JP– A senhora e o seu partido, o PDT, têm trabalhado para construir uma frente ampla para sua pré-candidatura a prefeita de Imperatriz?

Rosângela – Estamos construindo com as forças em prol de Imperatriz. Deixando as diferenças para somarmos naquilo que é convergente e sempre pensando na nossa cidade. E por colocarmos Imperatriz e a nossa gente sempre na frente desse projeto, é que nos permite construirmos uma coligação ampla em torno da minha pré-candidatura e em prol de Imperatriz. Já temos na aliança o PEN, DEM, PV, PR, PRB.

JP– E muitos desses partidos com bancada no Congresso Nacional e com deputados federais na bancada maranhense?

Rosângela – São alianças em prol de Imperatriz que nos permitirá que os deputados federais Juscelino Filho (DEM), Júnior Marreca (PEN), Davizinho (PR), Cleber Verde (PRB), do nosso presidente Weverton Rocha (PDT) busquem recursos para a nossa cidade. O PV está no Ministério do Meio Ambiente, com o ministro Sarney Filho. Temos partidos com bancada na Assembleia Legislativa e que estamos nessa frente partidária para ampliar as parcerias em favor de Imperatriz.

JP– O seu pré-candidato a vice-prefeito é uma liderança do campo educacional. Caso a senhora seja eleita, como será a Educação num futuro governo de Rosângela Curado?

Rosângela – A Educação será um dos principais eixos do nosso governo. Teremos uma política de valorização do educador. Vamos reestruturar a rede física. Vamos ampliar a rede municipal de ensino com escolas em tempo integral, com creches-berçários. Imperatriz não tem uma escola de tempo integral. Temos que assegurar as condições de trabalho e de estudo para nossos educadores e alunos. Empreenderemos um conjunto de ações para melhorar a qualificação, a estrutura, a capacitação e, consequentemente, os índices educacionais de Imperatriz.

JP– Na sua pré-campanha há uma participação efetiva da juventude. Quais políticas públicas serão criadas num provável governo seu em Imperatriz?

Rosângela – A juventude está inserida num conjunto de ações da Educação, passando pela Cultura, Esporte e Lazer, até a geração de emprego. O que mais ouço dos jovens nessa caminhada de pré-campanha é pedido de emprego. Nossa juventude está em busca de emprego. Teremos uma política forte de reestruturação e valorização da Educação. Temos que construir uma política cultural para nossa juventude; uma política de Esporte e Lazer. O outro ponto que debatem comigo são espaços de lazer e quadras poliesportivas nas mais diversas áreas da cidade. Para isso temos que estimular as vocações produtivas de Imperatriz.

JP– Qual é essa vocação produtiva?

Rosângela – Tenho um sonho de termos Imperatriz como um polo industrial. De indústrias de atividades já consolidadas e/ou com grandes potencialidades econômicas. Temos a cadeia produtiva do leite, a da indústria moveleira, da mineração e siderurgia, da indústria de couros. Temos um curtume com 750 empregados, a indústria do couro é um atrativo muito forte. Em Imperatriz temos o maior rebanho bovino do estado. Os maiores frigoríficos do estado estão instalados em Imperatriz. Isso sem falarmos no polo importante para o comércio atacadista, para os serviços da Saúde. Podemos fazer isso em parceria com o Governo do Estado. Cidades como Paragominas e Marabá, no estado do Pará, e Araguaína, no Tocantins, têm trabalhado suas vocações econômicas e vem dando certo. Temos grandes modais ferroviário e rodoviário. Quero Imperatriz crescendo pela força de sua pujança e gerando oportunidades para todos.

JP– A Suzano anunciou no fim do ano passado, em reunião com o governador Flávio Dino, a expansão da fábrica de celulose. Como vê o papel da Suzano nesse ciclo de desenvolvimento que a senhora deseja inserirem Imperatriz?

Rosângela – Além da expansão da fábrica, o presidente da Suzano, Walter Schalka, anuncioua implantação de uma nova fábrica de papel sanitário que abastecerá principalmente o Nordeste do Brasil. A fase que queremos é de atrair o investimento agregado nos setores de floresta, celulose e papel. Vamos propor parceria com o Governo do Estado para atrair esses investimentos que são geradores de novos postos de trabalhos e renda.

JP– A senhora tem dialogado com os dirigentes empresariais sobre isso?

Rosângela – Tenho conversado bastante com o setor. No próximo dia 30, os dirigentes da Associação Comercial de Imperatriz vão me receber. Tenho dialogado com o CDL. Conversei com o Renato Pereira, presidente do Sindicato Rural de Imperatriz (SinRural), onde sou associada. Estamos ampliando o diálogo com o setor produtivo, ouvindo sugestões, recebendo as contribuições para que possamos fazer de Imperatriz um polo industrial e econômico importante para o Maranhão e para a região onde estamos inseridas.

JP– Por falar em diálogo, a senhora na pré-campanha tem ‘Diálogo nos bairros’. Como é essa experiência?

Rosângela – Os diálogos são a força da gente alegre e trabalhadora de Imperatriz. Ali é o momento onde compartilho sonhos e projetos para Imperatriz. Caso eu seja eleita, o nosso governo terá uma forte participação popular. Já fizemos mais de uma dúzia de ‘Diálogos nos bairros’, e faremos mais para construirmos a Imperatriz que a gente quer. Acredito que o sonho que a gente sonha junto se torna realidade!

JP– A senhora é odontóloga, é uma militante da área da Saúde. Caso seja eleita prefeita como será a Saúde de Imperatriz?

Rosângela – A área da Saúde é minha paixão. Sou uma militante do Sistema Único de Saúde. O setor vive um momento difícil no país, no estado, e não é diferente em Imperatriz. Acidade de Imperatriz é referência na Saúde para um milhão de pessoas. Atende a pacientes do Maranhão, do Tocantins e Pará. Temos que ter uma regulação efetiva, o orçamento tem que ser compatível com a demanda. Como disse, Imperatriz pode ser um polo de serviços de Saúde pela sua localização geopolítica.

JP– A senhora tem o diagnóstico, mas qual o remédio vais prescrever caso vença as eleições?

Rosângela – A Saúde é um dos eixos estruturantes de uma futura gestão nossa. Teremos uma política séria para a Atenção Básica da Saúde, vamos reestruturar a rede de Postos de Saúde. Ainda temos bairros em Imperatriz sem Postos de Saúde. Na minha gestão vamos buscar solucionar esse problema. Temos que valorizar a carreira do profissional de Saúde, faremos o Plano de Cargos, Carreira e Salários. Temos que resolver o problema do cadastro do SUS. Imperatriz tem 265 mil habitantes e temos um cadastro com mais de um milhão de pessoas no SUS. Temos que recadastrar todos, não temos teto financeiro para isso. Temos que ampliar a parceria com o Governo do Estado. Falta gestão no setor da Saúde do município de Imperatriz.

JP– A questão da segurança pública passou a ser uma das preocupações recorrentes dos eleitores, superando temas que, tradicionalmente, ocupavam esse lugar, tais como saúde, educação e pobreza. Como a senhora tratará isso num provável governo seu?

Rosângela – Será que os municípios nada podem fazer em termos de prevenção ao crime? Se olharmos para a nossa Constituição, ficamos com a impressão de que a segurança pública é um problema de polícia. Então, isso equivale a dizer que apenas as polícias possuem competência para lidar com os problemas do crime e da insegurança? Não acredito nisso. Temos que no município compreender qual é a dinâmica da criminalidade na cidade, pois, apenas entendendo que fatores estão relacionados ao crime, é que se torna possível pensar nas ações a serem executadas pela prefeitura para diminuir as ocorrências. Faremos assim no meu governo, e isso será a base para a elaboração de um Plano Municipal de Segurança Pública, cujas ações podem ser operacionalizadas por uma Secretaria Municipal de Segurança Pública ou, até mesmo, por uma Coordenadoria de Ordem Pública. De maneira geral, a criação de instâncias como essas tem como objetivo viabilizar o planejamento, implementação, monitoramento e avaliação de ações, projetos que tenham como objetivo a prevenção do crime e a redução do sentimento de insegurança em Imperatriz. Temos exemplos exitosos em municípios no Maranhão nessa área, e faremos isso em parceria com a secretaria de Estado de Segurança Pública, com o Governo Estadual, com o Ministério Público e com o Judiciário. A guarda municipal é outro exemplo de ação que o município pode ter na seara da segurança pública. Vamos criar a guarda municipal de Imperatriz. Sou convicta de que a prefeitura pode contribuir para o desenvolvimento de políticas de prevenção ao crime.

JP– Qual problema pretende enfrentar de imediato caso vença a eleição em Imperatriz?

Rosângela – O problema do abastecimento de água e do saneamento básico da nossa cidade. Apenas 26% dos bairros possuem uma adequada rede de tratamento de esgoto, que foi construída há mais de 30 anos. Temos dois sistemas de abastecimento: um do Rio Tocantins e outro de poços, que é responsável por 4% do abastecimento de água. Há problemas constantes de falta de água.  No nosso governo também elaboraremos o Plano Municipal de Saneamento Básico que contemple os eixos abastecimento de água, esgotamento sanitário e drenagem.

Eu te amo, ó Senhor, minha força. Salmos 18:1

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