Seguramente meus filhos não o conhecerão, mas de modo algum deixarei que eles não tomem conhecimento da história do abnegado médico que durante décadas cuidou da minha saúde e de centenas de outros irmãos coelhonetenses: Dr. Luis Gregório Nogueira.

No ano passado estive naquela que seria minha última consulta e o cenário era o mesmo. Entrei na sala e lá estava ele com seu batido de pé e o conhecido assobio questionando com muita tranquilidade para minha mãe: minha filha o que houve com nosso Samuquinha? Cresci ouvindo a mesma pergunta, já que foi assim que toda vida me tratou.

Sua partida ocorrida prematuramente no último domingo (18), apesar de dolorosa não poderia ter ocorrido de maneira mais emblemática: o médico do povo nos deixou justamente no Dia do Médico.

Quem o viu assobiando pelos corredores do Hospital Ivan Ruy sabe que para ele não tinha tempo ruim. A expressão “minha filha” era sua marca, seus ensinamentos e a boa convivência estão sendo deixados com o legado de sua história.

Para não deixar de registrar, a cidade deixou de lhe presentear com um de seus maiores sonhos: ser vereador. Quando nos questionamos dos motivos, a idéia que vem é que o povo não quis modificar o caminho que Deus havia lhe traçado de exclusivamente salvar as vidas.

A perda de Dr. Luis deixa uma lacuna irreparável, mas sua história de honradez e compromisso com o trabalho, ficará para exemplo destas e das futuras gerações.