O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, também entregará uma carta de demissão à presidente Dilma Rousseff nos próximos dias, como alguns colegas. Aliados da presidente veem a saída de Lobão do ministério como certa.
— Não entreguei ainda, vou entregá-la, até porque é uma recomendação para todos fazerem. Não entreguei ainda. Entregarei amanhã, ou na segunda-feira, ou terça — disse Lobão ao GLOBO nesta quinta-feira.
Em discurso a agentes do setor elétrico em Brasília, Lobão disse ter orgulho do corpo técnico e das instituições integrantes do ministério, do qual está à frente, de maneira intermitente, há seis anos.
— Eu, amanhã, posso sair daqui, outro virá, outro pode sair, e o sistema prosseguirá, porque está estruturado em bases realistas e responsáveis — disse ele no evento de lançamento do Plano Nacional de Energia 2050, que visa a expansão do setor até aquele ano.
Em tom de despedida, Lobão ressaltou que, a despeito de visões pessimistas e da situação hidrológica de poucas chuvas, não houve racionamento de energia elétrica em 2014.
Ele disse ainda que sentia como uma “agressão” as críticas de que não havia planejamento no setor elétrico, uma vez que o governo estava apresentando um plano para daqui a 36 anos.
— Temos aperfeiçoado esse modelo (energético). Oxalá os próximos também o façam — disse Lobão.