Representantes do governo do Estado e de movimentos sociais estiveram reunidos, na terça-feira (7), para dialogar e firmar um pacto pelo desenvolvimento da agricultura familiar do estado. A determinação foi do governador Flávio Dino para honrar seu compromisso em inserir a sociedade na construção de um Maranhão com justiça e igualdade social.
Para cumprir esse compromisso, a secretaria de Estado de Agricultura Familiar (SAF) realizou a oficina ‘Pacto pela Agricultura Familiar no Estado do Maranhão’ com a participação de entidades que representam a área rural e diversos órgãos do governo ligados ao campo. A ideia é manter um fórum de debates e definições de estratégias para mudar a difícil realidade das áreas rurais, com a integração articulada entre os movimentos sociais e o governo do Estado.
A oficina contou com a participação de representantes do Instituto de Colonização e Terras do Maranhão (Iterma); da Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural do Maranhão (Agerp); do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra); Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA); da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB); Associação das Comunidades Negras Rurais e Quilombolas do Maranhão (Aconeruq); do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCIB); Movimento Sem Terra (MST); da Rede de Colegiados Territoriais do Maranhão e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
“Foi um momento muito importante de aproveitamento total com a participação dos movimentos sociais e dos órgãos estatais em busca do desenvolvimento da agricultura familiar. Uma oportunidade para ouvir as experiências do campo, as dificuldades e os desafios para crescer. O próximo passo é elaborar um documento formalizando o pacto com as estratégias para alcançar as metas estabelecidas pelo governador Flávio Dino”, disse o secretário de Agricultura Familiar, Adelmo Soares.
O Maranhão é o segundo estado do Brasil com o maior número de comunidades quilombolas. Trazer entidades que representam essas famílias para o debate é fundamental para o combate à pobreza e as mazelas que afetam os quilombolas. A entidade já tem perto de 500 comunidades filiadas que estão há anos à espera de assistência técnica na produção rural. Mas só agora acreditam em uma parceria que vai melhorar a vida no campo.
“Os movimentos sociais estavam saturados de tudo que vinha do governo, pois era de cima para baixo sem nenhuma consulta prévia. Agora é diferente, este é o momento de construirmos juntos, de levantarmos um pilar de sustentabilidade entre nós e o governo”, enfatizou a presidente da Aconeruq, Maria José Silva.
Para o superintendente estadual do Incra, Jowberth Alves, o Maranhão tem mais de cinquenta anos de retrocesso rural, por isso essa abertura de debate marca uma nova era e firma a missão da SAF no estado. “Cada entidade e cada órgão do governo, individualmente, não têm força suficiente para desenvolver suas ações. Mas, com um pacto de união em torno de um só objetivo, tornam-se fortes e capazes de desenvolver um bom trabalho pela agricultura”, destacou.
O presidente a Agerp, Fortunato Macedo, também assinalou a importância da criação de uma secretaria específica para o setor, bem como a implantação do diálogo como ponto inicial do trabalho em prol da agricultura familiar. “O Maranhão sofreu ao longo desses anos pela falta de interesse do governo. A criação da SAF é um grande exemplo da mudança que está acontecendo. Não será fácil, mas estamos unidos: movimentos sociais e governos estadual e federal para formar parcerias e mudar a vida dos agricultores rurais”.
Da Assessoria