Tem um ditado popular que nada como um dia após o outro e é baseado nesse adágio que abordaremos um fato curioso em meio ao caos vivido pela Unidade de Pronto Atendimento – UPA de Coelho Neto no início desse final de semana.

Para quem não se lembra, a médica Gemma Galgane (uma das mais tradicionais da cidade), trabalhava no ambulatório e dava plantões na rede municipal como sempre o fez. Após a posse do prefeito Américo de Sousa (PT) e na intenção de “inventar a roda”, a secretária de Saúde Cristiane Bacelar inventou de tirá-la dos plantões e deixá-la apenas no ambulatório.

Se não bastasse isso, a médica tomou conhecimento da medida injustificada justamente durante o velório de sua mãe, fato que causou muita revolta em todos.

Como uma profissional do quilate dela não precisa se humilhar para um governo como esse que ai está, que acha que todo mundo tem que andar com o pires na mão, Dra Gemma colocou o pé na parede e decidiu que não prestaria mais seus serviços ao município, mesmo deixando para trás seu salário de dezembro e os dias trabalhados de janeiro.

Pois bem, ontem (04), quando a UPA ficou sem médico na porta de quem o governo bateu pra pedir arrego? Isso mesmo, foram pedir socorro justamente a Dra Gemma Galgane. Se fosse outra, poderia ter se recusado, mas como é humana e fez o juramento de salvar as vidas, não hesitou e correu na unidade pra tentar conter o estrago.

A atitude da médica foi um verdadeiro tapa de luva de pelica naqueles que um dia ousaram fazer pouco caso da prestação de serviço que ela tem feito ao longo de tantos anos em Coelho Neto, inclusive sob ameça de punição, quando decidiu não aderir a um movimento grevista da categoria que brigava por seus salários.

Se minha avó fosse viva e ouvisse essa história, tenho certeza que diria: Não cospe pra cima senão cai na cara… como de fato caiu.

Simples assim!