Falecia há dois anos atrás, aos 86 anos vítima de infarto no Rio de Janeiro-RJ, o ex-deputado Raimundo Bacelar. As atuais gerações de fato não conhecem, mas é praticamente impossível falar da cidade de Coelho Neto e de uma parte da história do Maranhão sem falar do papel de destaque desempenhado por essa grande personalidade.
Raimundo Emerson Machado Bacelar era filho de Raimundo de Melo Bacelar (Duque Bacelar) e dona Maria Machado Bacelar, nascido na Vila de Curralinho, hoje Coelho Neto.
Casou-se em primeiras núpcias com Edine Nunes Bacelar e tiveram os seguintes filhos: Maria Rita, Maria Ariadne e Ana Luiza. Em segundas núpcias, casou-se com Marília Lopes Gonçalves Bacelar e tiveram um filho, Raimundo Júnior, todos formados e com família constituída.
Cedo passou a ajudar o pai Duque Bacelar nos negócios e administração das terras e fazendas, após exercer os cargos de Promotor Adjunto de Coelho Neto e de se habilitar na Ordem dos Advogados para o exercício dessa profissão através de provisão.
Elegeu-se deputado estadual em 1950, substituindo aliás, sua irmã deputada Dalva Bacelar e na Assembléia Legislativa do Maranhão gozou de prestígio, chegando ao posto mais alto ao se eleger Presidente. Reelegeu-se nas legislaturas seguintes em 1954 e 1958.
Foi Secretário do então governador Eugênio Barros, fundador da rádio Difusora do Maranhão, da rádio Difusora de Floriano, da TV Difusora Canal 4 e foi ex-diretor da rádio Timbira.
Com os irmãos fundou em Coelho Neto o Complexo Industrial Cepalma inaugurada em 20 de janeiro de 1973, empreendimento que garantiu à sua cidade uma posição de destaque na economia do Maranhão.
Morando no Rio de Janeiro foi diretor do Banco do Estado de São Paulo – BANESPA, Superintendente da Mineração Rio do Norte. Em 1984 trabalhou na campanha de Tancredo Neves a convite do senador Sarney então candidato a vice-presidente e no ano seguinte foi nomeado membro do Conselho de Administração do BNDES. Em 1988 foi nomeado Presidente da Mineração Rio do Norte.
Entre as homenagens foram várias dentre as quais a Medalha de La Ravardiere (a maior comenda de São Luís) e Personalidade de Comunicação do Ano dado pelo 2º Congresso de Jornalistas e Radialistas do Maranhão realizado em 2005, além de emprestar seu nome para escolas e ruas em várias cidades do Maranhão.
Em 2007, lançou em São Luís seu primeiro livro com título Duque: Um predestinado em que faz uma homenagem ao pai e conta um pouco da história de sua família.
“Raimundo Bacelar é um dos poucos maranhenses que possui um talento multivocacionado, com atuações em diversos campos da atividade humana como o da comunicação, política, economia, empresarial, cultural e social. Raimundo Bacelar possui uma biografia pessoal, profissional e política exemplar, cuja experiência merece ser reconhecida pelas atuais e futuras gerações. Sua trajetória é uma grande lição de vida”, pontuou o jornalista Coelho Neto durante encerramento do 2º Congresso de Jornalistas e Radialistas do Maranhão realizado em 2005.
Raimundo Bacelar Vive!