Sob vaias e protestos, vereadores da oposição rejeitam doação de terreno para Cozinha Comunitária em Afonso Cunha

A sessão de ontem(20), da Câmara de Afonso Cunha, já entrou para os anais da história sem dúvida alguma, como a mais movimentada do parlamento.

Espaço da Câmara ficou pequeno para o número de populares que compareceu na sessão

Em debate estava um terreno que está obsoleto e que havia sido doado de forma irregular feito pela gestão anterior para uma rádio comunitária que funciona na casa do ex-prefeito, ou seja, quando enviou a doação para a Câmara o ex-prefeito já o fez intencionado. Pela localização, o interesse do governo era utilizar o terreno para abrigar o projeto de uma cozinha comunitária com capacidade para 300 refeições dia já liberado pelo Governo do Estado.

Os vereadores da oposição Zé do Gás, Francisco Capitula, Fernanda Braga, Zezinho da Padaria e Faride Crispim já tinham protagonizado durante a tarde uma patacoada pedindo proteção policial com receio da reação de populares que haviam confirmado presença.

Cartazes de protestos foram levados pelos manifestantes

Na sessão, o prefeito Arquimedes Bacelar (PTB) fez a defesa do projeto que era de longo alcance e interesse social, solicitando dos vereadores a aprovação do projeto, que teve a apreciação favorável dos vereadores Pedro Medeiros, Paizinho, Evangelista Braga e Manoel Gomes.

Ao sair da sessão o vereador Paizinho, que votou a favor do projeto, foi recepcionado com festa pelo manifestantes, o mesmo acontecendo com o demais vereadores que votaram favorável a matéria.

Os vereadores da oposição fizeram seus discursos sob vaias, protestos e palavras de ordem de todo tipo, mas por estarem em maioria votaram contra o projeto. O vereador Zé do Gás por provocar os manifestantes foi o mais hostilizado e saiu do prédio da Câmara sob vaias e escoltado pela polícia.

Na tentativa de atingir o prefeito, os vereadores deram mais uma vez um tiro no pé confirmando que colocam as querelas político partidárias acima do interesse coletivo.