Seu mandato de prefeito de Coelho Neto pelo PSDB vai te o final de 2012, quando deverá ou não, tomar posse do segundo mandato. Foi Deputado Estadual por três vezes, sempre com votação crescente, tendo sido ainda vereador e Presidente da Câmara, período em que iniciou sua carreira. Nas duas últimas décadas Soliney de Sousa e Silva é figura obrigatória na história política, quer do município, quer do Estado do Maranhão. Todo esse tempo dedicado a coisa pública e os excelentes dados de sua administração tem sido essenciais para que os incrédulos não acreditem em sua aposentadoria “repentina”.

Soliney é inteligente e um autodidata. Está a quilômetros de distância de muitos daqueles que se dizem “entendidos” da política. É um orador nato e consegue através de sua fala arrebanhar centenas de admiradores e simpatizantes pela forma como se porta e se comporta. Ao longo da carreira enfrentou adversários ferrenhos e exaltados e com a perspicácia adquirida na selva de pedra que é a política maranhense, pôs fim aos 12 anos de domínio da família Bacelar no município com uma votação consagradora e histórica. Adversários costumam lhe desenhar como um homem de “super-poderes”, o que não é verdade. Como todo homem, Soliney tem limitações, e talvez a sua maior dificuldade seja administrar os problemas com a doença degenerativa que lhe acomete os ossos, descoberta desde seus primeiros anos como Deputado.

No jogo da política, Soliney é expert em avançar e recuar. Habilidoso com números, só trabalha em cima de dados e tem na família a base de suas decisões, a começar pela esposa Suely, mulher sensível, decidida e articuladora. No comando do seu grupo, Soliney é implacável na cobrança de resultados e ações em prol do povo. Sua gestão tem sido marcada pela boa relação com os demais poderes (Legislativo e Judiciário) e com os mais variados setores da Sociedade Civil. Em três anos de governo conseguiu elencar várias ações, projetos e obras estruturantes que elevam a melhoria da qualidade de vida da população e os números de sua aprovação. Toda essa estabilidade governamental marcada por uma liderança incontestável, fez com que a oposição se mexesse e procurasse de alguma forma “ressurgir das cinzas”. Com a chuva de votos imposta ao grupo da oposição nas eleições de 2010, Soliney se fortaleceu ainda mais, e com tranqüilidade tem visto o “se mexer” da oposição. Estratégico, prefere se comportar como um caçador que observa de longe os passos da presa, para no momento certo partir para o ataque.

O ano eleitoral se avizinha e a discussão em torno da candidatura a reeleição de Soliney ainda é uma incógnita. O atual Prefeito tem feito questão de declarar aos seus principais interlocutores, de que esse não é momento de pensar em eleição e de que sua prioridade é cuidar das ações do governo. Não fica difícil prevê as dificuldades da oposição em consolidar os nomes de consenso, não pela falta de candidatos. Os que lá existem se apresentam em duas vertentes: os que não tem voto e querem ser candidatos e os que tem voto e não podem ser candidatos por conta da Ficha Limpa. No grupo do atual Prefeito o nome escolhido por consenso e aclamação é um só: o do próprio Prefeito. Enquanto a discussão não se inicia pra valer, Soliney vai consolidando sua liderança e seu governo. Mesmo sendo um homem gentil e cavalheiro, consegue atrair para si tanto a admiração dos simpatizantes quanto a ira dos adversários, características absolvidas sem problemas por alguém com espírito democrata. Sem sombra de dúvidas trata-se de um homem visionário e um político admirável.