SNJ promove último Encontro do Comitê de Desenvolvimento de Startups para a Juventude

Nessa quinta-feira (28), mais de 15 representantes de órgãos públicos e de entidades privadas se reuniram para participar do 3º Encontro do Comitê de Desenvolvimento de Startups para a Juventude. A reunião foi a última de uma série de três eventos que visam discutir as diretrizes de implementação do Plano Nacional de Desenvolvimento de Startups para a Juventude, coordenado pela Secretaria Nacional de Juventude.

Com base em levantamentos sobre o ecossistema empreendedor brasileiro e na elaboração de uma série de diagnósticos que visam erradicar as principais dificuldades com que os empreendedores lidam, o Comitê de Desenvolvimento lançará, ao longo do próximo ano, políticas públicas que incentivem o empreendedorismo, com foco nas demandas da população jovem.

Estavam presentes no encontro, Bruno Pimentel, do Ministério da Fazenda; Juliana Muller, do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC); Vanusa de Sá, da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendedorismos Inovadores (Anprotec); Rafael Wandrey, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC); Gabriel Gomes, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Alexandre Cabra, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

Ao reunir representantes que atuam no ecossistema empreendedor e das principais entidades públicas, os elaboradores do Plano Nacional de Startups planejam criar um diagnóstico completo e aprofundado sobre a realidade do empreendedor brasileiro. No 3º Encontro do Comitê, foram realizadas dinâmicas e rodas de discussão com base nos avanços dos encontros anteriores. O objetivo é elencar soluções que possam ser transformadas em leis e políticas de incentivo ou em pacotes de apoio ao empreendedor, com foco na população jovem, que representa, hoje, 40% da força empreendedora brasileira.

“O empreendedorismo é uma saída inteligente para a crise financeira que o país está vivendo. É uma forma positiva de encarar a aridez econômica”, reflete Gabriel Gomes, Chefe de Departamento de Finanças do BNDES.

O representante da instituição falou também da importância de investir na população jovem: “O jovem é dinâmico e abraça a oportunidade de inovar, quer conduzir os processos de maneira independente, ele se alimenta do desafio. Essas são características valiosas dentro do empreendedorismo voltado para a inovação. Os bancos precisam se atentar para a riqueza desse público a ser descoberto e criar alternativas de financiamento para todos os perfis de empreendedor, desde aquele que pratica empreendedorismo social até o jovem que sonha em abrir uma startup e investir em novas tecnologias”, afirmou Gabriel Gomes.

Os dois encontros anteriores renderam ao Plano Nacional de Startups para a Juventude um diagnóstico baseado nas principais barreiras com as quais o jovem empreendedor se depara no início de sua jornada, que vão desde a dificuldade de conseguir financiamento até a extensa burocracia necessária para abrir uma empresa.


Desses entraves, decorreram quatro principais obstáculos que deverão ser vencidos num período de dois anos, pós lançamento do Plano em questão. Os obstáculos são a universalização da educação empreendedora, redução do tempo de abertura da empresa, difsão do conhecimento das políticas públicas voltadas aos empreendedores e alavancamento do investimento anjo (investimento efetuado por pessoas físicas em empresas nascentes com alto potencial de crescimento). Focados em vencer esses desafios, os articuladores do plano pretendem criar políticas públicas que atendam a essas demandas.

Bruno Pimentel, da Subsecretaria de Gestão Estratégica do Ministério da Fazenda, defende que investir na população jovem equivale a investir no futuro. “A necessidade da implementação do plano é assertiva. A partir do momento que mais jovens passam a exercer atividade empreendedora, a arrecadação estatal aumenta, assim como os nossos níveis de competitividade e as margens para investimento em políticas públicas”, explica.

Para o secretário-adjunto da Secretaria Nacional da Juventude e coordenador do projeto, Felipe Vinhas, estamos diante de uma oportunidade sem precedentes, que passa pela valorização da população jovem e da garantia de autonomia e de oportunidades para o seu crescimento.

“Nós não teríamos conseguido chegar a essa compreensão do ecossistema empreendedor sem antes nos colocar no lugar do público jovem, que está ávido para empreender e, consequentemente, contribuir com o aquecimento da economia e o desenvolvimento do mercado. Quando o jovem brasileiro prospera, o país também prospera”, afirma Felipe Vinhas.

Próximos passos

Ainda em outubro deste ano, haverá a consolidação dos estudos realizados desde o início da consultoria. Na sequencia, o documento base do Plano irá para Consulta Pública pelo período de um mês, um passo decisivo para o estabelecimento de políticas públicas voltadas para o empreendedorismo. Em novembro, serão feitos os ajustes finais para a consolidação do Plano.

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