O deputado Roberto Costa (PMDB) afirmou ontem que o prefeito de São Luís, João Castelo (PSDB), resolveu usar a velha estratégia de tentar desqualificá-lo para não ter de dar explicações sobre o desaparecimento de R$ 73,7 milhões das contas do Município.
Roberto está acionando MP para descobrir paradeiro de dinheiro
Na quinta-feira, o parlamentar denunciou o sumiço dos recursos repassados pelo Governo do Estado em 2009, através de convênios, para construção de dois elevados – um na Forquilha e outro no Retorno do Calhau.
No entanto, passados dois anos, as obras não foram feitas e o dinheiro não foi localizado em nenhuma das contas da Prefeitura de São Luís, o que se constitui crime. O município também não prestou conta do recurso aos órgãos de controle, como o Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Na sexta-feira, durante evento no Anjo da Guarda, Castelo chamou Roberto Costa de “moleque” e disse não ter nenhuma explicação a dar ao parlamentar. Ele afirmou ter total confiança no secretário de Fazenda, José Mário Bittencourt, responsável pelas finanças municipais.
“O prefeito tenta desqualificar as denúncias porque não tem explicação para o sumiço dos R$ 73,7 milhões. O correto seria ele vir a público explicar para a população de São Luís o que fez com o dinheiro. Ele não me agrediu. Ele agrediu a inteligência do povo de nossa cidade”, declarou o deputado.
Roberto Costa disse acreditar que a reação de Castelo reforça a tese que o dinheiro foi “sacado na boca do caixa e não foi feito o investimento a que ele estava destinado”.
O parlamentar afirmou que na quinta-feira vai se reunir com os procuradores do Ministério Público de Contas e Ministério Público Estadual no sentido de cobrar providências sobre o sumiço dos R$ 73,7 milhões.
O deputado disse que também irá procurar a direção do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal no sentido de colher explicações sobre como o dinheiro desapareceu. Como o recurso era proveniente de convênios, ele jamais poderia ter sido retirado da conta específica para outro fim.
“Temos de saber o que aconteceu com esse dinheiro. O que não pode é R$ 73,7 milhões saírem voando por aí e ninguém ter uma explicação para dar”, finalizou Roberto Costa.