Em Coelho Neto nunca uma senha teve tanta importância quanto agora. Passados pouco mais de 20 dias que o prefeito Américo de Sousa (PT), assumiu o mandato, é a falta de uma senha que tem sido usada para justificar a ausência na movimentação financeira da Prefeitura.
Com dezenas de servidores que ficaram por receber os salários de dezembro, o 1/3 de férias e o 14º salário de professores, fora o fornecedores conforme informações do ex-prefeito, o argumento da bendita senha já não é engolido mais pelos servidores.
Da parte do governo, nada de oficial é dito sobre o tema. Trágico se não fosse cômico é a forma como os novos governistas cobram paciência de quem não aguenta mais viver o capítulo dessa novela.
Para ilustrar o episódio, não custa nada lembrar o período em que a então secretária de Educação Albertina Tavares assumiu a pasta. Na ocasião, vários pagamentos aguardavam ser liberados e foram dificultados justamente por uma senha que demorou a sair.
Naquele período quando ainda militavam na oposição, os hoje governistas cobravam de forma ferrenha que o episódio fosse resolvido. O tema virou piadinha nos grupos de whatsapp e o assunto da senha rendia horas a fio de debate entre os oposicionistas e governistas de então.
Agora que estão no comando do município, a Prefeitura sequer se dar o trabalho de emitir uma nota para tratar do assunto e a “novela da senha” que antes era motivo de chacota de alguns, hoje é praticamente evitado.
São os efeitos colaterais de quem deixa de ser pedra e passa a ser vidraça.
Nada como um dia após o outro e uma senha no meio…