O Globo
SÃO PAULO – Com o escândalo da Petrobras à tona e a piora na expectativa em relação à economia, a popularidade da presidente Dilma Rousseff (PT) despencou e atingiu a pior marca de seu governo; foi de 42% (avaliação boa/ótima) em dezembro passado para 23% em fevereiro, segundo o Datafolha. Em contrapartida, os entrevistados que avaliam o governo como ruim/péssimo subiram de 24% para 44%. O número dos que acham a administração petista regular permaneceu em 33%. Na ocasião dos protestos de junho de 2013, a popularidade de Dilma era de 30%, de acordo com o instituto.
Diz ainda o Datafolha que para 77% dos entrevistados a presidente tinha conhecimento da corrupção na Petrobras. Para 52% deles, ela sabia do escândalo e não agiu. Outros 25% disseram que ela nada pôde fazer, mesmo sabendo dos casos de corrupção.
Segundo o instituto, é a pior avaliação de um presidente desde dezembro de 1999, quando Fernando Henrique Cardoso tinha 46% de rejeição (avaliação ruim/péssima). Para o jornal Folha de S.Paulo, “o país assiste à mais rápida e profunda deterioração política desde o governo Fernando Collor de Mello.”
Após quatro anos de governo, Dilma obteve, de acordo com o Datafolha, a primeira “nota vermelha” de sua gestão; uma média de 4,8.
Para 47% dos entrevistados, a presidente é “desonesta”. Outros 54% falam que ela é “falsa” e 50%, “indecisa”.
A pesquisa Datafolha mostra ainda que 60% dos eleitores disseram que Dilma mentiu na campanha – 46% acreditam que ela mais mentiu que disse verdades e 14%, que ela só mentiu.
O Datafolha ouviu 4 mil entrevistados em 188 municípios brasileiros entre os dias 3 e 5 de fevereiro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.