O governo do prefeito de Coelho Neto Américo de Sousa (PT), tem fechado o cerco contra os contratados que prestam serviço a Secretaria de Educação – Semed.
Tudo aquilo que Américo condenou um dia do uso da máquina pública em busca de dividendos eleitorais, hoje é visto a olho nu no seu próprio governo.
Desde ontem (30), diretores de escola disparam mensagens de texto nos celulares de professores contratados para uma reunião política na casa da secretária de Governo Cristiane Bacelar.
Para o blog, um dos servidores disse que a pressão tem sido grande para garantir os votos aos candidatos do prefeito.
Será que a secretária de Educação Williane Caldas não está vendo isso?
Ou vai se fazer de morta como fez quando recebeu os dados do IDEB?
Capacho do governo, subserviente ao extremo e sem qualquer poder de reação, o presidente do Sindicato dos Servidores do Serviço Público Municipal da Microregiao de Coelho Neto – SINTASP, Izaque Vale sentiu na pele pela primeira vez os ônus do cargo que ocupa.
Desde que foi alçado ao posto com o afastamento do agora ex-presidente Lima Júnior (premiado com uma sinecura no governo esse ano), Izaque atua como mero figurante e nunca convocou uma Assembleia sequer para discutir pauta alguma de interesse dos servidores.
Nos últimos dias chegou a confidenciar que quem falasse dele agora seria acionado na justiça, como se dizer que ele se comporta como serviçal do governo não fosse uma realidade. Com todo o desrespeito do governo aos servidores no ano passado, o presidente do Sindicato dos Servidores nunca disse um pio sobre nada, ao contrário, sentou-se à mesa para tomar um café com o patrão enquanto o circo pegava fogo.
Pois bem, ameaçados com o novo pacote de maldade da dupla Américo e Williane, os servidores resolveram reagir e cobrar do presidente a convocação de uma Assembleia imediata.
Na primeira conversa Izaque não quis marcar e depois de muita pressão pediu um tempo para ver com os outros da diretoria uma data, como se o presidente precisasse ouvir a diretoria para marcar uma Assembleia que é uma das atribuições do presidente. Quer uma prova mais forte que estamos diante de um capacho do governo?
Ou os servidores reagem ou terão seus direitos atropelados. E o que é pior: por um prefeito que foi presidente do sindicato e se intitula “representante da classe”, por uma secretária de Educação que também é professora e representados por um presidente totalmente submisso.
O governador Flávio Dino (PCdoB) não está nada satisfeito com o deputado Rafael Leitoa (PDT), líder do principal bloco governista na Assembleia Legislativa, o Blocão. E disse isso a ela numa dura conversa que tiveram no Palácio dos Leões nesta semana.
O comunista avalia que o aliado falhou durante a semana ao não conseguir mobilizar a base para votar logo o Projeto de Lei nº 224/2017, de autoria do Poder Executivo, que garante isenções a atacadistas que tenham capital social mínimo de R$ 100 milhões – pagarão apenas 2% de ICMS no Maranhão.
Foram pelo menos duas tentativas – na terça (28) e na quarta-feira (29) – e em nenhuma delas houve quórum.
Para completar, na manhã de ontem (30), quando a proposta foi finalmente aprovada, quem efetivamente garantiu o quórum foi o deputado Roberto Costa, que é do PMDB. Ou seja: não se pode dizer que foi obra de Leitoa.
Some-se a isso a “coincidência” de que nos outros dias o líder do governo, Rogério Cafeteira (PSB), não estava na Casa porque recuperava-se de um cirurgia.