Após declarar que sua indicação ao cargo de ministro do Trabalho não influenciaria no seu posicionamento no Maranhão, o deputado federal Pedro Fernandes (PTB), perdeu a indicação do posto ministerial. Uma vez que ao tomar essa decisão, o ex-presidente José Sarney decidiu vetar seu nome, após ser consultado pelo presidente Michel Temer (PMDB).
De acordo com o jornal Folha de São Paulo, Pedro Fernandes não será mais empossado no dia 4 de janeiro como estava previsto. A escolha do presidente do PTB no Maranhão não foi referendada por Sarney.
Agora, o presidente Michel Temer pediu que o PTB escolha outro nome para o cargo.
No Maranhão, o PTB de Pedro Fernandes comanda a Agência Metropolitana, a qual tem como titular o filho Pedro Lucas Fernandes.
Apesar de considerar a reforma necessária, o deputado Pedro Fernandes (PTB-MA) manifestou-se contra o aumento de idade para o trabalhador rural aposentar-se.
“Acho que é um engano querer aumentar a idade para a aposentadoria do homem do campo dizendo que ele não paga a Previdência, que há um déficit por causa dele. Afinal de contas, o que vai para a nossa mesa é fruto do trabalho desses homens, que é taxado a 30%, 35% para chegar ao nosso consumo. Então, nós precisamos rever essa questão. Não podemos aumentar a idade do homem rural, que é um homem sacrificado”, afirmou o parlamentar.
Atualmente, os segurados especiais rurais se aposentam com 60 anos (homens) ou 55 anos (mulheres), e o tempo de contribuição é de 15 anos, sendo que a alíquota contributiva, que vale pelo grupo familiar, incide sobre o produto comercializado.
A legislação, porém, permite que esses segurados recebam o benefício mesmo sem contribuir. Basta comprovarem 15 anos de atividade rural. Neste caso, o valor do benefício fica restrito a um salário mínimo.
Pela proposta do governo, as previdências rural e urbana serão unificadas. A aposentadoria se dará com a idade mínima de 65 anos (para os dois sexos) e 25 anos de contribuição individual. A contribuição será uma alíquota, ainda não definida, sobre o salário mínimo. O valor do benefício ao segurado será de um salário mínimo.
Reportagem – Renata Tôrres, com a colaboração de Regina Mesquista. Foto – Jotaric
Por Pedro Fernandes – Recentemente apresentei, na câmara dos deputados, três indicações ao ministério dos transportes. Elas tratam da melhoria da infraestrutura de transporte de carga e passageiros no estado do maranhão, buscando, especificamente, a implantação da hidrovia do rio Parnaíba, no trecho Ribeiro Gonçalves a Timon/Teresina, num total de 569 km; da hidrovia do Mearim, no trecho Barra do Corda a São Luís com 470 km; e a construção dos terminais flutuantes do espigão costeiro em São Luis e Alcântara, além da conclusão e atualização das eclusas de boa esperança.
A nossa iniciativa junta-se a outras que venho trabalhando no sentido de melhorar a infraestrutura de transporte no maranhão. Tudo começou logo no primeiro mandato, ocasião em que iniciamos o processo para duplicação da BR 135 de Miranda a são luís, obra já em andamento e que, apesar das dificuldades que enfrentamos, já é uma realidade de curto prazo. Vale ressaltar que a nossa bancada federal tem atuado de forma decisiva nessa empreitada. Outras lutas referem-se à duplicação da BR-316 de Caxias a Timon, a duplicação da BR 010 de Imperatriz a Açailândia, e o transporte ferroviário de passageiros de Itapecuru a São Luís, que o Dnit sinalizou a sua viabilidade recentemente. Destacando ainda que estamos desenvolvendo estudos para beneficiar a bacia do rio Itapecuru.
Segundo o diretor de infraestrutura aquaviária do Ministério dos Transportes, Erick Medeiros, as obras pretendidas deverão fomentar o desenvolvimento turístico, o transporte de passageiros e cargas, o comércio local e a melhoria das condições de vida das populações ribeirinhas.
Conforme parecer do Ministério dos Transportes, o estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental – Evtea já demonstra a viabilidade da hidrovia no trecho Timon a Ribeiro Gonçalves no primeiro momento e, à medida em que as operações forem se consolidando e com a conclusão do porto de Luís Corrêa – PI, a hidrovia poderá ser estendida. Só nesse primeiro trecho pretendido, a sua influência abrangerá os estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Tocantins e Bahia. Daí a sua importância estratégica para o país.
Ainda segundo o Ministério, os rios onde se pretende construir as hidrovias já constam do plano nacional de viação e isso facilita o encaminhamento das ações necessárias para a implantação. O valor estimado para todas as obras da hidrovia do Parnaíba é da ordem de 800 milhões de reais, abrangendo os terminais multimodais em Timon e Ribeiro Gonçalves, integrando a hidrovia ao Porto do Itaqui através da ferrovia. Do total estimado para a obra, 340 milhões de reais deverá ser feito contratos através de Parceria Público Privada – PPP. Os projetos e os estudos complementares demandarão 3,5 milhões de reais.
Na semana retomaremos os trabalho buscando o engajamento nessas indicações da Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT e da Agência Nacional de Transporte Aquaviário – Antaq, instituições fundamentais para viabilização dos projetos em conjunto com o ministério dos transportes. Tais agências contribuirão muito para a efetivação das PPP’s, já que estão em permanente contato com o mercado e indicam a existência de muitos investidores interessados em investir em infraestrutura no Brasil. O técnico da Antt, Ednailton Rodrigues, já se prontificou em ajudar o maranhão no âmbito dessas agências.
Para a hidrovia do rio Mearim ainda deverá ser realizado o estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental – Evtea, que indicará, não somente a sua viabilidade, mas também a necessidade dos projetos de melhorias como: dragagem, derrocamento, balizamento, sinalização, etc.
A construção dos terminais flutuantes de Alcântara e o do espigão costeiro em São luís integrará um conjunto de ações de suporte a vinda já assegurada do instituto de tecnologia da aeronáutica – ita para alcântara além de dinamizar o fluxo turístico e de passageiros.
A questão parece complexa. Mas, muito mais do que complexidade, é a sua importância para a economia, mobilidade e desenvolvimento do maranhão. É preciso abrir horizontes e aproveitar o potencial que o estado nos apresenta.
Pedro Fernandes é deputado federal do PTB do Maranhão