A greve geral marcada para esta sexta (28), provocou uma ação articulada entre os principais sindicatos de Coelho Neto para realizarem uma programação conjunta para o ato.
Curiosamente no convite do evento estava as entidades envolvidas e os apoios recebidos, dentre eles o da Câmara Municipal. Parece piada, mas não é.
Ocorre que o principal motivo da paralisação é a contrariedade a lei da terceirização e aos projetos de reforma previdenciária e trabalhista, fato que deve ter passado despercebido para a gestão do parlamento local.
É no mínimo incoerente o presidente da Câmara de Coelho Neto Osmar Aguiar (PT) apoiar e participar da manifestação de trabalhadores após ele e toda a base do governo ter votado sem qualquer questionamento ao projeto de terceirização encaminhado pelo prefeito Américo de Sousa (PT).
Quer dizer que a terceirização a nível nacional não pode, mas a nível local pode? Estranho e fora da lógica não?
Mais engraçado ainda é constatar que não houve posicionamento público da Câmara por exemplo, no debate sobre aumento de carga horária dos vigias, na demissão de servidores em pleno horário de trabalho por perseguição política, sobre o calote dado aos profissionais da saúde que trabalharam durante o mês de dezembro e principalmente no corte de salários da saúde feito de forma desenfreada pelo governo.
No afã de pegar carona numa pauta legítima de trabalhadores afim de tentar minimizar o desgaste do legislativo perante a opinião pública, a Câmara decide abraçar a causa criticando os outros e esquecendo de olhar para si mesma.
A coerência mandou lembranças…