Rejeitado, antipatizado e liderando um governo fraco, o prefeito de Coelho Neto Américo de Sousa (PT) é a personificação daquilo que pode se chamar de homem inconformado. O petista sempre se mostrou frustrado com a própria biografia marcada por inúmeras derrotas e hoje se revela um grande incompetente não conseguindo sequer se equiparar ao antecessor a quem tanto criticou.
Seu discurso e sua postura ao longo do tempo sempre revelou um gostinho de inveja pela biografia do ex-prefeito Soliney Silva que conseguiu muito novo se eleger vereador, presidente da Câmara de Coelho Neto, deputado estadual por três mandatos e prefeito eleito com a maior votação da história política da cidade com reeleição garantida na sequência.
Américo ao contrário, sempre foi um fracasso no quesito voto. O vendedor de picolé que não conseguiu administrar a própria caixa de picolé, se candidatou a vereador a primeira vez em 1992, conseguindo míseros 44 votos. De tão fraco que era, repetiu os mesmos 44 votos em 1996. No ano de 2000 aumentou mais um pouco, conseguindo 57 votos e em 2004 deu um salto maior, tendo obtido 564 votos. Mas foi em 2008, no palanque e na mesma coligação do então candidato a prefeito Soliney que Américo consegue se eleger vereador com 1.238 votos. Em 2010 se candidatou a deputado estadual e perdeu. Em 2012 se candidatou a prefeito e perdeu de novo. Em 2014 se candidatou a deputado estadual e perdeu novamente. Conseguiu se eleger prefeito em 2016 com apenas 35,15% dos votos e a base de muita promessa. Um ano depois consegue a façanha se ser o prefeito mais rejeitado da região e de ter fechado o primeiro ano sem entregar uma obra sequer.
Com medo da força eleitoral do adversário, sua base na Câmara desaprovou as contas do ex-prefeito na sessão de ontem (08), para dar gostinho ao chefe de achar que seu principal adversário não poderá ser candidato. Ledo engano. Os vereadores no afã de agradar o chefe sairam distribuindo absurdos durante a declaração dos votos. Dois deles disseram que votariam contrários a aprovação porque o ex-prefeito não apareceu para se defender: ora pílulas, como alguém vai se defender de ter tido as contas aprovadas pelo Tribunal de Contas? O outro cometeu a bobagem de falar em creches inacabadas. E desde quando o TCE julga contas de convênios com a União? Quem julga convênios de obra federal é o Tribunal de Contas da União – TCU ou mudaram a regra? Quanta bobagem junta!
Logo o “circo dos horrores” não tem razão de ser e Soliney poderá sim ser candidato usando a jurisprudência de outros casos de contas aprovadas pela Corte de Contas e invalidadas por Câmaras Municipais. No entendimento da Ministra Rosa Weber por exemplo, ao julgar um caso similar.“O parecer do Tribunal de Contas fora pela aprovação das contas relativas a 2011 e 2012. É certo que este parecer não é vinculativo. Mas entendemos aqui, em mais de uma oportunidade, que o parecer prévio é condição de procedibilidade do exame para a atenção ao devido processo legal. No caso, ele não foi observado”, destacou a ministra, ao prover recurso de um candidato no mesmo caso.
Mesmo com medo, Américo terá que enfrentar Soliney Silva novamente nas urnas, frente a frente.
E as chances de sair derrotado como a grande maioria das vezes nunca foi tão visível…