O deputado estadual Wellington do Curso (PSDB) anunciou hoje (18), em discurso na Assembleia Legislativa, que protocolou representações no Ministério Público Federal (MPF), na Polícia Federal e no Ministério Público do Maranhão (MPMA) pedindo apuração do calote de R$ 490 mil que o Maranhão tomou do Consórcio Nordeste ao tentar, com ajuda do colegiado, a compra de respiradores da Alemanha.
O valor foi informado pela própria Secretaria de Estado da Saúde (SES), em manifestação encaminhada ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) no início do m6es de agosto (saiba mais).
Segundo o documento enviado ao TCE, na segunda tentativa de compra – pela qual o Estado deveria receber 40 respiradores (relembre) – a gestão comunista enviou R$ 4.371.840,00, ao Consórcio Nordeste.
Mas a compra seria efetuada em Euro. Assim, quando o negócio não deu certo, a moeda europeia havia se desvalorizado um pouco e o Maranhão recebeu de volta não os R$ 4,3 milhões pagos inicialmente, mas R$ 3.877.906,31. Total do deságio: R$ 493.933,69.
“Ressalte-se que o deságio de R$ 493.933,69 (quatrocentos e noventa e três mil, novecentos e trinta e três reais e sessenta e nove centavos) é resultante de diferença cambial em razão da desvalorização do real perante ao euro no intervalo de tempo entre a transferência e a devolução”, diz o escritório de advocacia que representa Carlos Lula no caso.
O Maranhão também pegou calote numa primeira tentativa de compra de respiradores – nesse caso, da China, e também via Consórcio Nordeste.
Na ocasião, o Estado pagou R$ 4,9 milhões por 30 respiradores que nunca chegaram (reveja).