Secretário de Saúde do Estado discorda da não retomada de aulas presenciais no MA

Secretário de Saúde do Estado discorda da não retomada de aulas presenciais no MA

O secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, pelo visto não gostou da decisão da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) de descartar a retomada das aulas presenciais em toda a rede estadual do Maranhão neste ano, após o resultado de uma consulta pública entre estudantes, pais e professores.

Segundo ele, dados já disponíveis apontam para a completa irrelevância do número de casos da Covid-19 em escolas pela quantidade de pessoas nas instituições de ensino.

“É completamente irrelevante o número de casos [da Covid-19] considerando o número de alunos, professores e funcionários. Precisamos fazer o debate sobre educação pública porque só estamos aumentando o fosso entre ensino público e privado”, disse o secretário, em entrevista ao programa “Os Analistas”, da TV Guará, lembrando que o ensino na rede privada já foi retomado, com algumas regras, há pelo menos dois meses.

Lula destacou que seus próprio filhos, que estudam em escolas particulares, também já voltaram às salas de aula.

“É preciso pelo menos debate. Não dá pra dizer simplesmente ‘deixa os alunos pra lá’. Não é assim. Se voltou nas escolas privadas e está dando certo, por que não voltar na escola pública? Eu só queria uma razão”, questionou.

O anúncio de que não haveria retomada das aulas na rede pública estadual neste ano foi antecipado na sexta-feira (2) pelo governador Flávio Dino (PCdoB) e ratificado pelo secretário de Educação, Felipe Camarão.

“Nós não iremos retomar as aulas presenciais este ano, vamos concluir o ano letivo de forma remota. O ano de 2020 de toda a rede estadual será concluída de maneira remota, com mediação de tecnologia e no ano que vem, vamos preparar a comunidade escolar para o retorno híbrido”, disse o titular da Seduc.

Do Blog do Gilberto Leda

Reinício das aulas no MA deve ser adiado mais uma vez

Reinício das aulas no MA deve ser adiado mais uma vez

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), admitiu nesta quinta-feira, 21, durante coletiva à imprensa, que deve adiar mais uma vez o reinício das aulas na rede estadual de ensino.

A retomada havia sido inicialmente marcada para o dia 1º de junho, segundo declarou o comunista no início do mês de maio. Mas, “muito provavelmente”, segundo o chefe do Executivo, será adiada novamente.

“Muito provavelmente haverá adiamento dessa data. Vamos, quase que certamente, editar um novo decreto, adianto isto por mais duas ou três semanas”, declarou, citando exemplos de países que tentaram retomar as atividades escolares, mas recuaram.

As aulas na rede pública estão suspensas desde março.

Do Blog do Gilberto Leda

Servidor reclama da imposição da Secretaria de Educação para manter “aulas” aos sábados em Coelho Neto

O servidor público Oberdan Lopes usou sua rede social esta semana para denunciar a manobra da Secretaria de Educação de Coelho Neto em impor a alteração do ano letivo sem qualquer discussão prévia com a classe.

“É lamentável constatar que no calendário escolar imposto pela gestão de Coelho Neto para este segundo semestre, os sábados letivos foram incorporados sem anuência dos servidores, sem consultas e sem possibilidades de discussão e sugestões. Pior ainda é tomar conhecimento de que nestes sábados serão desenvolvidos atividades extra-classe sem o compromisso do repasse do conteúdo programático para o ano de 2017, tendo como preocupação somente o cumprimento da carga horária, pois cada sábado valerá por dois dias letivos”, denunciou ele.

Embora o governo use a desculpa esfarrapada que a manobra é para garantir reforma de escolas, o que se sabe é que medida visa apenas livrar o prefeito Américo de Sousa (PT) pagar salários de contratados no mês de dezembro, o que representaria uma vultuosa economia.

“Nossas crianças e jovens terão uma grande defasagem no seu conhecimento pois registrar aulas que não foram ministradas é crime: crime contra a educação, crime contra os alunos e crime contra a sociedade. É uma pena que aquilo que se apregoava com tanta veemência em tempos anteriores tenha sido esquecido tão rapidamente”, protestou ele.