11 anos de blog…

Editorial

O início de 2020 trás consigo a sensação do dever cumprido: 11 anos de blog. Há cada novo ano é um motivo a mais para comemorar tamanho feito desse projeto que é uma realização pessoal e o que é melhor, gozando da fidelidade plena dos nossos leitores desde os primeiros aos que seguem nos dias atuais.

Não teria como dizer que foi fácil, mas foi desafiante como tudo em minha vida. Quanta coragem para um jovem do interior ter a audácia de criar um blog para divulgar noticias, quando sequer tinha computador em casa e quando esse meio de comunicação ainda estava penetrando nas cidades do interior do Estado.Quis fazer história. E fiz!

Quando se faz as coisas com boa vontade, Deus se encarrega de ajudar e naquele tempo enviou uma “anja” para me presentear com o tal computador. “Que blogueiro é esse que não tem computador? Arruma o melhor computador pra esse menino aqui cuidar no blog dele”, disse ela na época com seu jeitão despachado a um vendedor. Na hora agradeci meio encabulado, mas em casa chorei muito. Era o empurrãozinho que eu precisava e a  gratidão que ela terá de mim para o resto da vida.

De lá para cá não parei mais de escrever e adotei a blogosfera como uma espécie de sacerdócio. Entrei na faculdade de jornalismo, tranquei e voltei de novo com vistas a aperfeiçoar esse dever diário que é redigir, que certamente é um dom divino. Passado todo esse tempo, sou grato de completar 11 anos ininterruptos de muita informação e de prazerosamente ser identificado nos locais como “o blogueiro”.

11 anos não são 11 dias e nesse meio termo também nasceu um livro que está pronto para ser lançado. Esse ano é de contabilizar vitórias que vieram a partir da arte de escrever que aprendi na Escola Chapeuzinho Vermelho. Foi sob o comando rígido, mas sem perder a ternura da Tia Graça Melo que construi o alicerce pelo gosto da escrita cultivado nas séries seguintes na Escola Magno e Escola CEM. Quem teve Francisco Lima como professor de português não pode se dar ao luxo de dizer que não gosta de redação, porque quem não gostava com certeza teve que aprender a gostar.

Por esse tempo tive a honra de ter pessoas que contribuiram diretamente com seus textos em colunas semanais, dentre eles o ex-prefeito Magno Bacelar com um quadro de sucesso e crônicas que os leitores apreciavam e correram o país. O quadro Rapidinha da Boca da Noite é sucesso absoluto, inspirando inclusive algumas imitações estilo “tabajara”, que não tiveram o mesmo sucesso, mas que valeu a intenção.

Nesses 11 anos não tivemos férias, não houve tempo para aposentadoria, não teve descanso e muito menos repouso. Alguns dias escrevendo mais, outros dias nem tanto devido a outras atribuições, mas sem abrir mão da missão.

Em um ano de grandes vitórias como esse, agradeço a Deus e aos leitores que nos permitiram chegar até aqui. Há 11 anos em Coelho Neto era só eu, hoje são vários blogueiros que junto comigo dividem a missão de informar, cada um a seu jeito, com seu estilo e com suas caracteristicas próprias.

Como bem cantou Gonzaguinha, “aquele que sabe que é negro o coro da gente e segura a batida da vida o ano inteiro, aquele que sabe o sufoco de um jogo tão duro e apesar dos pesares ainda se orgulha de ser brasileiro…. 11 anos segurando o rojão, sem fugir da fera e enfrentando o leão. E vamos a luta!

Muito Obrigado!