SUSPEITO DE ASSASSINAR DÉCIO SÁ MOSTRA FRIEZA DURANTE RECONSTITUIÇÃO

SUSPEITO DE ASSASSINAR DÉCIO SÁ MOSTRA FRIEZA DURANTE RECONSTITUIÇÃO


Durou pouco mais de dez minutos a primeira parte da reconstituição do assassinato do jornalista Décio Sá. Na tarde desta terça-feira (3) um forte aparato policial foi montado para que a simulação fosse feita em frente ao Sistema Mirante, onde o jornalista trabalhava. Aparentando bastante frieza, Jhonatan de Sousa Silva contou os detalhes de toda a operação montada para executar o jornalista na noite de 23 de abril, em um bar da Avenida Litorânea, na capital maranhense.
Mais de 50 agentes da Polícia Civil, entre peritos criminais e dos grupos Tático Aéreo (GTA), de Operações Especiais (GOE) e da Delegacia de Investigações Criminais (DEIC), foram mobilizados. Todo o grupo foi coordenado pela delegada-geral Maria Cristina Menezes e pelo subdelegado-geral Marcos Afonso, que coordena a comissão de delegados apura o crime. Antes do início da reconstituição, foi realizada uma ‘varredura’ nos prédios localizados próximos ao Sistema Mirante e agentes especiais foram colocados em pontos considerados estratégicos. “Temos que tomar essas medidas para garantir a integridade física do Jonathan e quaisquer dúvidas que possam ocorrer durante o julgamento do processo sejam tiradas”, informou Afonso.
O assassino confesso do jornalista, de apenas 24 anos e natural da cidade de Xinguara, no Estado do Pará, foi retirado de uma das oito viaturas utilizadas no isolamento da área exatamente às 16h24. Trajando uma bermuda, algemado e com um colete à prova de balas, ele estava acompanhado por alguns do peritos do Instituto de Criminalística do Maranhão (Icrim-MA), que seguiam uma espécie do ‘roteiro’ narrado pelo suspeito no dia do crime.
Aparentando muita frieza, Jhonathan informou aos peritos, ele ficou esperando Décio em frente ao seu local de trabalho, na pista da Avenida Ana Jansen, no sentido da Lagoa da Jansen. Em alguns momentos o suspeito do assassinato chegou a sorrir ao ser indagado pelos peritos sobre as ações que teria tomado no dia.
Pela reconstituição, o suspeito ficou a aproximadamente 30 metros do local onde o jornalista estacionou seu veículo. Ele confirmou que esteve monitorando o jornalista no Sistema Mirante.
Após identificar a vítima, utilizando uma motocicleta ele se encaminhou para um bar na Ponta da Areia, onde teria encontrado o homem que lhe ajudou no dia do crime. De lá, os dois se encaminharam para o sítio do empresário Júnior Bolinha, onde teriam organizado os últimos detalhes para a execução.
A segunda parte da reconstituição será feita no período da noite, por volta das 21h30, horário próximo ao que o crime aconteceu. Além de todo o aparato utilizado nesta primeira parte da reconstituição, à noite mais seis peritos criminais devem se juntar à equipe.
Segundo informou o delegado Marcos Afonso, o relatório das duas etapas da perícia deve estar pronto em aproximadamente 15 dias.

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